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s estudos de Direito Previdenciário falando sobre as prestações previdenciárias.
Aposentadorias
O vocábulo aposentadoria significa retirada a seus aposentos. Esse termo indica uma saída da força de trabalho.
Aposentadoria por tempo de contribuição
Essa aposentadoria está regulamentada nos arts. 52 a 56, da Lei 8.213/91, e 56 a 63 do Decreto 3048/99.
Conceito
Modalidade de benefício devida aos segurados que completam os requisitos legais relativos à contributividade: 
• 35 anos de contribuição, se homem,
• 30 anos de contribuição se mulher,independentemente da idade (para aposentadoria integral).
Carência
O benefício exige carência. No entanto, tanto a carência (pré-requisito legal) quanto o requisito legal (tempo de contribuição) lastreiam-se no pagamento. Assim, um requisito está contido no outro, ou seja, já está embutido o período de carência no período de contribuição. A aposentadoria por tempo de contribuição sofreu significativa alteração com o advento da EC. 20/98, que alterou a base para entrega da prestação, mudando tempo de serviço para tempo de contribuição. 
 
Determina o art. 4º, da EC. 20/98, que uma lei regulamentará o que seria contado como tempo de contribuição, em relação ao período pretérito, cujo fundamento era o tempo de serviço. Tal lei ainda não foi editada, prevalecendo as regras do art. 55, da Lei 8.213/91.
Por sua vez, o art. 60, do Regulamento da Previdência Social (Decreto 3048/99), em seus 22 incisos, ampliou o rol das situações de incidência de contribuição previdenciária, abrangendo situações de legislação especial, de contagem recíproca e de tempo fictício.
 
Para os segurados já vinculados ao sistema previdenciário, até 15 de dezembro de 1998, data da promulgação da referida EC., continua existindo o direito à aposentadoria proporcional e integral. No entanto, para os segurados que se vincularem ao sistema, a partir de 16 de dezembro de 1998, há o direito apenas à aposentadoria integral.
Comprovação do tempo de serviço
A comprovação do tempo de serviço é dada na forma do art. 55 da Lei 8.213/91.
Requisitos legais
Para aposentadoria integral por tempo de contribuição, atualmente, é reconhecido o direito à aposentadoria integral com o cumprimento do tempo de contribuição básico determinado na Constituição e na Lei 8.213/91, de 35 anos de contribuição para homens e de 30 anos de contribuição para mulheres.
Destinatários da proteção
Todos os segurados da previdência social; quer sejam os segurados obrigatórios, quer sejam os segurados facultativos que tenham cumprido os requisitos legais.
Marco inicial da aposentadoria por tempo de contribuição
Para o segurado empregado, inclusive o doméstico, o marco inicial é a data do desligamento do emprego, quando requerida a aposentadoria, até 90 dias após o desligamento. Ultrapassados os 90 dias, a aposentadoria será devida a partir da data de entrada do requerimento. 
 
Para os demais segurados, contribuintes individuais, segurados especiais e segurados facultativos a aposentadoria por tempo de contribuição é devida a partir da data de entrada do requerimento.
Valor da prestação
Corresponde a 100% do salário de benefício (média aritmética simples dos maiores salários de contribuição atualizados, monetariamente, correspondentes a 80% de todo período contributivo a partir de julho de 1994) multiplicado pelo fator previdenciário (cuja aplicação é obrigatória). 
 
