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PRÍNCIPIOS BIOMECÂNICOS E ESTÉTICOS DE PREPAROS PROTÉTICOS
Preparos protéticos:
Desgaste nos dentes adjacentes para substituir um dente perdido
É comum reconstruir o dente para depois fazer o desgaste quando o elemento se encontra muito destruindo (essa “reconstrução” é denominada procedimento operatório especial, falaremos a seguir)
Existe um término do preparo geralmente cervical que circunda todo o dente (esse término pode ser em chanfro, ombro, lâmina de faca, ombro arredondado, e pode ter bisel ou não, também vamos entender depois)
Repor um dente perdido = prótese parcial fixa (ponte fixa)
O que vai cobrir o desgaste dos dentes em uma ponte fixa chama-se retentores, o dente(s) substituído(s) chama-se pôntico (s) e o que vão unir esses elementos são conectores.
O mais frequente é que esses retentores sejam coroa total
O dente que sofre desgaste se chama pilar
Os dentes naturais têm uma zona de expulsividade e não expulsividade. Temos uma área de convergência pra oclusal, e uma área que converge para cervical. Sendo assim, podemos considerar que a área de equador é uma convexidade que atrapalharia o assentamento da peça protética, e então não alcançaria o vedamento cervical. Dessa forma, devemos fazer um preparo que seja convergente para a oclusal, sem áreas de convexidade.
Princípios Mecânicos
Retenção
Estabilidade
Rigidez estrutural
Plano de inserção
RETENÇÃO : É a capacidade que um preparo protético deve possuir de resistir as forças de deslocamento da restauração no sentido do eixo de inserção. 
ESTABILIDADE (em alguns livros chama-se resistência): resistir as forças de deslocamento da restauração em sentido oblíquo. Resistência à “girar”
Ou seja, retenção e estabilidade = capacidade de resistir às forças que possam deslocar a restauração
Três fatores influenciam na retenção e estabilidade:
Grau de expulsividade entre paredes opostar
Altura do preaparo
Largura do preparo
Vamos falar sobre a influência desses fatores na retenção:
GRAU DE EXPULSIVIDADE: Quanto maior grau de expulsividade entre paredes opostas, MENOR a retenção. Para ter maior potencial de atrito, precisamos de menor expulsividade. Quanto mais expulsividade, menos atrito. 
OU SEJA: Se a parede for paralela o atrito é tão grande que a peça não consegue ser inserida. E se a expulsividade for muito grande, a peça perde em atrito, e fica “frouxa” no preparo, sujeita a deslocamentocom maior facilidade. A expulsividade ótima entre paredes opostas é de 6º . A expulsividade clinicamente aceitável é de 15º a 20º. E a expulsividade clinicamente crítica é >20º. 
Reforçando: quanto menor a expulsividade, maior a retenção, porque maior será o atrito.
ALTURA DO PREPARO: Quanto maior a altura, maior a retenção, porque maior será a área de atrito.
OBS: para redução de altura deve-se preservar a anatomia oclusal (cúspides)
LARGURA DO PREPARO: Quanto maior a largura, maior a retenção, porque maior será o atrito.
Vamos falar sobre a influência desses fatores na estabilidade:
EXPULSIVIDADE ENTRE PAREDEDES OPOSTAS: Quanto menor a expulsividade, maior a estabilidade, porque maior será a área de resistência ao deslocamento obliquo
ALTURA DO PREPARO: Quanto maior altura, maior estabilidade, pois maior será a área de resistência ao deslocamento obliquo
LARGURA DO PREPARO: Quanto menor a largura, maior estabilidade 
OBS: ao contrário da retenção que quanto maior a largura, maior estabilidade. Se a altura do preparo for maior que a largura, isso nós dá uma condição de estabilidade boa. Se a largura for maior que a altura o raio do preparo vai ser maior, vai fazer um círculo mais aberto, e o segmento do circula passa mais distante da linha do preparo. Assim o deslocamento torna-se mais fácil. A trajetória é mais aberta que o preparo quando o raio é maior.
Soluções para essa situação de Largura maior que Altura: SULCOS E CAIXAS. Na própria peça cria-se um arco de rotação que compensa, criando uma nova área de resistência ao deslocamento oblíquo
RIGIDEZ ESTRUTURAL: redução oclusal e axial;
OBS: Em todas as faces preciso de rigidez estrutural. E essa redução depende da escolha do material de escolha da peça protética. Por exemplo: se for uma restauração metálica, desgastamos menos que pra uma cerâmica pura.
PLANO DE INSERÇÃO: Próteses unitárias: paralelo ao longo eixo do dente. Vale lembrar que o longo eixo do dente NÃO É SEMPRE perpendicular ao solo!!
