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PDF gerado usando o pacote de ferramentas em código aberto mwlib. Veja http://code.pediapress.com/ para mais informações. PDF generated at: Fri, 06 Dec 2013 10:33:52 UTC Introdução à comunicação entre computadores e tecnologias de rede Conteúdo Páginas Capa 1 Tecnologias de rede 2 Redes de computadores 4 Métodos de transmissão de dados 7 Medidas de desempenho de um canal de comunicação 10 Métodos de multiplexação 12 Métodos de chaveamento 14 Como representar dados em sinais analógicos 15 Como representar dados em sinais digitais 17 O modelo OSI 19 Tipos de cabo 22 Características elétricas de um cabo 24 A comunicação sem fio 25 Comunicação via satélite 27 Sistema de cabeamento estruturado 29 A sub-camada de controle de acesso à meios (MAC) 30 A sub-camada de controle lógico de ligações (LLC) 33 Referências Fontes e Editores da Página 37 Fontes, Licenças e Editores da Imagem 38 Licenças das páginas Licença 39 Capa 1 Capa Introdução à Comunicação entre Computadores e Tecnologias de Rede Clique aqui para ir ao índice Ir para o índice Este livro é uma introdução clara e acessível sobre o assunto de tecnologias de rede, focado principlamente na comunicação entre computadores. Com a ajuda deste livro, você será capaz de entender mais sobre os sistemas de comunicação e poderá compreender melhor como funciona uma rede de computadores e o sistema de telefonia, por exemplo. Você sabe o que é um protocolo de redes? Entende algo sobre topologia? O que é roteamento? Sabe como funciona o sistema de telefonia? Neste wikilivro você encontrará as respostas para estas questões. Você irá conhecer sobre o vocabulário específico usado quando falamos em tecnologias de rede e saberá o básico sobre o funcionamento de diversos meios de comunicação. Além disso, você saberá as diferenças entre protocolos, medidas de eficiência de redes e a forma pela qual diferentes tipos de dados podem ser passados por meio de uma rede. Este é o escopo deste livro e eu espero que ele lhe seja útil. Clique aqui para ir ao índice Ir para o índice Tecnologias de rede 2 Tecnologias de rede O que são Tecnologias de Rede Uma rede é um conjunto de sistemas que possuem uma forma de comunicação entre si com o objetivo de compartilhar informações. Como exemplo, podemos citar a rede de telefonia. Cada telefone desta rede possui ligação com qualquer outro telefone - desde que você saiba o seu número. Basta você discar o telefone de uma pessoa e com isso você estabelecerá uma conexão entre o seu telefone e o telefone dela. Os dois aparelhos irão mandar dados uns para os outros - no caso, a conversa entre você e a pessoa do outro lado da linha. Outro exemplo é a televisão. Os programas de televisão também chegam à você por meio de uma rede. Mas esta possui características bem diferentes das redes de telefonia. Nela você não pode enviar informações para as emissoras de televisão. Somente elas transmitem informações, para você e para milhares de outras pessoas. De fato, se formos parar para pensar um pouco, toda a forma de comunicação é uma rede. Quando falamos com outras pessoas, vibramos as cordas vocais, sopramos ar dos pulmões e movemos os músculos da face controlando a vibração do ar ao redor. Com isso formamos ondas que se propagam e se espalham chegando às outras pessoas. Neste caso, como em qualquer outro exemplo de redes, temos um transmissor (a pessoa que fala), receptores (pessoas nas redondezas ouvindo) e um meio de propagação (o ar). Entretanto, neste livro iremos nos focar apenas em tecnologias de rede. Isso significa que nos focaremos apenas nas ferramentas e métodos de comunicação em rede que envolvem produtos tecnológicos. Em especial, falaremos sobre formas de se comunicar à distância. Redes "naturais" ficarão de fora da abordagem deste livro. História das Tecnologias de Rede Uma rede de computadores envolve a interconexão entre dois ou mais micros, o que permite a troca de dados entre essas unidades e otimiza os recursos de hardware e software. Deve ter regras básicas que garantam o envio seguro de informações. Para ser eficiente, ela precisa que os dados transitem de um computador para outro sem que sofram danos. Também é necessário que a rede seja capaz de determinar corretamente para onde as informações estão indo. Além disso, os computadores interligados tem que poder se identificar uns aos outros e deve existir um modo padronizado de nomear e identificar as partes que a compõem. Redes de computadores são muito mais comuns no dia-a-dia das pessoas do que normalmente se imagina. É um grande engano pensar que a Internet é a única com a qual se convive. Toda vez que se usa um cartão de crédito, um caixa eletrônico ou se faz uma chamada telefônica, os serviços de uma rede estão sendo usados. A próxima grande revolução das tecnologias de rede ocorreram no ano de 1792. Naquela época, o engenheiro francês Claude Chappe e seu irmão criaram um novo sistema de comunicação. Eles descobriram que à longa distância era mais fácil identificar o ângulo de um bastão do que a presença ou ausência de uma tocha ou de uma bandeira. Baseando-se neste princípio, eles construíram uma rede de 556 torres que trocavam informações ao longo de uma área de 4.800 Km. A rede foi bastante usada na França para comunicações militares e nacionais durante um período de cerca de 60 anos. As tropas de napoleão também se beneficiaram dos semáforos e isso deu à ela uma vantagem tão grande que logo outros países do mundo começaram a criar os seus semáforos. O tempo passou e várias tentativas foram feitas para melhorar a comunicação em rede. O grande desafio era desenvolver técnicas mais rápidas e baratas de transmitir informações. Grandes progressos nesta área só começaram a ocorrer quando vários inventores começaram a pesquisar formas de se utilizar a eletricidade ao invés de sinais óticos para transmitir informações. Em 1833, Carl Friedrich Gauss, um dos mais importantes matemáticos do século XIX, conseguiu permissão para fazer com que um fio metálico de 1 Km percorresse a sua cidade. Com isso, ele fez os primeiros experimentos que levaram ao surgimento do telégrafo. O telégrafo de Gauss usava uma agulha que Tecnologias de rede 3 vibrava de acordo com a corrente elétrica no fio. Cada amplitude de vibração (haviam 4 possíveis) correspondiam a um sinal diferente. De forma independente, o diplomata russo conhecido como Barão Schilling também havia criado um dispositivo similar um ano antes. A diferença é que seu telégrafo transmitia dois tipos diferentes de sinais ao invés de um. Em 1837, o americano Samuel Morse também inventou independentemente o telégrafo. Além disso, ele criou o conhecido Código Morse para ser usado em seu invento. Em 1839, o telégrafo começou a ser comercializado e passou a realizar comunicações entre diferentes cidades. Em 1843, uma grande rede que interconectava diversos estados americanos por telégrafos foi construída. Em 1866, pela primeira vez uma rede de cabos submersos passou a ser usada para permitir comunicações via telégrafo entre diferentes continentes. Cópia do primeiro telefone construído por Graham Bell Em 1876 surgiu outra revolução. Embora hajam muitas controvérsias, Alexander Graham Bell é o inventor ao qual é creditado a invenção do telefone neste ano. O telefone segue um princípio bastante semelhante ao do telégrafo. A única diferença é que ele não converte símbolos em código morse em corrente elétrica, ele converte o som da fala em eletricidade. O dispositivo de Bell fazia isso fazendo a corrente elétrica variar em intensidade da mesma forma como o ar varia em densidade quando o som passa através dele. À partir de 1887, vários inventores diferentes ao redor do mundo começam a explorar uma nova forma de transmitir informações. Ao invés de usar fios e a eletricidade para trocar dados, porque não usar ondas de rádio? Ondas de rádio viajam a longas distâncias e fazemisso de forma completamente independente de um meio. Não é preciso nenhum fio entre o transmissor e o receptor. Precisa-se apenas de transmissores capazes de gerar ondas de rádio e antenas para captar estas ondas. No começo do século XX, o rádio começou a ser usado para várias diferentes formas de comunicação. Também no começo do século XX surgiu a televisão. por meio dela, não apenas sons, mas imagens em movimento também podiam ser transmitidas. A próxima grande etapa no desenvolvimento de redes de comunicação surge na década de 60, quando diversas formas de se conectar os primitivos computadores da época eram desenvolvidas de modo independente por vários pesquisadores. na mesma década, grandes redes de computadores que abrangiam máquinas presentes eem diversos pontos de uma mesma cidade começaram a ser montadas. Mapa físico da ARPANET Em 1969 foi criada a ARPANET, uma robusta rede de computadores que ligava vários centros de pesquisa que se diferenciava por conseguir fazer com que uma máquina pudesse se comunicar com várias ao mesmo tempo. Na década de 80 já haviam várias outras redes semelhantes espalhadas pelo mundo. Como estas redes eram bastante robustas e permitiam que um enorme número de máquinas pudesse ser ligado entre elas, era possível unificar todas elas em uma única grande rede. Foi assim que começou a surgir a Internet, a maior de todas as redes de computadores existente. Tecnologias de rede 4 Atualmente, existem milhões de