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Prótese Fixa.Guia de Práticas ed. 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE 
 INSTITUTO DE SAÚDE DE NOVA FRIBURGO 
 FACULDADE DE ODONTOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
GUIA DE PRÁTICAS LABORATORIAIS. EDIÇÃO 2016 
DISCIPLINA E CÓDIGO 
PRÓTESE FIXA FFE0022 
DEPARTAMENTO 
Formação Especifica (FFE) 
PERÍODO MINISTRADO 
5º período 
CORPO DOCENTE 
Prof. Adalberto Bastos de Vasconcellos; Prof. Fábio Renato Pereira Robles, DDS, MSc, 
PhD; Prof. Leandro Passos Soares, DDS, MSc, PhD; Prof. Marcelo Gomes Silva, DDS, MSc, 
PhD 
 
APRESENTAÇÃO 
Este guia de apoio didático apresenta a sequência de procedimentos laboratoriais corre-
latas à atividade prática. Constitui-se em leitura obrigatória precedente a cada atividade 
laboratorial, da mesma forma que sua manutenção na bancada para consultas individu-
ais durante a referida atividade também é exigida e obrigatória, de acordo com o plano 
de disciplina. 
 
1. PREPAROS PROTÉTICOS 
PREPARO PARA COROA TOTAL METALOCERÂMICA POSTERIOR - ELEMENTO 26 
O preparo para coroa total metalocerâmica alcança uma profundidade de 1,5 a 2,0 mm, 
devido à necessidade de espaço para o metal e para a cerâmica. Um desgaste de espes-
sura menor pode levar à confecção de uma prótese com sobrecontorno, que provoca 
retenção de placa, ulceração e posterior retração gengival. Já um desgaste excessivo 
pode provocar injúria pulpar quando o elemento possuir vitalidade e comprometer as 
exigências mecânicas. 
Vamos utilizar a técnica da silhueta. Nesta técnica, para maior controle de cada etapa do 
trabalho, inicialmente se realiza todo o preparo de uma das metades do dente. Com is-
so, é possível observar precisamente o quanto foi desgastado, comparando com a outra 
Rua Doutor Silvio Henrique Braune, 
22- Centro - Nova Friburgo - Rio de 
Janeiro RJ - Brasil - CEP 28625-650 
 
T +55 22 2528 7166 
F +55 22 2528 7168 
http://www.punf.uff.br/ 
 
Página 2 
metade intacta. Para padronizar o preparo de todos no laboratório, inicie pela metade 
mesial do dente. 
PREPARO DA FACE VESTIBULAR 
Com a broca diamantada esférica nº 1014, que tem 1,4 mm de diâmetro, posicionada 
em 45°, confecciona-se um sulco de profundidade correspondente à metade do diâme-
tro da broca na região cervical. Esse sulco deve situar-se cerca de 1,0 mm supragengival, 
acompanhando a curvatura da margem gengival, estendendo-se da mesial até a distal. 
Para ajudar na confecção dos sulcos de orientação axiais, desenhe linhas verticais na fa-
ce vestibular, apenas na metade mesial, correspondentes à cúspide mesial e ao sulco 
ocluso-vestibular. Sobre estas linhas, irá trabalhar inicialmente a broca diamantada 3215. 
 
 
Página 3 
Faça, então, os sulcos de orientação sobre essas linhas, com a broca diamantada 3215, 
aprofundando uma vez e meia o diâmetro da broca. Note que a face vestibular dos den-
tes posteriores possui duas inclinações (uma no terço médio-cervical e outra no terço 
oclusal). Por isso, os sulcos devem acompanhar essas inclinações. Em seguida, una os 
sulcos com a broca 3216, mantendo as duas inclinações e determinando um término em 
chanfro. 
 
 
 
 
 
 
Página 4 
PREPARO DA FACE PALATINA 
Semelhante à face vestibular, com a broca diamantada esférica nº 1014, que tem 1,4 
mm de diâmetro, posicionada em 45°, confecciona-se um sulco de profundidade cor-
respondente à metade do diâmetro da broca na região cervical. Esse sulco deve situar-
se cerca de 1,0 mm supragengival, acompanhando a curvatura da margem gengival. 
Observe que o sulco pode se estender da mesial até a distal, como na face vestibular, ou 
restringir-se à metade mesial que será agora preparada. 
 
