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APOSTILA DO 
ESTÁGIO V 
 
 
Rayssa Mendonça Vitorino – 9º SEMESTRE 
ESTÁGIO V 
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CIRURGIA 
EXODONTIA COMPLICADA 
 
o Princípios básicos: 
- Deve permitir livre acesso e boa visibilidade ao local cirúrgico 
- Deve expor totalmente a lesão 
- Incisões verticais não devem ser feitas sobre as eminências radiculares, pois devido 
ao tecido fino, pode lacerar facilmente na hora da sutura 
- A base do retalho deve ser do mesmo tamanho (Ou maior) que sua margem livre, 
devido ao maior suprimento sanguíneo 
- As incisões devem abranger o periósteo, já a divulsão deve evitar dilacerações do 
mesmo. 
o Tipos de retalho: 
- Retalho semilunar: 
 Forma de meia-lua com convexidade voltada para a coroa 
 Abrange apenas um dente 
 Executado acima da gengiva inserida 
 Previne recessão gengival 
 Vantagem 
 Desenho simples 
 Desvantagens: 
 Pouca visibilidade 
 Impossibilidade de ampliação 
- Retalho trapezoidal ou retangular (Neuman modificado): 
 Melhor para cirurgia parendodôntica 
 Há três incisões: 
 Uma horizontal (Feita no sulco gengival) 
 Duas verticais (Relaxantes) 
 Vantagens: 
 Excelente acesso cirúrgico 
 Fácil reposição para sutura 
 Nenhuma tensão do retalho antes e depois 
 Excelente suprimento sanguíneo 
 Cobre qualquer defeito periodontal 
 Desvantagens: 
 Ângulos agudos entre as incisões 
 Elevação inicial difícil (Periósteo aderente) 
 Leve reabsorção da crista óssea marginal 
- Retalho triangular (Neuman): 
 Melhor para região posterior 
 Há duas incisões: 
 Uma horizontal (Entre os sulcos) 
 Uma vertical (Paralela ao longo eixo do dente) 
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 Vantagens e desvantagens iguais ao do retalho de Neuman modificado 
- Retalho em concha: 
 Adaptação entre semi-lunar e trapezoidal 
 Indicado para dentes com restaurações protéticas em região horizontal 
 Há três incisões: 
 Uma horizontal (Na altura da gengiva inserida) 
 Duas verticais (Relaxantes) 
 É necessário pelo menos 4mm de gengiva inserida de boa qualidade para 
evitar recessão 
 Desvantagem: Pode deixar cicatriz 
- Retalho palatino: 
 Indicado para cirurgias em pré e molares 
 Incisão intra-sulcular horizontal palatina 
 Pode-se fazer uma incisão relaxante entre o canino e o 1º pré (Zona neutra) 
 A extensão deve permitir acesso à patologia 
 Feixe neurovascular do forame palatino maior será protegido, causando menor 
risco de hemorragia 
 Afastamento adequado com o afastador de minesota ou através de fio de 
sutura presa em dente contra-lateral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CIRURGIA 
ACIDENTES E COMPLICAÇÕES 
 
o Cuidados preventivos que devem ser tomados: 
- Planejamento pré-operatório 
- Seguir os princípios cirúrgicos básicos 
- Controlar a força para remoção do dente 
- Seguir princípios de assepsia, manuseio atraumático dos tecidos, hemostasia e 
limpeza da ferida 
o Acidentes e complicações: 
- Lesões de tecidos moles: 
 Laceração do retalho (Deve suturar) 
 Falta de planejamento 
 Manuseio incorreto 
 Perfuração tecidual pelos instrumentos (Normalmente não sutura) 
 Perfuração tecidual pela broca (Não suturar) 
 Abrasão (Não suturar) 
 Instrumentos rotatórios e afastadores 
- Fratura radicular 
 Complicação mais comum 
 Fatores predisponentes 
 Raízes longas, curvas e divergentes 
 Áreas de osso compacto 
 Prevenção 
 Técnica aberta 
 Osteotomia e odontossecção 
- Fratura de instrumentos 
 Mais comuns: Agulhas de anestesia, pontas de alavancas e brocas 
 Causas: Uso incorreto, instrumentos sem manutenção, força excessiva 
- Deslocamento radicular: 
 Seio maxilar 
 Fossa intratemporal 
 Espaço submandibular 
 Canal mandibular 
- Dente perdido na orofaringe: 
 Estimular o paciente a cuspir ou tossir 
 Sucção da orofaringe 
 Verificar se foi deglutido (Acompanhar por 3 a 4 dias) ou se foi para a árvore 
respiratória – Encaminhar para o serviço de emergência 
- Lesões a dentes adjacentes 
 Fraturas de restaurações 
 Luxação de dentes vizinhos 
 Uso inadequado de alavancas 
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 Conduta: Imobilizar, tirar de oclusão e acompanhar 
 Extração de dente errado 
 Conduta: reimplantar, imobilizar e acompanhar 
 Avisar o profissional que encaminhou o paciente 
- Lesões a estruturas ósseas 
 Fraturas do processo alveolar (Geralmente por força excessiva) 
 Fraturas da tuberosidade maxilar (Complicação grave; Encaminhar para o 
CTBMF; Separar o osso do dente, reposicioná-lo e suturar novamente; Tentar 
extrair primeiramente a coroa e depois as raízes em outra sessão) 
 Fraturas de mandíbula (Complicação rara; Deve ser feita uma imobilização 
provisória e encaminha para o CTBMF). 
 Prevenção: Exame clínico e radiográfico 
 Conduta: 
- Lesões a estruturas anatômicas adjacentes 
 Lesões de nervos: 
 Mais acometidos alveolar inferior, mentoniano, lingual (Difíceis de 
recuperação), nasopalatino e bucal (Fácil recuperação) 
 Cuidados com incisões relaxantes 
 Tratamento: Expectante, medicamentoso, fisioterápico ou cirúrgico 
 Luxação da ATM: 
 Geralmente devido a exo de dentes posteriores 
 Pode ocorrer devido a máxima abertura bucal além do normal e forças 
excessivas aplicadas 
 Tratamento: Redução imediata, imobilização e medicação 
- Comunicações bucossinusais 
 Pode evoluir para uma sinusite crônica ou para uma fístula buco-sinusal 
crônica. 
 Em pequenas comunicações deve suturar o local, pedir para o paciente não 
fazer pressões negativas (Sugar com canudo e assuar, por exemplo, essa é a 
manobra de Vasalva), prescrever medicação antibiótica e algum 
descongestionante nasal. 
 Em grandes comunicações, fazer preenchimento com retalhos para fechar a 
abertura ou utilizar o tecido adiposo, prescrever medicação antibiótica e algum 
descongestionante nasal. 
 Medicação antibiótica para ambos os casos: 
 Amoxicilina 500mg + Clavulonato de potássio 300mg 
 Amoxicilina 500mg + Metronidazol 250mg 
 Amoxicilina 500mg + Clavulonato de potássio 300mg + Metronidazol 
250mg 
- Sangramento pós-operatório: 
 Pinçamento e ligadura de vasos 
 Esmagamento de vasos intra-ósseos 
 Compressão com gaze 
 Agentes hemostáticos dentro do alvéolo 
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- Infecção e atraso da cicatrização 
 Alveolite: 
 Perda do coágulo, alvéolo vazio com exposição óssea. 
 Dor intensa a partir do 3º e 4º dia de pós-operatório. 
 Dor e odor desagradável. 
 Tratamento: 
 Anestesia à distância (Ex: Não fazer bloqueio local, mas sim um 
regional) 
 Irrigar com soro fisiológico 
 Promoção de um novo coágulo através de uma curetagem 
 Suturar 
 Fazer curativo com Alveolsan ou Alveolex 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CIRURGIA 
INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS 
 
o Princípios de tratamento: 
- Avaliação geral do paciente 
- Avaliar o estado dos mecanismos de defesa do paciente 
 Doenças não controladas 
 Doenças que causam supressão 
 Medicamentos supressores 
- Avaliar suas limitações profissionais em tratar o paciente (Encaminhar para o 
CTBMF) 
 Infecção de progressão muito rápida 
 Dificuldade de respiração 
 Dificuldade de deglutição 
 Envolvimento dos espaços faciais 
 Febre elevada 
 Trismo acentuado 
 Aparência tóxica 
- Tratamento cirúrgico da infecção 
 Remover a causa (Exo) ou executar drenagem 
- Escolher e prescrever antibióticos apropriados 
Quando NÃO usar: 
 Abcesso crônico bem localizado 
 Pequenos abcessos vestibulares 
 Alveolite 
 Pericoronarite leve 
- Administrar o antibiótico de maneira apropriada 
- Terapia de suporte para o paciente 
- Avaliar frequentemente o paciente 
o Razões para o fracasso do tratamento: 
- Cirurgia inadequada 
- Comprometimento das defesas do hospedeiro 
- Presença de corpo estranho 
- Problemas com os antibióticos 
o Outras infecções: 
- Fístulas 
- Angina de Ludwing 
 Complicação por via descendente. 
 Acomete o espaço submentual, submandibulars e sublinguais bilateralmente. 
 Aumento de volume endurecido simétrico e eritematoso na região cervical 
 Febre alta 
 Encaminhar paciente ao serviço médico com extrema urgência, pois se 
demorar a ser tratado pode evoluir ao óbito. 
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 Tratamento: Eliminar a causa; Drenagem rápida; Manter as vias aéreas; 
Antibiótico EV 
- Mediastinite de origem odontogênica 
- Abcesso orbital 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CIRURGIA 
CIRURGIA PARENDODÔNTICA 
 