máquina conectadas à Internet e ela tornou-se tão poderosa que é capaz de transmitir entre computadores todo o tipo de dados como imagens, sons, vídeos, textos escritos e até mesmo programas de computador. Redes de computadores Alguns Conceitos de redes de Computadores Redes de Computadores formam uma tecnologia de rede única. Nenhuma outra tecnologia de rede é tão versátil e poderosa como ela. Devido à isso, quando falamos sobre elas, podemos utilizar os seguintes termos listados neste pequeno glossário: • Cliente: Clientes são computadores que se conectam à um computador central para requisitar que este realize alguma tarefa na qual é especializado. • Confiabilidade: Em todo o tipo de comunicação à distância, existe a possibilidade de ocorrer um erro na hora de se interpretar os dados. No caso das redes de computadores, isso é algo que pode ocorrer devido à vários motivos como interferência ou o enfraquecimento do sinal com a distância. Para se criar uma rede de computadores confiável, é preciso fazer com que os computadores sejam capazes de detectar erros na transmissão. Uma vez que isso ocorra, pode-se tentar corrigí-los ou então pedir para que os dados sejam retransmitidos. • Endereço: para que possamos nos comunicar com outro elemento de uma rede, precisamos identificá-lo de alguma forma. Na rede telefônica, por exemplo, para falarmos com outra pessoa, precisamos discar o seu número de telefone - que é único para cada elemento da rede. O mesmo ocorre com a rede de computadores. Cada elemento possui um número único que é reconhecido como seu "Endereço". Quase todos os elementos de uma rede de computadores possuem um endereço. Chamamos o ato de distribuir Endereços para os elementos da rede de Endereçamento. • Meio: É o ambiente físico usado para conectar membros de uma rede. Por exemplo, no caso dos telefones, o meio é o fio que forma toda a rede telefônica. Computadores podem usar os mais diversos meios, como cabos e ondas de rádio. • Nós: Não são apenas computadores que podem ser ligados à uma rede de computadores. de fato, as primeiras redes de computadores foram criadas para controlar o caminho percorrido por ligações telefônicas. Existe uma gama muito grande de dispositivos que podem fazer parte deste tipo de rede como terminais, impressoras, repetidoras, pontes, chaves e roteadores. Por causa disso, costumamos chamar cada elemento conectado à uma Rede de Computadores de "Nó". • Protocolo de Rede: Computadores só podem lidar com números binários. Eles só entende 0s e 1s. Por conta disso, é preciso criar algum tipo de alfabeto ou padrão para que possamos nos comunicar com apenas dois tipos de sinais. O nome das regras que os computadores seguem para se comunicar entre si chama-se "Protocolo". • Roteamento: Rotear significa traçar uma rota. O roteamento é justamente a tarefa de traçar rotas entre os vários elementos de uma rede. Afinal, em uma rede com várias máquinas, é preciso estabelecer qual caminho os dados precisam seguir para que eles não terminem indo parar na máquina errada. • Segurança: É comum que informações sigilosas sejam trocadas em uma rede. Por causa disso, existem muitas pessoas que podem tentar interceptar os dados. Para isso, pode-se utilizar várias estratégias para aumentar a segurança de uma rede como criptografar os dados, por exemplo. • Servidor: Um Servidor é uma máquina que costuma ser freqüentemente acessada por outras para que ela realize algum tipo de tarefa. Redes de computadores 5 Classificação de Redes Classificação Quanto ao Tamanho da Rede PAN Esta é uma sigla para Personal Area Network(Rede de Área Pessoal). Chamam-se assim pequenas redes domésticas de computadores. O alcance destas redes normalmente é o de alguns poucos metros. Além de redes domésticas, em 1995, um grupo de pesquisadores encontrou uma nova forma de criar PANs. Eles desenvolveram uma tecnologia que permitia que vários dispositivos pequenos como relógios, pagers ou cartões trocassem informação entre si transmitindo informação por meio da condutividade da salinidade da pele de seu usuário. No ano seguinte, a IBM lançou o primeiro dispositivo deste tipo para fins comerciais. Era um pager que possuía eletrodos ligados à pele de seu dono. Se o usuário do equipamento tocasse na pele de outro usuário, as duas unidades conseguiam trocar informações entre si. Talvez em um futuro, este tipo de tecnologia seja mais comum e possa ser aproveitada na área médica para conseguir informações sobre um paciente. Esta tecnologia também possui potencial de permitir que os mais diversos equipamentos como celulares, cartões de crédito, tocadores de música e laptops troquem informações por meio da pele de seus donos e assim possam ter um funcionamento mais inteligente. LAN Esta é uma sigla para Local Area Network (Rede de Áreal Local). Qualquer rede cujo raio de alcance seja menor do que 10 Km se encaixa nesta categoria. As LANS existem desde a década de 60, quando eram usadas pelo Laboratório de Livermore para ajudar na pesquisa de armas atômicas. Nas próximas décadas, o seu uso se espalhou em outros setores da sociedade. A principal utilidade das LANs era compartilhar o uso de espaço em disco e impressoras - que eram muito caros na época. A popularização das LANs foi algo que ocorreu lentamente, principalmente devido aos vários protocolos existentes que eram incompatíveis entre si. Cada fornecedor de placas de redes possuía o seu próprio protocolo que se comunicava somente com outros dispositivos do mesmo fabricante. Entretanto, este entrave passou a diminuir muito com o tempo, pois cada vez mais o mercado dava preferência à equipamentos capazes de se comunicar com equipamentos de diferentes fornecedores. Atualmente já existem protocolos oficiais que cada fabricante precisa seguir se quiser que seus equipamentos sejam compatíveis com os demais. MAN Uma sigla para Metropolitan Area Network (Rede de Área Metropolitana). Este nome é usado para redes maiores do que LANs e que normalmente ocupam a área de uma cidade inteira. Embora existam MANs que pertencem à uma única organização, o mais normal é que elas sejam formadas por redes interconectadas de vários indivíduos e organizações diferentes. Elas também podem ser usadas pela administração do município como serviços de utilidade pública. Este tipo der rede pode ser útil para uma empresa que possui várias filiais espalhadas em uma única cidade. Empresas de TV à cabo tambémcostumam montar MANs em uma cidade para poderem fornecer serviços como o acesso à internet à cabo para seus clientes. Redes de computadores 6 WAN Uma sigla para Wide Area Network (Rede de Área Ampla). Qualquer rede cuja área é maior do que uma cidade se encaixa nesta categoria. Existem WANs que possuem uma área de alcance que cruzam até mesmo diferentes estados e países. A primeira rede deste tipo surgiu em 1965 quando um computador em Massachussets e outro na Califórnia foram ligados entre si. Atualmente, a maior WAN existente é a Internet. WANs são muito utilizadas por empresas de telefone que costumam fornecer serviços de acesso à Internet ao longo de todo o Brasil. Classificação Quanto à Topologia A topologia de uma rede mostra como as máquinas estão ligadas entre si. De acordo com a topologia, redes podem ser classificadas em: Redes Ponto-a-Ponto Em redes deste tipo, cada nó só pode se comunicar com nós adjacentes. É como em uma brincadeira de telefone sem fio no qual para que uma mensagem chegue até alguém, ela precisa passar por vários intermediários, já que só é possível falar com as pessoas que estejam ao seu lado. • Estrela: Neste tipo de rede, existe um nó central (normalmente um hub ou switch) à partir do qual todas as máquinas estão conectadas. Para enviar uma mensagem à alguém, é preciso primeiro enviar para o nó central e só então o nó central passa a mensagem para o destinatário. • Laço: Neste tipo de rede, não existe um nó central. Ao invés disso, as máquinas então todas conectadas entre si e existem nós que estão conectados a mais de um outro nodo. Por não possuírem um nó central, não existe um único ponto cujo funcionamento mantém a rede inteira. Por isso, eles tendem a ser mais seguros. Entretanto, o roteamento neste tipo de rede tende a ser mais complexo. Existem também redes em laço que são totalmente conectadas. Nelas, cada nó está conectado à todos os demais. Por causa de sua complexidade e custo proibitivo, este tipo de laço só é usado em redes pequenas com poucos nós. • Árvore: Neste tipo de topologia, existe um nó que é considerado a raíz. Ela possui ligada à ela outros nós que são considerados seus filhos e ele é o pai destes nós. Cada nó que é filho da raíz pode ter outros filhos e estes também podem ter seus filhos. Entretanto, cada nó, com excessão da raíz, deve possuir um único pai. Normalmente, estas redes possuem como nós diversos hubs ou switchs. Nelas, os nós que não possuem filhos normalmente são os computadores e terminais de trabalho. Redes de computadores 7 Redes de Difusão Neste tipo de rede, os nós compartilham um canal único de comunicação. Nele, os dados enviados por uma máquina são recebidos por todos os nós que compartilham um mesmo canal. É como em uma conversa normal. Quando você fala, várias pessoas ao redor ouvem o que você disse, mas somente a pessoa com quem você está falando responde. • Barramento: Neste tipo de rede, todos os nós compartilham um mesmo canal. Se