Prótese Parcial Fixa: o plano de inserção deve único. Geralmente paralelo à bissetriz do longo eixo dos dente pilares.
Princípios Biológicos:
Proteção do complexo dentina-polpa
Preservação da saúde
PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINA-POLPA
Preservação da estrutura dental
Calor gerado pelo atrito da broca: controle da pressão, quantidade e distribuição da irrigação, tempo de uso das brocas (elas perdem a capacidade de corte e passar a “queimar” o dente e não cortar
Proteção pós operatória: restauração temporária isola de estímulos térmicos e mecânicos, mantém a fundão mastigatória e estética 
Adaptação marginal: selamento cervical. A peça protética deve se estender ate onde houver desgaste, adptada. Não deve ter excesso nem falta de material.
PRESERVAÇÃO DA SAÚDE PERIODONTAL
Tratamento periodontal pré-protético: raspagem supra e subgengival, instrução de higiene oral, cirurgias corretivas.
Localização das margens da restauração: as margens cervicais dos preparos devem acompanhar o contorno da margem gengival. 
ESPAÇO BIOLÓGICO (sulco 0,69mm – epitélio juncional 0,97mm – inserção conjuntiva 1,07). Podemos chegar até o sulco!!!
Os términos podem ser:
SUPRA-SULCULAR: Melhor controle dos procedimentos clínicos, prevenção de cárie e doença periodontal.
AO NÍVEL SULCULAR
INTRA-SULCUALAR: estética, razões mecânicas
Dificuldades técnicas intra-sulcular: avaliação das margens, adaptação de provisórios, afastamento para moldagem, remoção do cemento da margem, controle de placa dificultado
SUBSULCULAR: invasão do espaço biológico, cáries, doença periodontal, iatrogenia
Soluções para término subsulcular: aumento de coroa clinica, extrusão ortodôntica.
PROCEDIMENTOS OPERATÓRIOS ESPECIAIS
Devem ser realizados previamente a restaurações indiretas
Padronização do preparo cavitário
Não reforça o remanescente (o que vai reforçar o remanescente será a restauração indireta – coroa total, overlay...por exemplo 
São procedimentos que vão servir de base para posteriormente colocar uma restauração indireta
De pequenos a grandes destruições dentárias
Dentes vitalizados ou desvitalizados, mas com tratamento endodontico
Devemos observar a qualidade e quantidade de remanescente dental
Utilizar materiais diretos ou indiretos, conjugados ou não
Várias técnicas e requisitos
Obs: o POE é um “recheio” que serve de base para uma restauração final. E para escolher quais os materiais vamos utilizar nesse recheio precisamos analisar a qualidade e quantidade de remanescente dental
Os procedimentos operatórios especiais podem ser: 
Preenchimento com materiais plásticos
Preenchimento com materiais plásticos associados a pinos intra-dentinários (ajuda na retenção do material)
Preenchimento com materiais plásticos associado a pinos intra-radicular 
Retentores intra-radiculares individualziados
E a escolha do procedimento vai depender de:
Grau de destruição
Condição pulpar
Indicação final (se vai ser uma coroa parcial, total, onlay, inlay, etc)
Dificuldade técnica –Localização
Para avaliar a qualidade e quantidade de remanescente dentário devemos observar:
Distancia intercuspídica (1/3 do istmo)
Quantidade de paredes dentárias remanescentes
Espessura das paredes remanescentes (2mm)
Capacidade da cavidade de reter mecanicamente o POE
Presença de crista marginal
Proximidade do remanescente aos tecidos periodontais – o que temos de férula (do topo da crista óssea até o que sobrou de remanescente (necessidade de aumento de coroa clinica, ou não)
Teto da câmara pulpar e tratamento endodôntico
Histórico restaurador de elemento – retratamentos
Como está a dentinado elemento – espessura, qualidade, adesão
Por que optamos por fazer uma indireta e não uma direta:
Facilidade de execução fora da boca, com escultura, e ponto de contato
Oferece mais proteção ao remanescente dentário (as vezes, dependendo da forma e característica do preparo. Uma cobertura de cúspide onlay e overlay dissipa melhor as forças do que uma inlay que funciona como uma cunha e pode fraturar o remanescente)
Pra entender melhor, imagine que você caiu de bicicleta e fraturou o incisivo, e restou 1/ 3 da coroa, expos a polpa de um dente vital. Depois de tratar o canal não é possível planejar uma coroa total para aquele dente sem antes ADEQUÁ-LO. Por essa razão você deve RECONTRUIR o dente com um pino intra-radicular associado com material plástico (resina, por exemplo), ou até mesmo com um retentor intra-radicular individualizado, para posteriormente realizar um preparo para coroa total. Você pode estar se perguntando: mas se reconstruiu o dente com pino e resina qual a necessidade de fazer um preparo de coroa total¿ Esse é um questionamento que eu costumava fazer até entender que o POE jamais vai reforçar o remanescente. Quem vai abraçar o remanescente é a restauração final!! Se nesse caso você escolhesse fazer uma restauração direta em resina com um pino intra-radicular provavelmente na primeira mordida de uma maça essa restauração iria se fraturar, ou pior, iria se fraturar e fraturar o remanescente, que já está pouco.