O valor dessa prestação, por substituir a renda do trabalhador, não pode ser inferior ao salário mínimo e não pode ultrapassar o limite máximo do salário de contribuição.
Aposentadoria do professor
É concedida aposentadoria por tempo de contribuição ao professor nos termos do art. 201, § 8º, da CFRB/88, do art. 56 da Lei 8.213/91 e da Lei 11.301/06.
APOSENTADORIA POR IDADE
Conceito: Prestação previdenciária na modalidade benefício que visa dar cobertura quando o segurado ou ex-segurado está diante do risco social idade. Está regulamentada nos art. 48 a 51 da Lei 8.213/91 e 51 a 54 do Decreto 3.048/99.   
Carência: O benefício exige carência, nos termos da Lei 8.213/91, de 180 contribuições mensais.
Requisitos legais: Atingir a idade determinada na lei: 
• Para os trabalhadores urbanos: 65 anos para homens e 60 anos para mulheres;
• Para os trabalhadores rurais: 60 anos para os homens e 55 anos para mulheres. 
Para requerer a prestação, o segurado não precisa comprovar que se afastou das atividades.
Marco inicial da aposentadoria por idade: Para o segurado empregado, inclusive o doméstico, o marco inicial é a data do desligamento do emprego, quando requerida a aposentadoria, até 90 dias após o desligamento.  
Ultrapassados os 90 dias, a aposentadoria será devida a partir da data de entrada do requerimento. Para os demais segurados, contribuintes individuais, segurados especiais e segurados facultativos a aposentadoria por tempo de contribuição é devida a partir da data de entrada do requerimento. 
Término: Com a morte do segurado.
Valor da prestação: Alíquota: 70% + 1% para cada grupo de 12 contribuições até 100% do salário de benefícios. 
Aposentadoria compulsória. Vide art. 51 da Lei 8.213/91. O empregador pode requerer a aposentadoria por idade de seu empregado que tenha mais de 70 anos de idade, se homem e mais de 65 anos, se mulher, desde que cumprida a carência.
Aposentadoria especial
Conceito
Prestação previdenciária, na modalidade benefício, devida ao segurado empregado, trabalhador avulso
ou cooperado, que tenha trabalhado 15, 20 ou 25 anos, sujeito à condição que prejudique a saúde ou a integridade física.
Está regulamentada nos art. 57 e 58, na Lei 8.213/91, e 64 a 70 do Decreto 3.048/99.
Carência
O art. 25 da Lei 8.213/91 estabelece carência de 180 contribuições mensais.
Marco inicial da aposentadoria especial
Para o segurado empregado, o marco inicial é a data do desligamento do emprego, quando requerida a aposentadoria, até 90 dias após o desligamento.
Ultrapassados os 90 dias, a aposentadoria será devida a partir da data de entrada do requerimento. Para os demais segurados protegidos, é devida a partir da data de entrada do requerimento.
Cessação da prestação
Ocorre com a morte do segurado. Por força da previsão do art. 57, § 8º, da Lei 8.213/91, o retorno ou a continuidade da atividade ou operação, que sujeite o segurado aos agentes nocivos considerados para a entrega da aposentadoria especial, é motivo de cancelamento da prestação.
Requisitos para entrega da prestação
Depende da comprovação, pelo segurado, de exposição às condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. A exposição deve ser permanente, não ocasional, nem intermitente. Inteligência do art. 65 do Decreto 3.048/99.
 
Para análise e enquadramento dos agentes nocivos, é indispensável  a consulta ao Anexo IV, do Decreto 3.048/99, bem como das Normas
Regulamentadoras 6, 7, 9 e 15 da Portaria MTE 3.214/78. 
 
A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos atualmente, é feita mediante formulário denominado Perfil Profissiográfico Previdenciário — PPP, na forma estabelecida pelo INSS, sendo emitido pela empresa ou seu preposto com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho e expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. 
Entre outras informações, deve conter:
• registros ambientais;
• resultados de monitoração biológica;
• dados administrativos.
Conversão do tempo de serviço
É possível converter o tempo trabalhado, em condições especiais, em comum, sendo vedada a conversão do tempo comum em especial. 
 O tempo de trabalho exercido, sob condições especiais prejudiciais à saúde ou à integridade física, será somado, após a conversão, ao tempo trabalhado em atividade comum. 
 Para a conversão, aplica-se a tabela prevista no art. 70 do Decreto 3048/99.
Sujeitos protegidos
Prestação exclusiva dos segurados empregados, trabalhadores avulsos e cooperados de trabalho e produção (contribuintes individuais por força doart. 1º da Lei 10.666/03). 
 Segundo o art. 3º, desta lei, a perda da qualidade de segurado não será considerada para concessão da aposentadoria especial.
Quantificação da prestação
O valor da renda mensal é 100% do valor do salário de benefício.
Aposentadoria por invalidez
Conceito
Prestação previdenciária de caráter continuado, na modalidade benefício, devido aos segurados que se encontrem em situação de incapacidade laborativa total e permanente. Está regulamentada nos art. 42 a 47, da Lei 8.213/91, e 43 a 50 do Decreto 3.048/99.
Carência
• Para aposentadoria por invalidez acidentária do trabalho e de qualquer natureza, não há carência;
• Para aposentadoria por invalidez comum, a carência é de 12 contribuições mensais.
Requisitos legais
Devida quando houver a constatação, mediante exame médico–pericial, a cargo da Previdência Social, da incapacidade para o trabalho e da impossibilidade de reabilitação para o exercício de atividade, que garanta a subsistência do segurado, estando ou não em gozo de auxílio-doença. 
 