 
 
 
 
 
Para ajudar na confecção dos sulcos de orientação axiais, desenhe linhas verticais na fa-
ce palatina. 
O preparo da face palatina segue basicamente a mesma sequência do preparo da face 
vestibular. Como o dente a ser preparado é um molar superior, essa face apresentará 
duas orientações de desgaste. Caso fosse um molar inferior, essa face possuiria apenas 
uma inclinação, paralela ao longo eixo do dente. 
Faça os sulcos de orientação sobre essas linhas, com a broca diamantada 3215, apro-
fundando uma vez e meia o diâmetro da broca e, em seguida, una os sulcos com a bro-
ca 3216, determinando um término em chanfro. 
 
Página 5 
 
PREPARO DA FACE OCLUSAL 
Com um lápis, faça linhas de orientação na vertente triturante da cúspide mésio-
vestibular e sobre o sulco anatômico ocluso-vestibular. Outro sulco localizado mesial-
mente à vertente triturante deve ser marcado. Sulcos de orientação são importantes pa-
ra orientar a reprodução dos altos e baixos relevos da anatomia oclusal, apenas rebaixa-
dos que serão pela broca. 
 
 
 
Página 6 
 
 
 
 
 
 
Com a broca 3098, faça sulcos de orientação sobre essas linhas, aprofundando uma vez 
e meia o diâmetro da broca. Observe que o sulco deve ser feito desde a ponta da cúspi-
de (ou arestas longitudinais) até o sulco central. Una os sulcos com a mesma broca, 
mantendo as inclinações das cúspides e, consequentemente, a anatomia do dente. 
Atenção: os vértices das cúspides (e a partir deles as inclinações das cúspides) têm que 
voltar a ser evidenciados na mesma posição e destaque que tinham na anatomia origi-
nal. A única diferença é que toda a anatomia oclusal estará exatamente reproduzida em 
um nível mais baixo do que o original em função do desgaste. Não se deixe enganar 
pelo fato de que as porções mais elevadas das cúspides se tornaram momentaneamente 
as mais baixas em função da existência dos sulcos de orientação. 
 
Página 7 
Agora o preparo da cúspide mésio-palatina. Observe que esta cúspide é maior que a 
mésio-vestibular. O preparo da metade mesial deve apresentar, na porção oclusal pala-
tina, a mesma extensão da vestibular, não incluindo no preparo, por enquanto, a ponte 
de esmalte. 
 
 
PREPARO DAS FACES PROXIMAIS 
Proteja os dentes adjacentes, um de cada vez, com uma matriz metálica fixada ao porta-
matriz. O rompimento do ponto de contato será realizado com a broca 2200. Após o 
rompimento do ponto de contato, observe que a face proximal apresenta um aspecto 
côncavo, voltado para o dente adjacente. 
 
Página 8 
 
 
 
 
 
Página 9 
Em seguida, utilize a broca 3215 para aumentar o espaço e permitir a passagem da bro-
ca 3216, configurando um término em chanfro que deve ficar em continuidade com o 
chanfro já definido na cervical vestibular e na cervical palatina. 
 
 
 
 
 
 
Página 10 
Agora, após se assegurar de que a redução da metade mesial, comparando com a me-
tade distal ainda íntegra, está adequada, prepare a metade distal seguindo o mesmo 
protocolo. Depois disso, o preparo estará completo, com um chanfro cervical contínuo 
em todo o entorno. 
 
 
 
 
 
 
Em seguida, utilize a broca 4138 em todo o preparo, mantendo-a paralela ao longo eixo 
do dente. Essa broca é tronco-cônica de ponta arredondada e proporcionará expulsivi-
dade ao preparo bem como a maior evidenciação da terminação em chanfro, ideal para 
coroas metalocerâmicas. Com essa mesma broca, delimite o término do preparo a cerca 
de 0,5 mm intra-sulcular em toda a face vestibular e metade vestibular de ambas as pro-
ximais, com o objetivo de esconder a cinta metálica da futura coroa. Já na metade lin-
gual das proximais e na face palatina, delimite o término a nível gengival. 
 