algum dos nós enviar uma mensagem pela rede, todos os demais irão ouvir. Deve-se tomar cuidado para que mais de um nó não tente falar ao mesmo tempo, pois se isso ocorrer, ninguém conseguirá entender a mensagem transmitida. • Satélite: Neste tipo de rede, existe um satélite capaz de transmitir dados para todos os nós em Terra que estejam na área de alcance e estejam equipados com antenas para captar o seu sinal. Se o satélite envia um sinal, todos os outros nós ouvem. Mas se um nó mandar uma mensagem para o satélite, somente o satélite será capaz de ouvir a mensagem. Estas são apenas os tipos de topologia mais comum. Mas além destes, existem outros que são muito menos usados além de redes de topologia híbridas que são uma mistura de vários tipos diferentes. Métodos de transmissão de dados Iremos ver agora os diversos métodos existentes para se enviarmos informações por meio de uma rede: Comunicações Paralelas e em Serie Chamamos de comunicação serial o método de transmissão de dados nos quais cada símbolo que compõe a mensagem é mandado um de cada vez. Por contraste, comunicação paralela é toda aquela na qual um grupo de símbolos é enviado simultaneamente. A comunicação paralela é muito mais rápida, mas ela possui um problema grave. É preciso sempre garantir que cada bit enviado chegue sempre de forma simultânea aos demais. Se ocorrer atrasos em somente um dos bits, ocorre erro de transmissão e a mensagem precisa ser corrigida ou enviada novamente. Isso acaba diminuindo a velocidade de transmissão. Quanto maior a distância percorrida pelos bits, mais difícil é garantir a sincronia. Atualmente, a comunicação paralela é utilizada principalmente em circuitos internos do computador e em HDs convencionais embora ela já tenha sido usada em impressoras e periféricos antigos. A comunicação serial é muito mais confiável e seus problemas com velocidade vem sendo superados com novas tecnologias. Atualmente ele é usado em HDs SATA, redes, fibras óticas, mouses e teclados USB e USB 2.0. Comunicação Serial Comunicação Paralela 1-> 0 -> 1 -> 1 -> 1 -> 0 -> 1 -> 0 1 -> 0 -> 1 -> Métodos de transmissão de dados 8 1 -> 1 -> 0 -> 1 -> 0 -> Comunicações Síncrona, Assíncrona e Isócrona Quando enviamos um dado por meio de uma comunicação serial, é preciso haver uma forma de identificarmos onde começa e onde termina cada trecho da mensagem. Por exemplo, se eu enviar a mensagem o caractere H, seguido de um caractere A para um outro computador na rede, como aquela outra máquina saberá onde começa o "H" e onde começa e termina o "A" se tudo o que ele recebeu foi uma quantidade enorme de 1s e 0s? Uma das formas é enviar os dados de forma síncrona. Com isso, eu só posso enviar dados em períodos de tempo pré-determinados. Desta forma, eu envio um "H", aguardo um período de tempo pré-determinado e só então envio o "A". Caso eu não queira enviar nada, de tempos em tempos eu devo enviar uma seqüência de bits que representa que eu não estou falando nada. É assim que funcionam as mensagens enviadas por celulares, por exemplo.Nós só não percebemos isso quando falamos por meio deles porque o intervalo de envio de dados de um celular é muito curto. Outra solução para o problema seria antes de enviar qualquer coisa, enviar uma seqüência de bits que marcasse o início de uma transmissão e, após terminar, enviar bits que representem o fim da transmissão. O nome que damos à isso é "encapsulamento de dados". A vantagem é que assim eu posso enviar dados à qualquer momento. Além disso, a comunicação assíncrona é mais barata, por não exigir que hajam relógios no hardware monitorando a chegada de dados. Mouses, teclados, HDs e praticamente 99% dos dispositivos existentes hoje em dia utilizam este método de transmissão. Outro método de transmissão é a isócrona. Nela, envia-se mensagens ininterruptamente e o intervalo entre uma mensagem e outra já é conhecido e não muda nunca. Isso é normalmente usado para transmitir sinais de televisão digitais e também para aparelhos projetados para mostrar vídeos. Ela ainda é pouco usada, mas seu uso tende a ser maior à medida que surgem mais tecnologias que convergem vídeo, voz e dados em um mesmo meio de comunicação. Comunicações Simplex, Semi-Duplex e Duplex A comunicação simplex ocorre quando em um meio os dados fluem sempre na mesma direção. Um dispositivo sempre é transmissor e o outro sempre é receptor. Um exemplo é a transmissão televisiva. As emissoras de televisão usam transmissores e enviam a suaprogramação para todos os telespectadores. Mas eles não precisam esperar resposta alguma, pois os televisores não tem como enviar informação para eles. Na comunicação Semi-Duplex, os dados podem fluir em ambas as direções. Temos máquinas que podem ser transmissoras e receptoras. Entretanto, elas não podem fazer isso ao mesmo tempo. Quando uma delas envia dados, a outra não pode transmitir - apenas ouvir. Se ela começar a transmitir, a outra também só poderá ouvir. Como exemplo, pode-se citar os Discos Rígidos de computadores, que não podem ler e escrever dados ao mesmo tempo, celulares (Não parece que ele é semi-duplex, mas ele é. Acontece que a alternância de modo de transmissão e recepção ocorre com uma freqüência alta demais para ser percebida), radioamador e coisas que possuem antenas em geral. Métodos de transmissão de dados 9 Na comunicação Duplex, cada máquina pode enviar dados e receber simultaneamente. É o caso do telefone fixo que consegue isso combinando duas linhas simplex - uma em cada direção. Comunicação Analógica e Digital Ondas de rádio. Exemplo de sinal analógico. A comunicação analógica ocorre quando usamos para nos comunicar algum tipo de sinal físico que pode variar de forma contínua em quantidade ou força. A voltagem de uma corrente elétrica - por exemplo. Normalmente dispositivos analógicos fazem com que a intensidade ou voltagem de uma corrente elétrica oscile. Com isso, podemos usar a amplitude, freqüência ou a fase da variação para transmitirmos dados. Também podemos usar todas estas coisas juntas. A comunicação analógica é utilizada em telefones fixos, celulares, modems, aparelhos de fax, TVs à cabo, rádio e outros. Sinal Digital: 1) Nível Alto, 2)Nível Baixo, 3 e 4) Sinal indeterminado A comunicação digital refere-se à dispositivos que usam para transmitir dados um sinal físico que pode assumir um número finito de estados. A maioria destas transmissões é binária (logo, só pode transmitir 0s e 1s) e utiliza voltagens entre -5 e -15 V para transmitir um 0 e voltagens entre 5 e 15 V para transmitir 1. Com exemplo de comunicação digital podemos citar qualquer comunicação envolvendo dois computadores. Medidas de desempenho de um canal de comunicação 10 Medidas de desempenho de um canal de comunicação Largura de Banda Esta medida representa a quantidade de sinais que podem ser transportados por um canal. Nas comunicações analógicas, o seu valor é a diferença entre a freqüência mais alta e baixa que pode ser transportada por um canal. Quanto maior a faixa de freqüências, mais intervalos de freqüência podem ser alocados para representar dados. Largura de Banda (Hz) = Freqüência_Mais_Alta (Hz) - Freqüência_mais_Baixa (Hz) Como exemplo de cálculo de largura de banda em comunicação analógica, podemos citar linhas típicas para transmitir a voz usadas por celulares 1G e telefones convencionais. Este tipo de linha é capaz de transmitir freqüências entre 300 Hz 3 3.300 Hz (o mínimo necessário para transmitir a voz humana). Logo, sua largura de banda é de 3.000 Hz, ou 3 KHz, ou ainda 0,003 MHz. Abaixo você confere uma tabela com alguns valores de Largura de Banda: Comunicação Largura de Banda (MHz) Celulares 1G 0,03 Celulares 2G 0,03 a 0,2 Celulares 3G 1,25 a 5 Celulares 4G 20 Conexões Wi-Fi 20 Já em comunicações digitais, a largura de banda é a quantidade de bits que podem ser transmitidas em um único segundo. Abaixo você confere a largura de banda de algumas comunicações digitais: Comunicação Largura de Banda (Kb/s) Modem 56K 7 USB 1.0 192 USB 2.0 61.440 Taxa Baud A taxa Baud representa a velocidade do sinal. Se um canal se comunica à uma taxa de 300 baud, isso significa que a taxa de sinais do canal está mudando 300 vezes em cada segundo. Entretanto, deve-se notar que a taxa baud, embora também sirva para representar a velocidade de transmissão, ela não é a mesma coisa que a quantidade de bits transmitida em um segundo. Dependendo do método de comunicação usado, cada sinal pode transmitir tanto menos como mais informação que um único bit. Medidas de desempenho de um canal de comunicação 11 Capacidade de Fluxo A Largura de Banda vista acima representa a capacidade máxima de um meio transmitir dados. Entretanto, na prática, ele jamais irá transmitir usando a sua velocidade máxima. Existem muitos fatores que diminuem sua velocidade como a quantidade de tráfego, interferência, etc. A medida mais exata da quantidade de dados que um meio transmite em um intervalo de tempo chama-se Capacidade de Fluxo. Uma das coisas que pode limitar bastante uma rede é o ruído elétrico. Este, pode ter causas naturais (calor, radiação cósmica de fundo) ou a presença de outros equipamentos (transformadores de lâmpadas fluorescentes, dispositivos elétricos, de iluminação ou motores). ruídos podem aumentar ou diminuir a voltagem de uma mensagem e isso pode torná-la ilegível. Uma forma de estimar a quantidade máxima de dados de um canal