Será mantida enquanto perdurar a incapacidade. Doenças e lesões preexistentes à filiação ao regime não dão direito ao benefício, salvo se a invalidez decorrer do agravamento de lesão ou doença preexistente.
Hipóteses de suspensão do benefício
O benefício poderá ser suspenso caso haja recusa em realizar o exame médico pericial ou em participar, de processo de reabilitação profissional ou de tratamento gratuito, não cirúrgico, e que independa de transfusão sanguínea, conforme previsão do art. 101 da Lei 8.213/91.
Hipóteses de cancelamento do benefício
O benefício será cancelado nos casos de retorno voluntário ao trabalho, morte, recuperação da capacidade laboral e abandono ou recusa de tratamento de reabilitação.
Mensalidade de recuperação
Constatada a recuperação para o trabalho total ou parcial, desaparece o fundamento da manutenção de entrega da aposentadoria por invalidez. 
 
Prevê a legislação um mecanismo de redução gradual da entrega da prestação previdenciária até que aposentadoria seja definitivamente cessada. Inteligência do art. 47 da Lei 8.213/91.
Início da prestação/momento da entrega
O artigo 60, lei 8213/91, editado pela Medida Provisória 664/2014, estabelece que em seu inciso I, que o empregador ficará responsável na hipótese de segurado empregado por 30 (trinta) dias no caso de incapacidade, sendo o benefício de auxílio doença concedido a partir do trigésimo primeiro dia, desde que requerido no prazo legal, ou a partir do requerimento se decorrerem mais de quarenta e cinco dias da incapacidade. 
Esclarece, no inciso II, que aos demais segurados, será concedido, a partir do início da incapacidade ou da data de entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de trinta dias.
Destinatários
Prestação devida, exclusivamente, ao segurados (obrigatórios e facultativos) da previdência social. 
 
Quantificação do benefício
O valor do benefício consiste em uma renda mensal correspondente a 100% do salário de benefício, podendo haver acréscimo de 25%, caso o segurado necessite de assistência permanente de outra pessoa (grande invalidez, prevista no art. 45, da Lei 8.213/91, e o Anexo I do Decreto 3.048/99).
Auxílio-doença
Conceito
Prestação previdenciária na modalidade devido aos segurados que se encontrarem em situação de incapacidade laboral temporária, total ou parcial. Hoje, há dois tipos de auxílio-doença: 
• o comum (ou previdenciário);
• o acidentário (laboral, e o decorrente de acidente de qualquer natureza). 
 
O auxílio-doença está regulamentado no artigo 63, da Lei 8.213/91 e 71 a 80 do Decreto 3.048/99. MP 664/2014 
 
Carência
A carência para o auxílio-doença comum é de 12 contribuições mensais. O auxílio-doença acidentário não tem carência, bem como não há carência para os portadores de doenças graves relacionadas na Portaria Interministerial MPAS/MS nº. 2998/01.
Requisitos legais
Está o segurado incapacitado para o trabalho ou atividade habitual, por mais de 15 dias, para os segurados empregados; e, a partir da data da incapacidade, para os demais segurados.  O segurado em gozo de auxílio-doença está obrigado a submeter-se:
• a exame médico a cargo da Previdência Social;
• a processo de reabilitação profissional;
• a tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.
 
Inicio da prestação
Para o segurado empregado, a partir do 16º dia do afastamento da atividade, quando requerido o benefício, até 30 dias a contar da data de seu afastamento da empresa. Após 30 dias, será devido a partir da data de entrada do requerimento. 
 