 Para concluir o preparo, verifique se há áreas não expulsivas e dê o acabamento em to-
das as superfícies desgastadas utilizando a broca 4138F. 
 
 
 
 
Página 11 
PREPARO PARA OVERLAY MOD NÃO METÁLICA - ELEMENTO 46 
 
PREPARODA FACE OCLUSAL (SULCOS DE ORIENTAÇÃO NAS VERTENTES TRITURAN-
TES VESTIBULARES) 
Com uma lapiseira 0,5mm ou caneta para retroprojetor fina, faça linhas de orientação 
nas vertentes triturantes das cúspides mésio-vestibular, da cúspide mediana e da cúspi-
de disto-vestibular, da ponta das cúspides até o sulco central. Um quarto sulco de orien-
tação sobre o sulco anatômico ocluso-mésio-vestibular também pode ser feito. 
Faça os sulcos de orientação sobre essas linhas com a broca diamantada 3098, aprofun-
dando uma vez e meia o diâmetro da broca, desde a ponta da cúspide até o sulco cen-
tral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página 12 
PREPARO DA FACE OCLUSAL (SULCOS DE ORIENTAÇÃO NAS VERTENTES TRITURAN-
TES LINGUAIS) 
Faça linhas de orientação agora na porção lingual da face oclusal, nas vertentes trituran-
tes das cúspides mésio-lingual e disto-lingual, além de marcar o sulco ocluso-lingual, 
até o sulco central. Faça os sulcos de orientação sobre essas linhas, também com a bro-
ca diamantada 3098, também aprofundando uma vez e meia o diâmetro da broca, des-
de a ponta da cúspide até o sulco central. No caso do sulco ocluso-lingual, o sulco de 
orientação se estende das arestas longitudinais até o sulco central. 
 
 
 
 
 
 
PREPARO DA FACE OCLUSAL (UNIÃO DOS SULCOS DE ORIENTAÇÃO) 
Em seguida, ainda com a broca 3098, una os sulcos de orientação. Faça isso primeiro na 
metade vestibular, depois na metade lingual. 
Atenção: os vértices das cúspides (e a partir deles as inclinações das cúspides) têm que 
voltar a ser evidenciados na mesma posição e destaque que tinham na anatomia origi-
nal. A única diferença é que toda a anatomia oclusal estará exatamente reproduzida em 
um nível mais baixo do que o original em função do desgaste. Não se deixe enganar 
pelo fato de que as porções mais elevadas das cúspides se tornaram momentaneamente 
as mais baixas em função da existência dos sulcos de orientação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página 13 
PREPARO DAS FACES PROXIMAIS 
Proteja os dentes adjacentes, um de cada vez, com uma matriz metálica fixada ao porta-
matriz. O rompimento do ponto de contato será realizado com a broca 2200, desde a 
face vestibular até a lingual, tirando uma“lasca”da proximal. Observe que a face pro-
ximal passa a apresentar o aspecto côncavo, voltado para o dente adjacente. Após pre-
parar uma proximal, prepare a outra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página 14 
ABERTURA DA CAIXA OCLUSAL 
Com a broca diamantada 3131, que é tronco-cônica de borda arredondada, posicionada 
no longo eixo do dente, abra uma caixa oclusal, seguindo o sulco central, da mesial à 
distal. A largura dessa caixa deve corresponder a 1/3 da distância vestíbulo-lingual da 
face oclusal (considere da ponta da cúspide vestibular à ponta da cúspide lingual). Apro-
funde metade da ponta, mantendo-a no longo eixo do dente, pois como se trata de 
uma ponta cônica, as paredes da caixa ficarão expulsivas automaticamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABERTURA DAS CAIXAS PROXIMAIS 
Proteja os dentes adjacentes, um de cada vez, com uma matriz metálica fixada ao porta-
matriz. Com a broca 2130, que também é uma ponta tronco-cônica de borda arredon-
dada, abra uma caixa proximal na mesial e outra na distal, deixando o soalho dessas cai-
xas localizado 1mm supragengival. Aumente o diâmetro das mesmas com a broca 2131. 
Essas caixas devem ter um formato de “C”, voltado para o dente vizinho, mantendo a 
mesma largura da caixa oclusal previamente realizada. 
 
