Buscar

apostila ppf v 2016 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINEN-
SE 
 INSTITUTO DE SAÚDE DE NOVA FRIBURGO 
 FACULDADE DE ODONTOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
GUIA DE PRÁTICAS LABORATORIAIS. EDIÇÃO 2016 
DISCIPLINA E CÓDIGO 
PRÓTESE FIXA FFE0022 
DEPARTAMENTO 
Formação Especifica (FFE) 
PERÍODO MINISTRADO 
5º período 
CORPO DOCENTE 
Prof. Adalberto Bastos de Vasconcellos; Prof. Fábio Renato Pereira Robles, DDS, MSc, PhD; Prof. 
Leandro Passos Soares, DDS, MSc, PhD; Prof. Marcelo Gomes Silva, DDS, MSc, PhD 
 
APRESENTAÇÃO 
Este guia de apoio didático apresenta a sequência de procedimentos laboratoriais correlatas à 
atividade prática. Constitui-se em leitura obrigatória precedente a cada atividade laboratorial, da 
mesma forma que sua manutenção na bancada para consultas individuais durante a referida ativi-
dade também é exigida e obrigatória, de acordo com o plano de disciplina. 
 
1. PREPAROS PROTÉTICOS 
PREPARO PARA COROA TOTAL METALOCERÂMICA POSTERIOR - ELEMENTO 26 
O preparo para coroa total metalocerâmica alcança uma profundidade de 1,5 a 2,0 mm, devido à 
necessidade de espaço para o metal e para a cerâmica. Um desgaste de espessura menor pode 
levar à confecção de uma prótese com sobrecontorno, que provoca retenção de placa, ulceração 
e posterior retração gengival. Já um desgaste excessivo pode provocar injúria pulpar quando o 
elemento possuir vitalidade e comprometer as exigências mecânicas. 
Vamos utilizar a técnica da silhueta. Nesta técnica, para maior controle de cada etapa do trabalho, 
inicialmente se realiza todo o preparo de uma das metades do dente. Com isso, é possível obser-
var precisamente o quanto foi desgastado, comparando com a outra metade intacta. Para padro-
nizar o preparo de todos no laboratório, inicie pela metade mesial do dente. 
PREPARO DA FACE VESTIBULAR 
Rua Doutor Silvio Henrique Braune, 22- 
Centro - Nova Friburgo - Rio de Janeiro 
RJ - Brasil - CEP 28625-650 
 
T +55 22 2528 7166 
F +55 22 2528 7168 
http://www.punf.uff.br/ 
 
Página 2 
Com a broca diamantada esférica nº 1014, que tem 1,4 mm de diâmetro, posicionada em 45°, 
confecciona-se um sulco de profundidade correspondente à metade do diâmetro da broca na 
região cervical. Esse sulco deve situar-se cerca de 1,0 mm supragengival, acompanhando a cur-
vatura da margem gengival, estendendo-se da mesial até a distal. 
Para ajudar na confecção dos sulcos de orientação axiais, desenhe linhas verticais na face vesti-
bular, apenas na metade mesial, correspondentes à cúspide mesial e ao sulco ocluso-vestibular. 
Sobre estas linhas, irá trabalhar inicialmente a broca diamantada 3215. 
 
Faça, então, os sulcos de orientação sobre essas linhas, com a broca diamantada 3215, aprofun-
dando uma vez e meia o diâmetro da broca. Note que a face vestibular dos dentes posteriores 
possui duas inclinações (uma no terço médio-cervical e outra no terço oclusal). Por isso, os sulcos 
 
Página 3 
devem acompanhar essas inclinações. Em seguida, una os sulcos com a broca 3216, mantendo 
as duas inclinações e determinando um término em chanfro. 
 
 
 
 
 
PREPARO DA FACE PALATINA 
Semelhante à face vestibular, com a broca diamantada esférica nº 1014, que tem 1,4 mm de diâ-
metro, posicionada em 45°, confecciona-se um sulco de profundidade correspondente à metade 
do diâmetro da broca na região cervical. Esse sulco deve situar-se cerca de 1,0 mm supragengi-
val, acompanhando a curvatura da margem gengival. Observe que o sulco pode se estender da 
mesial até a distal, como na face vestibular, ou restringir-se à metade mesial que será agora pre-
parada. 
 
