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Resumão de Oclusão

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Posição de oclusão
As bordas Incisais dos incisivos e caninos inferiores tocam as faces linguais dos homólogos superiores e as cúspides vestibulares dos pré-molares e molares inferiores ocluem com as fossetas oclusais dos superiores.
Overbite – é a sobreposição no sentido vertical que pode ser calculada medindo a distância entre duas linhas horizontais que tangenciem a borda incisal de incisivos superiores e inferiores, também conhecida como trespasse vertical ou sobremordida.
Overjet – ou trespasse horizontal é a sobressaliência que é calculada medindo se a distancia entre duas linhas verticais que passem pela borda incisal de incisivos superiores e a face vestibular dos incisivos inferiores. 
Entenda o que acontece...
O trespasse vertical de mais de 3 cm resulta na camada sobremordida profunda, ao contrário, quando os incisivos superiores não se sobrepõem aos inferiores ou se distanciam deles, manifesta se a mordida aberta.
O atrito entre os dentes de um arco nas oclusões sucessivas provoca desgaste nas áreas de contato e ligeira perda óssea horizontal nos septos intralveolares, o que compromete uns 3 mm do arco.
Curva sagital de oclusão – Spee
A curva sagital de oclusão que pode ser chamada também de curva de compensação inicia se com a erupção dos caninos e pré-molares e termina com a erupção dos segundos molares.
A importância da curva de Spee é exatamente a de evitar contatos posteriores em movimentos protusivos.
Curva transversal de oclusão (Wilson)
É a curva que passa pelos planos oclusais dos molares e existe devido à inclinação dos dentes nos alvéolos podendo sofrer modificações com o tempo, em função dos desgastes sofridos pela dentição. Na região de pré-molares, a inclinação dos dentes é mínima, de modo que não é formada uma curva semelhante. Nos arcos decíduos também não notamos a presença desta curva, pois nesse caso os dentes estão implantados perpendicularmente.
A direção geral dos dentes esta sujeita a sofrer alterações, as quais implicarão transtornos oclusais com sérias consequências para a ATM. Um dos fatores importantes para evitar essas desarmonias é a manutenção do equilíbrio dos dentes, os dentes de cada arco apresentam os chamados “pontos de contato” existem forças que podem alterar esse equilíbrio, dentre eles destacamos as forças exercidas pelos músculos da mastigação (masseter, temporal, pterigoideo medial), as quais determinam o contato entre os dentes antagonistas.
O equilíbrio no sentido mesiodistal é devido aos pontos de contato, a perda de um único dente ou parte dele pode alterar esse equilíbrio, o dente imediatamente distal ao espaço vago tende a se deslocar em direção a ele.
Consideramos oclusão quando, ao se fazer a elevação da mandíbula através dos músculos elevadores ocorre o contato entre os dentes antagonistas. Como não existe oclusão ideal, consideram alguns aspectos fundamentais no engrenamento dental:
Todos os dentes de um arco, individualmente devem ocluir com dois dentes do arco oposto; um deles é o antagonista principal, que é o dente homônimo (por ex. o 13 oclui com o 43, ambos caninos, portanto homônimos). Fazem exceção os incisivos centrais inferiores e os terceiros molares superiores, que ocluem unicamente com os seus homólogos antagonistas.
Nos dentes anteriores, o terço incisal da face vestibular dos inferiores devem ocluir com o terço da face lingual dos superiores, incluindo a cúspide do canino inferior.
Nos dentes posteriores, as pontas das cúspides vestibulares dos dentes inferiores devem ocluir nas fossetas centrais dos dentes superiores, e as cúspides linguais dos dentes superiores devem ocluir nas fossetas centrais dos dentes inferiores, sendo chamadas cúspides de suporte ou de carga. 
A partir da relação estática entre os maxilares como na posição de máxima intercuspidação, podem se iniciar os chamados “movimentos excêntricos”, para a direita ou para a esquerda, a fim de triturar os alimentos pela ação das vertentes triturantes que entram em atrito. Se a lateralidade for para a direita, este lado será o lado de trabalho, e o esquerdo então será o lado de não trabalho ou balanceio.
Posição de repouso – é a posição de repousa da mandíbula na qual os músculos mandibulares estão em contração mínima, contraídos apenas o suficiente para manter a postura. Os dentes superiores e inferiores não estão em contato e o espaço entre eles é chamado de espaço funcional livre ou interoclusal.
