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Articulador semi ajustável Utilização clínica

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Etec Philadelpho Gouvêa Netto 
Francisco Libanio Nascimento Neto 
 
 
 
 
 
 
 
 
Articulador semi-ajustável: Uma avaliação histórica, descrição, 
desenvolvimento e utilização clinica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São José do Rio Preto 
2009 
Francisco Libanio Nascimento Neto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Articulador semi-ajustável: Uma avaliação histórica, descrição, 
desenvolvimento e utilização clinica 
 
Trabalho de conclusão de 
curso apresentado à Etec 
Philadelpho Gouvêa Netto, 
como pré-requisito para a 
obtenção do titulo de técnico 
em prótese dentaria 
.Orientador:Gustavo Cosenza 
B. Nogueira. 
 
 
São José do Rio Preto 
2009 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradecimento 
A Deus essa força maior ,pelo milagre da vida. 
Aos meus professores ,pela lição do saber pela orientação 
constante,dedicação e renúncias pessoais , por repartirem suas experiências 
de vida e auxiliarem a trilhar este caminho. 
Aos meus familiares que compartilharam comigo as ansiedades na busca da 
realização profissional, me apoiando e me compreendendo minha ausência 
,tanto no lazer como no fazer e por acreditarem em mim. 
Aos meus colegas com os quais vivemos juntos tantas horas e carregamos a 
marca das experiências comuns.A minha amizade àqueles que me quiseram 
bem e me apoiaram nos bons e maus momentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em memória a 
José Libanio Nascimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É fazendo que se aprende a fazer, 
aquilo que se deve aprender a fazer. 
Aristóteles 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo 
Atualmente, na prótese dentária os articuladores semi-ajustáveis, são aparelhos 
extremamente confiáveis, e reproduzem de maneira satisfatória o posicionamento 
maxilo-mandibular. 
Através destes aparelhos posicionamos modelos representando as duas arcadas 
dentárias, reproduzimos medidas anatômicas muito importantes como ângulo de 
Bennett e ângulo da inclinação condilar do paciente e também grande parte dos 
movimentos cêntricos e excêntricos da mandíbula. 
Por essas e outras vantagens esse aparelho, quando usado corretamente e 
respeitando as medidas anatômicas do paciente, é de suma importância para a 
realização de trabalhos protéticos. 
 
Palavras-chave: Articuladores, Articulador semi-ajustável, Ângulo de Bennett, Ângulo 
de inclinação condilar 
 
 
1. Introdução 
 Os primeiros pesquisadores que perceberam a importância da anatomia e 
filosofia da ATM (Articulação Temporomandibular) e dos movimentos mandibulares na 
oclusão, sentiram a necessidade de criar um aparelho que pudesse simular as ATMs, 
(Articulações Temporomandibulares) posicionar os modelos e reproduzir os 
movimentos mandibulares essenciais a uma oclusão satisfatória. 
 Assim em 1711 Matias Purman1, da o primeiro passo para suprir essa 
necessidade, quando faz impressões de modelos em cera. Mas em 1756 Phillip Pfaff1 
articula seus modelos com gesso. Surgiu então o articulador, que mais tarde se torna 
um instrumento mecânico que representa a Articulação Temporomandibular, maxila e 
a mandíbula, na qual se podem adaptar modelos que representam as duas arcadas. 
 Desde 1711 até os dias de hoje muitos articuladores foram lançados, a cada 
lançamento um novo dispositivo uma nova técnica era implanta para conseguir chegar 
o mais próximo possível da ATM(Articulação Temporomandibular) e oclusão do 
paciente. 
 Porém, não é um instrumento mágico e infalível, sendo que as suas 
possibilidades dependem de quem o manuseia e trabalha. 
 Hoje em dia é um aparelho de suma importância para o Técnico em Prótese. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. A historia dos articuladores 
 A história dos articuladores numa revisão rápida e dinâmica desde seu 
surgimento até os dias atuais, verificando a evolução dos matérias, dispositivos, 
técnicas, pensamentos e indicações. 
 Tudo começou com MATIAS GOTTFRIED PURMAN1 que em 1711, fez 
impressões de modelos em cera dando as descrições das próteses totais do nosso 
tempo. 
 Mas em 1756, - PHILLIP PFAFFBERLIM1 foi o primeiro a fazer modelos de 
gesso e descreveu como se registra a relação maxilo-mandibular com suas 
impressões seccionadas em cera, tomando a metade da boca ao mesmo tempo, 
acredita-se que ele articulava seus modelos com gesso sendo provavelmente o 
inventor do articulador. 
 GARIOT, em 18057, foi o primeiro dentista que articulou modelo superior e 
inferior, desenvolvendo um aparelho que consistia de dois ramos metálicos, nos quais 
os modelos podiam ser adaptados. Um parafuso na parte posterior do instrumento 
mantinha a dimensão vertical. Esse articulador possibilitava apenas um movimento 
arbitrário de abertura e fechamento. 
 EVAN, em 18407, apresentou um articulador capaz de reproduzir os 
movimentos de lateralidade da mandíbula. O seu instrumento apresentava a parte 
inferior móvel e a superior fixa. 
 BONWILL7 desenvolveu, em 1858, o primeiro articulador capaz de imitar 
alguns movimentos mandibulares excêntricos. Este foi considerado o primeiro 
articulador anatômico. 
 Em 1866, BALKWIL1 descreveu as características dos movimentos 
mandibulares em um plano horizontal. 
 JAMES E, DEXTER1 escreveu em 1876 “os articuladores tem sido tão 
perfeitamente desenvolvidos, que deixam pouco a desejar. Os tipos e modelos são 
muito variados e as graduações de valor comparativo são imperceptíveis.” 
 