 
Página 4 
 
 
 
 
 
Para ajudar na confecção dos sulcos de orientação axiais, desenhe linhas verticais na face palati-
na. 
O preparo da face palatina segue basicamente a mesma sequência do preparo da face vestibular. 
Como o dente a ser preparado é um molar superior, essa face apresentará duas orientações de 
desgaste. Caso fosse um molar inferior, essa face possuiria apenas uma inclinação, paralela ao 
longo eixo do dente. 
Faça os sulcos de orientação sobre essas linhas, com a broca diamantada 3215, aprofundando 
uma vez e meia o diâmetro da broca e, em seguida, una os sulcos com a broca 3216, determi-
nando um término em chanfro. 
 
Página 5 
 
PREPARO DA FACE OCLUSAL 
Com um lápis, faça linhas de orientação na vertente triturante da cúspide mésio-vestibular e sobre 
o sulco anatômico ocluso-vestibular. Outro sulco localizado mesialmente à vertente triturante deve 
ser marcado. Sulcos de orientação são importantes para orientar a reprodução dos altos e baixos 
relevos da anatomia oclusal, apenas rebaixados que serão pela broca. 
 
 
 
 
 
 
Página 6 
 
 
 
Com a broca 3098, faça sulcos de orientação sobre essas linhas, aprofundando uma vez e meia o 
diâmetro da broca. Observe que o sulco deve ser feito desde a ponta da cúspide (ou arestas lon-
gitudinais) até o sulco central. Una os sulcos com a mesma broca, mantendo as inclinações das 
cúspides e, consequentemente, a anatomia do dente. 
Atenção: os vértices das cúspides (e a partir deles as inclinações das cúspides) têm que voltar a 
ser evidenciados na mesma posição e destaque que tinham na anatomia original. A única diferen-
ça é que toda a anatomia oclusal estará exatamente reproduzida em um nível mais baixo do que o 
original em função do desgaste. Não se deixe enganar pelo fato de que as porções mais elevadas 
das cúspides se tornaram momentaneamente as mais baixas em função da existência dos sulcos 
de orientação. 
Agora o preparo da cúspide mésio-palatina. Observe que esta cúspide é maior que a mésio-
vestibular. O preparo da metade mesial deve apresentar, na porção oclusal palatina, a mesma 
extensão da vestibular, não incluindo no preparo, por enquanto, a ponte de esmalte. 
 
Página 7 
 
 
PREPARO DAS FACES PROXIMAIS 
Proteja os dentes adjacentes, um de cada vez, com uma matriz metálica fixada ao porta-matriz. O 
rompimento do ponto de contato será realizado com a broca 2200. Após o rompimento do ponto 
de contato, observe que a face proximal apresenta um aspecto côncavo, voltado para o dente 
adjacente. 
 
Página 8 
 
 
 
 
 
Página 9 
Em seguida, utilize a broca 3215 para aumentar o espaço e permitir a passagem da broca 3216, 
configurando um término em chanfro que deve ficar em continuidade com o chanfro já definido na 
cervical vestibular e na cervical palatina. 
 
 
 
 
 
Agora, após se assegurar de que a redução da 
metade mesial, comparando com a metade 
distal ainda íntegra, está adequada, prepare a 
metade distal seguindo o mesmo protocolo. 
 
Página 10 
Depois disso, o preparo estará completo, com um chanfro cervical contínuo em todo o entorno. 
 
 
 
 
 
 
Em seguida, utilize a broca 4138 em todo o preparo, mantendo-a paralela ao longo eixo do dente. 
Essa broca é tronco-cônica de ponta arredondada e proporcionará expulsividade ao preparo bem 
como a maior evidenciação da terminação em chanfro, ideal para coroas metalocerâmicas. Com 
essa mesma broca, delimite o término do preparo a cerca de 0,5 mm intra-sulcular em toda a face 
vestibular e metade vestibular de ambas as proximais, com o objetivo de esconder a cinta metáli-
ca da futura coroa. Já na metade lingual das proximais e na face palatina, delimite o término a 
nível gengival. 
 
 Para concluir o preparo, verifique se há áreas não expulsivas e dê o acabamento em todas as 
superfícies desgastadas utilizando a broca 4138F. 
 