 
 
Broca diamantada 
3131 
 
Página 15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉRMINO VESTIBULAR 
O término preconizado na face vestibular (cúspides de trabalho) é o ombro arredonda-
do. Antes do preparo do término propriamente dito, realize a delimitação do desgaste 
nas vertentes lisas das cúspides vestibulares, utilizando uma caneta para retroprojetor 
fina ou lapiseira. O limite do desgaste deve corresponder aproximadamente ao 1/3 o-
clusal da face vestibular. Para maior exatidão, deve ser observado o transpasse das cús-
pides vestibulares dos dentes antagonistas, a fim de estender o limite do preparo até 
um pouco além do limite deste transpasse. Terços médio e cervical desta face não são 
preparados. 
 
 
 
 
 
Ponta diamantada 
2130 
Broca diamantada 
2130 
Broca diamantada 
2131 
 
Página 16 
Confeccione inicialmente um contra-bisel nas vertentes lisas das cúspides vestibulares, 
utilizando a broca 3098, posicionada em 45° em relação ao longo eixo do dente, até a 
linha demarcada. 
 
 
 
 
 
O término em ombro arredondado é agora realizado com a broca 2131, posicionada no 
longo eixo do dente, no final da área biselada. Percorra toda a extensão da face vestibu-
lar (da mesial à distal), acompanhando a anatomia da face vestibular, até que a broca 
alcance as caixas proximais, em cujo espaço o ombro arredondado acaba. A profundi-
dade deste ombro é determinada pela largura exata da parte plana da extremidade da 
broca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉRMINO LINGUAL 
O término preconizado na face lingual (cúspides de não-trabalho) pode ser apenas o 
contra-bisel (como será mostrado aqui), embora o ombro também possa ser feito, como 
o foi na vestibular. Utilize a broca 3098, posicionada em 45° em relação às cúspides lin-
guais, biselando o término em toda sua extensão (mesial a distal). Atenção que o limite 
deste contra-bisel é no máximo até o limite do 1/3 oclusal desta face. Como na face ves-
tibular, terços médio e cervical da face lingual não são preparados. 
 
Página 17 
Agora, para finalizar o preparo, verifique se há áreas sem expulsividade, elimine qual-
quer remanescente do bisel resultante do rompimento das áreas de contato proximal e 
dê o acabamento em todas as superfícies desgastadas utilizando instrumentos cortantes 
manuais (instrumental de Black) e a broca 2131FF. 
 
 
 
 
 
 
Broca diamantada 
2131 FF 
 
Página 18 
 
 
PREPARO PARA COROA TOTAL ANTERIOR CERAMOCERÂMICA - ELEMENTO 21 
Aplicaremos também neste preparo a técnica da silhueta, indicada especialmente para 
preparos de coroa total. Para padronizar o preparo de todos no laboratório, inicie pela 
metade distal do dente. 
PREPARO DA FACE DISTAL 
Proteja o dente vizinho com uma matriz metálica fixada ao porta-matriz. O rompimento 
do ponto de contato será realizado com a broca 3203, que é uma broca cônica com to-
po em forma de chama, como a 2200, porém é mais longa, sendo mais indicada para o 
rompimento do ponto de contato dos dentes anteriores, já que estes possuem a altura 
da coroa clínica maior que os dentes posteriores. O procedimento deve ser realizado da 
mesma forma que nos demais preparos. Utilize depois a broca 3215 para aumentar o 
espaço e permitir a passagem da broca 3216, utilizada em seguida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página 19 
 
PREPARO DA FACE VESTIBULAR 
O término cervical dos preparos para coroa total ceramocerâmica é o ombro arredon-
dado. Inicialmente, deverá ser definido um término em chanfro. Ao final, um pouco mais 
de desgaste axial será feito para a definição do ombro arredondado. 
Com a broca diamantada esférica nº 1014, que tem 1,4 mm de diâmetro, posicionada 
em 45°, confecciona-se um sulco de profundidade correspondente à metade do diâme-
tro da broca na região cervical. Esse sulco deve situar-se cerca de 1,0 mm supragengival, 
acompanhando a curvaturada margem gengival, estendendo-se da mesial até a distal 
(ou apenas na metade distal da face, por enquanto, como nas fotografias). 
 