Figura 01 Articulador de Oehlecker, de 1878. 
Fonte: HTTP/www.eprodonto.com.br-imgs-historia-histo17_jpg.mht 
 
 W. G.A.BONWILL1 introduziu em 1889 a teoria geométrica da relação e 
movimentos da mandíbula e verificou que a Distância Intercondilar e o ponto incisal 
forma um triângulo eqüilátero, inventando assim o primeiro articulador anatômico. 
 Ainda em 1889-RICHMOND S. HAYES1 foi o primeiro a construir um 
articulador que tratava de reproduzir movimentos para baixo e para frente da cabeça 
da mandíbula (côndilo). 
 WALKER, em 18957, observou que na abertura bucal os côndilos se 
deslocavam para frente e para baixo, e assim um dispositivo chamado clinômetro foi 
criado para registrar os movimentos e um articulador para execução dos movimentos 
mandibulares conforme suas observações 
 Em 1900- PAUL SCHWARSE-LEIPZIG1 construiu um articulador semelhante 
ao de Bowill, com guias condilares ajustáveis. 
 CARL CHRISTENSEN1 em Copenhague no ano de 1902 introduziu o registro 
de protrusão como meio de ajustar o articulador. 
 GEORGEB. SNOW1 no ano de 1906 construiu um articulador com guias 
condilares ajustáveis, ficando conhecido com articulador de gritman-snow. 
 Em 1909-Eltener1, inventou um articulador com guias condilares ajustáveis, 
com dois eixos fixados no ramo superior. Ele afirmava que a distância entre o 
mecanismo condilar (ATM) e o plano coronário pode variar. 
 Em 1910, GYSI7 inventou um articulador inédito, que possuía um dispositivo 
de guia incisal adaptada. Este instrumento era muito avançado para época, e 
apresentava como novidade a possibilidade de registros extra-orais; entretanto este 
articulador não foi bem aceito pelos profissionais da época, surgindo então o Gysi 
Simplex. 
 
Figura 02: Gisy Simples. 
 Fonte, site: www.db.uth.tmc.edu/.../Gysi_Simplex/index.htm 
 
 Logo depois no ano de 1916 GYSI1 idealizou um articulador chamado “Gysi 
três pontos” tratava-se de um articulador rígido e simples desprovido de qualquer 
ajuste. 
 MONSON, em 19187, apresentou um articulador baseadona teoria esférica. 
Este conceito é derivado da idéia de Von Spee, na qual, explicava-se que os dentes 
inferiores moviam-se contra as superfícies dos dentes superiores seguindo a 
superfície externa de uma esfera de 10 cm de raio de 11 cm. Os movimentos 
reproduzidos por este articulador, não estão de acordo com as trajetórias produzidas 
pelos côndilos durante os movimentos da mandíbula. 
 RUDOLPH HANAU1 criou em 1921 o “HANAU MOD H.” Com guias 
condilares e incisais ajustáveis. 
 
Figura 03: Hanau mod. H 
Fonte site: http://shop.whipmix.com/images/96H2_closed.jpg 
 
 
 HANAU, em 19227, idealizou um Articulador Semi-Ajustável que reproduzia 
alguns movimentos mandibulares. Esse articulador permanece o mesmo até hoje, 
apenas a guia incisal universal foi introduzida há alguns anos. 
 Em 1926-ALFRED GISY1 inventou o articulador Trubyte no qual se podia 
localizar centralmente o registro do Ângulo de Bennett e a mesa incisal, adaptável ao 
traçado do arco gótico 
 STANSBERY1 desenvolveu em1932 o “Trípode de Stansbery” ele tinha a 
forma de um tripé com duas guias anteriores e uma posterior é um articulador 
adaptável a qualquer posição mandibular, sendo que cada guia se adepta 
independentemente a uma trajetória. 
 Ainda em 1932 SCHRODER-TREBITSH1 desenvolveram um articulador com 
o eixo de abertura semelhante ao eixo de abertura da mandíbula. 
 BRADRUP-WONGNSEN1 apresentaram em 1936 um articulador que era a 
fusão do articulador de Wadsworth, Hanau mod. H e do Gisy Trubyte. É um articulador 
muito ajustável e provido de parafusos para o controle dos movimentos anteriores e 
posteriores 
 MC COLLUM1 lança no ano de 1939 o Gnatoscópio articulador adaptável que 
acompanhava um arco facial cinemático e um pantógrafo 
 BEYRON1 no ano de 1944 indica a construção do articulador Dentatus possui 
os parafusos condilianos deslocáveis para serem utilizados com a técnica do eixo de 
bisagra, nele podemos ajustar o Ângulo de Bennett em até 40°depois dele vieram os 
modelos DENTATUS ARL e o DENTATUS ARH que possibilitam a montagem dos 
modelos no plano de Frankfurt. 
 BERGSTRÖN1 cria em 1950 o articulador denominado ARCON (articulação 
côndilo) com guias condilares curvas, dispostas no ramo superior, e os côndilos no 
ramo inferior. Um verdadeiro protótipo da mandíbula em relação da maxila. 
 Ainda em 1950- GERBER1 cria o CONDYLATOR, articulador desenvolvido 
com base nos movimentos de Bennett, relativamente amplos, para que em 1958 criar 
o modelo numero 4 com guias condilares ajustáveis. 
 
 
 
 
 
 
Figura 04: Condilator 
Fonte site: http://turbodat.de/datenpool/mc-dental/image/condylator6.jpg 
 
 MILLER1 1953: modifica o articulador Hanau mod. H, tornado adaptável para 
atender às necessidades clinicas. 
 HANAU1 da mais um passo na evolução dos articuladores quando em 1954 
desenvolve o articulador SMX uma modificação do Hanau mod. H. O SMX é provido 
de indicador orbital e hastes móveis para o eixo condilar. 
 GRANGER1 apresenta o GNATHOLATOR no ano de 1955, com guias 
condilares curvas localizadas no ramo superior, ele vem com guias para o Ângulo de 
Bennett e centros de rotação adaptáveis aos movimentos de lateralidades. 
 
