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UFF - Universidade Federal Flumiense -> 2016.1 (5ª Período) Disciplina: Prótese Fixa Aula 1 – Prova 1 – Princípios Biomecânicos e Estéticos do Preparo Cavitário Bartira Sampaio Santos PRINCÍPIOS: - Princípios mecânicos - Princípios biológicos - Princípios estéticos PRINCÍPIOS MECÂNICOS: Conceito mecânico básico: - DEVE EXISTIR EXPULSIDADE ENTRE AS PAREDES OPOSTAS DO PREPARO. ZONAS: - Existe duas zonas no elemento dentário que diz respeito a ZONA DE EXPULSIDADE e ZONA de NÃO EXPULSIVIDADE. ZONA DE EXPULSIVIDADE: compreende a região do meio do dente em direção à oclusal. ZONA DE NÃO EXPULSIVIDADE: compreende a região do meio dente em direção o cervical. O PREPARO PRÓTETICO EXIGE QUE AS PAREDES OPOSTAS SEJAM EXPULSIVAS. Essa expulsividade necessária é alcançada por meio da VIOLAÇÃO DAS CONVEXIDADES, a qual ocorre as custas da anatomia. A expulsividade entre as paredes opostas é extremamente importante pois ela permite um adequado assentamento da peça protética, o que por sua vez culmina com uma melhor proximidade, intimidade e adequado vedamento periférico. Os princípios mecânicos são: RETENÇÃO ESTABILIDADE RIGIDEZ ESTRUTURAL PLANO DE INSERÇÃO RETENÇÃO: Compreende a característica que o preparo protético deve possui de resistir a forças de deslocamento da restauração no sentido do EIXO DE INSERÇÃO. O eixo de inserção é o mesmo que o eixo de desinserção. ESTABILIDADE: Compreende a característica que o preparo deve possui de resistir a forças de deslocamento da restauração no sentido OBLÍQUO. O sentido obliquo compreende a possibilidade de giro da restauração. FATORES QUE INTERFEREM NA RETENÇÃO e na ESTABILIDADE: - Grau de expulsividade entre as paredes opostas - Altura do preparo protético - Largura do preparo protético RETENÇÃO e suas associações: Grau de expulsividade entre as paredes opostas: A expulsividade entre as paredes opostas é inversamente proporcional ao potencial de atrito, ou seja, QUANTO MENOR A EXPULSIVDADE ENTRE AS PAREDES OPOSTAS (quanto mais as paredes tendem ao paralelismo) MAIOR SERÁ O POTENCIAL DE ATRITO. A expulsividade entre as pareces opostas é dada pela própria broca, que confere ao preparo uma expulsividade adequada por apresentar-se com uma conicidade adequada. Além disso, a respeito da FACE OPOSTA, a mesma compreende a uma área de resistência ao deslocamento obliquo, ou seja, quando se tem uma força atuante sobre uma cúspide, a cúspide contraria é responsável por evitar esse deslocamento obliquo. Quanto MAIOR a expulsividade entre as paredes opostas, MENOR será a retenção. Altura do preparo: Também está relação com a ÁREA de ATRITO. Quando MAIOR a altura, MAIOR será a RETENÇÃO. Largura do preparo protético: Também esta relacionada com a ÁREA de ATRITO. Quando MAIOR a largura, MAIOR será a retenção. ESTABILIDADE e suas associações: Grau de expulsividade entre as paredes opostas: Quanto MAIOR a expulsividade ente as paredes opostas, MENOR será a estabilidade. Altura do preparo: Quando MAIOR a altura do preparo, MAIOR será a sua estabilidade. Largura do preparo: Quanto MAIOR a largura do preparo, MENOR será sua ESTABILIDADE. RIGIDEZ ESTRUTURAL: Está relacionada com o DESGASTE OCLUSAL (desgaste na superfície superior do dente) e AXIAL (desgaste na lateral do dente). PLANO DE INSERÇÃO: O plano de inserção compreende a plano que permite a correta inserção do trabalho protético sobre o preparo protético e o mesmo vária dependendo do tipo de trabalho protético a ser realizado. PROTÉSES UNITÁRIAS TOTAIS ou PARCIAIS: - Plano de inserção é paralelo ao longo eixo dos dentes. PROTÉSES PARCIAIS FIXAS: - Plano de inserção é único, e deve ser paralelo a bissetriz ao longo do eixo dos dentes