Para os demais segurados a contar da data do início da incapacidade e enquanto permanecerem incapazes, quando requerido o benefício, até 30 dias do afastamento. Depois de decorridos 30 dias do afastamento, o benefício será devido a partir da data da entrada do requerimento.
Cessação do benefício
O benefício cessará nas seguintes hipóteses: 
• recuperação da capacidade para o trabalho;
• conversão em aposentadoria por invalidez ou auxílio-acidente de qualquer natureza;
 
• habilitação do segurado para o exercício de outra atividade que lhe garanta a subsistência após passas por processo de reabilitação profissional. 
 
Se, dentro de 60 dias, o segurado estiver novamente, em situação de incapacidade laboral decorrente da mesma doença, a empresa não terá de suportar o pagamento dos primeiros 15 dias contados do afastamento. O mesmo ocorrerá com relação ao pagamento dos 15 primeiros dias de incapacidade.
Destinatários
Todos os segurados da Previdência Social (obrigatórios e facultativos). Caso o segurado exerça dupla atividade e se encontre incapacitado para uma e não para outra, entrará em gozo de auxílio-doença apenas em relação à atividade em que esteja em situação de incapacidade.  Constatada a impossibilidade de recuperação, ficará em gozo de auxílio-doença indefinidamente até a extensão da incapacidade para outra atividade ou concessão de outra espécie de aposentadoria. 
 
Por força do art. 101, da Lei 8.213/91, o segurado, em gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez, e o pensionista inválido estão obrigados, sob pena de suspensão:
• a submeterem-se a exame médico periódico;
• a processo de reabilitação profissional;
• a tratamento prescrito e custeado pelo INSS, exceto o tratamento cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos. 
 
Quantificação do benefício
O auxílio-doença consiste em uma renda mensal correspondente a 91% do salário
de benefício. O valor não pode ser inferior ao salário mínimo nem superior ao teto
do salário de benefício.
AULA 10 PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS
1.Salário-Maternidade
2. Salário-Família
3. Auxílio-Acidente
4. Abono Anual 
5.Pensão Por Morte
6. Auxílio-Reclusão
7. Serviço Social, Habilitação e Reabilitação Profissional
8. Acumulação de benefícios
9. Resumo Geral 
1.Salário-Maternidade
Conceito: O benefício salário-maternidade é uma prestação previdenciária de caráter continuado de curta duração que visa a proteção da mulher e do filho (colateralmente). No entanto, a titular do benefício é somente a segurada da previdência social. 
 A proteção à maternidade sofreu acréscimo com a edição da Lei 10.421/02, que estende a guardiães e mães adotivas o salário-maternidade. A atuação do legislador foi necessária tendo em vista que o Supremo Tribunal Federal, como guardião da Constituição Federal, havia interpretado que a previsão do art. 201, II da CRFB/88 alcançava apenas as mães biológicas. 
O salário-maternidade está regulamentado nos arts. 71 a 73 da Lei 8.213/91 e 93 a 103 do Decreto 3.048/99.
 	Carência: A prestação salário-maternidade exige carência de forma híbrida, pois a lei exige carência para algumas modalidades de seguradas e dispensa para outras. O referencial adotado é a possibilidade ou não de discriminação no mercado de trabalho.
 
Nos termos do art. 25,III, da Lei 8.213/91, têm de cumprir carência de dez contribuições mensais as seguradas contribuintes individuais, seguradas especiais e seguradas facultativas. 
O salário-maternidade está regulamentado nos arts. 71 a 73 da Lei 8.213/91 e 93 a 103 do Decreto 3.048/99.
1.2 Carência: A prestação salário-maternidade exige carência de forma híbrida, pois a lei exige carência para algumas modalidades de seguradas e dispensa para outras. O referencial adotado é a possibilidade ou não de discriminação no mercado de trabalho.
 