o A terapia endodôntica visa o selamento hermético dos canais radiculares impedindo o 
intercâmbio de líquidos oriundos dos tecidos perirradiculares ou da cavidade bucal, que 
poderiam comprometer o sucesso da terapia endodôntica. 
o Sucesso do tratamento endodôntico: 
- Eliminação dos conteúdos infectados do sistema de condutos radiculares 
- Obturação do sistema de condutos radiculares 
- Ausência de sintomatologia clínica 
- Ausência de lesão periapical 
o As cirurgias parendodônticas permitem solucionar a grande maioria dos quadros clínicos nos 
quais a conservação de dentes por tratamento feito pela via endodôntica não teve efeito. 
o Conceito: “Conjunto de procedimentos que visam resolver complicações decorrentes de um 
tratamento de canal radicular ou seu insucesso, eliminando a lesão periapical existente e 
conservando o dente causador”. 
o Tratamento ortógrado X Cirurgia Parendodôntica: 
- Tratamento endodôntico convencional – Sucesso de 85 a 95% 
- Retratamento endodôntico – Sucesso de 65 a 80% 
- Cirurgia parendodôntica – Sucesso de 50 a 60% 
- Endodontia convencional + Cirurgia – Sucesso de 95% 
o Sequência de tratamento: 
- 1º etapa: Tratamento Endodôntico 
- 2º etapa: Retratamento endodôntico 
- 3º etapa: 2º retratamento endodôntico ou cirurgia parendodôntica 
o Indicações: 
- Quando estão esgotadas as possibilidades de retratamento endodôntico pela via 
convencional 
- Presença de núcleos volumosos e grandes reabilitações protéticas 
- Perfurações radiculares que não respondem ao tratamento conservador 
- Iatrogenias ou acidentes ocorridos durante o tratamento endodôntico convencional 
 Presença de instrumentos rotatórios no conduto radicular 
 Perfuração da raiz 
 Falsa via endodôntica 
 Obturação incorreta sem possibilidade de retirar o material 
 Fragilidade dental e trabalhos protéticos 
 Sobreinstrumentação ou sobreobturação 
 Patologia periapical persistente (Deltas apicais) 
- Dificuldades anatômicas como dilacerações ou canais acessórios não obturados 
- Tratamento de lesões refratárias 
- Fraturas no 1/3 apical, associadas à rarefação óssea 
- Reabsorção apical incontrolável ou com pericementite aguda e desconforto no pós-
operatório endodôntico 
- Cirurgia em casos de anomalias anatômicas 
 Dens in dente 
 Grande curvatura do ápice 
 Anomalias radiculares 
 Sulcos e invaginações contribuem para doença periodontal 
 Risco de fraturas dentárias 
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 Extrusão dos ápices através das corticais 
 Condutos acessórios não acessíveis 
- Cirurgia pela patogenia dentária 
 Conduto obliterado por dentina secundária 
 Ápices muito abertos 
 Canais calcificados 
 Processo patológico persistente 
o Contra-indicações: 
- Dentes com doença periodontal avançada, sem suporte ósseo adequado 
- Presença de processo séptico agudo 
- Oclusão traumática 
- Ápices de difícil acesso cirúrgico 
- Raízes curtas 
- Risco de lesar estruturas anatômicas nobres 
- Quando há comprometimento sistêmico 
- Pacientes submetidos a radio ou quimioterapia (Esperar por 5 anos) 
o Considerações Importantes: 
- Considerações periodontais: 
 Cuidado com bolsas periodontais 
 Evitar incisões gengivais 
 Tratamento simultâneo 
- Considerações protéticas: 
 Cuidado com a margem subgengival 
 Evitar incisões gengivais sulculares 
- Considerações estéticas: 
 Cicatriz da incisão 
 Tatuagem por amálgama 
o Princípios básicos dos retalhos cirúrgicos: 
- Deve permitir livre acesso e boa visibilidade ao local cirúrgico 
- Deve expor por inteiro a lesão patológica sem distender ou rasgar o tecido 
- Deve proporcionar uma margem óssea sólida ao redor da lesão 
- Deve ser feito em tecido sadio para evitar complicações periodontais na cicatrização 
- Incisões verticais não devem ser feitas sobre as eminências radiculares, tecido fino 
se rasga muito fácil quando vai suturar 
- A base do retalho deve ser do mesmo tamanho ou mais ampla do que a sua 
margem livre, para manutenção do suprimento sanguíneo 
- As incisões devem abranger o periósteo, e a divulsão deve evitar dilacerações do 
mesmo 
- O mais atraumático possível. Injúrias que retardam a cicatrização como 
esmagamento, dilacerações, danos isquêmicos e reposicionamento incorreto 
- Após o deslocamento do retalho, instalar retratores com cuidado. Edemas e 
equimoses resultam de esmagamentos do retalho. 
- Nos casos em que a lesão patológica tenha perfurado a cortical, se unindo ao 
periósteo, é necessária a dissecção do tecido com bisturi. 
- Reaproximação precisa dos bordos da ferida. 
- Observar nutrição sanguínea do retalho 
- Osso descoberto leva a reabsorção 
- Suturar retalho sobre osso sadio 
- Buscar cicatrização de 1º intenção 
- Não existe cura na presença de tecido patológico 
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- Ter cuidado com bolsas periodontais 
- Evitar incisões sulculares 
- Tatuagem por amálgama (É uma das desvantagens de utilizar esse material com 
retro-obturador) 
o Técnica Cirúrgica: 
- Anestesia 
- Incisão e retalho 
- Descolamento 
- Osteotomia 
- Curetagem apical 
- Apicectomia e preparo da retrocavidade 
- Obturação retrógrada 
- Limpeza, irrigação e remodelamento ósseo 
- Sutura 
o Tipos de retalhos: 
- Retalho Semi-lunar (Partsch) 
 Forma de meia lua 
 Convexidade voltada para coroa do dente 
 Previne recessão gengival (Estético) 
 Feita acima da gengiva inserida 
 Vantagem: Ser feito um desenho simples 
 Desvantagens: Pouca visibilidade da área 
- Retalho trapezoidal ou retangular (Newmann Modificado) 
 É o mais preferido para C.P. 
 3 incisões: 1 horizontal (No sulco gengival) + 2 verticais (Dividem as papilas na 
distal) 
 Vantagens: Excelente acesso cirúrgico; Cobre qualquer defeito periodontal; 
Fácil reposição e sutura 
 Desvantagens: Leve reabsorção; Aderência ao periósteo; Ângulos agudos nas 
incisões 
- Retalho triangular (Newmann) 
 É o preferido das regiões posteriores 
 Incisão é feita um dentes antes do que vai ser operado 
 A incisão horizontal vai ser intra sulcular 
 Vantagens e desvantagens iguais ao trapezoidal 
- Retalho em concha (Luebke-Ochsenbein ou Wassmund) 
 Adaptação do semi-lunar e trapezoidal 
 Indicado para restaurações protéticas, principalmente em região anterior 
 É feito 1 incisão horizontal (4mm da gengiva inserida para evitar recessão 
gengival) e duas relaxantes verticais 
 Desvantagem: Pode deixar cicatriz hipertrófica 
- Retalho palatino: 
 Feito em 2º e 3º pré e molares 
 Incisão horizontal intra sulcular palatina 
 Forame palatino maior deve ser protegido para evitar hemorragias 
o Osteotomiapara acesso ao ápice radicular: 
- Radiografias para saber localização dos ápices radiculares 
- Dependendo da extensão da lesão, há um abaulamento da cortical óssea ou mesmo 
sua reabsorção 
- Instrumentos afiados ajudarão na localização, porque a cortical estará fina 
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- Osteotomia: Cinzéis ou alta rotação + broca esférica 
- Refrigeração com soro ou H2O destilada 
o Modalidades cirúrgicas: 
- Curetagem periapical: 
 Ele sendo como forma única de tratamento, é questionável 
 Mais indicado para casos de extravasamento de material em que o dente tem 
vitalidade e casos de pericementite apical aguda 
 Deve ser realizado após a curetagem, uma plastia apical, com um cuidadoso 
alisamento no ápice radicular 
- Apicectomia: 
 É uma ressecção da porção apical da raiz 
 A amputação do ápicel radicular elimina a possibilidade de lesões refratárias 
 É feita com brocas de alta, entre 45º a 90º com o longo eixo da raiz 
 Quanto maior a angulação na raiz, maior é quantidade de canalículos 
dentinários expostos e, maior a permeabilidade do ápice radicular 
 Deve irrigar bastante com soro fisiológico 
 Indicações: Reabsorções do ápice; Perfurações; Fratura apical com necrose; 
Rizogênese incompleta; Curvaturas, calcificações ou variações anatômicas 
- Obturação retrógrada convencional: 
 Indicado quando não se tem certeza da qualidade do material utilizado após o 
T.E.C. 
 O preparo da cavidade lembra a Classe I de dentística 
 Não pode ter menos que 2 a 3mm de profundidade 
 Não execução da técnica, deve irrigar bastante 
 Na inserção do material, recomenda-se secar com cones de papel absorvíveis 
estéreis, fazer condensação e brunidura. 
- Tratatamento endodôntico retrógrado: 
 O insucesso do tratamento endodôntico é condicionado à permanência de 
microrganismos nos interior do sistema de canais radiculares 
 Em algumas situações mesmo a apicectomia, retrocavidade e obturação 
retrógrada, não são suficientes para assegurar a eliminação das bactérias 
 Assim, o tratamento endodôntico retrógrado é necessário nos casos onde 
houve a impossibilidade do retratamento endodôntico ou quando não se tem 
certeza da qualidade do selamento apical 
 Ele deve abranger a área, desde o vértice do ápice radicular até o ponto onde 
houve a obstrução do canal radicular, no sentido ápico-coronal 
 Este passo pode ser executado manualmente com limas convencionais ou 
através de instrumentos ultra-sônicos 
 A obturação segue os passos da técnica convencional com o uso de guta-
percha 
- Cirurgia com obturação simultânea e apicectomia 
o Cuidados com o Ápice Radicular: 
- A parte apical remanescente deve ser arredondada, eliminando os ângulos com o uso 
de micro-limas ou limas periodontais delicadas 
- As bordas da loja óssea são arredondadas com o uso de uma lima para osso com 
irrigação e aspiração abundantes 
- A loja cirúrgica é exaustivamente irrigada com solução fisiológica para a remoção de 
espículas e fragmentos ósseos 
o Reposicionamento do retalho e sutura: 
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- O retalho deve ser adequadamente reposicionado sobre a loja cirúrgica a fim de 
evitar recessões gengivais ou retardos no processo de reparo 
- Uma ligeira compressão com gaze pode ser feita para melhor adaptação dos retalhos 
e para garantir hemostasia 
- As suturas podem ser feitas com pontos interrompidos e fio de seda 3-0 ou 4-0 
- Devem iniciar pelos ângulos, seguir pela incisão horizontal e em seguida as verticais 
- As papilas interdentárias podem ser suturadas com pontos interrompidos 
o Materiais para obturação retrógrada: 
- Amálgama de prata (Sem zinco) 
- Cimentos a base de O.Z.E. 
- IRM 
- Guta percha termoplastificada 
- Resinas compostas 
- Cimento de ionômero de vidro 
- Cianocrilato 
- MTA 
- Laser Nd:YAG (Bactericida + Alteração da estrutura dos túbulos dentinários) 
o Complicações 
o Insucesso na Cirurgia Parendodôntica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DENTÍSTICA 
RESTAURAÇÕES EM RESINA COMPOSTA 
 