 
 
 
 
PREPARO PARA INCRUSTAÇÃO MOD LIVRE DE METAL COM COBERTURA DE CÚSPIDES 
– ELEMENTO 47 (vídeo disponível em : https://www.youtube.com/watch?v=5WBYwfSP3Yo ) 
 
IMPORTANTES CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
O treinamento laboratorial em manequins utiliza elementosdentais artificiais (de plástico) 
hígidos. Na prática real da odontologia restauradora, isso é raríssimo, pois as próprias indicações 
para esta modalidade de restaurações indiretas é para grandes destruições (cavidades amplas), 
 
Página 11 
em que se pretende proteger o remanescente dental através da cobertura ou proteção de cúspi-
des e a reprodução funcional do elemento destruído (contorno, escultura e relações com antago-
nistas e adjacentes). A estética é pensada após garantirem-se proteção do remanescente, adap-
tação marginal e longevidade da peça e conjunto restauração final e base (POEs) – agente cimen-
tante – remanecente (tecidos biológicos dentais), bem como estabilidade oclusal e saúde perio-
dontal. 
Desta forma, consideremos o treinamento nos dentes do manequim como um elemento 
que fora já adequado quanto à remoção de tecidos inviáveis e restabelecimento de sua escultura 
através de procedimentos operatórios especiais (materiais de fundação ou base). Isso é etapa 
fundamental para que seja reproduzida a anatomia de um elemento hígido (simulado pelo dente 
do manequim), a fim de padronizar-se a seqüência de preparo cavitário (o que será descrito nesta 
apostila) e garanta-se uniformidade na espessura da peça, planejando-se o término do preparo 
(quesito nobre neste contexto) em estrutura dental sadia, e não em materiais de fundação ou base 
(POEs). 
 
Assim, trabalharemos no laboratório para oferecer neste preparo: uniformidade de des-
gaste, resistência estrutural da peça, apoio, assentamento e adaptação marginal, com ângulos 
internos arredondados e superfície uniforme, com acabamento e polida (conseguida com instru-
mentos cortantes manuais e escovas, borrachas, taças e pastas após uso de instrumentos abra-
sivos rotatórios). 
 
Página 12 
 
SEQÜÊNCIA DO PREPARO CAVITÁRIO EM ELEMENTO PREENCHIDO: (DESGASTE 
OCLUSAL, DELIMITAÇÃO DE ESPESSURA AXIAL E CAIXA OCLUSAL, CAIXA OCLUSAL, 
TÉRMINOS VESTIBULAR E LINGUAL, CONTINUIDADE DO TÉRMINO POR PROXIMAIS 
ABAIXO DO PONTO DE CONTATO, AVALIAÇÃO DO ESPAÇO, ARREDONDAMENTO IN-
TERNO, ACABAMENTO COM INSTRUMENTOS CORTANTES MANUAIS AFIADOS e PO-
LIMENTO) 
DESGASTE OCLUSAL 
Tendo vistas à espessura total para garantir-se uniformidade do preparo e rigidez estrutural 
da peça (1,5-2,0 mm), utilizaremos instrumento abrasivo rotatório diamantado FG # 3098 
na espessura de uma ‘broca'. Seu formato é cilíndrico. 
A espessura de desgaste oclusal pode ser conferida (mais na boca do que em manequins) 
com lâminas de cêra, ao solicitar que o paciente oclua e que não fure a cêra. 
 
Com uma lapiseira 0,5mm, faremos marcações para orientação em pontas de cúspides e 
arestas internas da mesa oclusal do elemento 47. Podem, em seguida serem marcados 
também os sulcos transversais oclusais vestibular e lingual. 
 
Página 13 
 
Tomar especial cuidado em reduzir-se a oclusal geometricamente (em formato de pirâmide) e 
com as inclinações e angulações naturais que a anatomia do elemento preenchido pro-
porciona. Importante nesta fase: romper cristas marginais acompanhando-se as inclina-
ções das vertentes internas das cúspides. Atenção para que não se perca a anatomia ge-
ométrica destas vertentes internas. 
 