Fatores que podem interferir nessa posição: dor, estresse físico e emocional e a postura. Se a cabeça tiver inclinada para trás, a relação maxila mandíbula se modificará, aumentando o espaço funcional livre. Mas, se por outro lado à cabeça for inclinada para frente, poderá eliminar o espaço funcional livre. A posição de repouso é importante para o descanso muscular e alivio das estruturas de suporte dental.
Oclusão central (OC) ou máxima intercuspidação: a partir dessa posição de repouso a mandíbula pode ser elevada até o contato máximo dos dentes inferiores com os superiores. Fica na chamada posição de oclusão central, que é a posição de maior número de contatos entre os dentes ou de máxima intercuspidação. A pessoa despende esforço para manter seus maxilares fechados nesta posição por algum tempo, pois os músculos elevadores da mandíbula devem permanecer contraídos. A partir dessa posição se a mandíbula for protruída até os incisivos se tocarem topo a topo, as cabeças da mandíbula descreverão um trajeto, acompanhando, o contorno vertente posterior da eminência articular do temporal conhecido como “guia condilar”, ao mesmo tempo, as bordas incisais dos incisivos inferiores deslizarão sobre as faces linguais dos superiores, descrevendo a trajetória incisiva. A face lingual, inclinada percorrida pelo incisivo inferior é chamada de “guia incisal” ou “guia anterior”.
Relação Central (RC): a partir de OC, os dentes podem ser mantidos apenas em ligeiro contato e então a mandíbula pode ser movida para trás, num movimento de retrusão da ordem de 1 a 2 mm. Mas há um ponto além do qual a mandíbula não ir, neste ponto ela alcança sua posição mais retrusiva, que é a posição de relação central.
A RC independe de dentes, ela é uma posição óssea (craniomandibular ou temporomandibular) – retrusão não forçada da mandíbula, com os côndilos ou cabeças da mandíbula ocupando uma posição anterossuperior em relação ao centro da fossa mandibular.
Movimento no plano sagital – na abertura da boca a partir da posição de relação central e conservando se a mandíbula na posição mais retrusiva durante os primeiros 5 a 20 mm a mandíbula gira em rotação, em torno de um eixo transversal do côndilo, este não se desloca para frente, mas simplesmente roda em torno de um eixo. Se a boca continuar aberta, chega se a um ponto onde o movimento condilar muda de rotação para translação.
Da abertura máxima, a mandíbula pode ser deslocada para frente e para cima, isto é, movimentos de protrusão e elevação, assim a mandíbula alcança a sua posição mais protrusiva.
Movimentos de Bennet – movimento mandibular, de considerável importância, durante o movimento lateral pode ocorrer um deslocamento lateral de toda a mandíbula enquanto se realiza o processo de rotação e translação. O côndilo do lado do movimento (côndilo direito para o movimento lateral direito) não permanece sem deslocamento, mas desloca se para o lado do movimento, esta mudança de posição da mandíbula para lateral é o movimento de Bennet. É MUITO IMPORTANTE este ajustamento porque os caminhos através dos quais as cúspides opostas superiores e inferiores deslizam em movimentos laterais são afetados pela presença ou ausência do movimento de Bennet.
 Em resumo:
RC – posição na qual o conjunto côndilo-disco está superior na fossa mandibular centrado e não forçados. É a posição fisiológica da ATM, que causa menos transtornos, a partir da qual devem ser feitos os trabalhos restauradores e protéticos de grande porte, normalmente durante a deglutição a mandíbula entra em relação cêntrica.
Máxima intercuspidação habitual (MIH)– posição na qual os dentes superiores contactam os interiores havendo o maior número possível de contatos oclusais. Se essa posição sofrer alterações provocadas por problemas oclusais, musculares e da ATM, pode provocar a impossibilidade de sua reprodução clinica inviabilizando sua referencia para tratamentos extensos de prótese.
Espaço funcional livre (EFL) ou repouso – é a posição de relaxamento da mandíbula, na qual os dentes estão desocluídos e é dada pelo tônus dos músculos. Quando estamos relaxados não deve haver nenhum contato oclusal e nesta posição os músculos estão na sua posição mais fisiológica mede em torno de 1 a 3 mm, espaço que deve ser preservado em procedimentos de reabilitação.
Movimentos da mandíbula
Os principais movimentos da mandíbula são:
Abertura e fechamento – são movimentos em sentido supero-inferiores;
Protrusão e retrusão – são movimentos realizados num sentido ântero-posterior;
Lateralidade centrífuga e centrípeta – são movimentos realizados num sentido latero-lateral;
Circundação – é o movimento que é constituído pela união dos três anteriores.