o Características da Resina Composta: 
- É um material plástico 
- Indicado para restaurações diretas 
- É semi-permanente 
o A Resina Composta tem sua estrutura formada por vários componentes: 
- Matriz orgânica: 
 Formada pelos monômeros resinosos BIS-GMA, UDMA (Foram os primeiros a 
serem desenvolvidos, logo, é muito viscoso; Para restauração em dentes 
posteriores, o ideal é que o material seja mais viscoso, pois ele promove ao 
material maior resistência e menor contração de polimerização), TEG-DMA 
(Utilizado para diminuir a viscosidade de outros monômeros como o BIS-GMA; 
Serve para compensar o alto peso molecular, a capacidade de polimerização e 
a contração das cadeias quando são ligadas entre si e serve também para 
controlar a viscosidade), entre outros monômeros. 
 Essa fase é responsável pelas propriedades negativas das Resinas 
Compostas devido à contração de polimerização, sorção em água, alto 
coeficiente de expansão térmica linear e pelo desgaste. 
 OBS: Foi introduzido no mercado um novo componente orgânico, o silorano, 
que tem a capacidade de contrair menor de 1% durante a fase de presa do 
material e isso é uma grande inovação para a Odontologia Restauradora. 
- Carga inorgânica: 
 Essa fase é formada por partículas de vidro, quartzo e/ou sílica, presente em 
diferentes formas e tamanhos. 
 O tipo e a quantidade de partícula inorgânica estão diretamente ligados às 
propriedades finais do material. Mesmo sendo componentes inertes são 
responsáveis pela melhoria das características das resinas. 
- Agente de união (Silano): 
 As cargas inorgânicas não possuem adesão à matriz orgânica. Por esta razão, 
durante o processo de fabricação, as partículas de carga são cobertas por um 
agente de união, como o silano. 
 Silano é um material anfótero, pois é uma molécula bifuncional, capaz de unir 
dois materiais diferentes, tanto a carga inorgânica como a matriz inorgânica. 
- Sistema acelerador-iniciador: 
 É o mecanismo responsável pela polimerização dos compósitos. 
 Pode ocorrer através de um processo químico (O peróxido de benzoíla é o 
iniciador) ou por fotopolimerização (A canforoquinona é o iniciador). 
o Fases da polimerização: 
- Fase pré-gel: Fase inicial onde a resina sofre deformação devido a grande 
mobilidade que as moléculas apresentam. Tal deformação dissipa as tensões 
decorrentes da contração. 
- Ponto gel: Fim do reposicionamento molecular. 
- Fase pós-gel: Onde toda contração é acompanhada de estresse. 
o Classificação dos compósitos: 
- Macroparticulada: 
 Difícil de polir 
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 Alta rugosidade 
 Favorece ao manchamento 
 Desgaste prematuro 
 Favorece a retenção de placa bacteriana 
 Tamanho das partículas 1 a 5 nanômetros. 
 Maior resistência física, porém elas se desprendem da “massa” da resina e 
deixam crateras que promovem depósito de microrganismos. Possui alta 
rugosidade superficial e péssimo polimento. 
- Microparticulada: 
 Boa lisura superficial após o polimento 
 Baixa resistência 
 Contra-indicada para dentes posteriores, devido às regiões com cargas 
oclusais 
 Indicada para Classe III, IV, V e para cicatrículas e fissuras 
 Tamanho das partículas 0,02 a 0,07 nanômetros. 
 Menores do que as macroparticuladas. Por serem moléculas pequenas e 
regulares, elas não resistem aos esforços mastigatórios, assim ela tem baixa 
resistência mecânica e é indicada para dentes anteriores, pois permite melhor 
acabamento e polimento quando comparada às macroparticuladas. 
- Híbrida: 
 Lisura superficial aceitável 
 Alta resistência 
 Indicada tanto para dentes anteriores quanto para posteriores 
 Tamanho das partículas 0,04 a 6 nanômetros. 
 Temcaráter universal, pois é indicada tanto para posterior quanto para 
anterior. 
- Microhíbrida: 
 Lisura superficial aceitável 
 Alta resistência 
 Indicada tanto para dentes anteriores quanto para posteriores 
 Tamanho das partículas 0,04 a 1 nanômetro. 
 Tem caráter universal, pois é indicada tanto para posterior quanto para 
anterior, porém tem mais vantagens estéticas quando comparadas às híbridas. 
- Nanoparticulada: 
 É utilizada uma nova tecnologia, denominada nanotecnologia. 
 Alta resistência 
 Boa lisura superficial 
 É um aglomerado nanomérico, possui melhor contração, é mais fluida, tem 
excelente polimento, lisura superficial e manutenção do brilho. 
o Outras classificações: 
- Cerômeros: 
 Poliglass: Foi feita a inclusão de monômeros acrilatos multifuncionais que 
mostram alto grau de conversão. Na fase inorgânica a incorporação de vários 
vidros (Ba, Al, B, F, Si e outros). 
 Cerômeros: Apresenta um sistema de catalizadores que promovem uma 
polimerização mais homogênea. 
- Ormocer: 
 Apresenta fase orgânica/inorgânica de polisiloxano cerâmico (SiO4). 
 Segundo o fabricante não apresenta monômeros residuais e contração menor. 
- Policarbonato: 
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 Apresenta fase orgânica com BIS-GMA e o PCDMA 
- Resinas inteligentes 
- Viscosidade: 
 Flow 
o Fotoativação: 
- Luz halógena: Os primeiros aparelhos utilizavam a radiação ultravioleta, sendo 
substituída pela luza visível (Espectro azul). A vantagem é a maior profundidade de 
polimerização em um tempo mais curto. 
- Vantagens da fotoativação: 
 Menor porosidades (Sem incorporação) 
 Maior tempo de trabalho 
 Menor tempo de presa 
 Caracterização das restaurações 
 Menor quantidade de excessos 
- Deve ser levado em consideração: 
 A profundidade da polimerização 
 O tempo de radiação 
 A intensidade da fonte 
 A distância da ponta emissora 
 A cor do material 
- Técnicas de fotoativação para a luz halógena: 
 Contínua: 
 Intensidade constante 800mW/cm2 
 Potência máxima do aparelho 
 20 a 40s 
 Não estende a fase pré-gel 
 Gera um maior estresse na interface adesiva 
 Contínua melhorada: acima de 1000mW/cm2 
 Escalonada (Step): 
 Dois tempos (Um de baixa e outro de alta intensidade) 
 Tempos pré-definidos pelo aparelho 
 Gera um menor estresse na interface adesiva 
 Progressiva: 
 Começa de baixa e vai crescendo a intensidade 
 Tempos pré-definidos pelo aparelho 
 Gera um menor estresse na interface adesiva 
 Pulsátil: 
 Alterna a baixa e alta intensidade 
 Cada incremento é fotopolimerizado por 5s em baixa potência 
 Banho de luz ao fim da restauração de 1min por face, em potência 
máxima 
 Técnica que gera o menor estresse de contração de polimerização e 
melhor adaptação marginal 
 Técnica que tem sido mais indicada pela literatura 
o Fotoativação a LED e suas características: 
- Apresentam economia de luz 
- Baixa formação de calor 
- Longa durabilidade 
- Intensidade de luz constantes 
- Incompatível com sistemas que utilizam iniciadores como oPPD e a lucerina. 
Essas técnicas 
visam prolongar a 
fase pré-gel para 
promover uma 
melhor 
acomodação da 
resina. 
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16 
 
o Contração de polimerização: 
- Apesar de toda evolução, as resinas contraem até 7% em volume, o que pode gerar 
um gap (Fendas). Gerando sensibilidade, manchamento e recidivas. 
- Contração x Módulo de elasticidade do compósito: Quanto maior o módulo de 
elasticidade, mais rígido é o material, maior a transmissão das tensões oriundas da 
contração. 
- Outro aspecto é o tipo de cavidade, assim foi criado o fator C. 
 Fator C = nº de paredes aderidas 
 nº de paredes livres 
 Quanto maior o fator C, maior o estresse gerado. 
o Alternativas para evitar a contração de polimerização: 
- Técnica incremental: Incrementos inferiores a 2mm 
- Quanto menos contato dos incrementos com as paredes da cavidade é melhor, 
porque permite que o material se contraia e não se destaque das paredes. 
o Propriedades da Resina Composta: 
- Conteúdo de partículas inorgânicas: 
 Quanto maior a quantidade de partículas inorgânicas, menor a contração de 
polimerização, sorção de água e resistência ao desgaste, por outro lado mais 
difícil será o polimento. 
- Estabilidade de cor: 
 Maior estabilidade de cor em relação às resinas acrílicas. 
- Propriedade Mecânica: diretamente relacionado com: 
 Percentual de carga (Fratura friável) 
 Tipo de carga 
 Eficácia do agente de ligação 
 Porosidade do material (Menor a porosidade, maior a resistência. RC são 
pouco porosas). 
o Grau de conversão: 
- 65 – 68 – 70% dos monômeros se ligam entre si, pois parte do material não se liga 
ao outro. 
- Quanto maior o percentual, mais vantajoso, pois ela fica mais rígida passando a ter 
mais resistência. 
o Quais as principais implicações das contrações de polimerização dos materiais resinosos 
nos elementos dentários? 
- Falhas adesivas 
- Microinfiltrações 
- Falta de adaptação 
- Margem de pigmentação 
- Trincas 
- Sensibilidade pós-operatória 
o Sensibilidade é o maior problema relatado pelos pacientes submetidos à restauração com 
RC. Isso ocorre por que: 
- Não houve uma adequada fotoativação (Acima de 3 cm longe do local a ser 
fotoativado, cai 90% a quantidade de energia necessária para garantir uma boa 
conversão dos monômeros em polímeros). 
- Não houve um adequado controle de evaporação do sistema adesivo. 
- Houve falta de inserção incremental. 
- Erro na escolha do material condizente com a cavidade. 
o Há dois materiais com mesmo tamanho de partículas, porém um possui 35% de carga 
inorgânica e outro com 65%. Qual deles se contrai mais? 
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17 
 