Figura 05: Gnatholator 
Fonte site: 
http://www.db.uth.tmc.edu/Articulators/Granger_Gnathalator/GRANGER_GNATHOLAT_fram
e01.jpg 
 
 STUART1 1955 cria seu articulador totalmente adaptável, capaz de reproduzir 
todos os movimentos mandibulares do paciente. Logo em seguida no mesmo ano 
STUART1 desenvolve um articulador semi-ajustável muito eficiente e simples chamado 
de Wip-Mix. 
 A.J. DE PIETRO(L) 1955, cria um articulador totalmente ajustável :THE NEY 
ARTICULADOR.” 
 BERGSTRON, em 19557, introduziu o conceito o conceito "arcon" na 
construção do seu articulador. Criava-se pela primeira vez um articulador que possuía 
as estruturas condilares ligadas ao ramo inferior. 
 NILES GUICHET1 lança no ano de 1956 o articulador DENAR, totalmente 
ajustável provido de estiletes de registro acionados por pressão hidrostática. 
 STUART, em 19597, conceituou bem o problema ao afirmar que o articulador 
não é uma máquina mastigatória e nem a boca do paciente; é em primeiro lugar um 
instrumento de registro das relações crânio-dentais e maxilo-mandibulares, os eixos 
de rotação e as trajetórias destes eixos. 
 ASH, M e RAMFJORD, em 19851, comentam que o articulador é um 
instrumento mecânico para conectar os modelos das arcadas dentárias de pacientes, 
de forma que procedimentos diagnósticos e restauradores possam ser conduzidos 
sem a presença do paciente. 
 
3. Classificação dos articuladores 
 
 Segundo a ADA-(American Dental Association), os articuladores podem ser 
classificados em 5 grupos: 
 
3.1. Articuladores não ajustáveis 
 Nesses modelos conseguimos apenas reproduzir o movimento cêntrico de 
abre e fecha da mandíbula. 
 A posição habitual só pode ser reproduzida quando os modelos são 
montados nessa posição, todas as outras posições e movimentos mandibulares não 
reproduzem corretamente a anatomia e fisiologia do paciente. 
 Os modelos devem ser montados em Máxima intercuspidação Habitual (MIH) 
com os dentes tocando, se for utilizado o registro de mordida em cera que separa os 
dentes teremos uma MIH errada, pois o eixo de rotação do paciente não é reproduzido 
com eficiência, no articulador não ajustável. 
 Outras desvantagens desse modelo é que, como a prótese foi confeccionada 
em MIH, o cirurgião dentista gastara muito tempo para ajustar a prótese aos 
movimentos excêntricos do paciente; com esses ajustes muitas vezes temos a perda 
da morfologia oclusal da prótese. Uma grande limitação dos articuladores não 
ajustáveis é a impossibilidade do uso de arco facial. 
 As únicas vantagens que encontramos nesse modelo de articulador é seu 
baixo custo e o pouco tempo que é gasto para a montagem dos modelos. 
 Porem as desvantagens se sobrepõe às vantagens. Assim deixando inviável 
o isso desse aparelho no dia a dia do laboratório de prótese dentara 
 
 
Figura 06: Articuladores Não Ajustáveis 
Fonte site: www.dentalcaliari.com.br/produtos/produto.asp... 
 
 
3.2. Articulador de trajetória condilar fixa 
 São aqueles que permitem a reprodução dos movimentos de lateralidades e 
protrusão através de uma guia condilar e uma distância intercondilar fixas. 
 
FIGURA 07: Articulador de Trajetória Condilar Fixa 
Fonte site: http://img.mercadolivre.com.br/jm/img?s=Mlb&f=99062628_8027. jpg&v=E 
 
 
3.3. Articuladores totalmente ajustáveis 
 É o mais sofisticado e completo, sua maior vantagem é a reprodução precisa 
dos movimentos excêntricos da mandíbula, e individualização de varias medidas 
anatômicas. 
 
Figura 08: Articulador Totalmente Ajustável 
 Conteúdo próprio 
 
3.4. Articuladores de fossa individualizada 
 São articuladores de guia condilar moldável, onde esse dispositivo é em 
resina, assim podemos individualizar a forma da fossa articular e movimentos 
excêntricos da mandíbula. 
 
3.5. Articuladores semi-ajustáveis 
 Temos dois tipos de articuladores os ARCON (articulação côndilo) e os NÃO-
ARCON. Os articuladores NÃO-ARCON as esferas que representariam, os côndilos 
ficam localizadas no ramo superior do articulador. 
 O articulador que estudaremos é um articulador semi-ajustável do tipo 
ARCON (Articulador Côndilo). Nesse tipo de articulador temos duas esferas condilares 
fixas no ramo inferior representando assim os côndilos, eles são mais didáticos por 
estar mais próximos a anatomia da articulação Temporomandibular. 
 Esses articuladores nos permitem fazer três tipos de ajustes: podemos 
ajustar o Ângulo da InclinaçãoCondilar, Ângulo de Bennett e Distância intercondilar. 
 São anatômicos pelo fato de que permite a montagem do modelo maxilar 
através de um ponto de referencia tomado no maciço facial do paciente com a ajuda 
de um instrumento chamado arco facial. 
Esses pontos geralmente são três, um na horizontal e dois na vertical. O 
bicondilar situado horizontalmente para situação do modelo no sentido antero-posterior 
e os pontos infra-orbitário no sentido vertical. 
 