 
DELIMITAÇÃO DE ESPESSURA AXIAL E CAIXA OCLUSAL e EXECUÇÃO DA CAIXA 
OCLUSAL 
Ainda com o uso da lapiseira 0,5mm, após o desgaste oclusal, delimitar a largura máxima da 
caixa oclusal e os términos da incrustação (a espessura, por ser uniforme, deve ser a 
mesma do desgaste oclusal (espessura de uma ‘broca’ – 1,5 a 2,0mm). A profundidade 
também deve obedecer estas medidas. Especial atenção em centralizar a caixa oclusal 
onde antes era o sulco central do elemento dental preenchido e em não deixar áreas re-
tentivas. 
 
Página 14 
 
TÉRMINOS VESTIBULAR E LINGUAL 
Todo o preparo deve ter a mesma inclinação axial. Assim, planejam-se os términos vestibular 
e lingual paralelos à recém executada caixa oclusal, tomando o cuidado para não deixa-
rem-se áreas retentivas. A profundidade, uniforme, é de 1,5 a 2,0mm. A largura também 
deve ser nesta medida, como desenhado anteriormente, acompanhando as dimensões 
padronizadas na caixa oclusal. 
 
CONTINUIDADE DO TÉRMINO POR PROXIMAIS ABAIXO DO PONTO DE CONTATO 
Lembrar-se que o preparo é uma continuidade e que estas divisões são apenas recursos di-
dáticos, portanto a transição de uma face para outra deve ser suave e nítida, para que se 
obtenha a qualidade máxima e capricho no preparo final. Manter sempre a mesma incli-
nação e largura para o desgaste, para a tal uniformidade desejada. Assim, estes términos 
vestibular e lingual, estender-se-ão às faces proximais suavemente e abaixo do ponto de 
contato, fazendo uma letra “U”, como descrito a seguir – é talvez a fase mais difícil e críti-
ca desta seqüência técnica. 
Proteger sempre os elementos adjacentes com matriz metálica e cunha de madeira. 
 
Página 15 
 
AVALIAÇÃO DO ESPAÇO 
Após ter executado todas as etapas até aqui, é importante ter uma visão auto-crítica e avaliar 
se o espaço obtido é suficiente e uniforme, para que pequenas correções sejam feitas. 
Observar se há áreas retentivas e se os ângulos estão suavemente arredondados, para 
receber uma restauração indireta livre de metal, que exige uniformidade e lisura para seu 
assentamento e apoio, garantindo adequada adaptação marginal. 
Na fotografia abaixo, foi feita uma moldagem prévia com a fase pesada de silicone de con-
densação no elemento preenchido, antes do preparo. Neste corte, podemos visualizar o 
que fora desgastado do conjunto procedimentos operatórios especiais (material de fun-
dação ou base) mais remanescente dentário. Lembrar que o término deverá exceder os 
materiais de preenchimento e situar-se sempre em estrutura dental sadia. 
 
 
Página 16 
ARREDONDAMENTO INTERNO, ACABAMENTO COM INSTRUMENTOS CORTANTES 
MANUAIS AFIADOS e POLIMENTO 
 
A cada etapa, devem ser utilizados os instrumentos cortantes manuais para garantirem-se 
uniformidade, lisura e acabamento das paredes desgastadas. Ao final, confere-se tudo e com re-
dução na rotação, utilização de instrumentos F e FF e escovas, taças, borrachas e pastas, realiza-
se acabamento e polimento do preparo. 
Para este treinamento, deve-se repetir muitas vezes o preparo, a fim de adquirir habilida-
de psico-motora. Tirar dúvidas de cada etapa, sempre que necessário. 
 
 
 
 
PREPARO PARA COROA TOTAL ANTERIOR CERAMOCERÂMICA - ELEMENTO 21 
Aplicaremos também neste preparo a técnica da silhueta, indicada especialmente para preparos 
de coroa total. Para padronizar o preparo de todos no laboratório, inicie pela metade distal do 
dente. 
PREPARO DA FACE DISTAL 
Proteja o dente vizinho com uma matriz metálica fixada ao porta-matriz. O rompimento do ponto 
de contato será realizado com a broca 3203, que é uma broca cônica com topo em forma de 
chama, como a 2200, porém é mais longa, sendo mais indicada para o rompimento do ponto de 
contato dos dentes anteriores, já que estes possuem a altura da coroa clínica maior que os den-
tes posteriores. O procedimento deve ser realizado da mesma forma que nos demais preparos. 
Utilize depois a broca 3215 para aumentar o espaço e permitir a passagem da broca 3216, utili-
zada em seguida. 
 