Mas lembre-se: o término do preparo (geralmente cervical, onde a restauração vai ser apoiar) deve ser em estrutura dental sadia. !!!!!!!!!!!!!!!!
Se o dente estiver muito destruído você precisa associar materiais plásticos à pinos. Mas se a destruição for menor, você pode apenas adequa-lo com materiais plásticos. 
As vezes optamos por fazer uma onlay em molar ou pré-molar, por exemplo, devido à uma lesão de cárie muito extensa, por acreditarmos que uma restauração direta (que não reforça o remanescente) não seria capaz de resistir aos esforços mastigatórios levando a fratura da mesma, ou pior, dela e do dente.
	
RESTAURAÇÕES METÁLICAS FUNDIDAS
São todas as restaurações cujos términos são em metal, sendo assim, elas compreendem restaurações indiretas totalmente metálicas, metaloplásticas, e matalocerâmicas
Como eu disse, quanto pior for o remanescente dental, maior a necessidade de cobertura de cúspide (através de uma onlay, overlay, ou coroas totais ou parciais), que “abraçam” o remanesncente.
As restaurações indiretas distribuem melhor as forças do que as restaurações diretas (quando tem cobertura de cúspide dissipa melhor as forças, INLAY NÃO)
O preparo cavitário deve ser preparado de tal forma que a restauração deve se apoiar em remanescente dental sadio, ou seja, TÉRMINO DO PREPARO EM ESTRUTURA DENTAL SADIA.
Utilizamos, por exemplo, retentores individualizados quando o dente está desvitalizado e muito destruído.
Restaurações Indiretas – RMF (restaurações metálicas fundidas)
Incrustações metálicas fundidas – Inlay e Onlay
Coroas totalmente metálicas
Coroas metaloplásticas 
Coroas metalocerâmicas
Restaurações Indiretas NÃO METÁLICAS
Inlay- Onlay (incrustações)
Coroas ocas “metal free”
Facetas
Quando se trata de uma RMF as incrustações e coroas parciais são sempre TOTALMENTE metálicas (não existe uma inlay metalopláticas, por exemplo)
Coroas totais do grupo RMF podem ser de outros materiais alem de metal
A onlay e a coroa total protegem o remanescente.
O termino do preparo deve ser em estrutura dental sadia e antes de fazer o preparo a gente faz o POE (ou seja, reconstrói o dente)
RMF – LIGAS
Áuricas (Au, Ag, Pd) x Não-áuricas (Co-Cr, Ni-Cr, Cu-Al) 
O ouro é resilente, ele retorna a forma original após ter sido submetido a uma deformação sem fraturar.
O ouro tem ductilidade, então ele é mais fácil de modelar e assim reproduzir melhor as estruturas (copiar bordos finos) e proporcionar melhor polimento
Escolha da ligas:
Custo
Estética
Módulo de elasticidade e resistência estrutural
Ductilidade e brunidura 
VAMOS FALAR DE TÉRMINO DO PREPARO:
Existem vários tipos de término de preparo: chanfro, chanfro biselado, chanfrete, degrau puro, degrau biselado, ombro arredondado, lâmina de faca....
Enfim, o que temos que ter em mente é: só vamos biselar o término do preparo que for EM METAL. Ou seja, só podemos biselar parar restaurações totalmente metálicas, mataloplásticas ou metalocerâmicas
Para restaurações livre de metal não devemos biselar, e dependendo do sistema cerâmico (mais frágil ou mais resistente) é que vamos decidir se será um ombro (sinônimo de degrau), se será em chanfro, ombro arredondado, etc.
E por que não podemos biselar as livres de atal¿ Só conseguimos reproduzir bordos finos em restaurações de metal, que vai se adaptar na região de chanfro. E além disso, as restaurações livres de metal são materiais mais friáveis, e precisam de apoio pra não fraturar
TEM UMA XEROX NA TIA, FALANDO SOBRE ESSES TÉRMINOS E AS INDICAÇÕES;

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