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Publicidade e Propaganda - Legislação p/ Comunicação

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Legislação para Comunicação
Parte 1: Constituição Federal, Código de Defesa do Consumidor, CONAR e art 20 do Código Civil.
Legislação
Fontes
Constituição Federal 1988
Art 5o
IV: é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.
Secret / Cryptic 
secret fim
IX: é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
Tiririca x Roberto Carlos
Liberdade de expressão x liberdade de expressão comercial
Paródia é limitador do direito do autor. recriação de uma obra já existente e, em geral, consagrada, pois o seu principal objetivo é adaptar a obra original a um novo contexto, passando diferentes versões para um lado mais despojado.
Fim comercial? Descrédito da obra original? Ofensa a honra, imagem?
Não há previsão expressa de direito à liberdade de expressão comercial na CF, mas há previsão implícita nos artigos citados.
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Legislação
Fontes
Constituição Federal 1988
Art 170: A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
Profissões que precisam de diploma x livre mercado
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Legislação
Fontes
Constituição Federal 1988
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
§ 3º - Compete à lei federal:
II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente.
§ 4º A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e terapias estará sujeita a restrições legais, nos termos do inciso II do parágrafo anterior, e conterá, sempre que necessário, advertência sobre os malefícios decorrentes de seu uso.
Não há previsão expressa de direito à liberdade de expressão comercial na CF, mas há previsão implícita nos artigos citados.
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Legislação
Fontes
Constituição Federal 1988
Lei 9294/96
Dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos do § 4° do art. 220 da Constituição Federal.
Art. 1º O uso e a propaganda de produtos fumígeros, derivados ou não do tabaco, de bebidas alcoólicas, de medicamentos e terapias e de defensivos agrícolas estão sujeitos às restrições e condições estabelecidas por esta Lei, nos termos do § 4° do art. 220 da Constituição Federal.
Parágrafo único. Consideram-se bebidas alcoólicas, para efeitos desta Lei, as bebidas potáveis com teor alcoólico superior a treze graus Gay Lussac.
Cerveja também é álcool / MPSP
Tolerância zero na “nova” Lei Seca.
ADO n. 22 Omissão legislativa para bebidas com teor alcóolico menor que 13 GL?
Não há previsão expressa de direito à liberdade de expressão comercial na CF, mas há previsão implícita nos artigos citados.
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Legislação
Fontes
Constituição Federal 1988
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
§ 4º - A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e terapias estará sujeita a restrições legais, nos termos do inciso II do parágrafo anterior, e conterá, sempre que necessário, advertência sobre os malefícios decorrentes de seu uso.
O dispositivo acima impede que haja restrições à publicidade de outros setores?
Não há previsão expressa de direito à liberdade de expressão comercial na CF, mas há previsão implícita nos artigos citados.
Parece que nÃO…
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Legislação
Fontes
Código de Defesa do Consumidor – 1990
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: ...
 IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;
Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança.
A exemplo de ...
Butão e a agricultura orgânica
Não há previsão expressa de direito à liberdade de expressão comercial na CF, mas há previsão implícita nos artigos citados.
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Legislação
Código de Defesa do Consumidor – 1990
Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado. Jardim Japonês; COPA EXC, Vinculação e Boa fé
Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores. 
Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal. INSTA; 
Veio para equilibrar as relações de consumo.
Vinculação e boa-fé: vinculação qdo claramente quer se aproveitar da vulnerabilidade do consumidor.
Esclarecer qq conexão material
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Legislação
Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
        § 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços. Publicidade enganosa
Ford / Em abril, o Ministério da Justiça (MJ) multou a Ford em R$ 165,36 mil por publicidade enganosa do modelo Ford F-250 Super Duty. O comercial omite a a exigência de o condutor ter habilitação na categoria "C" para dirigir a picape, induzindo o consumidor ao erro, na avaliação do ministério.
Fabricantes de adoçantes / As empresas Stevia Brasil e Gold Nutrition, fabricantes de adoçantes, foram multadas pelo Ministério da Justiça por publicidade enganosa e ausência de informações adequadas sobre a composição dos produtos. O processo de investigação, que teve início em 2005, resultou em multa no total de R$ 325,51 mil.
    
Não há previsão expressa de direito à liberdade de expressão comercial na CF, mas há previsão implícita nos artigos citados.
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Legislação
Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
        § 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança. RED BULL ; DULOREN; PARQUE DA XUXA; SKOL 2015;McDonald's x ALANA
        § 3° Para os efeitos deste código, a publicidade é enganosa por omissão quando deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço. (FORD)
Não há previsão expressa de direito à liberdade de expressão comercial na CF, mas há previsão implícita nos artigos citados.