 
Página 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
PREPARO DA FACE VESTIBULAR 
O término cervical dos preparos para coroa total ceramocerâmica é o ombro arredondado. Inici-
almente, deverá ser definido um término em chanfro. Ao final, um pouco mais de desgaste axial 
será feito para a definição do ombro arredondado. 
Com a broca diamantada esférica nº 1014, que tem 1,4 mm de diâmetro, posicionada em 45°, 
confecciona-se um sulco de profundidade correspondente à metade do diâmetro da broca na 
região cervical. Esse sulco deve situar-se cerca de 1,0 mm supragengival, acompanhandoa cur-
vatura da margem gengival, estendendo-se da mesial até a distal (ou apenas na metade distal da 
face, por enquanto, como nas fotografias). 
 
 
Página 18 
Para ajudar na confecção dos sulcos de orientação axiais, desenhe duas linhas verticais na meta-
de distal da face vestibular, paralelas ao longo eixo do dente. Faça os sulcos de orientação sobre 
essas linhas, com a broca diamantada 3215, aprofundando uma vez e meia o diâmetro da broca. 
Note que a face vestibular dos incisivos possui duas inclinações (uma no terço cervical e outra no 
terço médio-incisal). Se o dente a ser preparado fosse o canino, a face vestibular apresentaria três 
inclinações (terços cervical, médio e incisal). Os sulcos devem acompanhar essas inclinações. 
 
 
Em seguida, una os sulcos axiais com a broca 4138, mantendo as duas inclinações e determi-
nando um término em chanfro, que deve ficar em continuidade com o chanfro já definido na face 
distal. A broca 4138 deve inclusive se insinuar na metade vestibular da face distal, ampliando o 
chanfro feito com a 3216. 
Ao mesmo tempo em que faz a união dos sulcos, leve o término do preparo a cerca de 0,5 mm 
subgengivalmente, com o objetivo de esconder a margem da futura coroa. 
 
Página 19 
 
REDUÇÃO INCISAL 
Com a broca 3098, faça 2 sulcos de orientação sobre a metade distal da borda incisal do dente, 
aprofundando uma vez e meia seu diâmetro. Com a mesma ponta, nivele o restante da metade 
distal da borda incisal pela profundidade dos sulcos realizados. Com isso, teremos um desgaste 
de aproximadamente 2,0 mm. 
 
 
 
 
Página 20 
 
PREPARO DA FACE PALATINA (REGIÃO DO CÍNGULO) 
O preparo do cíngulo é de grande importância para conferir retenção e estabilidade para a coroa 
total nos dentes anteriores. É esta região que vai configurar uma pequena parede oposta à face 
vestibular preparada para fazer valer os princípios mecânicos entre elas, já que a área da concavi-
dade palatina é muito expulsiva. O outro par de paredes opostas neste preparo é composto pela 
mesial com a distal. 
 
TODO CUIDADO É BEM-VINDO NESTA 
ETAPA. Com a broca diamantada esférica nº 
1014, posicionada em 45°, confecciona-se 
um sulco de profundidade correspondente à 
metade do diâmetro da broca na região cer-
vical, cerca de 1,0 mm supragengival, acom-
panhando a curvatura da margem gengival, 
estendendo-se da mesial até a distal (ou 
apenas na metade distal da face, por en-
quanto, como nas fotografias). 
 
 
 
 
 
 
MAIS CUIDADO AINDA AGORA. Desenhe duas linhas verticais sobre o cíngulo, paralelas ao longo 
eixo do dente. Faça os sulcos axiais de orientação sobre essas linhas, com a broca diamantada 
3216, aprofundando metade do diâmetro da broca. Essa região possui apenas uma inclinação. 
Em seguida, una os sulcos com a mesma broca, sempre paralela ao longo eixo do dente, deter-
minando um término em chanfro, que deve ficar em continuidade com o chanfro já definido na 
face distal. 
 