Para ajudar na confecção dos sulcos de orientação axiais, desenhe duas linhas verticais 
na metade distal da face vestibular, paralelas ao longo eixo do dente. Faça os sulcos de 
orientação sobre essas linhas, com a broca diamantada 3215, aprofundando uma vez e 
meia o diâmetro da broca. Note que a face vestibular dos incisivos possui duas inclina-
ções (uma no terço cervical e outra no terço médio-incisal). Se o dente a ser preparado 
fosse o canino, a face vestibular apresentaria três inclinações (terços cervical, médio e 
incisal). Os sulcos devem acompanhar essas inclinações. 
 
 
Página 20 
 
Em seguida, una os sulcos axiais com a broca 4138, mantendo as duas inclinações e de-
terminando um término em chanfro, que deve ficar em continuidade com o chanfro já 
definido na face distal. A broca 4138 deve inclusive se insinuar na metade vestibular da 
face distal, ampliando o chanfro feito com a 3216. 
Ao mesmo tempo em que faz a união dos sulcos, leve o término do preparo a cerca de 
0,5 mm subgengivalmente, com o objetivo de esconder a margem da futura coroa. 
 
Página 21 
 
REDUÇÃO INCISAL 
Com a broca 3098, faça 2 sulcos de orientação sobre a metade distal da borda incisal do 
dente, aprofundando uma vez e meia seu diâmetro. Com a mesma ponta, nivele o res-
tante da metade distal da borda incisal pela profundidade dos sulcos realizados. Com 
isso, teremos um desgaste de aproximadamente 2,0 mm. 
 
 
 
 
Página 22 
 
PREPARO DA FACE PALATINA (REGIÃO DO CÍNGULO) 
O preparo do cíngulo é de grande importância para conferir retenção e estabilidade pa-
ra a coroa total nos dentes anteriores. É esta região que vai configurar uma pequena 
parede oposta à face vestibular preparada para fazer valer os princípios mecânicos entre 
elas, já que a área da concavidade palatina é muito expulsiva. O outro par de paredes 
opostas neste preparo é composto pela mesial com a distal. 
 
TODO CUIDADO É BEM-VINDO NESTA 
ETAPA. Com a broca diamantada esférica 
nº 1014, posicionada em 45°, confeccio-
na-se um sulco de profundidade corres-
pondente à metade do diâmetro da bro-
ca na região cervical, cerca de 1,0 mm 
supragengival, acompanhando a curva-
tura da margem gengival, estendendo-
se da mesial até a distal (ou apenas na 
metade distal da face, por enquanto, 
como nas fotografias). 
 
 
 
 
 
 
 
Página 23 
MAIS CUIDADO AINDA AGORA. Desenhe duas linhas verticais sobre o cíngulo, paralelas 
ao longo eixo do dente. Faça os sulcos axiais de orientação sobre essas linhas, com a 
broca diamantada 3216, aprofundando metade do diâmetro da broca. Essa região pos-
sui apenas uma inclinação. Em seguida, una os sulcos com a mesma broca, sempre para-
lela ao longo eixo do dente, determinando um término em chanfro, que deve ficar em 
continuidade com o chanfro já definido na face distal. 
 
PREPARO DA FACE PALATINA (REGIÃO DA CONCAVIDADE PALATINA) 
Com a broca diamantada 1014, faça duas perfurações na metade distal da concavidade 
palatina, aprofundando metade do diâmetro da broca. Em seguida, com a porção lateral 
da broca 3118, que possui formato de chama, nivele toda a concavidade palatina com a 
profundidade das perfurações realizadas, sem alterar o preparo previamente realizado 
no cíngulo. 
 