- O de 35%, pois possui maior quantidade de matriz orgânica. Entretanto, o de 65% 
pode ter melhor acabamento e lisura e tem maior fluidez. 
o As cores das resinas são classificadas com base em três dimensões: 
- Matiz: É o que distingue uma família de cor de outra. Exemplo: Vermelho de 
amarelo, verde de azul. 
- Croma: Característica que descreve a saturação ou intensidade de um determinado 
matiz. Nos dentes naturais, o croma é a característica relacionada essencialmente à 
dentina. O esmalte age como um filtro, atenuando a percepção da cor dentinária. O 
croma aumenta de forma progressiva na medida em que a espessura de esmalte 
diminui. 
- Valor: Representa a luminosidade da cor. É a qualidade pela qual distinguimos uma 
cor clara de uma cor escura. O valor está relacionado à quantidade de pigmento 
branco existente. Quanto mais branco o objeto, maior será o valor, pois uma maior 
quantidade de luz será refletida. 
o Efeitos ópticos das resinas: 
- Translucidez e Opacidade: Efeito que mede a quantidade de luz que passa pelo 
objeto. 
- Fluorescência: Característica natural da dentina. Sob luz de baixo comprimento de 
onda, o dente reflete cor azul claro ou branco intenso. 
- Opalescência: Sob luz de alto comprimento de onda, o esmalte reflete luz cinza 
azulado. 
o Restaurações em Resinas Compostas para Dentes Anteriores: 
- Cavidades menores 
- Fator C mais favorável 
- Maior influência dos iluminantes 
- Maior exigência estética 
- Confecção de bisel: 
 Aumento da área de esmalte no ângulo cavo-superficial 
 Proporciona uma melhor estética 
 A extensão deve ser de cerca de 0,5mm do limite de esmalte sadio 
 Apenas na vestibular 
o Restaurações em Resinas Compostas para Dentes Posteriores: 
- Desgaste de superfície 
- Contato proximal deficitário 
- Contorno anatômico complexo 
- Sensibilidade pós-operatória 
- Infiltração marginal 
- Técnica sensível 
- Durabilidade questionável 
- A única resina não-indicada para dentes posteriores são as resinas 
microparticuladas. 
o Uso de cunhas e matrizes: 
- Conferemà cavidade o contorno correto da porção proximal da restauração. 
- Utilizada para não deixar excessos interproximais 
o Acabamento e polimento: 
- Pontas diamantadas F e FF 
- Pontas multilaminadas 
- Borrachas abrasivas 
- Discos e lixas 
- Pastas de polimento, discos de feltro e escovas de robinson 
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18 
 
PASSO-A-PASSO DA RESTAURAÇÃO DE RESINA COMPOSTA CLASSE I e V 
1. Profilaxia (Com escova de Robinson e pasta profilática) no arco a ser executada a restauração 
2. Seleção de cor 
3. Anestesia 
4. Isolamento absoluto do campo operatório 
5. Confecção de preparo cavitário de Classe I com profundidade média (Cerca de 1 ½ diâmetro da ponta diamantada 1014) 
6. Realizar o condicionamento do esmalte com ácido fosfórico a 37% por 15 segundos iniciais, seguido do condicionamento 
da dentina por 15 segundos. Tempo total do condicionamento no esmalte: 30 segundos; da dentina: 15 segundos. Em 
seguida lava-se a cavidade com spray água/ar por pelo menos 60 segundos. Seca-se o esmalte com jatos de ar, 
protegendo a dentina com bolinha de algodão. Absorve-se a umidade da dentina com bolinhas de algodão ou papel filtro 
sem, no entanto, desidratá-la 
7. Aplicação do adesivo e fotoativação por 20 segundos 
8. Inserção de resina composta em incrementos de até 2 mm na base de cúspide unindo o menor número de paredes 
cincundantes possível (Evita-se o fator C) e fotoativação por 40 segundos cada incremento 
9. Nos últimos incrementos observar a escultura da anatomia oclusal do dente em questão 
10. Terminada a restauração remove-se o(s) grampo(s), as amarrias, dique de borracha e arco. 
 
 
 
PASSO-A-PASSO DA RESTAURAÇÃO DE RESINA COMPOSTA CLASSE II 
1. Profilaxia (Com escova de Robinson e pasta profilática) no arco a ser executada a restauração 
2. Seleção de cor 
3. Anestesia 
4. Confecção de preparo cavitário de Classe II com profundidade média (Cerca de 1 ½ diâmetro da ponta diamantada 1014) 
na oclusal, e na(s) caixa(s) proximal(is) com ponta diamantada 1092. Observar a proteção do dente adjacente com matriz 
metálica durante o preparo cavitário 
5. Com o dente adjacente protegido, realiza-se condicionamento de todo o esmalte com ácido fosfórico a 37% por 15 
segundos iniciais, seguido do condicionamento da dentina por mais 15 segundos. Tempo total do condicionamento no 
esmalte: 30 segundos; Em seguida enxágue com spray água/ar por pelo menos 60 segundos. Seca-se o esmalte com 
jatos de ar, protegendo a dentina com bolinha de algodão. Absorve-se a umidade da dentina com bolinhas de algodão ou 
papel filtro sem, no entanto, desidratá-la 
6. Aplicação do adesivo e fotoativação por 20 segundos 
7. Remoção da proteção metálica dos dentes adjacentes 
8. Instalação do sistema matriz/cunha selecionado no dente a ser restaurado (Ex.: Unimatrix; Tofflemire; cunhas translúcidas) 
9. Inserção de resina composta em incrementos oblíquos na(s) caixa(s) proximal(is) de até 2 mm e fotoativação por 40 s 
cada incremento. Após preenchimento da(s) proximal(is), inicia-se a inserção de resina na caixa oclusal na base de 
cúspide unindo o menor número de paredes cincundantes possível (Evita-se o fator C), e fotoativação por 40 segundos 
cada incremento 
10. Nos últimos incrementos observar a escultura da anatomia oclusal do dente em questão 
11. Terminada a restauração remove-se o(s) grampo(s), as amarrias, dique de borracha e arco. 
 
 
PASSO-A-PASSO DA RESTAURAÇÃO DE RESINA COMPOSTA CLASSE III e IV 
1. Profilaxia dos dentes anteriores envolvidos no isolamento 
2. Realizar a seleção de cor com o auxílio de escala de cor (Aplicar uma pequena bolinha de resina no terço médio da face vestibular do 
dente a ser restaurado e fotoativar para checar se realmente a cor esta compatível com o dente a ser restaurado. Em caso de n egativa 
repetir a etapa anterior). Isolar os dentes anteriores e proteger o dente vizinho com matriz de aço e cunha de madeira. Confeccionar o 
preparo utilizando uma ponta diamantada esférica compatível com o tamanho da cavidade e dente a ser restaurado (1013; 1014). 
Confeccionar bizel sobre o cavo superficial com extensão compatível com o tamanho do preparo (2,0mm) utilizando ponta diamantada 
afiladas ou e forma de chama posicionada 45º em relação a vestibular do dente. 
3. Posicionar fita de poliéster e cunha de madeira no espaço interproximal para proteger o dente vizinho do condicionamento ácido. Aplicar o 
ácido nas margens de esmalte, aguardar 15s e aplicar na dentina, aguardar mais 15s e lavar com spray de ar e água. Remover o excesso 
de água e secar a cavidade com auxílio de círculos de papel absorvente. 
4. Remover a tira de poliéster e recolocar a cunha de madeira para aplicação do primer/adesivo com o auxilio de um microbrush. Leve jato 
de ar a distância (evaporação do solvente) e fotoativação por 20s.Recolocar tira de poliéster e aplicar o primeiro incremento de resina 
reconstituindo o esmalte palatino. Para tanto deve-se aplicar leve pressão com o dedo a tira de poliéster por palatina para uma perfeita 
adaptação da mesma ao cavo superficial do preparo. Fotoativar por 40s. 
5. Aplicar o segundo incremento de resina reconstituindo o esmalte proximal e fotoativar por 40s. Remover a tira de poliéster e cunha de 
madeira. Aplica o terceiro incremento de resina reconstituindo a dentina lembrando de deixar espaço para o último incremento de resina 
de esmalte que ira recompor a anatomia vestibular do dente. Neste momento podemos utilizar pincel pêlo de Marta 00 e/ou espát ulas de 
silicone (TDV) para acomodar e dar lisura superficial a resina e fotoativar por 40s. Realizar acabamento com tiras de lixa para resina e 
pontas diamantadas afiladas e em forma de chama de acabamento ultrafino onde e quando necessário. 
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19 
 
DENTÍSTICA 
PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINA-POLPA 
 
o Dentina X Polpa: 
- O conjunto esmalte e dentina é a estrutura responsável pela proteção biológica da 
polpa. 
- Ao mesmo tempo estes tecidos se protegem mutuamente. 
- O esmalte é um tecido duro (98% mineral), resistente ao desgaste, impermeável e 
bom isolante elétrico. 
- O esmalte protege a dentina que é permeável, pouco resistente ao desgaste e boa 
condutora de eletricidade. 
- A dentina, graças à sua resiliência, protege o esmalte que pela sua dureza e alto 
grau de mineralização, é extremamente friável. 
o Dentina: 
- Tipos de dentina: 
 Dentina primária: 
 Mais superficial 
 Produzida por odontoblastos 
 Túbulos bem organizados, regulares e paralelos entre si 
 Bem mais permeável 
 Dentina secundária: 
 Produzida por odontoblastos através de estímulos fisiológicos 
(Alimentação, mudanças de temperatura, etc) 
 Responsável pela diminuição da câmera pulpar 
 Túbulos mais tortuosos e de menor densidade em relação a dentina 
primária. 
 Dentina terciária: 
 É produzida através de estímulos patológicos, diante de uma agressão. 
 É menos mineralizada e extremamente porosa 
 Produção rápida gera a dentina reparadora e a lenta gera a reacional 
 É menos mineralizada e extremamente porosa 
 Existe também a dentina esclerosada, que é associada ao envelhecimento. 
o Tecido pulpar: 
- A polpa dentária é um tecido conjuntivo altamente diferenciado, ricamente inervado, 
vascularizado e, consequentemente, responsável pela vitalidade do dente. 
- As características da polpa dentária são produzir dentina e alertar, por meio da dor, 
qualquer injúria ao elemento dentário. 
- A polpa proporciona nutrição à dentina através dos prolongamentos odontoblásticos. 
- Quando a polpa é sujeita a injúria ou irritações mecânicas, térmicas, químicas ou 
bacterianas, desencadeia uma reação efetiva de defesa. 
- Essa reação defensiva é caracterizada pela formação de dentina reparadora (Injúria 
menor) ou por uma reação inflamatória (Injúria maior). 
- Sempre que um dente tenha necessidade deser restaurado é necessário que a 
vitalidade pulpar seja preservada por meio de adequada proteção. 
- As proteções do complexo dentinho-pulpar consistem da aplicação de agentes 
protetores. 
- Funções da polpa: 
 Formativa 
ESTÁGIO V 
20 
 