Figura 09: Articulador Semi-Ajustável tipo ARCON, 
Conteúdo próprio 
4. Vantagem do articulador semi-ajustável 
 Com eles temos uma visão geral dos dentes, e região de segundo molar sem 
a interferência de tecidos moles. 
 Temos uma visão da face lingual dos dentes, visão que não conseguimos 
clinicamente. 
 Possibilidade de reproduzir os movimentos excêntricos da mandíbula sem 
interferências neuromusculares. 
 Quando temos pacientes com contatos prematuros no ASA conseguimos 
diagnosticar esse toque com mais eficiência, porem os modelos devem estar bem 
montados para não apareçam contatos inexistentes. 
 Outra grande vantagem é a comunicação com o paciente permitindo 
apresentar e justificar as opções terapêuticas consideradas 
 Diminuição dos ajustes feitos pelo cirurgião dentista na fase clinica. 
 Tanaka & Finger (1978);13. Afirmaram que “os semi-ajustáveis apresentam 
uma relativa capacidade em reproduzir, com precisão e consistência, a cinemática 
mandibular, desenvolvendo movimentos Intermediários arbitrários.” 
A dissociação do ramo superior, próprio aos articuladores ARCON, proporciona 
melhores condições de acesso para a escultura em cera acrescentada. 
De acordo com Taylor, Huber & Aquilino (1985);14, 
Os ASA são os aparelhos. Mais utilizado para a realização de próteses 
dentárias. A sua incapacidade em Simular com precisão os 
movimentos mandibulares é compensado pela sua Estabilidade, 
durabilidade e facilidade com que pode ser manuseado. Em sua 
Programação, a utilização de equações matemáticas e o ajuste 
arbitrário das guias. Condilares, aceita por alguns autores, pode 
resultar em erros significantes na Superfície oclusal das restaurações 
fabricadas por esses aparelhos, causando. Possíveis desconfortos ao 
sistema estomatognático. A individualização desses Aparelhos pode 
minimizar os erros nas superfícies oclusais dos dentes posteriores 
5. Desvantagens do articulador semi-ajustável 
 
Temos que reservar um tempo relativamente extenso para a montagem dos 
modelos e sua individualização das guias condilares 
 Não conseguimos realizar o movimento mandibular de retrusão. 
Não conseguimos registrar o deslocamento lateral imediato. 
 No ASA (Articulador Semi-Ajustável) os deslocamentos condilares seguem 
uma trajetória retilínea sendo que em vivo, essa mesma trajetória é curvilínea. 
Oliveira (2002);11, observou que existem discrepâncias entre o articulador e o 
paciente quanto ao deslocamento do côndilo de balanceio. A trajetória do côndilo de 
balanceio no ASA pode gerar um Ângulos de Bennett com características 
diferenciadas, se comparada com o.deslocamento in vivo, visto que, no ASA, o 
direcionamento do côndilo é. Realizado de forma retilínea. sendo assim o ângulo 
formado tem um valor menor do que in vivo, em função, do deslocamento lateral 
imediato, incapaz de ser quantificado pelos ASA. 
Gracis (2003);5 Considerou um fator de segurança o fato de as guias 
condilares do ASA serem planas, visto que a quantidade de desoclusão na boca do 
indivíduo será sempre maior, quando comparada ao articulador. 
Alertou também para as diferenças entre as estruturas anatômicas do sistema 
estomatognático, que estão sujeitas às mudanças e capazes de graus de elasticidade. 
Que para os modelos de trabalho que assim como os articuladores são rígidos e não 
retratam com exatidão as características cada indivíduo. 
 Entretanto OLIVEIRA 200211 diz que no momento da programação temos 
regular a guia condilar com um aumento de 5° a partir do registro obtido. Isso se deve 
ao fato de que nos ASAs(Articuladores Semi-Ajustáveis) nós não conseguimos 
registrar o deslocamento lateral imediato. 
 
6. Peças do articulador Semi-Ajustável mod. 4000 Bio Art 
 
Figura 10: peças do Articulador Semi-Ajustável, cortesia Dr. Gustavo Cosenza B. Nogueira, 
folheto Bio-art 
 
 
0.7 Listas de peças do Articulador Semi-Ajustável mod. 4000 Bio Art 
ITEM 
PEÇA 
1 Ramo inferior 
2 Elemento condilar 
3 Mola estabilizadora 
4 Placa de montagem metálica 
5 Anel elástico 
6 Pino guia da placa de montagem 
7 Pino limitador de curso 
8 Pino guia do arco 
9 Guia condílica direita 
10 Alheta direita 
11 Parafuso de fixação da alheta 
12 Bucha da guia condílica direita 
13 Fuso expansor micrométrico 
14 Roldana do fuso expansor 
15 Fixador da guia condílica 
16 Parafuso de fixação da guia condílica 
17 Etiqueta de identificação do modelo 
18 Parafuso de fixação da placa de montagem 
19 Alheta esquerda 
20 Guia condílica esquerda 
21 Bucha da guia condílica esquerda 
22 Ramo superior 
23 Parafuso de fixação do pino incisal 
24 Pino incisal 
25 Mesa incisal padrão acrilica 
26 Parafuso de fixação da mesa incisal 
27 Etiqueta de identificação da empresa 
28 Haste do elemento condilar 
 
 
 
08. Descrição das peças do ASA 
 
8.1. Ramo superior 
 O ramo superior é a parte do articulador que representa a maxila, nele 
encontramos duas cápsulas posicionadas bilateralmente representando as cavidades 
glenóides, onde ajustamos Ângulo de Bennett e Ângulo da Inclinação Condilar, no 
ramo superior conseguimos também ajustar a Distância Intercondilar. Na parte anterior 
possui um orifício para o posicionamento do pino guia (ou pino incisal). 
 Possui um parafuso na porção anterior que trava o pino guia incisal, e um 
parafuso no meio do ramo que segura o suporte para gesso. 
 No dispositivo articular é encontrado um pino lateralmente que é o local 
onde encaixa o dispositivo auricular do arco facial. 
 Há um parafuso na parte superior do dispositivo articular que solta a guia 
do movimento lateral, e outro na parte posterior do ramo superior que solta o 
dispositivo articular para se determinar a inclinação condilar que esta gravada 
lateralmente. 
 