analógico é o Limite de Shannon, dado pela seguinte fórmula: Na fórmula, TDM é a taxa de dados máxima dada em bytes por segundo; B é a largura de banda dada em Hz, S é a força do sinal dada em decibéis e R é a força do ruído também dada em decibéis. Exemplo: Sabendo que uma linha telefônica comum possui uma largura de banda de 3.000 Hz e que a razão entre o sinal e o ruído é de aproximadamente 1000, qual é a taxa de dados máxima que podemos conseguir transmitindo dados pela linha telefônica? Resposta: Isso é aproximadamente 30.000 bps. Isso significa que utilizando modems para estabelecer conexões discadas, o valor máximo possível de ser alcançado é aproximadamente este. De fato, a velocidade máxima que modems analógicos convencionais já conseguiram alcançar é 33.600 bps devido ao limite de Shannon. Entretanto, para superar esta velocidade, os projetistas começaram a criar conexões híbridas analógicas e digitais. Foi isso que permitiu o surgimento de modems de até 56.000 bps. Métodos de multiplexação 12 Métodos de multiplexação Multiplexação é uma técnica utilizada para permitir que mais de uma mensagem ocupe o mesmo meio de transporte. Ela é usada tanto em redes de computadores, em linhas telefônicas e no envio de telegramas. Se não fosse por esta técnica, as redes seriam coisas muito mais caras e possivelmente tecnologias como os aparelhos de telefones e celulares nunca teriam se popularizado. O desenvolvimento de técnicas de multiplexação foi um dos principais fatores que levaram ao barateamento dos celulares nos últimos anos. A grande vantagem da multiplexação é permitir que muitos nós se comuniquem simultaneamente pelo mesmo meio. A desvantagem é que é preciso posteriormente filtrar os sinais enviados para conseguir identificar a mensagem de cada usuário. O aparelho ou programa que realiza a multiplexação chama-se multiplexador. O aparelho ou programa que faz a filtragem das informações enviadas chama-se demultiplexador. Multiplexação por Divisão de Freqüência (FDM - Frequency Division Multiplexing) Este tipo de Multiplexação funciona alocando para cada tipo de dado uma faixa de freqüência do meio de transmissão. Este tipo de multiplexação é usado por emissoras de televisão que usam freqüências diferentes para enviar o vídeo, as cores e o áudio no mesmo canal; internet ADSL que utilizam uma faixa de freqüências não utilizadas pela voz nas linhas telefônicas para transmitir dados, companhias de TV à cabo que podem aproveitar o mesmo cabo que envia as imagens para a televisão para transmitir também serviço de internet e telefone e por estações de rádio que separam os seus canais de rádio uns dos outros fazendo com que cada um utilize uma faixa de freqüência diferente. Multiplexação por Divisão de Tempo (TDM - Time Division Multiplexing) Animação de um multiplexador por divisão de tempo em ação. Neste tipo de multiplexação, cada tipo de dado possui um determinado período detempo para transmitir os seus dados. Por exemplo, se os nós A, B e C usam um cabo para transmitir dados, podemos fazer com que a cada segundo o cabo transporte dados de um nó diferente. Enquanto um transmite dados, os outros devem aguardar a sua vez de transmitir. O grande problema deste tipo de multiplexação é que caso um dos nós não queira transmitir nada pela rede, o tempo do cabo destinado à ele acaba sendo desperdiçado. Este tipo de multiplexação é recomendado quando o acesso à rede pelos nós é freqüente. Como exemplo de uso deste tipo de multiplexação, pode-se citar os celulares GSM que além de usarem a Multiplexação por Divisão de Tempo, usam também a Multiplexação por Divisão de Freqüência. Métodos de multiplexação 13 Multiplexação Estatística É uma versão mais complexa da Multiplexação por Divisão de Tempo. Nela, cada nó que envia dados pelo cabo também possui um tempo reservado para enviar dados. Entretanto, caso o nó não queira enviar nada naquele momento, o tempo reservado para ele não é desperdiçado, pois o seu tempo é cedido então para o próximo nó da fila. A vantagem desta multiplexação é que ela permite que um número muito maior de nós ocupem o mesmo cabo desde que cada um deles não fique o tempo todo usando a rede. A desvantagem é que informações adicionais precisam ser enviadas para a rede para que seja possível descobrir se o nó está transmitindo ou não. Ao contrário do TDM, eu não sei o momento no qual cada nó estará utilizando a rede. Por esta razão, as vantagens da Multiplexação Estatística desaparecem quando todos os nós usam a rede muito freqüentemente. Esta multiplexação é comum em redes de computadores. Multiplexação por Divisão de Amplitude Nele, cada tipo de dados é enviado em uma amplitude de onda diferente. É o método utilizado para enviar dados em fibras óticas. Multiplexação por Acesso a Demanda (DAM - Demand Access Multiplexing) Neste tipo de multiplexação, é preciso que haja algum tipo de equipamento ou programa que controle a rede atuando como um "coordenador de tráfego". Toda vez que dois nós desejam se comunicar, o controlador associa à cada um deles uma freqüência diferente. Quando a comunicação se encerra, as freqüências usadas são desalocadas e podem ser usadas por nós diferentes que quiserem se comunicar. Esta multiplexação é muito importante para as comunicações via celulares. Acesso Múltiplo por Divisão de Código (CDMA - Code Division Multiple Access) Nesta multiplexação, cada um dos nós pode se comunicar exatamente ao mesmo tempo e utilizando as mesmas freqüências. Isso só é possível porque cada nó se comunica utilizando uma codificação diferente. Cada nó precisa se comunicar de modo que quando eles enviam mensagens ao mesmo tempo pela linha, a mensagem resultante da mistura de todas as outras sempre será diferente para cada combinação possível de mensagens enviadas simultaneamente. Fazendo uma analogia, quando temos duas pessoas em uma sala e queremos ouvir o que elas tem a dizer, podemos pedir para que uma fale com voz grave e a outra com voz aguda (FDM), ou para que elas não falem ao mesmo tempo (TDM) ou que cada uma delas se comunique em um idioma diferente (CDMA). Esta tecnologia é usada pelos celulares de terceira geração. Atualmente é possível fazer com que até 32 nós diferentes se comuniquem usando o mesmo cabo por meio desta tecnologia. Métodos de multiplexação 14 Multiplexação por Divisão Ortogonal de freqüência (OFDM - Orthogonal Frequency Division Multiplexing) Ela ocorre de forma semelhante à Multiplexação por Divisão de Freqüência. Entretanto, ela usa propriedades de ondas de forma a dividir cada canal de freqüência em dezenas ou milhares de sub-canais diferentes. Com isso, o sinal fica ainda mais resistente à interferências, atenuação devido à distância e além disso, ele fica muito mais fácil de ser posteriormente filtrado. Esta multiplexação foi desenvolvida pelos Estados unidos nos anos 60 durante a Guerra do Vietnam. A tecnologia é usada por emissoras de televisão e rádio digitais na Europa além de diversos outros aparelhos. Métodos de chaveamento O chaveamento (também chamado de comutação) é o processo de vincular um emissor à um receptor. O chaveamento ocorre por meio de chaves que utilizam critérios pré-determinados para definir o caminho percorrido pela mensagem na rede. Assim como a multiplexação, o chaveamento também é uma estratégia para fazer com que vários usuários compartilhes os recursos da rede. Entretanto, o chaveamento não faz com que duas ou mais mensagens sejam misturadas. Chaveamento por Circuito Exemplo de rede chaveada por circuito. Primeiramente dois pares de telefones estão se comunicando. Em um outro momento, temos apenas um par se comunicando e utilizando um caminho diferente. Em uma rede chaveada por circuito, um percurso entre a origem dos dados e o destino é estabelecido. Uma vez que isso ocorra, aquele percurso passa a ser utilizado somente para transmitir dados entre a origem e o destino. Ninguém mais poderá utilizar aquele caminho. Um exemplo de rede chaveada desta maneira é o sistema de telefonia fixa. Quando um telefone estabelece comunicação com o outro, um circuito físico é estabelecido entre eles e é mantido enquanto durar a ligação. Somente quando a ligação terminar, o circuito é desfeito e o caminho pode ser utilizado por outras ligações. A vantagem do chaveamento por circuito é que a largura de banda sempre se mantém enquanto durar a transmissão e a sua capacidade nunca diminui. A sua grande desvantagem é que este é um tipo de chaveamento mais caro e no qual os canais não utilizados na comunicação são desperdiçados. Chaveamento por Pacotes Exemplo de rede chaveada por pacotes. Nas redes chaveadas por pacotes, cada mensagem enviada é subdividida em mensagens menores chamadas pacotes. Um pacote é a menor unidade de dados que pode ser transmitida na rede. Cada pacote faz um caminho diferente até chegar até o seu destino. Desta forma, em um único circuito físico pode ocorrer a comunicação entre múltiplos nós. Uma conseqüência do chaveamento por pacotes é que como cada pacote toma um caminho diferente, eles acabam chegando sempre fora Métodos de chaveamento 15 de ordem e é necessário que o nó de destino organize os pacotes assim que eles chegarem antes de poder ler a mensagem. Além disso, a velocidade pela qual os dados são transferidos varia de acordo com o tráfego, podemos fazer com que um nó mande mensagens para mais de um destinatário simultaneamente