 Nutritiva 
 Sensorial 
 Defesa 
o A permeabilidade dentinária varia: 
- Idade do dente 
- Grau de mineralização dos túbulos 
- Modificações teciduais da dentina 
- Localização na própria dentina 
- Razão entre os túbulos e a dentina intertubular 
- Presença de qualquer substância capaz de alterar a condutividade de fluidos através 
dos túbulos 
o Proteção do complexo dentinho-pulpar: 
- Idade do paciente, condição pulpar e profundidade da cavidade são aspectos que 
devem ser considerados ao realizar a proteção. 
- Existem duas técnicas distintas que podem ser utilizadas na proteção do complexo 
dentinho-pulpar: 
 Proteções indiretas: Aplicação de agentes seladores, forradores e/ou bases 
protetoras nas paredes cavitárias. 
 Manter a vitalidade pulpar 
 Inibir o processo carioso 
 Reduzir a microinfiltração 
 Estimular a formação de dentina reparadora 
 Proteções diretas: Aplicação de um agente protetor diretamente sobre o tecido 
pulpar exposto. 
 Manter a vitalidade pulpar 
 Promover o restabelecimento da polpa 
 Estimular a formação de dentina reparadora 
o Um material protetor será considerado ideal se tiver as seguintes características: 
 Ser um bom isolante térmico e elétrico 
 Ser bactericida e bacteriostático 
 Ter adesão à estrutura dentária e melhorar vedamento marginal 
 Estimular a formação de dentina reparadora e/ou reacional 
 Evitar infiltração de elementos tóxicos dos materiais restauradores 
 Produzir analgesia e ser biocompatível 
o Agentes protetores utilizados: 
- Vernizes cavitários: 
 São compostos à base de resina dissolvida em clorofórmio, éter ou acetona 
 O solvente evapora-se rapidamente, deixando uma película forradora que veda 
com eficiência a superfície dentinária. 
 Funções de diminuir a infiltração marginal e evitar o escurecimento da 
estrutura dentária 
- Hidróxido de cálcio: 
 Bastante difundidos e muito utilizados 
 Comprovada propriedade de estimular a formação de dentina reparadora e 
esclerótica 
 Hemostático 
 Possui pH alcalino, logo neutraliza a acidez da cavidade 
 É biocompatível, bacteriostático e anti-bacteriana 
 Pode ser utilizado nas seguintes formas de apresentação: 
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21 
 
 Solução de hidróxido de cálcio: 
 Solução de hidróxido de cálcio P.A. em água destilada, numa 
concentração de aproximadamente 0,2% 
 Conhecido também como água de hidróxido de cálcio. 
 Atua como hemostático nos casos de exposição pulpar. 
 Hidróxido de cálcio pró-análise (P.A.): 
 Hidróxido de cálcio em pó. 
 Utilizado quando ocorre exposição pulpar acidental. 
 Cimentos de hidróxido de cálcio: 
 Apresentam relativa dureza e resistência mecânica 
 Apresentam-se em forma de suas pastas, uma base e outra 
catalisadora 
 A pasta base é constituída por dióxido de titânio em glicol 
salicilato, com um pigmento 
 A pasta catalisadora é composta de hidróxido de cálcio, óxido de 
zinco em etiltolueno sulfonamida 
 Propriedades inadequadas: Falta de adesão micromecânica ou 
química com a dentina; Não co-polimerização com os materiais 
restauradores resinosos; Elevada solubilidade em meio aquoso; 
Baixa resistência mecânica; Limitada atividade antibacteriana. 
- Cimentos dentários: 
 Os cimentos dentários possuem as mais diferentes composições e 
comportamentos físicos e biológicos 
 Os mais utilizados em forramentos e proteção são: 
 Fosfato de zinco: 
 Não apresenta adesão à estrutura dentária 
 Altamente solúvel 
 Pode promover irritação pulpar devido ao seu pH ácido 
 Bom isolante eletro-térmico 
 Óxido de zinco e eugenol: 
 Apresenta efeito terapêutico sobre a polpa 
 Baixa resistência mecânica 
 Péssima adesividade à estrutura dental 
 Inibe a polimerização das resinas compostas e adesivos 
dentinários 
 Ionômero de vidro: 
 Adesividade às estruturas dentárias por quelação 
 Promove a remineralização pela liberação de flúor 
 Coeficiente de expansão térmica-linear próximo ao da dentina 
 Biocompatível 
 Excelente resistência como protetor e/ou forrador 
 Indicações: Proteção pulpar; Adequação do meio bucal; ART; 
Restaurações em dentes decíduos e permanentes; Agente 
cimentante; Selamento de cicatrizes e fissuras. 
- Adesivos dentinários: 
 Utilizados, em proteção pulpar, como selante cavitário 
 Excelente adesão à estrutura dental 
 Seu monômero residual é irritante à polpa 
 Deve ser utilizado após a aplicação de um ácido fosfórico 
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22 
 
o Cavidades e suas proteções: 
- Cavidades superficiais: Não se aplica nenhum tipo de proteção pulpar, apenas o 
material restaurador. 
- Cavidades raras: Não se aplica nenhum tipo de proteção pulpar, apenas o material 
restaurador. 
- Cavidades médias: Cavidades com mais de 1mm e menos de 2mm de estrutura 
remanescene entre o assoalho e a polpa. 
 Restaurações em resina composta: Adesivo dentinário 
 Restaurações em amálgama: Verniz cavitário 
- Cavidades profundas: Cavidades com mais de 0,5mm e menos de 1mm de estrutura 
remanescente entre o assoalho e a polpa. 
 Restaurações em resina composta: CIV e adesivo dentinário 
 Restaurações em amálgama: IRM e verniz cavitário 
- Cavidades muito profundas: Cavidades com menos de 0,5mm de estrutura 
remanescente entre o assoalho e a polpa. 
 Restaurações em resina composta: pasta de HCa, CIV e adesivo dentinário 
 Restaurações em amálgama: pasta HCa, IRM e verniz cavitário 
- Cavidades muito profundas onde a polpa é exposta: 
 Restaurações em resina composta: pó de HCa P.A., CIV e adesivo dentinário 
 Restaurações em amálgama: pó de HCa P.A., IRM e verniz cavitário 
 CAPEAMENTO PULPAR DIRETO 
o Tratamento conservador da polpa: 
- Capeamento pulpar direto: 
 Passo-a-passo: 
 Limpeza com solução de Ca(OH)2 
 Aplica-se primeiramente o otosporin, logo depois o pó/pasta de 
hidróxido de cálcio e depois o cimento de hidróxido de cálcio. 
 Restauração provisória (CIV) ou imediata (Resina/amálgama) 
 Parâmetros para indicação: 
 Exposição acidental 
 Polpa não contaminada 
 Sangramento que não seja abundante 
 Isolamento absoluto 
 Idade do dente pós-erupção 
- Capeamento pulpar indireto ou Tratamento expectante: 
 Proteção indireta que consiste na aplicação de materiais com propriedades de 
estimular a formação de dentina reacional e/ou esclerótica; Reduzir a 
microinfiltração; Mantem a vitalidade pulpar; Inativar as bactérias; Bloquear 
agressões à polpa 
 A dentina necrótica e a infectada devem ser removidas, preservando a dentina 
afetada. 
 O objetivo é promover a recuperação da polpa em fase reversível e 
remineralizar a dentina. 
 Utiliza-se cimento de HCa e CIV 
 Evitar o uso de materiais que contenham eugenol, por seu poder de irritação à 
polpa. 
 O tratamento restaurador definitivo deverá ser realizado entre 45 e 120 dias 
após o tratamento expectante. 
 Remover o cimento temporário e a dentina que não foi remineralizada. 
 Proceder como uma cavidade muito profunda. 
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23 
 
 Passo-a-passo: 
 Limpar com solução de Ca(OH)2 
 Aplicar pó/pasta de Ca(OH)2 
 Restaurar provisoriamente com CIV 
 Retornar com 45-60 dias 
 Fazer nova abertura, remover toda dentina, proteção pulpar e restaurar 
definitivamente. 
- Curetagem pulpar: 
 Remoção parcial da polpa coronária. 
- Pulpotomia: 
 Remoção total da polpa coronária. 
o Proteção X Base: 
- Proteção ou forramento: Obliteração dos túbulos e isolamento termo-químico-
elétrico do complexo dentino-pulpar. 
 Finas camadas. 
- Base: “Dentinaartificial” em cavidades profundas. 
 Camadas mais espessas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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24 
 
DENTÍSTICA 
PLANO DE TRATAMENTO INTEGRADO 
 
o O diagnóstico é um processo que se inicia quando o paciente adentra o consultório, com sua 
queixa principal e jamais se esgota no primeiro contato. 
o Avaliação: 
- Dados biográficos 
- Queixa principal 
- História da queixa principal 
- História médica 
- Antecedentes médicos sociais e familiares 
- Revisão dos sistemas 
- Exame físico 
- Exames laboratoriais e de imagem 
o Prevenção: 
- Avaliação das condições pré-existentes e conhecimento da história prévia 
- Consequências: Modificação ou não da conduta e ganho de tempo em caso de 
urgências e emergências 
- Assistir o paciente globalmente e não somente nas suas áreas enfermas 
o Paradigma de promoção de saúde: 
- Controle de atividade de cárie 
- Controle dos fatores etiológicos e determinantes 
- Controle de higiene (Biofilme) 
- Aconselhamento de dieta 
- Aplicação tópica de flúor 
- Monitoramento do paciente 
o Como fazer? 
- Identificar 
- Dignosticar 
- Planejar 
- Tratar 
- Manter 
o Plano de tratamento individualizado: 
- Urgências: 
 Dor 
 Estética fundamental 
 Traumatismos 
 Lesões com envolvimento sistêmico 
- Controle da atividade de doença: 
 Controle da doença periodontal 
 Orientação ao paciente 
 Remoção de cálculos 
 Remoção de resto residual 
 Controle da cárie 
 Aplicações de flúor 
- Cirurgias 
- Endodontias 
- Tratamento restaurador / Protético 
- Reavaliação do paciente e proservação 
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25 
 