Figura 11: Ramo Superior 
Conteúdo próprio 
 
8.2. Ramo inferior 
 Ramo inferior tem duas hastes verticais posicionadas bilateralmente 
chamadas de poste que representam os ramos da mandíbula. 
A distância média entre os dois ramos é de 10 a 11 cm e em sua ponta 
encontramos as esferas condilares. 
 Na parte anterior ele tem uma abertura para o posicionamento da mesa 
inicisiva que é presa por um parafuso existente na sua parte inferior. 
 No meio do ramo inferior temos um parafuso para prender o suporte para 
gesso. 
 No ramo inferior podemos ajustar distancia intercondilar e o posicionamento 
da mesa incisiva. 
 
Figura 12: Ramo Inferior 
Conteúdo próprio 
 
8.3. Guia da Inclinação Condilar 
 Temos duas guias condilares, uma em cada extremidade do ramo superior 
do articulador, cada uma delas representando uma ATM. Nelas podemos ajustar a 
guia de inclinação condilar nos valores de 0° até 60°, onde cada intervalo corresponde 
a 5°. 
 
Figura 13: Inclinação Condilar 
Conteúdo próprio 
 
8.3.1. Inclinação Condilar 
 1984- W.E.MILLER –NOVA ORLEANS1 reconheceu a importância da 
trajetória sagital do côndilo nos movimentos mandibulares 
 À medida que o côndilo sai de relação cêntrica e desliza sobre a eminência 
articular da cavidade glenóidea. O ângulo no qual o côndilo se move a partir do plano 
horizontal de referencia é chamadode ângulo de guia condilar. 
 Esse ângulo varia muito entre os diferentes tipos de paciente, mas forma em 
média um ângulo de 30,4° em relação a um plano oclusal como referencia (43 mm 
acima da margem incisal do central superior). Geralmente o Ângulo de Guia Condilar 
gerado pelo côndilo orbitante quando a mandíbula move-se lateralmente é maior do 
que quando a mandíbula protui. Isto deve se ao fato de que a parede mediana da 
fossa mandibular é geralmente mais angulosa do que a iminência articular da fossa 
diretamente anterior do côndilo. 
 
8.4. Guia do Ângulo de Bennett 
 Temos duas guias; uma em cada extremidade do ramo superior, cada uma 
representando uma ATM. Nelas podemos ajustar a guia horizontal onde controlamos o 
deslocamento do côndilo de balanceio no movimento de lateralidade e protrusão, essa 
guia pode ser ajustada entre 0° e 30°, lembrando que cada intervalo corresponde a 5°. 
 
 
Figura 14: Guia do Ângulo de Bennett 
Conteúdo próprio 
 
8.4.1.Ângulo de Bennett 
 Em 1894 M.MAREY1 imagino o Ângulo de Bennett , e em 1896,J.ULRICH1 
demonstro o movimento lateral da cabeça da mandíbula, somente em 1924 NORMAN 
G. BENNETT1 , estudando os movimentos mandibulares, registrou o deslocamento do 
centro de rotação ,descrevendo o Ângulo, que mais tarde seria chamado de Ângulo de 
Bennett. 
Ele ocorre no movimento de lateralidade quando no lado de balanceio o côndilo 
orbitante efetua uma trajetória ampla superior a 10 mm onde efetua uma fase de 
excursão por translação pra frente, pra baixo e pra dentro esse movimento comparado 
a um plano vertical formam o Ângulo de Bennett. 
 Em 1899 A. D GRITIMAN1, da Universidade da Pensilvânia, inventou e 
melhorou a forma do articulador. Com guias condilares fixadas em 15° 
 
8.5. Distância Intercondilar 
 Esse dispositivo nos permite o ajuste da Distância Intercondilar do paciente, 
que é registrada a partir da utilização do arco facial, baseando-se em medidas 
crâniométricas médias. 
 Temos no ramo inferior do articulador na parte superior três orifícios, com as 
respectivas marcações: S-M-L, P-M-G ou 1-2-3, onde representam respectivamente as 
Distâncias Intercondilares pequeno (96 mm), médio (124 mm) e grande (124 mm). 
 
 
Figura 15: dispositivo para individualização da Distância Intercondilar 
Conteúdo próprio 
 
 Depois ajustamos à distância intercondilar no ramo superior colocando ou 
tirando espaçadores no eixo das guias condilares. Utilizamos dois espaçadores para a 
medida grande, um para a medida média e nenhum para a medida pequena. Os 
espaçadores devem ficar entre o ramo superior. Devem também ter o lado biselado 
em contato com as guia condilares para não prejudicar o ajuste do Ângulo de Bennett. 
 