Nos termos do art. 25, III, da Lei 8.213/91, têm de cumprir carência de dez contribuições mensais as seguradas contribuintes individuais, seguradas especiais e seguradas facultativas. 
Essa necessária distinção visa atender aos ditames das Convenções da Organização Internacional do Trabalho que tratam do assunto (n.º 3, 103, e 183), notadamente a de n.º 103, em vigência no momento no Brasil.
1.3 Salário-Maternidade biológico
Parto: antecipado, prematuro ou a termo. Pela previsão da Classificação Internacional de Doenças – CID, são considerados partos os eventos ocorridos a partir da 23ª semana gestacional. Mesmo no caso de natimorto (o nascimento sem vida após seis meses de gestação), é devido o benefício salário-maternidade de 120 dias.
No caso de aborto natural ou aborto não criminoso, a prestação previdenciária é de duas semanas. O art. 128 do Código Penal prevê duas hipóteses de aborto legal: o terapêutico (para salvar a vida da mãe) e o humanitário (previsto para os casos de gravidez decorrente de estupro).
A Lei 11.770/08, ao criar o Programa Empresa Cidadã, facultou, às empresas aderentes, a prorrogação da licença-maternidade mediante a concessão de incentivo fiscal. A possibilidade da extensão é uma faculdade da empresa e não um direito da gestante, inclusive porque só ocorrerá em relação às seguradas empregadas de médias e grandes empresas. Tal prorrogação se aplica tanto à maternidade biológica quanto à adotiva.
Inicio da prestação: 28 dias antes do parto e término 91 dias depois, podendo ser aumentado em duas semanas antes ou depois do parto, ou 120 dias após o parto.
A segurada que ficar incapacitada para o trabalho antes dos 28 dias que antecederem ao parto fará jus ao auxílio-doença. Persistindo a incapacidade após a cessação da licença-maternidade, será retomado o auxílio-doença.
Sujeito ativo: seguradas da previdência social: obrigatórias (empregadas, empregadas domésticas (art. 4º-A da Lei. 11.324/06), trabalhadoras avulsas, contribuintes individuais, seguradas especiais e facultativas. 
Sujeito passivo: Autarquia Federal – INSS.
Valor da prestação: 
Segurada empregada e trabalhadora avulsa: renda mensal do benefício igual à remuneração integral. Por força do art. 393 da CLT, se a empregada tiver renda variável, o valor do benefício corresponderá à média dos últimos seis meses. 
Segurada empregada doméstica: o valor do último salário de contribuição, logo sujeito à limitação do salário de benefício.
- Segurada especial: 1/12 do valor sobre o qual incidiu sua última contribuição anual, não podendo ser inferior a um salário-mínimo.
Segurada contribuinte individual e facultativa: o valor da renda mensal do benefício corresponde a 1/12 da soma dos doze últimos salários de contribuição apurados em um período não superior a quinze meses, não podendo ser inferior a um salário-mínimo.
No caso de empregos concomitantes, a empregada fará jus ao salário-maternidade relativo a cada um. Durante o período de percepção do salário-maternidade, é devida a contribuição previdenciária (parte do empregador e parte do empregado). No caso do empregador doméstico, cabe recolhimento da contribuição apenas de sua parte; e ao INSS, o desconto da parte relativa às contribuições previdenciárias da segurada quando do pagamento do benefício. 
SALÁRIO-FAMÍLIA
2.1 Conceito. O salário-família é um típico benefício previdenciário familiar. É benefício que visa atenuar o encargo econômico decorrente da criação e educação dos filhos ou dos equiparados a filho. O salário-família é previsto no art. 201, IV, da CFRB/88. 
O art. 65 da Lei 8.213/91 estabelece os requisitos para a entrega dessa prestação.
Art. 65. O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, exceto ao doméstico, e ao segurado trabalhador avulso, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados nos termos do § 2º do art. 16 desta Lei, observado o disposto no art. 66 .
Parágrafo único. O aposentado por invalidez ou por idade e os demais aposentados com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais de idade, se do sexo masculino, ou 60 (sessenta) anos ou mais, se do feminino, terão direito ao salário-família, pago juntamente com a aposentadoria. 