DENTÍSTICA 
CLAREAMENTO DENTAL 
 
o É o tratamento por meio do qual procura-se clarear dentes com alteração de cor, através da 
utilização de agentes clareadores oxidantes, deixando-os mais claros. 
o Técnica que visa clareamento dos dentes através de reações químicas ou mecânicas. 
o Etiologia das alterações cromáticas – Tipos de manchas: 
- Fatores extrínsecos: Manchas extrínsecas (Mais fáceis) 
- Fatores intrínsecos: Manchas intrínsecas (Mais difíceis) 
o Manchas extrínsecas: 
- Pigmentos que aderem à superfície dental ou à película adquirida (Chá, café, fumo, 
bactérias cromogênicas, etc) 
- Depósito ou elaboração de substâncias através de defeitos no esmalte ou dentina, 
quando exposta. 
- Fatores causadores: 
 Acúmulo de placa e tártaro 
 Cárie, manchamento na interface dente/restauração 
 Bebidas e alimentos corantes 
 Cigarro 
 Bactérias cromógenas 
- Respondem bem a profilaxia com jato abrasivo ou ultra-som. 
o Manchas intrínsecas: 
- Quando o pigmento se localiza no íntimo da estrutura dental 
- Tipo: 
 Congênita: A alteração ocorre no momento da formação do dente. 
 Dentinogênese imperfeita: É uma alteração de desenvolvimento na 
estrutura de esmalte e dentina. 
 Amelogênese imperfeita: É uma alteração de desenvolvimento na 
estrutura de esmalte e dentina. Os dentes com alteração estrutural e 
mostram-se opalescentes com uma tonalidade que pode variar do cinza, 
marrom ou amarelo-marrom; Tratamento: Restaurador. 
 Hipoplasia do esmalte: É uma redução na espessura ou quantidade de 
esmalte formado; Tratamento: Microabrasão + restauração; Acomete 
terço médio. 
 Fluorose: A alta concentração de flúor causa alteração metabólica nos 
ameloblastos, que resulta em uma matriz defeituosa e em calcificação 
inadequada; Tratamento: Clareamento dental (Leve) 
 Microabrasão (Moderada) 
 Restaurador (Severa) 
 Hepatite neonatal 
 Doenças sistêmicas 
 Tetraciclina ou derivados: Quelação do cálcio pela tetraciclina, que se 
incorpora ao hidroxiapatita 
 Adquirida: 
 Icterícia grave 
 Eritroblastose fetal 
 Tetraciclinas: Moléculas do antibiótico são incorporadas na dentina 
durante a calcificação do dente. Ocorre entre o 2º trimestre de gravidez 
até os 8 anos de idade; Tratamento: Grau I - Clareamento 
Grau II – Clareamento ou restaurador 
Grau III - Restaurador 
Pré-eruptiva 
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26 
 
 Traumatismos: Eritrócitos que penetram nos túbulos dentinários sofrem 
hemólise, liberando hemoglobina que degradam-se em ferro que 
combina-se com sulfereto de hidrogênio, formando a coloração escura. 
Tratamento: Clareamento dental. 
 Impregnações metálicas 
 Tratamento endodôntico incorreto: Restos necróticos deixados na 
câmara pulpar e excessos de cimentos obturadores podem levar ao 
escurecimento dental. Tratamento: Clareamento dental. 
 Envelhecimento dental 
o Quais os agentes clareadores? 
- Icterícia 
- Hipoplasia 
- Fluorose 
- Eritoblastose 
- Envelhecimento dental 
- Tetraciclina tipo 1 e 2 
- Traumatismo 
o Indicações: 
- Dentes que apresentem coloração amarelada ou escurecida 
- Dentes com manchamentos superficiais (Manchas extrínsecas) 
- Dentes que apresentam manchamentos por tetraciclina grau I e II 
- Alterações cromáticas relacionadas ao envelhecimento dentário, traumatismo dental 
ou necrose pulpar 
- Dentes com alteração intrínseca da cor, provocada por sarampo, febre reumática, 
porfiria congênita, eritroblastose fetal e escarlatina. 
o Classificação: 
- Quanto à condição do dente: 
 Vital 
 Não vital 
- Quanto à técnica: 
 Clareamento vital caseiro: Moldeira + Bancada (Over-the-counter) 
 Clareamento vital em consultório 
 Associação caseiro/consultório 
 Clareamento não vital (Mediato e imediato) 
o Agentes clareadores: 
- Peróxido de carbamida: Concentrações de 10 a 22% para técnica caseira em dentes 
vitais e, 35 a 37% para clareamento em consultório (Vitais). 
- Peróxido de hidrogênio: Concentrações de 1,5 a 7,5% para técnica caseira em 
dentes vitais e, 35 a 37% para consultório em dentes vitais e não-vitais. 
- Perborato de sódio: Apresentado na forma de pó e usado em associação com água 
ou peróxido de hidrogênio em clareamento de dentes não-vitais. 
o Mecanismo de ação dos agentes clareadores de dentes polpados: 
- O dente escurecido possui cadeias moleculares longas e complexas na sua 
estrutura o que provoca maior absorção de luz. 
- Os clareadores são agentes oxidantes de baixo peso molecular com a capacidade 
de desnaturar proteínas, convertendo os materiais orgânicos em dióxido de carbono 
e água, removendo ou quebrando os pigmentos em moléculas menores. 
 
 
 
Pós-eruptiva 
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27 
 
Peróxido de carbamida 10% 
 
 
 
 
 
 
 
- Amônia + CO2: 
 Eleva o pH até 9 
 Bacteriostático 
 Inibe fermentação de carboidratos 
 Inibe formação do ácido láctico 
 Dá estabilidade ao peróxido de H+ 
- Peróxido de hidrogênio = Agente oxidante (H202) 
- Catalisador = Calor = Deslocamento da reação para a direita 
- Pigmentos escuros = Macromoléculas de peso; Insaturadas 
- Pigmentos claros = Moléculas saturadas 
- Função do Carbopol: 
 Espessar o material 
 Aumentar a estabilidade do produto 
 Prolongar a liberação do oxigênio 
o CLAREAMENTO VITAL CASEIRO: 
- Moldeira transparente com gel em casa 
- Perborato de carbamida (10 a 22%) ou Perborato de hidrogênio (1,5 a 7,5%) 
- Vantagens: 
 Simples 
 Pouco tempo 
 Barato 
- Limitações: 
 Depende da colaboração do paciente 
 2 a 3 semanas o tratamento 
 Gera hipersensibilidade: 
 Parar por 2 a 3 dias 
 Diminuir quantidade por dente 
 Usar agentes dessensibilizantes com flúor 
 Gestantes 
 Lactantes 
- Protocolo: 
 Seleção do caso 
 Registro da cor 
 Moldagem 
 Confecção da moldeira 
 Instruções de uso 
 Consultas de controle 
- Instrução de uso: 
 Regime de uso 
 Quantidade de gel 
 Higiene oral adequada 
Peróxido de hidrogênio Uréia 
H2O Oxigênio Nascente 
CO2 Amônia 
Eleva o pH da 
placa dental Agente ativo 
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 Ingestão de alimentos Sensibilidade 
 Recomendações por escrito 
- Controle: 
 Peróxido de Hidrogênio – 1,5 a 7,5%: 30min a 1h por 15 dias 
 Peróxido de Carbamida – 10%: 2 a 8h por 15 dias 
 Peróxido de Carbamida – 16%: 2 a 4h por 15 dias 
 Peróxido de Carbamida – 22%: 1h por 15 dias 
o CLAREAMENTO VITAL NO CONSULTÓRIO: 
- Controle: 
 Peróxido de Carbamida – 35 a 37% 
 Peróxido de Hidrogênio – 35 a 37% 
- Vantagens: 
 Facilmente encontrados 
 Não depende do paciente 
 Maior controle dos locais de aplicação 
- Limitações: 
 Hipersensibilidade 
 Precisa de mais tempo 
 Restauração extensa 
 Manchas escuras 
- Técnica: 
 Seleção do caso 
 Registro da cor 
 Isolamento e proteção 
 Aplicação do produto – Ativação 
 Consultas de reaplicações 
- Cuidados na técnica 
o CLAREAMENTO NÃO-VITAL: 
- Agentes clareadores: 
 Peróxido de carbamida 37% 
 Perborato de sódio 30% 
 Peróxido de hidrogênio 35% 
- Técnicas de aplicação: 
 Técnica imediata: 
 Uso do peróxido de hidrogênio 35%: Idêntica à técnica para dentes 
vitais 
 Técnica mediata: 
 Peróxido de carbamida 37% 
 Perborato de sódio + peróxido de hidrogênio 20% 
 Peróxido de hidrogênio 35% 
- Passo-a-passo técnica mediata: 
 Avaliar qualidade do tratamento endodôntico (Retratar se houver necessidade) 
 Isolamento absoluto 
 Realizar acesso à câmara pulpar e limpar corretamente, removendo o material 
obturador entre2-3mm abaixo da junção amelocementária 
 Colocar cimento-base prevenindo qualquer infiltração do clareador em direção 
ao canal 
 Realizar um máximo de oito aplicações com intervalo de 4 dias 
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30 
 
DENTÍSTICA 
FACETAS DIRETAS 
 
o Recobrimento vestibular, realizada c om materiais diretos (Resinas) e indiretos (Porcelanas / 
Cerômeros). 
o Indicações das facetas: 
- Dentes anteriores com cor e/ou posição alterada (fluorose/ giroversão); 
- Dentes anteriores em que a estética está comprometida pela presença múltiplas 
restaurações; 
- Dentes malformados (Lateral conóide; incisivos de Hutchinson, são dentes com 
forma de amora); 
- Fechamento de diastemas; 
- Perda da estrutura dental por cárie; 
- Tratamento endodôntico (sem sucesso clareador) 
o Contra-indicação das facetas: 
- Comprometimento oclusal (Parafunções / Bruxismo / Topo a topo / Classe III de 
Angle); 
- Dentes vestibularizados; 
- Quantidade de remanescente dental (bom remanescente de esmalte); 
- Ausência de esmalte (adequado selamento marginal), porque vai ter 
comprometimento de adesão. 
o Vantagens X Desvantagens das facetas: 
 FACETA DIRETA FACETA INDIRETA 
Preparo Fácil (Conservador) Difícil 
Etapa laboratorial Não Sim 
Cimentação Não Sim 
Provisório Não Sim 
Mascarar fundo Difícil Fácil 
Reparo Fácil Difícil 
Durabilidade Menor Maior 
Custo Menor Maior 
Bolhas de ar Maior risco Ausência 
Habilidade profissional Maior Técnico em prótese dentária 
Tempo de conclusão Menor Maior 
Fragilidade Não Sim (Antes da cimentação) 
o Normas gerais das facetas: 
- Quantidade de remanescente dental (Bom remanescente de esmalte) 
- Os términos dos preparos devem ser, principalmente, em esmalte (Vai ajudar a 
garantir adesão) 
- Os términos dos preparos devem ser em chanfrado (2135) para proporcionar 
espessura suficiente dos materiais diretos e indiretos (Deixa uma área levemente 
arredondada) 
- A espessura da restauração deve ser mantida uniforme para aumentar a resistência 
do material (Especímetro é um dispositivo capaz de verificar a medição das faces 
dos dentes) 
- Os materiais indiretos não devem ser menores que 0,5mm e nem maior que 2mm 
para se obter máximo de resistência 
- Evitar pressão excessiva durante a cimentação da peça prevenindo fratura 
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31 
 
