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RESUMÃO Materiais de Moldagem Aula 2 Prova 2

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UFF - Universidade Federal Flumiense -> 2016.1 (5ª Período)
Disciplina: Prótese Fixa
Aula 2 – Prova 2 – Moldagem em Prótese Fixa
Bartira Sampaio Santos
Prótese Fixa consiste dentro da odontologia como a opção restauradora em que se realiza reabilitações orais por meio de trabalhos indiretos os quais posteriormente são cimentados. 
Para a confecção de uma prótese fixa existem-se ETAPAS que devem ser executadas corretamente e dentro dessas etapas existe-se a etapa de MOLDAGEM do PREPARO CONFECIONADO. 
ETAPAS: 
Indicação – para que o profissional opte por um tratamento reabilitador como prótese fixa, seja ela unitária ou de mais elementos, deve-se ter uma indicação correta.
Confecção do preparo cavitário – a prótese fixa depende por sua vez de um preparo cavitário que ira variar de acordo com o(s) dente(s) envolvidos a serem reabilitados, bem como o tipo de prótese o qual será realizado. 
Proteção do periodonto e confecção de provisório.
MOLDAGEM – esse procedimento é necessário para que se tenha um modelo do preparo confeccionado a fim de se confeccionar uma prótese fixa que irá se adaptar adequadamente e se fixar harmonicamente com o dente a ser reabilitado. 
Envio do molde para o laboratório.
Prova da peça protética e ajuste se necessário (em geral, deve ser realizado pelo protético).
Cimentação da peça protética. 
CARACTERÍSTICAS IDEAIS PARA OS MATERIAIS DE MOLDAGEM EM PRÓTESE FIXA:
- Viscosidade adequada
- Facilidade de uso
- Tempo de trabalho e de presa por volta de 4 minutos
- Possibilidade de desinfecção
- Compatibilidade com o gesso
- Vida útil adequada
- Relação custo-benefício satisfatória
PROPRIEDADES CLÍNICAS e IMPORTÂNCIA CLÍNICA:
- Molhamento
- Flexibilidade
- Retorno a forma após deformação
- Resistência ao rasgamento
- Estabilidade dimensional
- Reprodução de detalhes
MATERIAIS DE MOLDAGEM:
Os materiais de moldagem podem ser subdivididos em dois grupos: ANELÁSTICOS e ELÁSTICOS. 
ANELÁSTICOS: Gesso, godiva e pasta zinco-enólica.
ELÁSTICOS: Hidrocolóides e Elastômeros. 
ELÁSTICOS: 
- Hidrocolóide Irreversível Ex: Alginato.
- Elastômero Ex: Polissulfeto ou mercaptana, polieter, silicone de condesação e silicone de adição.
- Hidrocolóide Reversível
HIDROCOLÓIDE IRREVERSÍVEL: 
- Compreende ao ALGINATO.
- É um material de moldagem de baixo custo e fácil utilização.
- É indicado para a obtenção de modelo de estudo e arcada antagonista.
- Não é indicado para a realização de moldagem de preparo cavitário para próteses fixas.
- Possui BAIXA RESISTÊNCIA AO RASGAMENTO, POUCA REPRODUÇÃO DE DETALHES e BAIXA ESTABILIDADE DIMENSIONAL. 
HIDROCOLÓIDE REVERSÍVEL:
- São materiais de moldagem bastante precisos.
- São hidrófilos
- Requerem vazamento imediato devido a sua alta alteração dimensional, pois estão predispostos a sofrerem sinérese e embebição. 
- Para obterem presa sofrem uma reação de GEL – SOL.
- Inicialmente encontram-se em estado de GEL, sofrem reação de liquefação a 100ºC entram em estado de SOL, que seguem para a armazenagem numa temperatura de 66ºC e posteriormente tem-se a temperatura de 43ºC para que realiza-se o condicionamento para moldagem. Após a moldagem espera-se resfriar por 5 minutos até que o material alcance a temperatura de 21ºC retornando dessa forma ao estado GEL.
- Necessita de moldeiras e equipamentos especiais (VanR, condicionador e moldeiras especiais). 
ELASTÔMEROS:
Polisulfeto ou Mercaptanas: 
- São matérias que apresentam um tempo máximo para vazamento de até 1 hora.
- São matérias de facilidade de manipulação moderada.
- Apresentam molhamento e flexibilidade muito bons. 
Propriedades positivas:
- Boa reprodução de detalhes, baixo custo e alta resistência ao rasgamento. 
Propriedades negativas: 
- Odor desagradável, baixo retorno após deformação, tempo de trabalho e de presa longos e alta alteração dimensional. 
Classificação TDA: 60%.
Polieteres:
- Possuem uma grande variedade de viscosidades dentro do mercado comercial.
- Apresentam um tempo máximo para vazamento de até 7 dias. 
Propriedades positivas: 
- Excelente molhamento de superfície, retorno após deformação médio-alto, baixa alteração dimensional e resistência ao rasgamento médio-alto. 
Propriedades negativas: 
- Facilidade de manipulação moderada, tempo de trabalho e de presa curtos e flexibilidade média-alta. 
Classificação TDA: 87%.