 
Figura 16: Espaçador da Distancia Intercondilar Figura 17: Espaçador posicionado na 
 Conteúdo próprio Guia Condilar 
Conteúdo próprio 
 
8.6. Pino Guia Incisal 
 Confeccionado em metal e com formato cilíndrico o Pino Guia Incisal fica 
posicionado na pare anterior do ASA, ele é preso em orifício no ramo superior e a 
outra extremidade toca na mesa incisiva. 
 Nele temos algumas marcações que nos auxiliam no registro da DVO 
(Dimensão Vertical de Oclusão) do paciente, ele também nos guia na execução dos 
movimentos de protrusão, lateralidades, abertura e fechamento. 
 Provavelmente o Gisy Simplex de 1914 foi o primeiro articulador a conter 
esse dispositivo 
 
 
Figura 18: Pino Guia Incisal Figura 19: Pino Guia Incisal em posição 
 Conteúdo próprio conteúdo próprio 
 
8.7. Mesa incisiva 
 A mesa incisiva pode ser de plástico ou de metal com ela conseguimos travar 
a MIH(Máxima Intercuspidação Habitual) do paciente, nos auxilia na execução dos 
movimentos de protrusão e nas lateralidades, e também em conjunto com o Pino Guia 
Incisal registrar a DVO(Dimensão Vertical de Oclusão) do paciente. 
 Com a mesa de metal conseguimos ainda individualizar os Ângulos de 
Bennett e da Inclinação Condilar. 
 
Figura 20: Mesa Incisiva de plástica Figura 21: Mesa Incisiva de metal 
 Conteúdo próprio Fonte site: 
 dentallaser.com.br/index.php?manufacturers_id 
 
 
 
8.8. Suporte Para Gesso 
 São placas confeccionadas em metal ou plástico com retenções mecânicas 
para aderência do gesso, e como função de serem base para montagem dos modelos 
superior e inferior no ASA elas são destacáveis do articulador.Ficam localizadas no 
centro dos ramos superior e inferior e presas por um parafuso. 
 Em alguns modelos de ASA podemos encontrar ainda Suportes para Gesso 
que utilizem um sistema de imãs. 
 
 Figura 22 :Suporte para Gesso Figura 23 :Suporte para Gesso 
 Conteúdo próprio Conteúdo próprio 
 
9. Articulador semi-ajustável na ortodontia 
 A utilização do ASA pelo ortodontista lhe proporciona elementos essências 
para o diagnóstico e decisão terapêutica que pode ser usada antes, durante e depois 
do tratamento ortodôntico 
 Antes do tratamento o ASA ajuda na decisão terapêutica, proporcionando 
uma importante analise oclusal, que em primeiro momento evidencia o fator dominante 
se ele é oclusal ou não. Num segundo momento se as funções oclusais são 
satisfatórias e ainda uma simulação dos deslocamentos dentários por meios 
ortopédicos. 
 Durante o tratamento o ASA permite controlar a posição da mandíbula e as 
funções oclusais. (como a realização de dispositivos cirúrgicos) 
 O exame dos modelos montados no ASA nos permite identificar as 
prématuridades. Mostra a ausência de estabilidade das arcadas e deslocamento em 
protrusão e lateralidades. 
 Quando há a existência de deslocamento dental no tratamento. A fase de 
desgaste seletivo geralmente por subtração ou adição, dever ser antes simulado no 
ASA. 
 No final do tratamento o ASA facilita a avaliação do posicionamento dos 
arcos superiores e inferiores, o equilíbrio entre eles e a confecção de dispositivos de 
contenção. 
 
 
10. Articulador semi-ajustável na prótese fixa 
Na fase diagnóstica o ASA permite a analise da oclusão do paciente sem a 
presença do mesmo. 
 Permite também estabelecer uma lógica racional de um tratamento ideal, que 
conduza ao melhor prognóstico. 
No laboratório a escolha do articulador leva em consideração o ponto de vista 
estático. E a simulação dos movimentos mandibulares. 
Na presença de uma guia anterior eficiente a utilização de um ASA com uma 
plataforma incisal individualizada nos permitira a reabilitação das funções oclusais 
estáticas e cinéticas com o mínimo de retoques clínicos. 
A programação das guias condilares com valores arbitrários ou através de cera 
mordida é o suficiente para obtermos um excelentes resultados. 
Em prótese fixa um ASA é melhor que um articulador não ajustável pelo falto 
de possuir dobradiças extremamente confiantes 
11. O articulador semi-ajustável em prótese parcial removível 
 
Na presença de áreas anodonticas em um determinado setor da cavidade 
bucal pode ser indicado o tratamento através de Prótese Parcial Removivel, onde o 
ASA pode ser indicado em duas situações. 
 No estudo do caso, e na realização do trabalho reabilitador. 
 Na fase de estudoo uso do ASA nos permite completar o exame clinico da 
oclusão 
A perda de elementos dentais sem tratamento especifico acarreta ao longo do 
tempo, distúrbios que podem atingir o conjunto das estruturas do sistema 
estomatognatico como perda da Dimensão Vertical de Oclusão,Dimensão Vertical de 
Repouso,falhas nos movimentos excêntricos da mandíbula e curvas funcionais. 
A montagem dos modelos em ASA para a analise do caso clinico deve nos 
fornecer informações mais precisas possíveis em relação a esses fatores. 
 
 
12. Articulador semi-ajustável na prótese total 
 
 Por que utilizar um ASA em tratamento com prótese total? 
A resposta é muito simples sem um ASA não teríamos como colocar os modelos de 
gesso do paciente em oclusão 
 O articulador é indispensável para se abordar algumas etapas da confecção 
como 
 Estudo do caso clinico 
 Transferência do modelo maxilar 
 Estabelecimento da dimensão vertical do terço inferior da face 
 Transferência do modelo mandibular após o registro entre os arcos 
 Regulagem das guias condilares 
 Montagem dos dentes anteriores com espaço de desoclusão e montagem dos 
dentes posteriores conforme o esquema de oclusão bilateralmente equilibrada 
Equilíbrio das próteses terminadas. 
Os ASAs ainda influenciam diretamente na escolha dos dentes na confecção 
de próteses totais . 
Em 1926 ALFERD GISY 1 ,Sugeriu o valor médio de 15° para o Ângulo de 
Bennett .mas para rebordo remanescente muito baixo no arco mandibular utilizar 
dentes sem cúspides (0°), para rebordos de altura média dentes com angulação das 
cúspides em 20° e para rebordos muito altos dentes com cúspides de 33° de 
inclinação 
13. Articulador Semi-Ajustável no enceramento progressivo 
Os Ângulos de Bennett , Ângulo da inclinação condilar Distância Intercondilar e 
guia anterior influenciam diretamente na anatomia dos elementos dentais.como 
podemos ver na tabela 1 e tabela 2. 
Utilizando um ASA conseguimos no enceramento progressivo adaptar a 
morfologia oclusão dos elementos dentais a esses fatores anatômicos. 
 