- A estrutura dental de suporte deve se apresentar resistente, saudável e livre de 
cárie. 
o Preparo cavitário de facetas – A profundidade do preparo depende de: 
- Grau do escurecimento dental 
- Posição dental no arco 
- Tamanho e forma do dente 
o Faceta: Técnica Direta 
- Planejamento: 
 Tempo para executar a técnica 
 Expectativa do paciente quanto ao resultado estético 
 Durabilidade da restauração 
 Necessidade de algum tipo de cirurgia 
 Análise das restaurações presentes nos dentes a serem facetados 
 Necessidade de colocação de um pino/núcleo 
 Utilização de modelos de estudo, fotografia, imagens computadorizadas 
 Intenção do paciente em clarear os demais dentes. 
- Etapas prévias do preparo cavitário: 
 Profilaxia (Pasta de pedra pomes e água. Pasta profilática livre de óleo) 
 Seleção da resina composta e da cor (Resina Nano Particulada) 
 Instalação de pino/núcleo e substituição de restaurações deficientes 
 Isolamento relativo do campo + fio retrator 
 Pontas diamantadas: Esféricas, Anelada, Tronco cônica 
 Acabamento: Multilaminadas + F ou FF 
 Etapas do preparo: 
 Delimitação periférica (Canaleta cervical, formando ângulo de 45° entre 
a ponta diamantada (p.ex.: 1012) e o dente, penetrando metade da 
ponta ativa. As proximais também são delimitadas); 
 Redução vestibular (Pode ser realizada com ponta anelada ou com a 
tronco cônica. Acompanha a convexidade do dente (CM/MI). Não retira 
ponto de contato.); 
 Preparo interproximal (União das canaletas vestibulares com a 2135. 
Preparo interproximal, sem perda do ponto de contato. “Área estática x 
área dinâmica”.); 
 Extensão subgengival (Com fio retrator ultra fino #000, #00, #0, #1.); 
 Acabamento do preparo (Com as pontas diamantadas 2135, 2134 F e 
FF. Terminação em forma de chanfro) 
- Bloqueio do fundo escuro do remanescente dental: 
 Aprofundamento do preparo 
 Técnica de opacificação (Resinas opacas e opacificadores - Mascaramento de 
dentes escurecidos e manchados, superfícies metálicas e pinos de carbono.) 
 A cor do dente vem de dentro para fora. Por ex., se for cor A2 devemos 
aumentar um croma por dentro; ou seja, usa-se um A3. 
- Características do esmalte e da dentina: 
 Policromatismo: maior saturação da cor na região onde há maior 
espessamento dentinário, ou seja, na cervical. Quem dá a cor é a dentina. 
- Procedimentos adesivos: 
 Cuidados com o remanescente dentinário – grau de mineralização, área do 
condicionamento, tipo de adesivo. 
 Podemos até não fazer preparo, e só com o sistema adesivo realizarmos a 
restauração. 
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32 
 
- Ilusões de óptica - Devemos utilizar esses elementos para alterar a largura e o 
comprimento do dente: 
 Textura superficial: são caracterizações superficiais vestibulares do dente 
para que ocorra reflexão da luz 
 Elementos verticais: aproximação das cristas verticais (diminuição 
virtual/ilusória da largura do dente). O oposto é verdadeiro 
 Elementos horizontais: é a bossa cervical. Com ela para cervical é a 
sensação do aumento virtual do dente. O oposto é verdadeiro. 
- Acabamento e polimento: 
 Lâmina número 12 na região cervical 
 Fresas multilaminadas para resinas (douradas e prateadas) 
 Discos Sof-lex 3M Pop-on (da mais granulosa para menos). Tem que usar 
toda a sequência com gaze umedecida com água 
 Reanatomização com fresa, e depois o disco azul claro 
 Enamelize ou outras pastas diamantadas. O disco de feltro dá excelente 
brilho, mesmo sem pasta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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33 
 
DENTÍSTICA 
FECHAMENTO DE DIASTEMAS 
 
o O diastema mediano anterior é classificado como uma forma de má oclusão e é 
caracterizado por um espaço entre os dois dentes do mesmo arco, sendo mais comumente 
encontrado nos incisivos centrais superiores.o Causas: 
- Hábito bucal 
- Desequilíbrio muscular 
- Alteração dentária 
- Anomalia dentária 
o Classificação: 
- Tamanho 
- Simetria 
- Localização 
o Vantagens da restauração direta ou indireta para fechamento de diastemas: 
- Resinas nanoparticuladas possuem uma lisura superficial e manutenção do brilho 
- Radiopacidade 
- Estética 
- Facilidade de manipulação 
o Desvantagens da restauração direta ou indireta para fechamento de diastemas: 
- Contração de polimerização 
- Resistência ao desgaste 
- Expansão higroscópica 
- Estabilidade de cor 
o No passo-a-passo do fechamento de diastemas, é utilizada a técnica da barreira palatina de 
silicone, também chamada de técnica “mock up”, e este é obtido através de um modelo em 
gesso com a escultura em cera. 
- Molda o paciente 
- Faz o modelo em gesso 
- Faz o enceramento diagnóstico 
- Mostra ao paciente (Para aceitação dele ou não) 
- Se aceitar, confeccionar uma guia 
- Restaurar diretamente 
o Com o uso da guia obtém-se melhor resultado quando o diastema for 
médio/grande/generalizado e quando há necessidade de aumentar o tamanho do dente. 
o O uso da guia propicia ao profissional e ao paciente discutir e replanejar o caso através do 
modelo de gesso encerado. 
o Fator de grande relevância é a proporção áurea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DENTÍSTICA 
REANATOMIZAÇÃO DENTAL 
 
o Vantagens da restauração direta ou indireta para reanatomização dental: 
- Resinas nanoparticuladas possuem uma lisura superficial e manutenção do brilho 
- Radiopacidade 
- Estética 
- Facilidade de manipulação 
o Desvantagens da restauração direta ou indireta para reanatomização dental: 
- Contração de polimerização 
- Resistência ao desgaste 
- Expansão higroscópica 
- Estabilidade de cor 
o No passo-a-passo do fechamento de diastemas, é utilizada a técnica da barreira palatina de 
silicone, também chamada de técnica “mock up”, e este é obtido através de um modelo em 
gesso com a escultura em cera. 
- Molda o paciente 
- Faz o modelo em gesso 
- Faz o enceramento diagnóstico 
- Mostra ao paciente (Para aceitação dele ou não) 
- Se aceitar, confeccionar uma guia 
- Restaurar diretamente 
o O uso da guia propicia ao profissional e ao paciente discutir e replanejar o caso através do 
modelo de gesso encerado. 
o Fator de grande relevância é a proporção áurea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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35 
 
ENDODONTIA 
URGÊNCIAS ENDODÔNTICAS 
 
o 85% das emergências em consultório são dores provenientes da polpa ou periápice. 
o Diagnóstico do problema está relacionado com o tratamento. É imprescindível uma boa 
anamnese para poder solucionar o problema. 
o Há três momentos que o paciente pode sentir dor: 
- Pré-tratamento endodôntico 
- Flare-ups 
- Pós-tratamento endodôntico 
o Ressaltando novamente a realização de uma boa anamnese, pois o paciente pode relatar o 
mesmo tipo de dor e não sabermos identificar em qual das fases anteriores ele se encontra. 
Assim, vem à importância dos exames radiográficos e testes de vitalidade pulpar, palpação 
e percussão. 
o Exame clínico: 
- Anamnese: 
 Queixa principal 
 História pregressa 
 História atual 
- Exames radiográficos 
 
 
 
 
 
 
o Exame físico: 
- Inspeção 
- Percussão: Fazer com um cabo de espelho, mas primeiramente no contralateral. 
Paciente que relata dor à mastigação, no teste de percussão o paciente sentirá dor, 
pois o ligamento periodontal está inflamado. 
- Palpação: Movimentos circulares, primeiramente no contralateral. 
o Teste de sensibilidade: 
- Teste a frio: 
 Deve-se fazer primeiro o isolamento relativo e secar bem o local, para não ter 
interferência da saliva na obtenção do resultado no teste. Visto que a saliva 
tem 36,5ºC. 
 Fazer primeiro no dente contralateral. 
 Materiais usados: Tetrafluoretano (-23ºC) e Gás carbônico (-78ºC) 
DIAGNÓSTICO DOR ESTÍMULO TÉRMICO 
Polpa normal Sem dor Resposta normal/Cessa rapidamente. 
Pulpite reversível Leve Resposta um pouco mais 
intensa/Cessa rapidamente. 
Pulpite irreversível Dor espontânea/Esporádica Resposta exacerbada com demora 
para cessar. 
INFORMAÇÕES SUBJETIVAS 
História, estímulo, frequência, intensidade, duração, espontaneidade, 
localização e característica da dor 
+ 
INFORMAÇÕES OBJETIVAS 
Exame visual, percussão, palpação, cáries e restaurações fraturadas, 
fraturas, fístulas, restaurações extensas, dentina exposta, doença 
periodontal 
+ 
AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA 
Comprimento do dente, número de raízes e canais, calcificações, 
lesões, reabsorções 
+ 
TESTES COMPLEMENTARES 
Testes térmicos, teste de anestesia, transluminação e biópsia 
D
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36 
 
Necrose pulpar Ausente/Intensa na percussão Ausência de resposta. 
- Teste a quente: 
 Teste pouco realizado, porque tem uma resposta tardia, e pode levar a algum 
tipo de alteração na polpa, agravando o quadro em que se encontra. 
 Material utilizado: Bastão de guta-percha aquecido. 
 Deve passar vaselina antes para não fixar a guta-percha no elemento dentário. 
DIAGNÓSTICO DOR ESTÍMULO TÉRMICO 
Polpa normal Sem dor Dor (Resposta tardia). Fibras C em alto 
limiar. 
Pulpite reversível Leve Dor imediata e pouca duração. 
Pulpite irreversível Dor espontânea/Esporádica Dor imediata e longa duração. 
Necrose pulpar Ausente/Intensa na percussão Ausência de resposta. 
o Exame radiográfico: 
- Presença de alguma patologia 
- Alterações volumétricas e morfológicas da cavidade pulpar 
- Região óssea: Aspectos periapicais e periodontais 
- Dentes com polpa necrótica não estão necessariamente associados a lesões 
visíveis 
- Lesões perirradiculares de origem pulpar demonstrarão perda da lâmina dura apical 
em associação com a lesão 
- Dentes com pulpite irreversível frequentemente não demonstram alterações 
perirradiculares, às vezes um ligeiro espessamento. 
- Se uma lesão está associada a algum dente e não dá para distinguir qual o dente 
associado, alterar a angulação horizontal da tomada radiográfica identifica a que 
dente pertence à lesão. 
o Diagnóstico diferencial: 
- Existem lesões de origem endodôntica e outras de origem não-endodônticas, que na 
radiografia se assemelham muito. 
- Para diferenciá-las, é necessário fazer teste de vitalidade pulpar. 
- Para ter lesão, a polpa já deve estar necrosada. Assim, com o teste de vitalidade 
pulpar, se a polpa estiver viva, significa que a lesão não é de origem endodôntica. 
- Displasia cementária (TVP +) X Osteite condensante (TVP -) 
- Abcesso periodontal (TVP +) X Abcesso endodôntico (TVP -): 
 Abcesso endodôntico – Presença de fístula – Sinal de doença crônica do 
periápice 
o Origem da dor: 
- Dor odontogênica: 
 Hipersensibilidade dentinária 
 Pulpite reversívelPulpite irreversível 
 Periodontite apical aguda 
 Abcesso apical agudo 
- Dor não-odontogênica: 
 Muscular: Dor miofascial – Alterações DTM 
 Bruxismo 
 Apertamento 
- Outras neuropatias: 
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37 
 