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Legislação
Art. 49. Direito de Arrependimento
      O consumidor pode desistir do contrato,
no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.
 Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados.
	Art 50. Garantia Contratual
A garantia contratual é complementar à legal e será conferida mediante termo escrito.
 Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente deve ser padronizado e esclarecer, de maneira adequada em que consiste a mesma garantia, bem como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser exercitada e os ônus a cargo do consumidor, devendo ser-lhe entregue, devidamente preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado de manual de instrução, de instalação e uso do produto em linguagem didática, com ilustrações.
Garantia contratual: 1o conta o prazo da contratual, depois da legal: 30 dias para não durável e 90 dias para durável.
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Legislação
CONAR: Código e Conselho de autorregulamentação publicitária. CONAR
Criação: 1977 / 1978. Contexto.
Fundadores: ABAP - Associação Brasileira das Agências de Propaganda, ABA - Associação Brasileira de Anunciantes, ANJ - Associação Nacional de Jornais, ABERT - Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, ANER - Associação Nacional de Editores de Revistas e Central de Outdoor.
Missão: impedir que a publicidade enganosa ou abusiva cause constrangimento ao consumidor ou a empresas e defender a liberdade de expressão comercial.
Artigo 9º A atividade publicitária de que trata este Código será sempre ostensiva. (art 36, CDC)
§ 1o – A alusão à marca de produto ou serviço, razão social do anunciante ou emprego de elementos reconhecidamente a ele associados atende ao princípio da ostensividade.
§ 2o – O “teaser”, assim entendida a mensagem que visa a criar expectativa ou curiosidade no público, poderá prescindir da identificação do anunciante, do produto ou do serviço.
Artigo 10 - A publicidade indireta ou “merchandising” submeter-se-á igualmente a todas as normas dispostas neste Código, em especial os princípios de ostensividade (art. 9o) e identificação publicitária (artigo 28).
Artigo 28 - O anúncio deve ser claramente distinguido como tal, seja qual for a sua forma ou meio de veiculação.
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Legislação
CONAR: Código e Conselho de autorregulamentação publicitária. CONAR
Artigo 19 - Toda atividade publicitária deve caracterizar-se pelo respeito à dignidade da pessoa humana, à intimidade, ao interesse social, às instituições e símbolos nacionais, às autoridades constituídas e ao núcleo familiar.
Artigo 20 - Nenhum anúncio deve favorecer ou estimular qualquer espécie de ofensa ou discriminação racial, social, política, religiosa ou de nacionalidade.
Artigo 21 - Os anúncios não devem conter nada que possa induzir a atividades criminosas ou ilegais - ou que pareça favorecer, enaltecer ou estimular tais atividades.
Artigo 22 - Os anúncios não devem conter afirmações ou apresentações visuais ou auditivas que ofendam os padrões de decência que prevaleçam entre aqueles que a publicidade poderá atingir.
Não há previsão expressa de direito à liberdade de expressão comercial na CF, mas há previsão implícita nos artigos citados.
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Legislação
CONAR: Código e Conselho de autorregulamentação publicitária. CONAR
Artigo 27 - O anúncio deve conter uma apresentação verdadeira do produto oferecido, conforme disposto nos artigos seguintes desta Seção, onde estão enumerados alguns aspectos que merecem especial atenção. (art 37, CDC)
§ 1º - Descrições
No anúncio, todas as descrições, alegações e comparações que se relacionem com fatos ou dados objetivos devem ser comprobatórias, cabendo aos Anunciantes e Agências fornecer as comprovações, quando solicitadas.
§ 2º - Alegações
O anúncio não deverá conter informação de texto ou apresentação visual que direta ou indiretamente, por implicação, omissão, exagero ou ambigüidade, leve o Consumidor a engano quanto ao produto anunciado, quanto ao Anunciante ou seus concorrentes, nem tampouco quanto à:
natureza do produto (natural ou artificial);
procedência (nacional ou estrangeira);
composição;
finalidade.
Não há previsão expressa de direito à liberdade de expressão comercial na CF, mas há previsão implícita nos artigos citados.
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Legislação
§ 3º - Valor, Preço, Condições
O anúncio deverá ser claro quanto a:
valor ou preço total a ser pago pelo produto, evitando comparações irrealistas ou exageradas com outros produtos ou outros preços: alegada a sua redução, o Anunciante deverá poder comprová-la mediante anúncio ou documento que evidencie o preço anterior;
entrada, prestações, peculiaridades do crédito, taxas ou despesas previstas nas operações a prazo;
condições de entrega, troca ou eventual reposição do produto;
condições e limitações da garantia oferecida.