Movimentos da ATM
Rotação – exercido pelos côndilos no qual giram sobre seu longo eixo (latero-lateral), ocorre durante a abertura inicial da boca e é realizado pela articulação mandíbulo-discal, o movimento de rotação também pode ocorrer quando fechamos e abrimos a boca, mantendo a mandíbula em protrusão.
Translação – movimento no qual o côndilo caminha anteriormente, percorrendo o tubérculo articular quando tentamos levar a mandíbula para frente a partir do repouso (protrusão) ou quando retornamos a fossa mandibular (retrusão).
Transrotação – ocorre nos movimentos de abertura bucal máxima após a fase de abertura inicial (rotação) e em qualquer movimento de abertura no qual o côndilo saia da fossa mandibular.
Movimento de Trabalho (Bennet) – é quando mastigamos um alimento e levamos a mandíbula para o lado que irá tritura-lo. A partir desse momento, o côndilo desse lado passa a se chamar de trabalho e o outro de balanceio.
Movimento de Balanceio – ocorre quando levamos a mandíbula para um lado e este côndilo excursiona bem ao lado de translação, assim no movimento de balanceio o côndilo dirige se inferior, anterior e medialmente. O ângulo formado entre a trajetória de protrusão e a trajetória de balanceio ao plano horizontal, recebe o nome de ângulo de Bennet.
Correlações entre os movimentos mandibulares e os movimentos da ATM
Na abertura e fechamento que ocorrem em torno do eixo latero-lateral:
Rotação – no movimento de abertura inicial e quando em abertura máxima, se fecha a mandíbula em protrusão.
Transrotação – quando se realiza o movimento de abertura máxima da boca e nos movimentos de abertura e fechamento a partir do repouso.
Na protrusão e retrusão: ocorrem translação e movimentos de lateralidade;
Pontos de contatos
Em geral localiza se entre o terço vestibular e o médio da face proximal tendendo para o terço médio nos molares, no sentido cervico-oclusal o ponto de contato tende entre o terço oclusal e o terço médio, localizado próximo à crista marginal. A manutenção do ponto de contato é importante para o equilíbrio do arco dental, no sentido mésio-distal, facilitando a transmissão das forças mastigatórias por todo arco. A perda deste equilíbrio pode levar a alterações nos tecidos de suporte dos dentes, bem como migração e mau posicionamento de dentes no arco.
Curva de Spee
A curva de Spee mostra a curvatura de compensação, e é obtida trançando se uma linha imaginária que une o vértice da cúspide do canino e as cúspides vestibulares de pré-molares e molares inferiores é, portanto, uma curva ântero-posterior, sua manutenção é importante nos movimentos ântero-posteriores da mandíbula a fim de permitir um adequado relacionamento entre os arcos.
Curva de Wilson
É a curva resultante da inclinação lingual das coroas dos dentes inferiores, posteriores. Estende se bilateralmente tocando as cúspides vestibulares e linguais, é, portanto uma curva transversal, também conhecida como curva de compensação, sua manutenção é importante nos movimentos de lateralidade da mandíbula a fim de permitir um adequado relacionamento entre os arcos.
Dimensões Verticais (DV)
São medidas verticais entre dois pontos na face, em geral, entre a espinha nasal anterior e o mento que avaliam no sentido vertical e o relacionamento da mandíbula com a maxila. Quando os dentes estão em oclusão (MIH), a medida obtida entre estes dois pontos denomina se dimensão vertical de oclusão (DVO). Quando a mandíbula esta na posição de repouso obtém se a dimensão vertical de repouso (DVR). A diferença entre as duas dimensões denomina se espaço funcional livre (EFL). A dimensão vertical de repouso (DVR) é mantida independente da presença de dentes, enquanto a dimensão vertical de oclusão (DVO) pode ser diminuída pela ausência ou pelo desgaste dos dentes posteriores. O aumento da DVO pode ocorrer por extrusão ou sobreerupção de dentes posteriores ou por trabalhos de prótese. Alterações na DV podem causar contatos prematuros, sobrecarga, trauma oclusal e dificuldade par realização de trabalhos de prótese.
Bibliografia
Anatomia aplicada à odontologia – ref. 611.314
Anatomia do Dente – Miguel Carlo Madeira

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