 Nefralgia do trigêmeo 
o Diagnóstico da polpa: 
- Resposta do processo inflamatório 
- Conhecer anatomia e patologia: Diagnóstico diferencial 
- Saber ouvir o paciente 
- Fazer uma série de perguntas ao paciente 
- Na maioria das vezes os pacientes aliviam a dor com medicação 
- Identificar a etiologia da queixa principal, se a origem é pulpar ou periradicular 
- Associar exame clínico com exames complementares, fechar o diagnóstico e propor 
um plano de tratamento adequado 
- O sucesso está relacionado com diagnóstico correto, medicamento correto e com o 
tratamento correto. 
o Controle da dor: 
- Reduzir número de bactérias- Reduzir a pressão do tecido 
- Aliviar a dor/trismo 
- Melhorar a circulação 
- Prevenir a propagação da infecção 
- Acelerar cicatrização 
- Controle da ansiedade 
- Técnicas anestésicas adequadas 
 Em pulpites: Diminuição do pH tecidual, diminuindo a capacidade do 
anestésico de passar na bainha nervosa. 
o Tratamento emergencial: 
- Não cirúrgico: 
 Hipersensibilidade dentinária 
 Capeamento pulpar indireto/direto 
 Pulpotomia 
 Pulpectomia parcial 
 Pulpectomia completa 
- Cirúrgico: 
 Incisão para drenagem 
 Trepanação/Fenestração apical 
o DIAGNÓSTICO DA POLPA: 
- Hipersensibilidade dentinária: 
 Dentina exposta e túbulos dentinários expostos havendo presença de dor 
 Aplicação de dessensibilizantes, fluoreto de sódio, oxalatos de potássio; laser 
Nd:YAG 
 Utilização de dentifrícios a base de cloreto e estrôncio denominada Sensodyne 
ou Colgate sensitive pro-alívio. 
- Pulpite reversível: 
 Dor provocada 
 Duração: Momentânea (Desaparece rapidamente com a remoção do estímulo) 
 Percussão: Dor 
 Palpação: Resposta negativa 
 TVP: Reposta positiva e cessa ao remover o estímulo 
 Rx: Normal, mas pode evidenciar restaurações ou pequenas cáries. 
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38 
 
 História clínica: Presença de cárie, procedimento odontológico recente, trauma 
oclusal. 
 Conduta: Tratamento conservador; Remoção da causa (Dentina exposta, 
restauração defeituosa, cárie, etc) 
- Pulpite irreversível: 
 É quando há presença de um agente que está causando dor e ele não é 
removido. Assim, ele faz com que a polpa entre em um processo inflamatório e 
passe a ser irreversível. 
 Dor espontânea 
 Duração: Contínua, intermitente, dor espontânea de longa duração e que 
aumenta quando em decúbito. 
 Percussão: Negativo / Positivo 
 Palpação: Negativo 
 TVP: Positivo(1º fase) / Negativo(2º fase) 
 Rx: Não há alteração, no máximo o periápice com espessamento do ligamento 
periodontal. 
 História clínica: Restaurações extensas em cavidades profunas resultantes de 
lesões muito próximas da polpa; Capeamento pulpar direto ou indireto, trauma 
oclusal crônico; Lesões periodontais crônicas, pulpite associada à lesão 
periapical. Cor alterada. Pode sofrer alteração decorrente da lise do tecido 
pulpar ou hemorragias intra-pulpares. 
 Conduta: Tratamento endodôntico. 
 Urgência: 
 Remoção da polpa coronária 
 Limpeza e irrigação da câmara pulpar 
 Instrumentação do canal mais volumoso (MS é palatino e do MI é o 
distal) – 2/3 do canal mais volumoso 
 Medicação intracanal (Colocar hidróxido de cálcio na entrada dos canais 
com uma bolinha de algodão) + Restauração provisória. 
 EM CASOS DE QUE HÁ DOR À PERCUSSÃO: Se houver tempo, fazer 
instrumentação total da lima #20 a #25. 
- Pulpite irreversível assintomática (Pulpite crônica ulcerativa e hiperplásica): 
 É assintomático, mas pode vir a sentir dor, devido à compressão. 
 Pólipos pulpares. 
 Sem sintomas característicos. 
 Dor à mastigação, difusa e mal definida. 
 Exposição da cavidade pulpar. 
 Conduta: Tratamento endodôntico. 
 Avaliar casos de rizogênese incompleta, deve-se primeiro estimular a 
apicegênese com uma pulpotomia. Remove primeiro a polpa contaminada e 
depois aplica pasta de hidróxido de cálcio. 
- Necrose pulpar: 
 Liquefação ou isquêmica (Trauma dental) 
 Assintomático – Dor espontânea ou dor à pressão (Sensação de dente 
crescido) 
 TVP: Negativo 
 Cor alterada 
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 Rx: Periápice normal, com espessamento do ligamento periodontal ou 
presença de lesão periapical. 
 Na presença de dor: 
 À percussão: Inflamação das fibras do ligamento periodontal 
 Desequilíbrio entre o organismo e as bactérias: Produção de gases 
 COMO SE FORMA UMA LESÃO? É decorrente da invasão bacteriana e de 
suas toxinas via lesão de cárie. Estes chegam a lus do canal e penetram nos 
túbulos dentinários e se propagam em todos os sistemas de canais 
radiculares, alcançando assim chegar à região periapical, se formando as 
periodontites apicais. 
 Conduta: Tratamento endodôntico. 
 Urgência: 
 Remoção da polpa coronária 
 Limpeza e irrigação da câmara pulpar 
 Instrumentação do canal mais volumoso – 2/3 do canal 
 Instrumentação do canal mais volumoso – 2 à 3mm aquém do ápice – 
se houver tempo 
 Medicação intracanal + restauração provisória 
- Protocolo – Medicação Sistêmica: 
 Medicação pós-operatória: 
 Analgésicos: 
 Dipirona sódica 500 a 800mg ou paracetamol 750mg. Tomar 
dose inicial ao final dos efeitos da anestesia local por 24h. 
Persistência da dor, reavaliar se há necessidade de 
complementação do tratamento endodôntico. 
 Dipirona sódica, paracetamol/codeína e tramadol são indicados 
para o controle da dor pós-operatória de grau leve a moderado, 
isto é, são ativos contra a dor induzida. 
 Necrose sem envolvimento periapical: Medicação pós-operatória: 
Analgésicos – Dipirona sódica 500 a 800mg ou paracetamol 
750mg. 
 Necrose com envolvimento periapical: 
o Opcional: Medicação pré-operatória – Dexametasona 4mg via 
oral. 
o Medicação pós-operatória: Analgésicos – Dipirona sódica 500 
a 800mg ou paracetamol 750mg. 
o Não há necessidade do uso de antibióticos. 
o DIAGNÓSTICO DO PERIÁPICE: 
- Periodontite Apical Aguda: 
 Resposta inflamatória aguda limitada ao ligamento periodontal e osso vizinho 
caracterizada por discreta extrusão dentária e sensibilidade a percussão. 
 É uma inflamação dolorosa em torno do ápice. 
 Dor intensa e espontânea. 
 Sensação de dente crescido ou extrusão dental. 
 Causas: Evolução da doença pulpar, sobreinstrumentação, sobreobturação, 
flare-ups e traumas oclusais. 
 Percussão: Resultado positivo. 
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40 
 
 Dor à mastigação. 
 Rx: Presença ou não de espessamento no ligamento periodontal. 
 Persistência do agente agressor, a PAA pode passar a ser um Abcesso Apical 
Agudo. 
 Sintomática traumática: 
 Sensação de dente crescido, dor localizada e permanente. 
 TVP: Positivo 
 Rx: Aumento do espaço pericementário 
 Causa: Trauma, contato prematuro, movimentação ortodôntica. 
 Conduta: Remoção da causa, ajuste oclusal, medicação 
analgésica/antiinflamatória 
 Sintomática infecciosa: 
 Sensação de dente crescido, dor localizada e permanente. 
 TVP: Negativo 
 Rx: Aumento do espaço pericementário; Presença ou não de lesão 
perirradicular. 
 Conduta: Tratamento endodôntico (Necrose pulpar) 
 Na urgência: Mesmo procedimento para dentes com necrose pulpar. 
 Protocolo – Medicação sistêmica: 
 Medicação pós-operatória: Dipirona 500mg ou antiinflamatórios AINES 
(Diclofenaco sódico, diclofenaco potássico, nimesulida, etc) ou 
Costicosteróides (Betametasona e dexametasona) 
 Contra-indicações dos AINES: 
 Pacientes que tomam anticoagulantes, pois favorecem a 
hemorragia. 
 Pacientes que tomam medicamentos anti-hipertensivos, 
pois podem aumentar a pressão arterial. 
 Podem chegar a competir com os hipoglicemiantes orais. 
 Pacientes com disfunção hepática. 
 Corticosteróides: 
 Prescrito em dose única ou por 24h. 
 Causa imunossupressão por 7 dias. 
- Abcesso Apical Agudo: 
 Acúmulo de secreção purulenta, constituído por neutrófilos e bactérias. 
- Abcesso Dento Alveolar Agudo: 
 Queixa principal: Dor intensa e espontânea ou não; Edema facial. 
 Inspeção intra-oral: Cárie, restauração, edema e mobilidade. 
 Palpação/Percussão: Resposta positica, dor exacerbada. 
 TVP: Negativo 
 Rx: Ruptura da lâmina dura, rarefação óssea periapical, agudização da lesão 
crônica preexistente. 
 Qual melhor tratamento? 
 Analisar extensão do edema, a severidade da dor, estabelecer uma 
drenagem e verificar resposta do paciente ao tratamento inicial. 
 Protocolo – Atendimento de urgência: 
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