e as redes deste tipo são mais baratas do que as chaveadas por circuito. Um exemplo de uma rede chaveada por pacotes é a Internet. Como representar dados em sinais analógicos Como vimos, são exemplos de transmissão de dados em sinais analógicos os sinais telefônicos, de rádio, de aparelhos de fax e de televisores. Se desejamos enviar através destes meios analógicos sinais digitais, precisamos utilizar um aparelho chamado modem (modulador-demodulador). O que um modem faz é justamente transformar sinais digitais em analógicos. Por outro lado, caso desejemos transformar uma onda analógica em digital, precisaremos colher amostras regulares do estado de onda. Estas amostras precisam ser coletadas com uma freqüência no mínimo igual ao dobro da freqüência mais alta da onda para que possamos representar a onda de forma fiel. Para enviarmos dados por meio de ondas analógicas, precisamos fazer alterações em uma destas coisas na onda (propriedades): amplitude (é a sua intensidade), freqüência (número de oscilações por segundo) e fase (atraso temporário do fluxo natural de uma onda). Veremos agora como a alteração destas propriedades interfere em uma onda: Chave de Desvio de Amplitude (ASK - Amplitude-Shift Keying) Neste tipo de comunicação, o que é utilizado para codificar as mensagens é a amplitude da onda analógica. Ou seja, para se representar o 0 é utilizada uma amplitude e para se representar o1, utiliza-se uma segunda amplitude. Por exemplo, para representar um 0, podemos utilizar a onda dada pela função sen(x) e para representar um 1, utilizamos uma onda dada pela função 5*sen(x). Perceba que as duas ondas não possuem freqüências diferentes, elas variam apenas na amplitude. Como representar dados em sinais analógicos 16 Chave de Desvio de Freqüência (FSK - Frequency-Shift Keying) Neste tipo de codificação, utilizamos a frequência da onda para transmitirmos nossas mensagens.A amplitude se mantém frequente. Uma dada frequência pode ser utilizada para transmitir um 0 e outra pode ser usada para transmitir um 1. Ao lado, vemos um exemplo de FSK. A primeira onda é digital e está transmitindo a mensagem 1010. A segunda é uma onda analógica que não sofreu alterações e a terceira é uma onda analógica alterada para transmitir a mensagem 1010 por meio da chave FSK. Chave de Desvio de Fase (PSK - Phase-Shift Keying) Nesta codificação, utilizamos a fase da oscilação da onda para transmitir dados. Ou seja, para transmitir dados, nós fazemos eventualmente alterações bruscas no ângulo do movimento da onda. Como podemos mudar o ângulo do movimento da onda de várias formas diferentes, este tipo de transmissão de dados nos permite enviar mais do que apenas um único bit para cada mudança do sinal, dependendo da nossa precisão ao mudar o ângulo da onda. Se for possível mudar o ângulo de quatro formas diferentes (0, 90, 180 e 270 graus), então podemos transmitir dois bits de cada vez totalizando quatro tipos de dados diferentes para cada fase (00, 01, 10 e 11). Se por outro lado, conseguirmos uma precisão ainda maior e pudermos mudar o ângulo de 8 formas diferentes (0, 45, 90, 135, 180, 225, 270 e 315 graus), poderemos transmitir 3 bits para cada mudança de sinal. Abaixo você pode ver a imagem de uma onda analógica transmitindo o sinal 101011. Perceba que a cada sinal transmitido, caso a onda esteja começando seu movimento de baixo, isso representa um 1 e caso esteja começando de cima, isso representa um 0. Modulação de Amplitude de Quadratura Este tipo de modulação é uma mistura da Chave de Desvio de Fase e da Chave de Desvio de Amplitude. Nela, podemos produzir ao todo 8 tipos diferentes de fase mais dois tipos diferente de amplitude para podermos transmitir ao todo 16 mudanças de sinal diferentes. Como representar dados em sinais digitais 17 Como representar dados em sinais digitais Veremos agora quais são as principais formas utilizadas para se representar dados por meio de sinais digitais. Não Retorno a o Zero (NRZ - Non-Return to Zero) Esta é o tipo de codificação mais simples. Por meio dela, nós apenas representamos um 1 por meio de um sinal alto e um 0 por meio de um sinal baixo: A desvantagem deste tipo de codificação é que nós podemos ter que enviar sinais repetitivos como "1111111111111..." ou "000000000...". Caso nós não mudemos o sinal enviado digitalmente para "alto" e "baixo" por muito tempo, corremos o risco de perdermos a sincronia. Se isso ocorrer, as mensagens deixarão de ser compreendidas pelo nó de destino. Não Retorno a o Zero Invertido (NRZI - Non-Return to Zero Inverted) Nesta codificação, para transmitir um "0", nós mantemos o sinal como está e para transmitir um "1", nós invertemos o sinal. É comum que na prática a cada 4 bits transmitidos por meio do NRZI, seja enviado um bit lógico "1" para que não ocorra uma perda de sincronia caso estejamos transmitindo muitos zeros. Abaixo, vemos um exemplo de transmissão NRZI: Codificação de Manchester Segundo Tanenbaum, em seu livro Redes de Computadores Quarta Edição, neste tipo de codificação, representamos um "1" por um sinal baixo que sobe e "0" por um sinal alto que desce. Esta codificação é usada em redes Ethernet/802.3. A sua principal vantagem é a facilidade de se recuperar erros. Mesmo que parte da transmissão se perca, ainda assim é fácil detectar qual foi o sinal enviado. Abaixo, você vê um exemplo de dados sendo enviado pela Codificação de Manchester: Como representar dados em sinais digitais 18 Codificação de Manchester Diferencial Ao contrário da Codificação de Manchester que nos permite saber qual é o sinal enviado simplesmente acompanhando uma transição, a Codificação de Manchester Diferencial é um pouco mais complexa. Para descobrirmos no Manchester Diferencial qual é o sinal transmitido, precisamos saber também qual era o estado anterior do sinal. Um "1" é representado fazendo a primeira metade do sinal igual à última metade do sinal anterior e um "0" é representado fazendo a primeira metade do sinal ser diferente da segunda metade do sinal anterior. Ou, em outras palavras, se no começo do sinal houve mudança de sinal, é 0 e se não houve, é 1. Perceba que mesmo que o sinal seja invertido, por meio desta codificação, os nós poderão se comunicar sem problemas. Afinal, o que importa é a transição, não a polaridade. Abaixo vemos um exemplo de transmissão via Manchester Diferencial: Inversão de Sinal Alternada (AMI - Alternated Mark Inversion) Por meio desta codificação, representamos um 0 como um sinal de 0 volts e um 1 ora com uma voltagem positiva e ora com voltagem negativa. Abaixo vemos uma transmissão AMI: O modelo OSI 19 O modelo OSI Introdução à Arquitetura de Redes e ao Modelo OSI Uma comparação das camadas OSI com o serviço de correios. Redes de Processadores são estruturas bastante complexas que para funcionarem, precisam que os seus diversos componentes funcionem de forma sincronizada e colaborativa. Entretanto, se cada fabricante de hardware e software para redes fizer com que seus produtos tratem a rede de forma diferente, torna-se impossível fazer com que os diversos produtos interajam entre si. Para que redes de processadores tornarem-se possíveis, era preciso desenvolver uma arquitetura de redes - uma estrutura lógica e formal que especifica como os diversos componentes devem se comunicar entre si. Para isso, existem vários tipos de arquiteturas diferentes como o Modelo OSI, feito pela ISO, a SNA feita pela IBM, a DNA feita pela Digital Equipment Corporation e o Modelo TCP/IP. Iremos falar agora sobre o Modelo ISO. Embora na prática este modelo seja bem menos usado que o TCP/IP, o Modelo OSI costuma ser bastante estudado por motivos didáticos e é um ótimo ponto de partida para se compreender melhor como funcionam redes de computadores. Além disso, embora ele não seja muito usado, ele teve um impacto muito grande nas redes, inclusive no Modelo TCP/IP que é o mais usado. Ainda hoje, é comum que projetistas de rede usem o modelo OSI como um modelo teórico para auxiliar no desenvolvimento de redes e arquiteturas. Uma das características mais úteis do Modelo OSI é a subdivisão da arquitetura de redes em diferentes camadas. Essa abstração é algo que facilita a compreensão do funcionamento das redes. Assim como na programação é mais fácil resolver um problema complexo dividindo-o em problemas menores e criando funções específicas para os problemas menores, também é mais fácil criar uma arquitetura de rede coerente separando a rede em diversas camadas menores que podem ser projetadas de forma independente das demais. O modelo OSI 20 As Camadas OSI O Modelo OSI possui ao todo 7 camadas: a Camada Física, Camada de Enlace de Dados, Camada de Rede, Camada de Transporte, Camada de Sessão, Camada de Apresentação e Camada de Aplicação. Vamos ver agora uma explicação resumida da utilidade de cada camada. A Camada Física é responsável por transferir os bits por meio de ligações. Ela cuida de questões como o tipo de cabo em uso e como é feita a conexão entre o cabo e a máquina. A Camada de Enlace de Dados é responsável por organizar os dados recebidos, colocando-os na ordem correta, detectando e talvez corrigindo eventuais erros de transmissões. A Camada de Rede cuida do estabelecimento de rotas e do chaveamento dos dados ao longo da rede.A Camada de Transporte é responsável por quebrar a mensagem em pacotes menores para que ela seja transmitida. Também é