§ 4º - Uso da Palavra "Grátis”
O uso da palavra "grátis" ou expressão de idêntico significado só será admitido no anúncio quando não houver realmente nenhum custo para o Consumidor com relação ao prometido gratuitamente;
nos casos que envolverem pagamento de qualquer quantia ou despesas postais, de frete ou de entrega ou, ainda, algum imposto, é indispensável que o Consumidor seja esclarecido.
Legislação
§ 9º - Testemunhais 
O anúncio abrigará apenas depoimentos personalizados e genuínos, ligados à experiência passada ou presente de quem presta o depoimento, ou daquele a quem o depoente personificar;
o testemunho utilizado deve ser sempre comprovável;
quando se usam modelos sem personalização, permite-se o depoimento como "licença publicitária" que, em nenhuma hipótese, se procurará confundir com um testemunhal;
o uso de modelos trajados com uniformes, fardas ou vestimentas características de uma profissão não deverá induzir o Consumidor a erro e será sempre limitado pelas normas éticas da profissão retratada;
o uso de sósias depende de autorização da pessoa retratada ou imitada e não deverá induzir a confusão.
Legislação
Artigo 32 – a publicidade comparativa será aceita, contanto que respeite os seguintes princípios e limites:
objetivo maior: esclarecimento / defesa do consumidor.
princípio básico: objetividade na comparação.
passível de comprovação.
em se tratando de bens de consumo a comparação seja feita com modelos fabricados no mesmo ano, sendo condenável o confronto entre produtos de épocas diferentes, a menos que se trate de referência para demonstrar evolução, o que, nesse caso, deve ser caracterizado;
não se caracterize concorrência desleal, denegrimento à imagem do produto ou à marca de outra empresa;
comparação entre produtos cujo preço não é de igual nível, tal circunstância deve ser claramente indicada pelo anúncio.
Legislação
Artigo 34 – Proteção da Intimidade
Este Código condena a publicidade que:
faça uso de imagens ou citações de pessoas vivas, a menos que tenha sido obtida a sua prévia e expressa autorização;
ofenda as convicções religiosas e outras suscetibilidades daqueles que descendam ou sejam de qualquer outra forma relacionados com pessoas já falecidas cuja imagem ou referência figure no anúncio;
revele desrespeito à dignidade da pessoa humana e à instituição da família;
desrespeite a propriedade privada e seus limites.
Legislação
Artigo 38 – Em toda a atividade publicitária serão respeitados os direitos autorais nela envolvidos, inclusive os dos intérpretes e os de reprodução.
Artigo 40 - É condenado o uso desrespeitoso da música folclórica, dos folguedos e temas populares que constituem parte integrante do patrimônio cultural do país.
Artigo 43 - O anúncio não poderá infringir as marcas, apelos, conceitos e direitos de terceiros, mesmo aqueles empregados fora do país, reconhecidamente relacionados ou associados
a outro Anunciante.
Artigo 45 – Responsabilidades: Anunciante, Agência e Veículo.
O veículo pode recusar o anúncio: quando entender que o seu conteúdo fere o conteúdo do CONAR, que fira a sua linha editorial, jornalística ou de programação; sem identificação do patrocinador, salvo o caso de campanha que se enquadre no "teaser” e recusar anúncio de polêmica ou denúncia sem expressa autorização de fonte conhecida que responda pela autoria da peça;
Legislação
Artigo 50 – Infrações e Sanções
advertência;
recomendação de alteração ou correção do Anúncio;
recomendação aos Veículos no sentido de que sustem a divulgação do anúncio;
divulgação da posição do CONAR com relação ao Anunciante, à Agência e ao Veículo, através de Veículos de comunicação, em face do não acatamento das medidas e providências preconizadas.
§ 1º - Compete privativamente ao Conselho de Ética do CONAR apreciar e julgar as infrações aos dispositivos deste Código e seus Anexos e, ao Conselho Superior do CONAR, cumprir e fazer cumprir as decisões emanadas do Conselho de Ética em processo regular.
§ 2º - Compete privativamente ao Conselho Superior do CONAR alterar as disposições deste Código, bem como alterar, suprimir e acrescentar-lhe Anexos.
Legislação
Publicidade infantil:
CDC: Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
        § 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança...