Página 21 
 
PREPARO DA FACE PALATINA (REGIÃO DA CONCAVIDADE PALATINA) 
Com a broca diamantada 1014, faça duas perfurações na metade distal da concavidade palatina, 
aprofundando metade do diâmetro da broca. Em seguida, com a porção lateral da broca 3118, 
que possui formato de chama, nivele toda a concavidade palatina com a profundidade das perfu-
rações realizadas, sem alterar o preparo previamente realizado no cíngulo. 
 
 
 
 
 
Agora, após se assegurar de que a redução da metade distal, comparando com a metade mesial 
ainda íntegra, está adequada, prepare a metade mesial seguindo o mesmo protocolo E MAN-
TENDO O MÁXIMO CUIDADO. Depois disso, o preparo estará completo, com um chanfro cervical 
contínuo em todo o entorno. Este chanfro deve estar intra-sulcular na face vestibular e metade 
vestibular das faces proximais e ao nível gengival no restante do preparo. A fotografia abaixo à 
esquerda, por exemplo, mostra o chanfro ainda em uma posição supra-gengival, o que seria cor-
rigido adiante. 
 
 
Página 22 
 
 
Para concluir o preparo, verifique se há áreas não expulsivas e aumente o desgaste axial com a 
broca 4137, na medida do possível. Finalmente, dê acabamento com as brocas 4137F e 4138F 
na face vestibular, proximais e na área do cíngulo, e com a 3118F na concavidade palatina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. RESTAURAÇÕES TEMPORÁRIAS 
Broca diamantada 
4137 F 
Broca diamantada 
4138F 
Broca diamantada 
4137 
 
Página 23 
TÉCNICA DA MASSA GROSSA - ELEMENTOS 26 (PRODUÇÃO) E 46 (PROVA PRÁTICA) 
A técnica da massa grossa está indicada para restaurações temporárias, principalmente unitárias, 
de dentes que não mais apresentam anatomia adequada para ser copiada e reproduzida pela 
técnica do molde preliminar. Sendo assim, a anatomia deve ser forjada na fresa de corte, sem o 
auxílio de um molde anatômico prévio. Apesar de suas dificuldades, é a técnica mais frequente-
mente utilizada. 
Após o término do preparo, utilizando um pincel fino, aplique uma fina camada de vaselina sólida 
sobre o preparo e adjacências, inclusive o dente antagonista, nesta técnica. 
Em um pote dappen, manipule uma porção de resina acrílica quimicamente ativada na cor seleci-
onada, condizente com o tamanho do dente em questão. Quando esta estiver na fase plástica, 
recolha uma porção com uma espátula 7, manipule-a na mão fazendo uma bola pequena e com-
prima-a sobre o dente preparado, cuidando para que toda a superfície seja coberta. Nesse mo-
mento, pode-se ocluir o manequim para que a superfície oclusal do dente antagonista fique im-
pressa na resina. 
Quando a resina começar a esquentar, deve-se fazer movimentos repetidos de remoção e assen-
tamento da peça para que não fique presa no dente preparado e/ou nos dentes adjacentes. Repi-
ta os movimentos continuamente até que a resina acrílica alcance sua completa polimerização. A 
dificuldade desta técnica consiste em esculpir todo o dente utilizando as brocas de carbeto de 
tungstênio de corte grosso e fino. Observe que as áreas de contato proximal com os dentes adja-
centes são copiadas na resina. Marque-as com um lápis e não desgaste essa região. Portanto, dê 
forma anatômica à coroa temporária. HORA DE TREINAR HABILIDADE MANUAL E CONHECI-
MENTO ANATÔMICO. 
REEMBASAMENTO 
Na grande maioria das vezes é necessário promover o reembasamento da restauração, com o 
objetivo de refinar ou alcançar a melhor adaptação marginal da mesma. Para isso, aplique nova-
mente vaselina sólida sobre o dente em questão. Faça algum alívio interno na restauração, com 
broca de aço para peça reta, para prover espaço para a resina acrílica adicional. A técnica do pin-
cel é a mais facilmente utilizada nesta fase, preenchendo toda a restauração internamente. Ime-
diatamente após a resina adicionada perder o brilho superficial, deve-se levar a restauração tem-
porária ao encontro do dente preparado, assentando-a até o final. Mantendo a peça em posição, 
deve-se imediatamente remover os excessos maiores com uma espátula 1. Após aproximada-
mente 30 segundos de polimerização, movimentos de inserção e retirada contínuos devem ser 
realizados para que a restauração não se prenda sobre o dente ou nas ameias proximais. Após a 
polimerização da resina, cheque se o término foi totalmente copiado e remova os excessos finais 
com fresa minicut. Repita o procedimento quantas vezes forem necessárias. Cheque os contatos 
oclusais com um pedaço da folha de carbono para articulação e ajuste-os com a mesma fresa. 
Em algumas ocasiões, uma falha na margem da restauração temporária pode ser reparada com 
um acréscimo direto com a técnica do pincel apenas na área falhada, com a restauração em po-
sição. Não se trata de um reembasamento, mas pode ser útil em áreas acessíveis ao pincel. 
Quando houver falhas em áreas inacessíveis aopincel, o melhor resultado será alcançado com o 
reembasamento. 
ACABAMENTO E POLIMENTO 
Use as pontas de borracha abrasiva solicitadas pela disciplina (Kit Prótese UFF/NF Clínico-
Laboratorial), da granulação mais grossa para a mais fina, promovendo o acabamento da peça. 
Utilize outras pontas para acabamento do kit na medida do necessário. Por fim, utilize a roda de 
feltro montada com pasta para polimento de resina acrílica Provigloss para polir a restauração. 
 