responsável por depois montar os diversos pacotes em uma única mensagem posteriormente. A Camada de Sessão cuida das regras de comunicação entre os nós que estão trocando mensagens. Ela verifica quando é possível ou não mandar dados e também sabe que tipo de comunicação os nós possuem (simplex, duplex, semi-duplex). A Camada de Apresentação é responsável por formatar e estruturar os dados de uma forma que eles possam ser entendidos por outra máquina. Ela cuida da criptografia se necessário. A Camada de Aplicação é responsável por cuidar das informações que chegam pela rede para cada programa de computador que está sendo usado no computador. Exemplo de Troca de Mensagens por Meio do Modelo OSI Supondo que uma rede possua três máquinas: A, B e C. A rede utiliza o Modelo OSI e o usuário da máquina A está usando um programa de computador para mandar uma mensagem para a máquina C. As máquinas estão dispostas da seguinte forma: A ----- B ----- C Para que isso ocorra, o trabalho que cada camada faz é o seguinte: A lista de todas as camadas OSI. •• A Camada de Aplicação da Máquina A identifica a mensagem produzida pelo programa de computador usado pelo usuário e passa-a para a Camada de Apresentação. •• A Camada de Apresentação da máquina A criptografa a mensagem para que ela não possa ser interceptada ao longo do caminho a ser percorrido. Ela também pode alterar a mensagem de forma que ela se torne mais legível do outro lado. •• A Camada de Sessão identifica o tipo de comunicação que estamos tendo com outra máquina e passa esta informação para a Camada de Transporte. •• A Camada de Transporte quebra a mensagem em vários pacotes maiores e inclui em cada um deles um cabeçalho e um rodapé com informações para que eles sejam montados na ordem certa depois. •• A Camada de Rede inclui um Cabeçalho em cada um dos pacotes para identificar qual máquina está enviando a mensagem e qual máquina é a destinatária. •• A Camada de Enlace inclui na mensagem uma série de informações que posteriormente poderão ser usadas para descobrir se a mensagem recebida está intacta ou foi danificada durante o percurso. •• Finalmente, a Camada Física da Máquina A transporta cada um dos pacotes pela rede. Mas a Camada Física não sabe para quem é a mensagem. Ela simplesmente passa ela para a máquina B que é a próxima máquina da rede. A Camada Física da Máquina B recebe os vários pacotes da mensagem e passa-os para a Camada de Enlace da O modelo OSI 21 Máquina B. •• A Camada de Enlace da Máquina B analisa cada pacote para descobrir se ele está intacto ou se durante o caminho ele foi danificado. Assumindo que o pacote recebido está intacto, ele é passado para a Camada de Rede da Máquina B. •• A Camada de Rede da Máquina B olha o endereçamento do pacote e percebe que a Máquina B não é a destinatária deste pacote. Por isso, ele devolve o pacote para a Camada de Enlace da Máquina B. •• A Camada de Enlace da Máquina B coloca novamente as informações no pacote que posteriormente serão usadas para avaliar se o pacote está intacto. •• A Camada Física da Máquina B passa o pacote para a Camada Física da máquina C. •• A camada de Enlace da Máquina C analisa a sanidade do pacote. Se ele estiver danificado e não for possível consertá-lo, ela pede que este seja retransmitido. Caso contrário, ela passa o pacote para a Camada de Rede da Máquina C. •• A Camada de Rede da Máquina C percebe que o pacote recebido é para a Máquina C. Por isso, ela passa o pacote para a Camada de Transporte. •• A Camada de Transporte da Máquina C guarda o pacote e espera que todos os outros pacotes que formam a mensagem cheguem. Quando todos terminam de chegar, esta camada monta todos eles na ordem correta formando novamente uma única mensagem. Ela passa a mensagem inteira para a Camada de Sessão. •• A Camada de Sessão passa a mensagem para a Camada de Apresentação. •• A Camada de Apresentação de C descriptografa a mensagem recebida e passa o resultado para a Camada de Aplicação de C. •• A Camada de Aplicação de C passa a mensagem para o programa de computador adequado para que este mostre para o usuário que ele recebeu uma mensagem de A. Apesar do Modelo ISO não ser muito usado, o Modelo TCP/IP utilizado para transmitir dados pela internet, funciona de uma maneira bastante parecida. A principal diferença é que a Camada de Apresentação não existe e quem faz o seu papel é a Camada de Aplicação e que além disso, as Camadas de Sessão e Transporte foram substituídas por uma única camada chamada Camada TCP. No modelo TCP/IP, a Camada de Rede é chamada de Camada de IP. Fora isso, a lógica utilizada para transmitir os pacotes é a mesma. Tipos de cabo 22 Tipos de cabo Os seguintes tipos de cabo são os mais comuns nos diversos tipos de rede que utilizam cabos: Cabo Par-Trançado Um cabo par-trançado. Um cabo ethernet que usa cabos par-trançado. O cabeamento por par trançado é um tipo de fiação na qual dois condutores são entrançados um ao redor do outro para cancelar interferências eletromagnéticas de fontes externas e interferências mútuas. A taxa de transmissão de cabos par-trançado pode variar entre 300 e 115.000 bps. Devem existir pelo menos dois pares de fios internos à este cabo: um para enviar e outro para receber dados. Ele é provavelmente o cabo mais popular usado em redes atualmente. As vantagens dos cabos par-trançado são a sua flexibilidade, que permite que eles possam ser dobrados, o fato deles serem pequenos e baratos. Existem várias categorias de cabos par-trançado. A descrição de cada uma destas categorias encontra-se na tabela abaixo: Categoria Descrição Categoria 1 Utilizada na fiação de rádios e telefones. Ela serve para transportar voz. É inadequada para transportar outros tipos de dados. Categoria 2 Pode ser utilizada para transportar voz e dados em baixa velocidade. Sua velocidade máxima é de 4 Mbps. Categoria 3 Transmite tanto voz como dados. Pode chegar à uma velocidade de até 10 Mbps. Pode ser usada em redes Ethernet, Fast Ethernet e Token Ring. Categoria 4 Tem a mesma utilidade dos cabos da categoria 3, mas sua velocidade chega a 20 Mbps. Categoria 5 Pode ser usado em redes Ethernet, Fast Ethernet, Gigabit Ethernet, Token Ring e ATM. Sua velociade chega a 155 Mbps. Categoria 5e Igual à categoria 5, mas com um processo de fabricação refinado. Ela tem a mesma velocidade, mas suporta uma freqüência maior. Categoria 6 Ainda não padronizada. Mas deverá suportar velocidades de até 1.000 Mbps. Assim como podem ser classificados em diferentes categorias, os cabos par trançado também se subdividem em Cabos Par Trançado Blindados (também chamados de STP - Shielded Twisted-Pair) e Não-Blindados (também chamados de UTP - Unshielded Twisted-Pair). Os cabos blindados possuem uma proteção maior contra interferência externa por possuírem uma camada de blindagem ao redos do fio de cobre condutor que transmite os sinais. Entretanto, eles são mais caros. Tipos de cabo 23 Cabo Coaxial Cabo Coaxial. A: Revestimento de plástico externo. B: Tela de cobre. C: Isolador dielétrico de cobre. D: Núcleo de cobre. Um cabo coaxial é um tipo de cabo constituído por diversas camadas concêntricas de condutores e isolantes. Ele é o tipo de cabo utilizado para levar até a televisão o sinal de TV à cabo. Entretanto, do ponto de vista elétrico, um cabo coaxial projetado para ser usado em redes de computadores é diferente do cabo coaxial usado por TVs à cabo. O cabo coaxial é dividido em dois tipos: cabo coaxial fino (thinnet) ou cabo coaxial 10Base2, e cabo coaxial grosso (thicknet) ou cabo coaxial 10Base5. Hoje em dia, o cabo grosso já quase não é mais utilizado. O cabo fino é utilizado na "Thin Ethernet". A sua velocidade máxima de transmissão é de 10 Mbps. Agrande vantagem deste tipo de cabo é a sua resistência à interferências elétricas. A malha de metal que recobre este cabo cria uma Gaiola de Faraday que protege os dados de fontes de interferência externa. Cabo de Fibra Óptica Fibra óptica Estes cabos transmitem os dados em forma de luz, e não de eletricidade. Existem dois tipos principais de cabos de fibra óptica: as fibras de modo múltiplo e as fibras de modo simples. Os cabos de modo múltiplo (ou multi-modais) são aqueles que possuem diâmetro entre 50 e 100 micrometros (um micrometro é um milésimo de milímetro). Por terem um diâmetro relativamente grande, os raios de luz não fazem dentro dele um caminho em linha reta. A luz é continuamente refletida pela parede interna do cabo. Com isso, existem alguns feixes de luz que fazem um percurso menor e outros que são mais refletidos e com isso fazem um percurso maior. Isso gera uma maior dispersão da luz, o que causa distorção do sinal. Tipos de cabo 24 Tipos de Fibra Óptica. As duas de cima são multimodais e a de baixo é monomodal. Já as fibras de modo simples são mais caras e mais finas. Elas medem apenas algo entre 7 e 9 micrometros. Por serem tão finas, os raios de luz percorrem a fibra em linha reta e isso torna este tipo de fibra mais rápida e sem problemas de distorção de sinal. Deve-se lembrar que nem sempre o mais sábio é optar pelo tipo de transmissão mais rápido. Em curtas distâncias, a diferença de velocidade entre uma fibra óptica multimodal e monomodal é praticamente imperceptível. A diferença só costuma ser notada em cabos que atravessam longas distâncias (algo como uma rede que conecta vários nós dispersos ao longo do país). Portanto, se em um projeto