 
 
 
 
Página 24 
 
Agora, após se assegurar de que a redução da metade distal, comparando com a meta-
de mesial ainda íntegra, está adequada, prepare a metade mesial seguindo o mesmo 
protocolo E MANTENDO O MÁXIMO CUIDADO. Depois disso, o preparo estará comple-
to, com um chanfro cervical contínuo em todo o entorno. Este chanfro deve estar intra-
sulcular na face vestibular e metade vestibular das faces proximais e ao nível gengival 
no restante do preparo. A fotografia abaixo à esquerda, por exemplo, mostra o chanfro 
ainda em uma posição supra-gengival, o que seria corrigido adiante. 
 
 
 
Página 25 
 
Para concluir o preparo, verifique se há áreas não expulsivas e aumente o desgaste axial 
com a broca 4137, na medida do possível. Finalmente, dê acabamento com as brocas 
4137F e 4138F na face vestibular, proximais e na área do cíngulo, e com a 3118F na con-
cavidade palatina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Broca diamantada 
4137 F 
Broca diamantada 
4138F 
Broca diamantada 
4137 
 
Página 26 
2. RESTAURAÇÕES TEMPORÁRIAS 
TÉCNICA DA MASSA GROSSA - ELEMENTOS 26 (PRODUÇÃO) E 46 (PROVA PRÁTICA) 
A técnica da massa grossa está indicada para restaurações temporárias, principalmente 
unitárias, de dentes que não mais apresentam anatomia adequada para ser copiada e 
reproduzida pela técnica do molde preliminar. Sendo assim, a anatomia deve ser forjada 
na fresa de corte, sem o auxílio de um molde anatômico prévio. Apesar de suas dificul-
dades, é a técnica mais frequentemente utilizada. 
Após o término do preparo, utilizando um pincel fino, aplique uma fina camada de vase-
lina sólida sobre o preparo e adjacências, inclusive o dente antagonista, nesta técnica. 
Em um pote dappen, manipule uma porção de resina acrílica quimicamente ativada na 
cor selecionada, condizente com o tamanho do dente em questão. Quando esta estiver 
na fase plástica, recolha uma porção com uma espátula 7, manipule-a na mão fazendo 
uma bola pequena e comprima-a sobre o dente preparado, cuidando para que toda a 
superfície seja coberta. Nesse momento, pode-se ocluir o manequim para que a superfí-
cie oclusal do dente antagonista fique impressa na resina. 
Quando a resina começar a esquentar, deve-se fazer movimentos repetidos de remoção 
e assentamento da peça para que não fique presa no dente preparado e/ou nos dentes 
adjacentes. Repita os movimentos continuamente até que a resina acrílica alcance sua 
completa polimerização. A dificuldade desta técnica consiste em esculpir todo o dente 
utilizando as brocas de carbeto de tungstênio de corte grosso e fino. Observe que as 
áreas de contato proximal com os dentes adjacentes são copiadas na resina. Marque-as 
com um lápis e não desgaste essa região. Portanto, dê forma anatômica à coroa tempo-
rária. HORA DE TREINAR HABILIDADE MANUAL E CONHECIMENTO ANATÔMICO. 
REEMBASAMENTO 
Na grande maioria das vezes é necessário promover o reembasamento da restauração, 
com o objetivo de refinar ou alcançar a melhor adaptação marginal da mesma. Para isso, 
aplique novamente vaselina sólida sobre o dente em questão. Faça algum alívio interno 
na restauração, com broca de aço para peça reta, para prover espaço para a resina acríli-
ca adicional. A técnica do pincel é a mais facilmente utilizada nesta fase, preenchendo 
toda a restauração internamente. Imediatamente após a resina adicionada perder o bri-
lho superficial, deve-se levar a restauração temporária ao encontro do dente preparado, 
assentando-a até o final. Mantendo a peça em posição, deve-se imediatamente remover 
os excessos maiores com uma espátula 1. Após aproximadamente 30 segundos de po-
limerização, movimentos de inserção e retirada contínuos devem ser realizados para que 
a restauração não se prenda sobre o dente ou nas ameias proximais. Após a polimeriza-
ção da resina, cheque se o término foi totalmente copiado e remova os excessos finais 
com fresa minicut. Repita o procedimento quantas vezes forem necessárias. Cheque os 
 