2.2 Fato gerador da prestação: Ter filhos ou equiparados a filho menores de 14 anos ou inválido.
2.3 Valor da prestação: Esse benefício é pago por cotas em relação ao número de segurados e por filhos. Assim, se o pai e a mãe são segurados de baixa renda e têm dois filhos menores de 14 anos, cada um terá direito a receber duas cotas de salário-família. Deve-se observar que, para aferição do conceito de baixa renda, será considerada a renda individual e não a da família.
2.4 Conceito de baixa renda.
Esse conceito foi inserido pela EC nº. 20/98. Segurado de baixa renda é aquele que percebe remuneração de até R$1.025,81, conforme Portaria Interministerial MPS/MF nº 19, de 10/01/2014, independentemente da quantidade de contratos e atividades exercidas. 
Considera-se como remuneração do segurado o valor total do respectivo salário de contribuição (base de cálculo das contribuições previdenciárias) ainda que resultante da soma dos salários de contribuição correspondentes a atividade simultâneas.
2.5 Valor do benefício: Foi estabelecido dois patamares de cotas de salário-família a partir da Lei 10.888/04. Os valores atuais foram fixados pela Portaria Interministerial MPS/MF nº 19, de 10/01/2014. A cota do salário-família será de R$ 35,00 por filho até 14 anos incompletos ou inválido para quem ganhar até R$ 682,50. A cota do salário-família para o trabalhador que receber de R$ $ 682,51 a R$ 1.025,81 por filho de até 14 anos incompletos ou inválido será de R$ 24,66. 
As cotas do salário-família não se incorporam à remuneração do trabalhador para qualquer efeito, nem a qualquer benefício previdenciário. Não há incidência previdenciária, do FGTS ou do Imposto de Renda em relação aos pagos à título de salário-família.
2.6 Pagamento do salário-família: Determina o art. 68 da Lei 8213/91, que para o segurado empregado, cabe à empresa o pagamento do salário-família, mensalmente, junto com o salário. Para o trabalhador avulso, a regra está estabelecida no art. 69 desta Lei, a qual determina que o pagamento do salário-família será efetuado pelo sindicato ou órgão gestor de mão de obra mediante convênio . Para os segurados aposentados que tenham direito ao salário-família, o pagamento será feito diretamente pelo INSS.
Será pago diretamente pelo INSS na situação de segurado em gozo de auxílio-doença.
2.7 Cumulação de benefícios: O salário-família é devido conjuntamente com aposentadoria, auxílio-doença e salário-maternidade.
O salário-família pode ser pago diretamente àquele a cujo cargo ficar o sustento do menor ou a outra pessoa se houver determinação judicial para essa medida.
2.8 Cessação: morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao do óbito; implementação da idade, a contar do mês seguinte ao da data do aniversário; cessação da invalidez, com comprovação a cargo da perícia médica do
INSS, a contar do mês seguinte ao da cessação da incapacidade; desemprego do segurado. Essa hipótese, conquanto prevista na legislação, gera polêmica, posto que contraria a estrutura do sistema previdenciário brasileiro de entrega da prestação quando ocorrido o fato gerador e enquanto há a qualidade de segurado (regra geral).
3. AUXÍLIO-ACIDENTE
3.1 Prestação previdenciária paga de forma continuada na modalidade beneficio.Visa indenizar a capacidade laboral perdida em virtude de acidente do trabalho ou de qualquer natureza. Está regulamentado nos arts. 7.º, XXII e XXVIII, e 201, I e §10, da CRFB; art. 86 da Lei 8213/91; e arts. 30 e 104 do Dec. 3048/99.
3.2 Requisitos legais: Comprovação por meio de perícia médica oficial da incapacidade laboral de forma parcial ou definitiva, para o trabalho que habitualmente exercia o segurado, por acidente de qualquer natureza ou laboral. O anexo III do Dec. 3048/99 – RPS elenca exemplos de situações que geram o direito.
3.3 Sujeitos protegidos: São beneficiários do auxílio-acidente laboral: o empregado, o avulso e o segurado especial, nos termos dos arts. 18,§1.º, e 11, I, VI e VII, da Lei 8.213/91. Já no caso de auxílio-acidente de qualquer natureza, todos os segurados têm direito. É exigida a condição de segurado para a entrega da prestação.