13.1. ATM e os movimentos dentais 
Okeson 9 nos da uma ótima explicação sobre a relação entre esse fatores 
 A relação dos dentes posteriores com os fatores de controle 
influenciam o movimento preciso do dente.Isto significa que quanto 
mais perto da ATM o dente está, mais a anatomia articular vai 
influenciar seus movimentos excêntricos e menos a anatomia dos 
dentes anteriores vai influenciar seu movimento.Da mesma forma, 
quanto mais perto um dente está dos dentes anteriores, mais a 
anatomia dos dentes anteriores vai influenciar seu movimento e menos 
a anatomia da ATM vai influenciar naquele movimento. 
As superfícies oclusais dos dentes posteriores constituem de 
uma serie de cúspides com dimensão vertical e horizontal. As cúspides 
são formadas de cristas convexas que variam em angulação (dimensão 
vertical ) e direção (dimensão horizontal). 
E os movimentos mandibulares também tem componentes 
verticais e horizontais essa é a relação desse componentes ou parte 
deles que é significativa para nosso enceramento progressivo 
 
13.2. Guia anterior e a inclinação condilar 
 São os dentes anteriores que vão determinar como a parte anterior da 
mandíbula efetua movimentos de protrusão ou de lateralidades. As bordas incisais dos 
dentes anteriores inferiores ocluem nas superfícies linguais dos dentes ântero-
superiores, a angulação dessas superfícies linguais determinam a quantidade do 
movimento vertical da mandíbula, ou seja, quanto maior for o ângulo da inclinação 
condilar a altura das cúspides poderá ser maior, no entanto se o ângulo for menor as 
cúspides terão que ser menores. 
 Esta guia não é considera um fator fixo, mas pode ser variada por muitos 
fatores como restauração dentária, ortodontias, extrações, etc. 
 
13.3. Influência da Distancia Intercondilar 
De acordo com Okeson (2000) 10, 
À distância intercondilar, é uma importante determinante da morfologia 
oclusal, cujos efeitos devem ser incorporados pelo articulador semi-
ajustavel e transferidos às superfícies oclusais dos dentes posteriores 
e às superfícies palatinas dos dentes ântero-superiores. Afetam a 
direção de cristas e sulcos dos dentes posteriores superiores e 
inferiores, além da concavidade palatina dos dentes superiores. À 
medida que a distância intercondilar aumenta, a distância entre o 
côndilo e o dente na configuração da arcada aumenta. Isso tende a 
formar ângulos maiores entre os traçados látero e mediotrusivos. 
 
Ainda segundo Okeson9, existe uma descrição da importância das medidas angulares 
que vão influenciar diretamente a morfologia oclusal dos dentes tanto sentido 
verticalmente como horizontalmente.(vide tabela 01 e 02). 
 
 
FATOR CONDIÇÃO EFEITO 
Guia condilar Quanto maior a angulação Mais altas as cúspides 
posteriores 
Quanto maior o trespasse vertical 
 
Mais altas as cúspides 
posteriores 
Guia anterior 
Quanto maior o trespasse 
horizontal 
Mais baixas as cúspides 
posteriores 
Plano oclusal Quanto mais paralelo o plano à 
guia condilar 
Mais baixas as cúspides 
posteriores 
Quanto maior o movimento 
 
Mais baixas as cúspides 
posteriores 
Quanto mais superior o 
movimento de rotação do côndilo 
 
Mais baixas as cúspides 
posteriores 
Movimento de Bennett 
Quanto maior o descolamento 
imediato 
Mais baixas as cúspides 
posteriores 
Curva de spee Quanto mais aguda a curva Mais baixas as cúspides 
posteriores 
 
Tabela 01: Determinantes verticais da morfologia oclusal altura das cúspides e 
profundidade das fossas 
Fonte,:livro OKESON, J.P.Fundamentos de oclusão e desordens 
Temporomandibulares 
 
 
FATOR CONDIÇÃO EFEITO 
Movimento de Bennett Quanto maior o movimento Maior o ângulo entre 
os traçados látero e 
médiotrusivos 
Distancia intercondilar Quanto maior a distancia Menor o ângulo 
entre os traçados 
látero e 
médiotrusivos 
Tabela 02: Determinantes horizontais da morfologia oclusal direção das cristas e 
dos sulcos. 
Fonte,:livro OKESON, J.P.Fundamentos de oclusão e desordens 
Temporomandibulares 
 
 
 
14.Movimentos Mandibulares 
 Podemos dividir os movimentos mandibulares basicamente em quatro tipos 
os elementares .compostos fundamentais.funcionais. 
 