Página 27 
contatos oclusais com um pedaço da folha de carbono para articulação e ajuste-os com 
a mesma fresa. 
Em algumas ocasiões, uma falha na margem da restauração temporária pode ser repa-
rada com um acréscimo direto coma técnica do pincel apenas na área falhada, com a 
restauração em posição. Não se trata de um reembasamento, mas pode ser útil em 
áreas acessíveis ao pincel. Quando houver falhas em áreas inacessíveis ao pincel, o me-
lhor resultado será alcançado com o reembasamento. 
ACABAMENTO E POLIMENTO 
Use as pontas de borracha abrasiva solicitadas pela disciplina (Kit Prótese UFF/NF Clíni-
co-Laboratorial), da granulação mais grossa para a mais fina, promovendo o acabamen-
to da peça. Utilize outras pontas para acabamento do kit na medida do necessário. Por 
fim, utilize a roda de feltro montada com pasta para polimento de resina acrílica Provi-
gloss para polir a restauração. 
 
TÉCNICA DA FACETA DE DENTE DE ESTOQUE - ELEMENTO 21 
A técnica da faceta de dente de estoque é especialmente indicada para unitários, princi-
palmente anteriores e prótese sobre implantes. Sua grande vantagem é aproveitar a es-
tética e anatomia do dente de estoque para a confecção da provisória. 
Para isso, em uma consulta prévia, deve-se selecionar o tamanho e a cor do dente de 
estoque que será comprado para a confecção da provisória. Para as dimensões dos den-
tes do manequim de prática laboratorial, o modelo mais adequado e econômico é o 266 
das marcas Vipi ou Biotone. 
Após o preparo dental, desgaste o dente de estoque pela face lingual, no caso de den-
tes anteriores, ou deixe-o oco, abrindo pela face cervical, se for um dente posterior. Ao 
final do desgaste, teremos apenas uma faceta do dente de estoque. Saberemos quando 
o desgaste está adequado quando posicionarmos essa faceta sobre o dente preparado 
e observarmos que ela está alinhada com os demais dentes. Asperize as bordas da face-
ta para remover o brilho e para a emenda da resina acrílica não ficar evidenciada. Pince-
le-a com monômero e reserve. 
Utilizando um pincel fino, aplique uma fina camada de vaselina sólida sobre o preparo e 
adjacências. Em um pote dappen, manipule uma porção de resina acrílica quimicamente 
ativada na cor selecionada, condizente com o tamanho do dente em questão. Quando 
esta estiver saindo da fase fibrilar para a plástica, recolha uma porção com uma espátula 
7 e aplique sobre a face interna da faceta. Comprima-a sobre o dente em questão e com 
a espátula umedecida no monômero vá adaptando a resina extravasada sobre o restan-
te do preparo. 
 
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Quando a resina começar a esquentar, deve-se fazer movimentos repetidos de remoção 
e assentamento da peça até que ela alcance sua completa polimerização. Em seguida, 
remova a restauração do dente e cheque se o término foi totalmente copiado. Remova 
os excessos utilizando as broca de carbeto de tungstênio de corte grosso e fino. 
REEMBASAMENTO 
Após a escultura, realize o reembasamento da provisória, conforme já descrito, e remo-
va os excessos. Repita o procedimento quantas vezes forem necessárias. Cheque os 
contatos oclusais com um pedaço da folha de carbono para articulação e ajuste-os. 
 
ACABAMENTO E POLIMENTO 
Use as pontas de borracha abrasiva solicitadas pela disciplina (Kit Prótese UFF/NF Clíni-
co-Laboratorial), da granulação mais grossa para a mais fina, promovendo o acabamen-
to da peça. Utilize outras pontas para acabamento do kit na medida do necessário. Por 
fim, utilize a roda de feltro montada com pasta para polimento de resina acrílica Provi-
gloss para polir a restauração. 
 