uma pessoa for montar uma rede típica em um edifício ou campus universitário utilizando cabos de fibra óptica, o mais sábio é optar pela mais barata (no caso, a multimodal). Também existe a subdivisão de fibras ópticas em fibras graduais e de passo. As primeiras refletem as ondas de luz oscilam de uma maneira mais "arredondada". Ou seja, o percurso que a luz faz dentro da fibra assemelha-se ao de várias curvas arredondadas como as de um "S". Elas são ideais para fibras de modo múltiplo, poi isso diminui a dispersão das ondas de luz. Já as fibras de passo refletem as ondas de forma brusca de modo que a trajetória delas passa por várias mudanças repentinas de direção, como as que formam a letra "Z". Essa característica é ideal para fibras monomodais. A grande vantagem do uso de fibras ópticas é a sua grande velocidade, imunidade à interferência eletromagnética e outras fontes de ruído, tem peso e diâmetro menor. A grande desvantagem de fibras ópticas é o seu maior custo e a maior fragilidade dos cabos. Características elétricas de um cabo Para entender melhor as várias variáveis envolvidas na qualidade de um cabo elétrico, é preciso entender melhor alguns dos conceitos envolvidos na transmissão de dados via eletricidade. Atenuação À medida que um sinal percorre um cabo, ele começa a perder força. À isso damos o nome de atenuação. Dentre os cabos vistos na sessão anterior, os cabos par trançado são os que apresentam maior atenuação, seguido pelo cabo coaxial e pela fibra óptica. Outra coisa que afeta a atenuação é a distância percorrida. Quanto maior a distância, maior a atenuação. A unidade de medida utilizada para quantificar o grau de atenuação é o decibel. Quanto maior o valor em decibéis de uma atenuação, maior é a perda de força do sinal. Capacitância Embora seja comum representar ondas digitais como ondas "quadradas" que possuem ângulos de 90 graus, na prática a passagem de sinal de "0" para "1" e de "1" para "0" não ocorre de forma instantânea. Existe um intervalo de tempo no qual o sinal fica ambíguo por estar em um estado intermediário. Por isso, na verdade as ondas digitais não são "quadradas", elas são ligeiramente arredondadas. O nome dado à essa distorção das ondas digitais é capacitância. Quanto maior a capacitância, maior a distorção da onda digital. Assim como a Atenuação, a Capacitância também aumenta com a distância. Ela aumenta tanto que não podem existir cabos par trançado com mais de 100 metros, pois se isso ocorrer, o nó não transmitirá corretamente o que é "0" e o que é "1". A capacitância também é um dos motivos pelos quais costuma-se usar apenas dois tipos de sinais nas transmissões. Ao invés de apenas 0 e 1, seria possível enviar uma maior quantidade de sinais. Entretanto, uma Características elétricas de um cabo 25 das coisas que impede isso é a capacitância. Quanto mais sinais enviamos, menor deve ser a capacitância para que os dados sejam corretamente interpretados. Logo, teríamos limitações de distância muito maiores e maior probabilidade de não entendermos os dados. Indutância A indutância é a medida do "esforço" necessário para mudarmos a quantidade de corrente fluindo pelo circuito. Fazendo uma analogia com a mecânica, podemos considerar a indutância como equivalente à inércia de uma corrente elétrica. Impedância A Impedância é um valor importante para cabos de uma rede. Ela na verdade é o resultado de uma função que envolve capacitância, indutância e resistência. A impedância de um cabo é medido em ohms (cujo símbolo é Ω). Misturar cabos com diferentes valores de impedância é algo que pode diminuir a velocidade de uma rede, pois isso promove a distorção de sinal. Redes de Token Ring costumam usar equipamentos com 150 Ω de impedância e redes de par trançado Ethernet/802.3 precisam de equipamentos cuja impedância esteja entre 85 e 111Ω. Resistência A resistência é algo que depende do material usado para conduzir a corrente elétrica e também aumenta com a distância. Ela é uma força de oposição à passagem da corrente. Se ela for muito alta, a corrente elétrica nem mesmo é conduzida. A comunicação sem fio Esta parte do livro falará agora sobre como é a Camada Física quando nós escolhemos passar os dados pelo ar, e não por meio de fios e cabos. Falaremos sobre transmissão de rádio, infravermelho e transmissões por meio da luz. Transmissão por Rádio Transmissão de rádio é qualquer uma que utiliza como meio ondas eletromagnéticas em uma freqüência entre 3 Hz até 300 GHz. Existem vários tipos de ondas de rádio classificadas de acordo com a sua freqüência. Você pode vê-las na tabela abaixo: Nome Símbolo Alcance Comprimento de onda Aplicações Freqüência Extremamente Baixa ELF 3 a 30 Hz 10,000 km a 100,000 km Usado na comunicação com submarinos. Freqüência Super Baixa SLF 30 a 300 Hz 1,000 km a 10,000 km - Freqüência Ultra Baixa ULF 300 Hz a 3 kHz 100 a 1000 km Usado na comunicação com minas. Freqüência Muito Baixa VLF 3 to 30 kHz 10 a 100 km - Freqüência Baixa LF 30 a 300 kHz 1 a 10 km Usado em transmissões de dados internacionais, torres de rádio de auxílio de navegação e rádio em alguns países. A comunicação sem fio 26 Freqüência Média MF 300 a 3000 kHz 100 m a 1 km Usado por torres de auxílio de navegação, rádios AM e comunicações marítimas e aéreas. Freqüência Alta HF 3 a 30 MHz 10 a 100 m Usada por rádios HM Freqüência Muito Alta VHF 30 a 300 MHz 1 a 10 m Usada por rádios FM, aviação e televisão. Freqüência Ultra Alta UHF 300 a 3000 MHz 10 a 100 cm Usada por televisão aberta, aparelhos celulares e redes sem fio Freqüência Super Alta SHF 3 a 30 GHz 1 a 10 cm Usada por redes sem fio e satélites. Freqüência Extremamente Alta EHF 30 a 300 GHz 1 a 10 mm Usada por comunicação por microondas presente em celulares, redes de computadores sem fio, radares, radio-astronomia e sistemas de armas avançadas. As freqüências Super Altas e Extremamente Altas que ficam entre 1 e 170 GHz são chamadas de microondas. O uso destas freqüências costuma ser controlado pelo governo. Uma das características deste tipo dee onda é que ela viaja em linha reta. Por esse motivo, o transmissor e o receptorprecisam estar apontados um para o outro. Não pode haver interferência entre um e outro. Até mesmo umidade muito alta pode comprometer o sinal. Elas são transmitidas a até 45 Km de distância. Graças à curvatura da terra, quanto maior a torre, mais longe ela transmite. Dispositivos que possuem Freqüência Muito Alta, tipicamente entre 902 e 828 MHz são aqueles que normalmente utilizam uma técnica de segurança chamada Espectro Espelhado. Essa técnica consiste em enviar o sinal sempre variando a freqüência formando um ruído proposital. Desta forma, é possível enviar uma maior quantidade de dados graças á largura de banda maior e ainda torna extremamente difícil interceptar o sinal. Esta técnica foi desenvolvida durante a Segunda Guerra Mundial com o objetivo de camuflar sinais secretos. Ondas de rádio em redes de computadores normalmente são usadas para melhorar redes já existentes que funcionam por cabos, e não para substituí-las. A desvantagem delas é que nas freqüências que podem ser usadas por redes de computadores, elas não conseguem atravessar paredes ou estruturas muito densas, a menos que a freqüência seja ampliada. Entretanto, isso reduz o alcance do sinal. Transmissão por Infravermelho A transmissão por infravermelho é uma transmissão por ondas eletromagneticas que tem uma freqüência mais alta que as Freqüências Extremamente Altas da comunicação por rádio, mas não altas o bastante para tornarem-se luz. Este tipo de onda é utilizado por vários equipamentos diferentes e até mesmo o calor do corpo humano emite ondas infravermelhas. Os controles remotos de vários aparelhos também usam infravermelho. Uma característica interessante do infravermelho é que ele pode ser transmitido de forma direta (em linha reta como um laser) ou difusa (como a luz de uma lâmpada). A comunicação sem fio 27 Transmissão por Luz A imagem acima é um exemplo de transmissão por meio da luz vermelha visível. Um alcance de até 1,4 Km pode ser obtido. Também é possível utilizar a própria luz para transmitir mensagens. Aliás, se pararmos para pensar, esta é a forma mais antiga de comunicação à distância, pois as mensagens transmitidas por sinais de fumaça usavam na verdade a luz que enviava informação sobre os padrões da fumaça. Mas falando sobre transmissões modernas por meio da luz, esta forma de comunicação é bastante usada entre satélites, por exemplo. No vácuo do espaço, a eficiência deste tipo de comunicação é idêntica à da fibra óptica. Redes de computador aqui na terra também podem usar este tipo de transmissão, embora com menor desempenho. A desvantagem deste tipo de comunicação é que muitos fatores como a luz do sol, neblina, chuva e neve podem atrapalhar a transmissão. A vantagem é que a velocidade é maior que a de microondas, a taxa de erros de transmissão é baixa e a dispersão também é relativamente baixa. Assim como a transmissão por infravermelho, ela também pode ocorrer de forma difusa ou direta. Comunicação via satélite A comunicação via satélite são aquelas que utilizam como forma de transmitir dados ondas de rádio (normalmente microondas) enviadas por satélites artificiais em órbita da Terra. Este tipo de comunicação tem a vantagem de poder estabelecer contato com navios e aviões, algo impossível de ser feito por meio de cabos. Outra