pilares. PRINCIPIOS BIOLOGICOS: Giram em torno de: - PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINO PULPAR - PRESERVAÇÃO DA SAÚDE PERIODONTAL Proteção do complexo dentinho pulpar: - Preservação de estrutura dental sadia - Cuidados com o calor gerado pelo atrito da broca - Realizar a correta remoção de dentina cariada - Proteção pós-operatória - Adequada adaptação marginal PRESERVAÇÃO DA ESTRUTURA DENTAL SADIA: Nessa situação deve-se ter cuidado com o desgaste excessivo, visto que o mesmo pode provocar uma aproximação com o complexo dentinho pulpar além de sacrificar a retenção e a estabilidade. CUIDADO COM O CALOR GERADO PELO ATRITO DA BROCA: Deve se ter cuidado com: - Pressão exercida - Quantidade e frequência de irrigação durante o preparo - Brocas, no que diz respeito ao tempo de uso, qualidade e granulação adequada. REMOÇÃO DE DENTINA CARIADA PROTEÇÃO PÓ-OPERATÓRIA: Ao se preparar um dente para um trabalho protético fixo, ocorre a exposição de milhares de túbulos dentinários, o que por sua vez pode vir a acarretar sintomatologia dolorosa ao paciente. Sob esta ótica confeccionam-se RESTAURAÇÕES TEMPORÁRIAS. RESTAURAÇÕES TEMPORÁRIAS: - Protegem o complexo dentinho pulpar contra estímulos físicos e mecânicos. - Permite e estimula a capacidade regeneradora da dentina - Permite o restabelecimento da função mastigatória e estética. ADAPTAÇÃO MARGINAL: Esta associado ao SELAMENTO entre o trabalho protético e o preparo protético bem como a LINHA DE CIMENTO. Preservação da saúde periodontal: - Tratamento periodontal pre-protético - Localização da margem cervical do preparo – margem da restauração - Adaptação marginal - Perfil de emergência. TRATAMENTO PERIODONTAL PRÉ-PROTÉTICO: - Raspagem supra e subgengival - Instruções de higiene oral - Cirurgias corretivas, se necessário. LOCALIZAÇÃO DA MARGEM DA RESTAURAÇÃO: Esta diretamente associada ao ESPAÇO BIOLOGICO. O espaço biológico deve ser preservado tanto no preparo cavitário quando na sobreposição do trabalho protético. ESPAÇO BIOLOGICO é formado: - Sulco gengival histológico (0,69mm) - Epitelio juncional (0,97mm) - Inserção conjuntiva (1,07mm) Quando ao posicionado da margem da restauração, as mesmas podem ser: - Subsucular; - Ao nível do sulco; - Intrasucular - Subsucular; SUBSUCULAR: Compreende ao posicionado da margem da restauração acima do sulco, é indicada principalmente para a face palatina ou lingual dos elementos dentários. Vantagens: - Melhor controle dos procedimento clínicos realizados - Prevenção de cárie - Prevenção de doença periodontal. AO NÍVEL DO SULCO: Compreende ao posicionamento da margem da restauração ao nível do sulco. Justificativas: - Localização pré-existente. - Aumento da altura do preparo protético sem invasão do sulco. - Ganho estético relativo INTRASUCULAR: Compreende ao posicionamento da margem do preparo no interior do sulco gengival, sendo esse um posicionamento mais estético e abrangentemente utilizado na face vestibular dos elementos dentários. Justificativas: - Localização pré-existente - Risco de fratura - Razões mecânicas ESTÉTICA!!! Dificuldade técnicas associadas: - Observação e analise das margens da restauração - Adaptação do provisório - Necessita de afastamento para moldagem - Remoção de cemento - Controle de placa dificultado. SUBUCULAR: Compreende ao posicionamento da margem do preparo no abaixo do sulco gengival, invadindo dessa forma o espaço biológico. Desvantagens: - Predisposição a cárie. - Predisposição a fratura - Predisposição a doença periodontal - Compreende a uma iatrogênia. Tratamento: - Extrusão ortodôntica - Aumento de coroa clínica – gegivectomia. ADAPTAÇÃO MARGINAL PERFIL DE EMERGÊNCIA
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