CONAR: Artigo 37 - Os esforços de pais, educadores, autoridades e da comunidade devem encontrar na publicidade fator coadjuvante na formação de cidadãos responsáveis e consumidores conscientes. Diante de tal perspectiva, nenhum anúncio dirigirá apelo imperativo de consumo diretamente à criança. E mais:
I – Os anúncios deverão refletir cuidados especiais em relação a segurança e às boas maneiras e, ainda, abster-se de:... (d) impor a noção de que o consumo do produto proporcione superioridade ou, na sua falta, a inferioridade; (f) empregar crianças e adolescentes como modelos para vocalizar apelo direto, recomendação ou sugestão de uso ou consumo, admitida, entretanto, a participação deles nas demonstrações pertinentes de serviço ou produto;
II - Quando os produtos forem destinados ao consumo por crianças e adolescentes seus anúncios deverão:... (d) dar atenção especial às características psicológicas do público-alvo, presumida sua menor capacidade de discernimento;
Legislação
Publicidade infantil:
CONAR – não ao merchandising para o público infantil
II - Este Código condena a ação de merchandising ou publicidade indireta contratada que empregue crianças, elementos do universo infantil ou outros artifícios com a deliberada finalidade de captar a atenção desse público específico, qualquer que seja o veículo utilizado.
IV - Nos conteúdos segmentados, criados, produzidos ou programados especificamente para o público infantil, qualquer que seja o veículo utilizado, a publicidade de produtos e serviços destinados exclusivamente a esse público estará restrita aos intervalos e espaços comerciais.
163 CONANDA
Leitura a favor
Contra
Legislação
Mês/Ano Julgamento:	NOVEMBRO/2012
Autor(a):	Conar, mediante queixa de consumidor / Anunciante: Hope Agência:	Giovanni+DraftFCB
Decisão:	Sustação
Fundamentos: Artigos 1º, 3º, 6º, 19, 37 e 50, letra "c" do Código
Resumo:	Filme para TV mostra Juliana Paes trajando lingerie. Em off, um pai elogia a beleza e a sensualidade da atriz quando é interrompido pelo filho pequeno: "Hei! Vou contar tudo pra mamãe", diz ele. O pai oferece-lhe, então, R$ 60 "pra ficar quieto", proposta aceita pela criança. O comercial atraiu reclamação de nove consumidores de Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ), São Bernardo do Campo (SP) e Curitiba (PR).
Em sua defesa, anunciante e agência argumentam que o filme deve ser analisado e compreendido em termos relativos, devendo ser toleradas situações ficcionais permeadas de bom humor. como, consideram, é o caso do filme.
O Conselho de Ética deliberou, por maioria de votos, pela sustação. "O Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária determina que o anúncio deve ser verdadeiro, respeitoso ao núcleo familiar e não deve induzir a práticas ilegais. E o cuidado deve ser ainda maior quando envolve crianças", escreveu o autor do voto vencedor.
Legislação
TIM / Em outubro do ano passado, a 16ª Vara de Porto Alegre (RS) condenou a TIM a pagar multa de R$ 500 mil por propaganda enganosa na venda do serviço de banda larga. Segundo o Tribunal de Justiça gaúcho, a propaganda induz o consumidor a imaginar que terá a velocidade máxima de conexão por todo o tempo, sem informar que há uma restrição de velocidade ao se alcançar uma determinada quantidade de dados trafegados no mês.
Fiat, Sul América e corretora SWG / Em 2011, a Justiça do Rio condenou as empresas Fiat, Sul América Capitalização e a corretora SWG a pagar indenização por dano moral e material por lesarem consumidores com propaganda enganosa. 
De acordo com a ação civil pública que resultou na decisão, as empresas atraíam os clientes com a promessa de que poderiam comprar um carro Fiat 0Km, com um ano de seguro gratuito, efetuando o pagamento de um valor determinado, parcelado em até 60 prestações sem juros. Mas, segundo o MP, o que estava sendo oferecido de fato era um plano de capitalização. Como pensava se tratar de um consórcio, o consumidor julgava estar comprando um carro, quando na verdade concorria a uma quantia em dinheiro que, segundo as empresas, correspondia ao valor do veículo.
Legislação
Mês/Ano Julgamento:	MARÇO/2012 / Representação nº: 041/12
Autor(a):	Grupo de consumidores
Anunciante:	Anunciante e agência: Red Bull e Loducca
Fundamentos:	Artigos 1º, 3º, 19 e 50, letra "c" do Código
Resumo: O Conar recebeu cerca de duzentas reclamações de consumidores de todo o país contra filme para TV de Red Bull, em que, numa animação, Jesus é mostrado andando sobre as águas. Os apóstolos que o acompanham num barco perguntam se ele o faz por ter ingerido a bebida ou por se tratar de milagre, ao que Jesus responde: "Você só tem de ficar esperto aonde tem pedra". Os consumidores acusam desrespeito para com a fé cristã. Já anunciante e agência alegam em sua defesa flagrante bom humor, comum às campanhas do produto.A relatora propôs a alteração do anúncio, considerando que ele fere itens do Código que se referem à responsabilidade junto ao consumidor, à falta de consonância com parâmetros da cultura nacional e à possibilidade de ofensa religiosa. Levado a votos, a decisão foi mudada para sustação, pois os conselheiros presentes não viram como o fato de alterar o filme poderia eliminar as infrações éticas. A decisão foi tomada por maioria de votos.