3.4 Início da prestação: A partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado (art. 86, §2.º da Lei 8.213/91). Caso o segurado não tenha gozado de auxílio-doença, será devido a partir da constatação, pela perícia médica, da consolidação de lesão parcial e definitiva.
3.5 Hipóteses de extinção: Com o início de qualquer aposentadoria do regime geral; com a concessão de outro auxílio-acidente com valor superior; com o óbito do segurado. Oportuna a leitura da Súmula n.º 44 da Advocacia-Geral da União de 14/09/2009.
3.6 Quantificação da prestação: Corresponde a 50% do salário de benefício de que deu origem ao auxílio-doença do segurado. Seu valor pode ser inferior ao salário-mínimo, não sendo aplicada a disposição do artigo 201, §2.º, da CRFB, posto que o auxílio-acidente não tem caráter substitutivo da renda ou do salário do trabalhador. Conforme a previsão do artigo 31 da Lei n.º 8.213/91, o valor mensal do auxílio-acidente integra o salário de contribuição do segurado para fins do cálculo do salário de benefício de qualquer aposentadoria. 
3.7 Competência para apreciar e julgar litígio envolvendo auxílio-acidente: Os litígios decorrentes de auxílio-acidente de qualquer natureza são de competência da Justiça Federal, nos termos do artigo 109 da CRFB. Para apreciar oslitígios decorrentes de auxílio-acidente laboral, a competência é da Justiça Estadual, nos termos do art. 129, II, da Lei 8.213/91.
4. ABONO ANUAL
4.1 Não é, na realidade, um benefício previdenciário; é um acréscimo, um complemento dos benefícios de prestação continuada. Funciona como gratificação natalina de aposentados e pensionistas nos termos do art. 201, §6.º, da CRFB.
É devida ao segurado e ao dependente da previdência social que durante o ano recebeu auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão. Tem previsão nos arts. 40 da Lei 8.213/91 e 120 do Dec. 3.048/99.
4.2 Quantificação da prestação: Será calculado, no que couber, da mesma forma que a gratificação de natal dos empregados, tendo por base o valor da renda mensal do benefício no mês de dezembro de cada ano. Caso o segurado perceba o benefício durante um período inferior a doze meses, terá direito ao abono de forma proporcional. Para efeito de abono anual, o período igual ou superior a 15 dias é considerado como mês integral. Corresponde ao valor da renda mensal do benefício no mês de dezembro ou no mês da alta ou da concessão do benefício, para o segurado que recebeu auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão.
5. PENSÃO POR MORTE
5.1 É benefício de prestação continuada devida aos dependentes dos segurados da previdência social. Verifica-se a qualidade de dependente no momento do óbito, momento este da verificação do risco social coberto. É exclusivo dos dependentes. Em casos excepcionais, mesmo que o óbito tenha ocorrido após a perda da qualidade de segurado, a pensão por morte será devida, desde que o instituidor do benefício tenha implementado todos os requisitos para obtenção de uma aposentadoria até a data do óbito (hipótese de direito adquirido); ou fique reconhecida a existência de incapacidade permanente ou temporária, dentro do período de graça, por meio de parecer médico-pericial do INSS, com base em atestado ou relatórios médicos, exames complementares ou outros documentos equivalentes, referentes ao ex-segurado. Está regulamentada nos arts. 74 a 79 da Lei 8.213/91 e 105 a 115 do Dec. 3.048/99.
5.2 Modalidades: Definitiva, decorrente de morte real; e provisória, decorrente de morte presumida.
5.3 Carência contributiva: Independe de cumprimento de carência, na forma do art. 26, I, da Lei 8.213/91.
5.4 Início do benefício: Da data do óbito atestado quando requerido até 30 dias depois desta data; Do requerimento quando requerido após 30 dias do óbito; Da data da sentença declaratória de ausência no caso de morte
Presumida. No caso de desaparecimento súbito decorrente de acidente, desastre ou catástrofe, os dependentes do segurado farão jus à pensão provisória, a contar da data da ocorrência, mediante prova hábil.
5.5 Término do benefício: Com a morte do pensionista; Para o filho, pessoa a ele equiparado ou irmão, de ambos os sexos, pela emancipação ou ao completar 21 anos, salvo se for inválido; Para o pensionista inválido, pela cessação da invalidez.