TÉCNICA DA FACETA DE DENTE DE ESTOQUE - ELEMENTO 21 
 
Página 24 
A técnica da faceta de dente de estoque é especialmente indicada para unitários, principalmente 
anteriores e prótese sobre implantes. Sua grande vantagem é aproveitar a estética e anatomia do 
dente de estoque para a confecção da provisória. 
Para isso, em uma consulta prévia, deve-se selecionar o tamanho e a cor do dente de estoque 
que será comprado para a confecção da provisória. Para as dimensões dos dentes do manequim 
de prática laboratorial, o modelo mais adequado e econômico é o 266 das marcas Vipi ou Bioto-
ne. 
Após o preparo dental, desgaste o dente de estoque pela face lingual, no caso de dentes anterio-
res, ou deixe-o oco, abrindo pela face cervical, se for um dente posterior. Ao final do desgaste, 
teremos apenas uma faceta do dente de estoque. Saberemos quando o desgaste está adequado 
quando posicionarmos essa faceta sobre o dente preparado e observarmos que ela está alinhada 
com os demais dentes. Asperize as bordas da faceta para remover o brilho e para a emenda da 
resina acrílica não ficar evidenciada. Pincele-a com monômero e reserve. 
Utilizando um pincel fino, aplique uma fina camada de vaselina sólida sobre o preparo e adjacên-
cias. Em um pote dappen, manipule uma porção de resina acrílica quimicamente ativada na cor 
selecionada, condizente com o tamanho do dente em questão. Quando esta estiver saindo da 
fase fibrilar para a plástica, recolha uma porção com uma espátula 7 e aplique sobre a face interna 
da faceta. Comprima-a sobre o dente em questão e com a espátula umedecida no monômero vá 
adaptando a resina extravasada sobre o restante do preparo. 
Quando a resina começar a esquentar, deve-se fazer movimentos repetidos de remoção e assen-
tamento da peça até que ela alcance sua completa polimerização. Em seguida, remova a restau-
ração do dente e cheque se o término foi totalmente copiado. Remova os excessos utilizando as 
broca de carbeto de tungstênio de corte grosso e fino. 
REEMBASAMENTO 
Após a escultura, realize o reembasamento da provisória, conforme já descrito, e remova os ex-
cessos. Repita o procedimento quantas vezes forem necessárias. Cheque os contatos oclusais 
com um pedaço da folha de carbono para articulação e ajuste-os. 
 
ACABAMENTO E POLIMENTO 
Use as pontas de borracha abrasiva solicitadas pela disciplina (Kit Prótese UFF/NF Clínico-
Laboratorial), da granulação mais grossa para a mais fina, promovendo o acabamento da peça. 
Utilize outras pontas para acabamento do kit na medida do necessário. Por fim, utilize a roda de 
feltro montada com pasta para polimento de resina acrílica Provigloss para polir a restauração. 
 