Não há previsão expressa de direito à liberdade de expressão comercial na CF, mas há previsão implícita nos artigos citados.
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Legislação
Mês/Ano Julgamento: JUNHO/2014 / Representação nº: 024/14
Autor(a):	Conar, mediante queixa de consumidor
Anunciante:	Red Bull do Brasil
Decisão:	Alteração
Fundamentos:	Artigos 1º, 3º, 6º, 21, 33 e 50, letra "b" do Código
Resumo: Consumidora de São Paulo considera inadequadas frases presentes em mensagens de Twitter do energético Red Bull. A anunciante nega tal interpretação.
Após analisar os argumentos das partes, o Conselho de Ética aceitou sugestão do autor do voto vencedor, recomendando por maioria de votos a alteração da frase "Só assim para aguentar o trânsito de volta das férias". Para o conselheiro, como o consumo da bebida é frequentemente ligado a bebidas alcoólicas, vale o cuidado de não associá-lo ao ato de dirigir.
Anexos
Art 221, CF: A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:
I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;
II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção
independente que objetive sua divulgação;
III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei;
IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.
ANEXOS
LEI 9294/96
Art. 4° Somente será permitida a propaganda comercial de bebidas alcoólicas nas emissoras de rádio e televisão entre as vinte e uma e as seis horas.
§ 1° A propaganda de que trata este artigo não poderá associar o produto ao esporte olímpico ou de competição, ao desempenho saudável de qualquer atividade, à condução de veículos e a imagens ou idéias de maior êxito ou sexualidade das pessoas.
§ 2° Os rótulos das embalagens de bebidas alcoólicas conterão advertência nos seguintes termos: "Evite o Consumo Excessivo de Álcool”.
Art. 4o-A. Na parte interna dos locais em que se vende bebida alcoólica, deverá ser afixado advertência escrita de forma legível e ostensiva de que é crime dirigir sob a influência de álcool, punível com detenção. (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
ANEXOS
Art. 5° As chamadas e caracterizações de patrocínio dos produtos indicados nos arts. 2° e 4° , para eventos alheios à programação normal ou rotineira das emissoras de rádio e televisão, poderão ser feitas em qualquer horário, desde que identificadas apenas com a marca ou slogan do produto, sem recomendação do seu consumo.
§ 1° As restrições deste artigo aplicam-se à propaganda estática existente em estádios, veículos de competição e locais similares.
§ 2° Nas condições do caput, as chamadas e caracterizações de patrocínio dos produtos estarão liberados da exigência do § 2° do art. 3° desta Lei.
Art. 6° É vedada a utilização de trajes esportivos, relativamente a esportes olímpicos, para veicular a propaganda dos produtos de que trata esta Lei.
ANEXOS
Lei 11.705/2008 (Lei Seca)
A Lei 11.705 alterou o Código Brasileiro de Trânsito e estabeleceu limites de concentração de álcool no sangue para motoristas. Em dezembro de 2012 foi sancionada a Lei 12.760 que fez nova alteração no código de trânsito e e estabeleceu tolerância zero ao álcool.
CONAR
Anexos sobre bebida alcóolica
Considera-se bebida alcoólica, para os efeitos da ética publicitária, aquela que como tal for classificada perante as normas e regulamentos oficiais a que se subordina o seu licenciamento. Este Código, no entanto, estabelece distinção entre três categorias de bebidas alcoólicas: as normalmente consumidas durante as refeições, por isso ditas de mesa (as Cervejas e os Vinhos, objetos do Anexo “P”); demais bebidas alcoólicas, sejam elas fermentadas, destiladas, retificadas ou obtidas por mistura (normalmente servidas em doses, cuja publicidade é disciplinada pelo Anexo "A"); e a categoria dos “ices”, “coolers”, “álcool pop”, “ready to drink”, “malternatives”, e produtos a eles assemelhados, em que a bebida alcoólica é apresentada em mistura com água, suco ou refrigerante, enquadrada em Anexo próprio (o Anexo “T”), e no Anexo “A”, quando couber.

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