5.6 Valor do benefício: O mesmo valor da aposentadoria recebida pelo segurado falecido. Se o segurado ainda não estiver aposentado, calcula-se uma aposentadoria por invalidez com início na data do óbito.
5.7 Ex-mulher e direito à pensão por morte: A Súmula 336 do Superior Tribunal de Justiça dispõe sobre o tema: “A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente.”
6. AUXÍLIO-RECLUSÃO
6.1 Conceito: É a prestação previdenciária, na modalidade benefício, paga exclusivamente aos dependentes do segurado de baixa renda que esteja preso em regime fechado ou semiaberto. Está regulamentado nos arts. 80 da Lei 8.213/91 e 116 a 119 do Decreto 3.0408/99. 
6.3 Inicio da prestação: O benefício se inicia a partir do recolhimento do segurado para a unidade prisional, se o requerimento for feito até 30 dias desse evento. Se posterior, a partir da data do requerimento.
6.4 Hipóteses de suspensão do benefício: fuga (se, quando da recaptura ainda tiver a qualidade de segurado, o benefício será restaurado); recebimento de auxílio-doença no período de privação de liberdade (cessado o auxílio-doença, retoma-se o auxílio-reclusão); não apresentação do atestado de prisão firmado por autoridade competente trimestralmente; livramento condicional, cumprimento de pena em regime aberto ou prisão albergue.
6.5 Hipóteses de extinção do benefício: Concessão de aposentadoria no período de privação da liberdade; óbito do segurado; soltura do preso; emancipação ou atingimento de 21 anos para filhos e irmãos, salvo se inválidos; cessação da invalidez dos dependentes inválidos.
6.6 Destinatários da proteção: Os dependentes do segurado de baixa renda. Por força da Ação Civil Pública nº 2000.71.00.009.347-0, do TRF da 4ª Região, foi reconhecida a qualidade de dependente dos companheiros homossexuais, o que possibilita a entrega e o acesso ao auxílio-reclusão e a pensão por morte.
6.7 Quantificação do benefício: O valor da renda mensal corresponde a 100% do salário de benefício que o segurado
recebia ou teria direito a receber se estiver aposentado por invalidez na data da prisão.
7. SERVIÇO SOCIAL 
7.1 Conceito: Em sentido estrito, é o serviço prestado diretamente pelo órgão previdenciário por meio de assistentes sociais, visando resolver problemas de adaptação dos beneficiários em face da sociedade em evolução. Este serviço se realiza por meio de ajuda material, intervenção técnica, assistência jurídica, inclusive mediante celebração de convênios, acordos e credenciamento. Está regulamentado nos arts. 88 da Lei 8.213/91 e 161 do Decreto 3.048/99. 
8. HABILITAÇÃOE REABILITAÇÃO PROFISSIONAL 
8.1 Conceito: São prestações previdenciárias devidas aos segurados e dependentes. A prestação visa propiciar os meios para reingresso no mercado de trabalho no contexto em que vivem.
A assistência reeducativa e de readaptação profissional têm como objetivo proporcionar aos beneficiários incapacitados parcial ou totalmente para o trabalho e aos portadores de deficiência os meios necessários para seu ingresso no mercado de trabalho e no contexto em que vivem.
Habilitação e reabilitação profissional estão disciplinadas nos arts. 89 a 93 da Lei 8.213/91 e têm um capítulo próprio no Decreto 3.048/99, nos arts. 136 a 141.
A prestação previdenciária dispensa carência por força do art. 26, V, da Lei 8.213/91, sendo seu público-alvo os beneficiários incapacitados parcial ou totalmente para o trabalho e os portadores de deficiência. Determina o art. 93 da Lei 8.213/91 que a empresa com 100 ou mais empregados está obrigada a preencher de 02 a 05% de seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência habilitadas.
ACUMULAÇÃO DE BENEFÍCIOS 
8.1 O art. 124 da Lei 8.213/91 e o art. 167 do Decreto 3.048/99 estabelecem que, salvo direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos benefícios da previdência social conforme enumeração em seus incisos e parágrafos, onde vale fazer atenta leitura.
RESUMO GERAL
Nesta aula tivemos a oportunidade de ver o demais benefícios e os serviços oferecidos pela previdência social a segurados e dependentes do RGPS. Neles verificamos as particularidades de cada um e seus sujeitos protegidos, nos dando a exata dimensão de seus fundamentos e objetivos.

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