Silicone de Condensação:
- Silicone de condesação toma presa por meio de um processo de POLIMERIZAÇÃO, o qual tem como resultado sub produtos como o álcool etílico, o qual por sua vez se volatiliza e predispõe ao significativa contração de polimerização do material. Seno essa de 2 a 4 x maior que a dos outros elastômeros. 
Propriedades positivas:
- Facilidade de manipulação, flexibilidade boa, odor e gosto neutro e resistência a rasgamento alta. 
Propriedades negativas:
- Alta alteração dimensional, retorno após deformação baixo e tempo de vazamento curto, ou seja, de até 1 hora. 
SILICONE DE ADIÇÃO (foi o que o professor mais falou):
- Surfactante x Hidrofobia
- Não se tem a produção de sub produtos após o processo de polimerização.
- Se tem a liberação de gás hidrogênio como co-produto e nesse caso deve-se adiar o vazamento de gesso de 30 a 60 minutos após a obtenção do molde. 
Propriedades gerais:
- Baixa alteração dimensional
- Tempo máximo de vazamento de até 7 dias
- Retorno após deformação alto
- Excelente molhamento de superfície
- Média resistência ao rasgamento
- Reprodução de detalhes eficiente. 
Classificação TDA: 93%.
Grau de viscosidade:
- Média alta ou densa
- Alta
- Média ou regular
- Baixa ou leve
Sistema de manipulação:
- Sistema de automistura feito por pistolas especificas, nesse caso se tem uma adequada homogeneização do material e não se tem incorporação de bolhas consequentemente. 
- Sistema de manipulação manual, onde se tem comercializado duas bisnagas de pasta-pasta. Nesse caso se tem grande ocorrência de incorporação de bolhas ao material. 
LUVAS DE LÁTEX:
Luvas de látex contem em sua composição ENXOFRE, por isso em alguns casos a mesma RETARDA O PROCESSO DE POLIMERIZAÇÃO DOS MATERIAIS DE MOLDAGEM, porque predispõe por sua vez uma REAÇÃO ENTRE ESTABILIZADORES A BASE DE ENXOFRE presente na luva com o ÁCIDO CLOROPLANTÍNICO presente no CATALISADOR do material de moldagem. 
TÉCNICA DE MOLDAGEM:
AFASTAMENTO GENGIVAL: 
O afastamento gengival é imprescindível, pois permite uma correta obtenção de um molde do término do preparo, o qual por sua vez é uma região de extrema importância para uma adequada adaptação da peça protética. 
Tipos de afastamento gengival:
- Mecânico-químico: Associação de fio ou cordões de afastamento gengival com soluções químicas que favorecem o afastamento gengival.
- Mecânico: apenas utilização de fio ou cordões de afastamento gengival.
- Cirúrgico: pouco utilizado hoje em dia por predispor a ocorrência de recessão gengival. 
Tipos de fio ou cordões de afastamento gengival:
- Fios traçados;
- Fios enrolados;
- Fios traçados com fio de cobre;
- Fios impregnados;
- Fios entrelaçados;
Tipos de soluções químicas afastadoras gengivais:
- Cloreto de alumina;
- Sulfato férrico a 20%
- Sulfato de alumina a 25%
- Epinefrina racêmica + HCL a 8%
MOLDAGEM PRÓPRIAMENTE DITA:
- A moldagem pode ser feita em dois tipos: DULPA IMPRESSÃO ou IMPRESSÃO ÚNICA. 
A IMPRESSÃO ÚNICA pode se subdividir em MONOFÁSICA e SIMULTÂNEA. 
A mais utilizada compreende a ÚNICA IMPRESSÃO.
ÚNICA IMPRESSÃO: 
Nesse caso manipula-se o material ou em sistemas de automistura ou manualmente e então realiza-se o carregamento da moldeira, utilizando apenas material de uma única viscosidade. O ideal é passar uma espécie de adesivo próprio na moldeira facilitando com que o material seja melhor aderido a mesma. Em sequência leva-se a cavidade oral do paciente moldando a região desejada. 
IMPRESSÃO SIMULTÂNEA:
Nesse caso deve –se utilizar materiais de moldagem deviscosidades diferentes. 
Inicialmente leva-se a região a se moldada com uma seringa especifica – seringa para elastômero e então aplica o material de viscosidade mais leve na região. Em sequência leva-se a moldeira a região já pré-carregada com material de moldagem de viscosidade maior que a utilizada no sítio a ser moldado e então realiza-se a moldagem.
CONCLUSÕES QUANTO A MOLDAGEM E SEUS RESPECITVOS TIPOS:
Não se tem diferenças estaticamente significativas entre os modelos obtidos com molde confeccionado por impressão única ou dupla impressão.
Alguns estudiosos defendem que a técnica de impressão simultânea deve ser evitada. 
DESINFECÇÃO DO MOLDE:
A última a etapa a ser realizada por fim compreende a etapa de desinfecção do molde antes dos procedimentos necessários para a obtenção do modelo. 
Os moldes obtidos com polissulfeto, polieter e silicones devem ser imersos em solução desinfectante aprovados pelo ADA por um tempo máximo de 30 minutos.
Estudos mostram que moldes obtidos por polieteres e por silicone de condensação imersos em solução dsinfectante por 30 a 60 minutos não apresentaram alterações estatisticamente significantes.

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