3. MODELAGEM DE RETENTOR INTRARRADICULAR 
Em dentes tratados endodonticamente, muitas vezes é necessário realizar a reconstrução de ex-
tensas áreas perdidas por fratura, cárie ou desgastes restauradores prévios. Para tanto, deve-se 
providenciar uma base para que a nova restauração protética obtenha condições de retenção e 
estabilidade adequadas. Uma técnica ainda bastante utilizada, embora com indicações atualmen-
te restritas a perdas coronárias totais e dentes pilares de próteses parciais fixas ou removíveis, é a 
modelagem do retentor intrarradicular. Nesta técnica, prepara-se uma peça para fundição, com a 
forma coronária final do preparo protético (núcleo) e com o pino intrarradicular que promoverá a 
retenção desta peça fundida. 
MODELAGEM DO PINO 
Após o preparo intrarradicular (na prática laboratorial da disciplina, o dente do manequim já está 
preparado), deve-se pincelar esta área preparada com vaselina sólida, com o auxílio de um pincel 
fino ou uma fina camada de algodão enrolada em uma lima endodôntica. Certifique-se de que não 
 
Página 25 
há falta nem excesso de vaselina no interior do conduto. Em seguida, deve-se separar um pino 
guia pré-fabricado (pin-jet) e umedecê-lo com o líquido da resina acrílica. 
Agora deve-se levar a resina acrílica de baixa contração de polimerização (duralay, por exemplo) 
ao interior do conduto, copiando-o perfeitamente. Para conseguir esta cópia, em um pote dap-
pen, manipule uma porção da resina acrílica e quando esta estiver saindo da fase fibrilar para a 
plástica, recolha uma pequena porção com uma espátula 7 e aplique em volta da porção do pin-
jet correspondente à extensão do preparo intrarradicular. Imediatamente leve o conjunto ao interi-
or do conduto. Parte do excesso na região coronária pode ser comprimida contra a entrada do 
conduto, parte pode ser readaptada contra a porção coronária do pino. Deve-se aguardar um 
pouco o ciclo de polimerização da resina e remover o conjunto lentamente do interior do conduto. 
Não remova completamente agora. Realize movimentos repetidos de inserção e remoção para 
evitar desadaptações na fase final de polimerização da resina. Completada esta polimerização, 
analise a cópia e refaça o trabalho, se necessário. Pequenas falhas podem ser preenchidas com 
cera utilidade, readaptando o pino no conduto para que não fique excesso de cera que, fundido, 
impediria a adaptação do pino. 
Outra técnica de inserção da resina acrílica no interior do conduto é a técnica do pincel (Nealon). 
Com o pó da resina em um pote dappen e o líquido em outro, um pincel fino deve ser umedecido 
no líquido e levado ao pó para carrear uma pequena porção de resina praticamente fluida para o 
interior do conduto. Muito rapidamente, após seguidas inserções de incremento de resina, desde 
o fundo do conduto até a sua entrada, mergulha-se o pin-jet na resina aplicada, assegurando-se 
de sua inserção até o fundo do conduto preparado. A partir daqui, todos os procedimentos são 
iguais aos já descritos para a outra técnica de modelagem do pino. 
MODELAGEM DO NÚCLEO 
Após a modelagem do pino, deve-se providenciar a modelagem do núcleo, que é a porção coro-
nária do retentor intrarradicular e a que apresenta a forma do preparo protético. 
Deve-se adaptar o pino modelado no interior do conduto preparado e adicionar mais resina contra 
a porção coronária do pin-jet. Isso pode ser feito com incrementos aplicados com a técnica do 
pincel ou com a aplicação de uma ou mais camadas previamente misturadas em um pote 
dappen. A forma final do preparo ainda será dada pela pontas diamantadas correspondentes. 
Neste momento, basta que se apliquem incrementos para um volume dentro do qual se possa 
antever a possibilidade de obter a forma do preparo pretendido, como um escultor diante de uma 
pedra bruta. Claro que a qualquer momento, na medida do necessário, novos incrementos podem 
ser adicionados. 
Polimerizada a resina adicionada, procede-se então ao preparo, trabalhando as brocas diamanta-
das na resina e em algum remanescente dental coronário ainda existente. Após a finalização deste 
preparo, cuja margem cervical tem que ser definida em estrutura dentária e não na resina acrílica, 
a peça será encaminhada a um laboratório de prótese para fundição.

Outros materiais