14.1Movimentos Elementares 
 Os movimentos elementares são dois rotação e translação e podem ser 
realizados nas duas ATMs de forma sincronizada ou não. 
14.1.1. Movimento de Rotação 
O movimento de rotação ocorre quando o côndilo efetua um movimento de 
rotação no seu próprio eixo. 
14.1.2 Movimento de Translação 
A translação condilar ocorre quando o côndilo efetua um movimento ao longo 
da vertente posterior do tubérculo temporal numa trajetória de abaixamento. 
 Mas há também a possibilidade de uma translação numa direção transversal. 
14.2. Movimentos Compostos 
O movimento composto nada mais é do que combinação entre os movimentos 
elementares são os movimentos compostos base para os movimentos funcionais 
14.3. Movimentos Fundamentais 
Os movimentos fundamentais são subdivididos em cinco 
 
14.3.1Movimentos de retrusão 
 Esse movimento mandibular entre MIO e Relação Centrica tem uma 
amplitude muito limitada inferior a 1 mm de deslocamento horizontal. Foi descrito por 
Antoine Ferrein12 em 1744 
 O movimento de retrusão é possível porque a posição de máxima 
intercuspidação habitual é anterior e superior à posição de relação centrica em 90% ou 
mais dos pacientes. Este deslizamento corresponde à diferença entre a MIH e Relação 
Centrica é denominada centrica longa de grupo14.3.2. Movimento de protrusão 
 Segundo MOLINA8 o movimento protrusivo ocorre quando os côndilos se 
deslocam simultaneamente para frente e para baixo dentro da cavidade glenóide. Os 
dentes anteriores inferiores deslizam sobre a concavidade da face palatina dos dentes 
superiores, enquanto isso ocorre a desoclusão dos dentes posteriores. Fenômeno de 
Christensen 
O movimento de protrusão é um movimento sagital que leva a mandíbula de 
MIO para a posição de protrusão máxima essa trajetória oclusão conforme avaliações 
,varia na media de 7,3 a 9,1 mm a translação do côndilo através da eminência articular 
é praticamente pura com muita pequena rotação. 
 
14.3.3Movimentos de lateralidade 
 Os movimentos de lateralidade são movimentos assimétricos, excêntricos, de 
componente horizontal, que compreende uma fase de excursão (IR) e uma fase de 
incursão (VIR) esses movimentos ocorrem quando no lado de trabalho na fase de 
excursão um ponto interincisal mandibular parte de MIO e vai para ponto de 
movimento lateral Maximo. 
 
14.3.4 Movimentos de Abaixamento e Elevação 
Os movimentos de abaixamento e Elevação são simétricos suas posições 
limites são a Máxima Intercuspidação Habitual de a posição de Abertura Máxima .o 
movimento de abaixamento tem amplitude de 50,2mm(Cornu e Dechoux,198212), essa 
fase pode ser dividida em duas partes a primeira com um simples rotação condilar sua 
amplitude é em média de 20mm interincisal na ausência de distúrbios musculares 
(Lavigne, 197212). e a segunda com uma rototranslação. 
O movimneto de elevação da mandíbula é simétrico por tanto é o oposto do 
abaixamento havendo contração dos músculos elevadores associados aos músculos 
retropulsores. 
 
14.4. Movimentos funcionais 
Os movimentos funcionais são realizados durante a fonação, mastigação, 
bocejo, deglutição e todos ao que terem algum tipo de associação com eles. 
Como o foco desse trabalho não são os movimentos funcionais não vamos 
estudá-los mais a fundo. 
15.Conclusão 
Concluem-se desta monografia que: 
 
 1-O ASA é um aparelho resistente pratico e eficiente não demanda muito 
tempo para a sua programação e conseguimos excelentes resultados quando utilizado 
corretamente. 
 2-Graças a sua versatilidade com ele conseguimos trabalhar em todas as 
áreas da prótese dentária. 
 3-Com a programação das guias condilares conseguimos um enceramento 
muito mais anatômico para o paciente e evitamos grande parte do desgastes 
efetuados no consultório prevenindo assim possíveis traumas ao sistema 
estomatognatico. 
 4- O fator custo beneficio é extremamente vantajoso pelo fato de ter um baixo 
custo em relação articulador totalmente ajustável e nos proporciona os elementos 
básicos para a execução de um ótimo trabalho 
 5- O ASA facilita muito a comunicação entre o dentista e o paciente. 
 6- É um aparelho de fácil manuseio 
 7- Nos proporciona visões privilegiadas da boca do paciente com uma vista 
lingual. 
 8- Um aparelho que esta em constante evolução nos proporcionando novos 
dispositivos e novas técnicas a cada dia. 
 
 
Lista de figuras 
Figura 01: Articulador de Oehlecker, de 1878. 
Figura 02: Gisy Simples 
Figura 03: Hanau mod. H 
Figura 04: Condilator 
Figura 05: Gnatholator 
Figura 06: Articuladores Não Ajustáveis 
Figura 07: Articulador de Trajetória Condilar Fixa 
Figura 08: Articulador Totalmente Ajustável 
Figura 09: Articulador Semi-Ajustável tipo ARCON 
Figura 10: peças do Articulador Semi-Ajustável 
Figura 11: Ramo Superior 
Figura 12: Ramo Inferior 
Figura 13: Inclinação Condilar 
Figura 14: Guia do Ângulo de Bennett 
Figura 15: Espaçador da Distancia Intercondilar 
Figura 16: Espaçador posicionado na Guia Condilar 
Figura 17: Pino Guia Incisal 
Figura 18: Pino Incisal em posição 
Figura 19: Mesa Incisiva de plástico 
Figura 21: Mesa Incisiva de metal 
Figura 22: Suporte para Gesso 
Figura 23: Suporte para Gesso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lista de tabelas 
 
Tabela 01: Determinantes verticais da morfologia oclusal altura das cúspides e 
profundidade das fossas 
 
Tabela 02: Determinantes horizontais da morfologia oclusal direção das cristas e dos 
sulcos. 
Referências Bibliograficas 
 
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11. OLIVEIRA, W. Disfunções Temporomandibulares. 1. Ed. São Paulo: Artes 
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Outros materiais