3. MODELAGEM DE RETENTOR INTRARRADICULAR 
Em dentes tratados endodonticamente, muitas vezes é necessário realizar a reconstru-
ção de extensas áreas perdidas por fratura, cárie ou desgastes restauradores prévios. 
Para tanto, deve-se providenciar uma base para que a nova restauração protética obte-
nha condições de retenção e estabilidade adequadas. Uma técnica ainda bastante utili-
zada, embora com indicações atualmente restritas a perdas coronárias totais e dentes 
pilares de próteses parciais fixas ou removíveis, é a modelagem do retentor intrarradicu-
lar. Nesta técnica, prepara-se uma peça para fundição, com a forma coronária final do 
preparo protético (núcleo) e com o pino intrarradicular que promoverá a retenção desta 
peça fundida. 
MODELAGEM DO PINO 
Após o preparo intrarradicular (na prática laboratorial da disciplina, o dente do mane-
quim já está preparado), deve-se pincelar esta área preparada com vaselina sólida, com 
o auxílio de um pincel fino ou uma fina camada de algodão enrolada em uma lima en-
dodôntica. Certifique-se de que não há falta nem excesso de vaselina no interior do 
conduto. Em seguida, deve-se separar um pino guia pré-fabricado (pin-jet) e umedecê-
lo com o líquido da resina acrílica. 
Agora deve-se levar a resina acrílica de baixa contração de polimerização (duralay, por 
exemplo) ao interior do conduto, copiando-o perfeitamente. Para conseguir esta cópia, 
em um pote dappen, manipule uma porção da resina acrílica e quando esta estiver sain-
do da fase fibrilar para a plástica, recolha uma pequena porção com uma espátula 7 e 
 
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aplique em volta da porção do pin-jet correspondente à extensão do preparo intrarradi-
cular. Imediatamente leve o conjunto ao interior do conduto. Parte do excesso na região 
coronária pode ser comprimida contra a entrada do conduto, parte pode ser readaptada 
contra a porção coronária do pino. Deve-se aguardar um pouco o ciclo de polimeriza-
ção da resina e remover o conjunto lentamente do interior do conduto. Não remova 
completamente agora. Realize movimentos repetidos de inserção e remoção para evitar 
desadaptações na fase final de polimerização da resina. Completada esta polimerização, 
analise a cópia e refaça o trabalho, se necessário. Pequenas falhas podem ser preenchi-
das com cera utilidade, readaptando o pino no conduto para que não fique excesso de 
cera que, fundido, impediria a adaptação do pino. 
Outra técnica de inserção da resina acrílica no interior do conduto é a técnica do pincel 
(Nealon). Com o pó da resina em um pote dappen e o líquido em outro, um pincel fino 
deve ser umedecido no líquido e levado ao pó para carrear uma pequena porção de re-
sina praticamente fluida para o interior do conduto. Muito rapidamente, após seguidas 
inserções de incremento de resina, desde o fundo do conduto até a sua entrada, mergu-
lha-se o pin-jet na resina aplicada, assegurando-se de sua inserção até o fundo do con-
duto preparado. A partir daqui, todos os procedimentos são iguais aos já descritos para 
a outra técnica de modelagem do pino. 
MODELAGEM DO NÚCLEO 
Após a modelagem do pino, deve-se providenciar a modelagem do núcleo, que é a por-
ção coronária do retentor intrarradicular e a que apresenta a forma do preparo protéti-
co. 
Deve-se adaptar o pino modelado no interior do conduto preparado e adicionar mais 
resina contra a porção coronária do pin-jet. Isso pode ser feito com incrementos aplica-
dos com a técnica do pincel ou com a aplicação de uma ou mais camadas previamente 
misturadas em um pote dappen. A forma final do preparo ainda será dada pela pontas 
diamantadas correspondentes. Neste momento, basta que se apliquem incrementos pa-
ra um volume dentro do qual se possa antever a possibilidade de obter a forma do pre-
paro pretendido, como um escultor diante de uma pedra bruta. Claro que a qualquer 
momento, na medida do necessário, novos incrementos podem ser adicionados. 
Polimerizada a resina adicionada, procede-se então ao preparo, trabalhando as brocas 
diamantadas na resina e em algum remanescente dental coronário ainda existente. Após 
a finalização deste preparo, cuja margem cervical tem que ser definida em estrutura 
dentária e não na resina acrílica, a peça será encaminhada a um laboratório de prótese 
para fundição.

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