vantagem é que mensagens enviadas por meio de satélites podem chegar até as regiões mais isoladas do planeta, mesmo que o local não tenha infra-estrutura de cabos. A grande desvantagem da comunicação via satélite são os seus custos elevadíssimos. Colocar em órbita um satélite artificial é algo bastante caro e além disso, o equipamento precisará de manutenções constantes. Existem empresas e organizações que alugam satélites que já estão em órbita, mas os custos são bastante altos. Esta forma de comunicação é bastante usada para enviar sinais de televisão e rádio. Com relação à sua órbita, os satélites utilizados em telecomunicações podem ser classificados do seguinte modo: Comunicação via satélite 28 Satélites Estacionários A órbita de um satélite estacionário. Este tipo de satélite fica sempre localizado acima da linha do Equador, à uma altitude de aproximadamente 36.000 Km e move-se ao redor da terra em uma velocidade idêntica à da rotação do planeta. Com isso, do ponto de vista de um observador terrestre, o satélite sempre parece estar parado no céu. A grande vantagem deste tipo de satélite é que para que o seu sinal seja captado, basta apontar a antena para o ponto certo do céu. Depois disso, não é mais necessário mudar a posição da antena e nem usar equipamentos caros para prever o movimento do satélite. A desvantagem é que como todos os satélites estacionários devem estar sobre a liha do equador à uma mesma altitude, existe um espaço limitado para colocá-los no espaço. Além disso, países que ficam localizados à uma mesma longitude podem entrar em conflito para decidir quem irá colocar um satélite para atender à sua população. Tais conflitos normalmente são julgados pela União Internacional de Telecomunicações, uma organização internacional. Satélites em Órbita Terrestre Baixa Estes são os satélites que ficam à uma altura entre 350 e 1400 km. Qualquer satélite que fique à uma altura inferior à esta seriam instáveis, pois sua velocidade sofreria interferência da atmosfera. Como satélites nesta altitude precisam de menos energia para serem enviados e para enviar dados devido à uma distância menor da Terra, manter um satélite nesta altitude é mais barato. A desvantagem é que como eles não possuem órbitas estacionárias, para manter a comuicação com um ponto da Terra, é preciso usar uma rede de satélites. Satélites Molniya Satélites deste tipo fazem uma órbita elíptica ao redor da Terra. Isso faz com que eles se movam, mas passem a maior parte do tempo em uma determinada latitude. Este tipo de satélite é usado principalmente na Rússia. Em 1967, uma rede nacional de televisão soviética foi criada e funcionava graças à satélites deste tipo. Como satélites estacionários não funcionam bem para transmitir dados para pontos muito distantes da linha do Equador, os satélites molniya são a forma mais eficiente de transmitir dados para regiões llocalizadas em latitudes altas. Satélites de Molniya são tipicamente usados para a telefonia e televisão na Rússia. Além disso, podem ser usados para sistemas de rádio móveis mesmo em latitudes menores, pois carros viajando através de áreas urbanas precisam de satélites em grandes altitudes para manterem uma boa conectividade mesmo quando próximos de construções altas. Sistema de cabeamento estruturado 29 Sistema de cabeamento estruturado Até o final dos anos 80, não existia uma padronização para como deveria ser feito o cabeamento em empresas, edifícios e campi. Naquela época, cada tipo de aplicação usava um cabo diferente. Haviam cabos específicos para transportar voz, outros transportavam dados, eletricidade, sistemas de controle e segurança. Cada aplicação também usava um tipo de cabo diferente. Uns eram coaxiais, outros eram par-trançado blindados e outros eram par trançado não blindado. Entretanto, era bastante difícil manter redes assim. Cada vez que uma tecnologia mudava e era preciso substituir uma aplicação, todos os cabos usados por ela não poderiam ser aproveitados pois novas aplicações usavam novos tipos de cabo. Para resolver este problema, em 1991, a associação EIA/TIA (Associação de Indústrias Eletrônicas / Associação de Indústrias de Telecomunicações) criou uma padronização de cabos e fios em prédios comerciais. Seu nome era EIA/TIA-568. Os padrões criados por ela são independentes de especificações de fabricantes específicos, mas mesmo assim proporcionam informações suficientes para acomodar diversos tipos de transmissões de diversos produtos e fabricantes. Chamamos qualquer sistema de cabeamento que obedece aos padrões EIA/TIA-568 de Sistema de Cabeamento estruturado. Ele é compostoao todo de seis subsistemas vistos abaixo: Entrada no Prédio Este subsistema é o ponto no qual é feita a interface entre o cabeamento interno e cabeamento externo.Ela é composta de Sala de Equipamentos Uma das partes mais importantes da rede de um prédio. Ela abriga diversos equipamentos de telecomunicações para a conectividade com outros prédios, com cada andar do prédio além de instalações de aterramento e proteção. Cabos do Tronco Principal Também chamados de Cabos Verticais. Este subsistema é composto de cabos que interconectam cabines de telecomunicações do prédio, salas de equipamento e a entrada. A topologia usada no cabo é o de uma estrela hierárquica. O cabo deve sempre ficar fora do alcance de áreas de interferência eletromagnética. Cabine de Telecomunicações É uma cabine onde os cabos terminam ou conectam-se uns com os outros.Normalmente existe uma por andar. As cabines tem ligação direta com os cabos do tronco principal. Também pode acontecer de existir apenas uma cabine próxima da entrada no prédio. Cabos Horizontais Estes cabos também tem uma topologia de estrela. Eles são um conjunto de fios que conectam a Área de Trabalho à Cabine de Telecomunicações. Sistema de cabeamento estruturado 30 Área de Trabalho A Área de Trabalho liga a tomada até os equipamentos de rede. É formada por cabos de extensão, adaptadores mais equipamentos como computadores e telefones. A sub-camada de controle de acesso à meios (MAC) A Subcamada de Acasso à Meios (também conhecida pela sigla em inglês MAC) é uma parte da Camada de Enlace de Dados responsável por estabelecer uma lógica quanto ao uso do meio de transmissão em topologias de difusão. Como vimos na primeira parte deste wikilivro, quando temos em uma rede topologia de difusão, isso significa que vários nós usam exatamente o mesmo meio para poderem enviar mensagens. Em uma topologia assim, se mais de um nó tentar enviar dados ao mesmo tempo, ocorre o que se chama de colisão. Toda vez que uma colisão ocorre, todos os dados enviados são perdidos e precisarão ser retransmitidos. O objetivo do MAC é justamente tentar evitar ao máximo as colisões, pois elas fazem com que a rede torne-se mais lenta. Para conseguir isso, existem vários protocolos que foram desenvolvidos ao longo do tempo: O Protocolo ALOHA Gráfico que representa uma colisão no Protocolo ALOHA. O Protocolo ALOHA é o mais antigo protocolo de controle de acesso à meio. Ele foi criado na década de 70 como uma experiência na qual computadores espalhados em vários campi de diferentes ilhas da Universidade do Havaí começaram a se comunicar trocando dados por meio de sinais de rádio. A rede criada passou a ser chamada de ALOHAnet e foi a primeira rede de computadores sem fio da história. O protocolo ALOHA funciona da seguinte forma: •• Se você tem dados para mandar, envie-os. •• Se ocorrer colisão, tente enviar novamente mais tarde. Uma característica original deste protocolo é que ele dividia os dados em pacotes menores e mandava eles entre um certo intervalo de tempo. Isso impedia que um único nó ficasse usando a rede sem parar impedindo que os outros também enviassem dados. Para detectar se houve ou não colisão, o nó verificava se ele conseguia ouvir a mensagem que ele mesmo havia enviado por meio de um hub central. Se ele ouvisse, ele enviava o próximo pacote. Caso contrário, era sinal de colisão e ele esperava um período de tempo aleatório para enviar de novo. Este protocolo tinha uma taxa de sucesso de envio de 18,4%. Isso significava que 81,6% da largura de banda disponível era desperdiçada por excesso de colisão. A sub-camada de controle de acesso à meios (MAC) 31 O Protocolo ALOHA Discreto O Protocolo ALOHA Discreto diminuiu as colisões. Em virtude do desempenho ruim do Protocolo ALOHA puro, foram feitas tentativas de melhorá-lo. Uma destas tentativas foi definir melhor o conceito de "mais tarde" mostrado no algoritmo acima. O Protocolo ALOHA Discreto estabeleceu que só seria permitido enviar mensagens no começo de intervalos de tempo discretos. Com esta pequena alteração, a taxa de sucesso de envio de dados subiu para 36,8%. O Protocolo CSMA Ao contrário do ALOHA, que serve para redes sem fio, o CSMA funciona apenas em redes com fio. Ele funciona da seguinte forma: primeiro é feita uma verificação para saber se o barramento está ocupado. Se ele estiver livre, a mensagem é enviada. Já se ele estiver ocupado, podem ocorrer duas coisas, dependendo da implementação do protocolo. Se a implementação for 1-Persistente CSMA, o nó continuamente monitora o barramento até que ele fique livre. Assim que ele for liberado, ele inicia a transmissão. Já se o CSMA for um Não-Persistente CSMA, se o canal está ocupado, ele não fica monitorando-o continuamente. Ele espera um intervalo de tempo aleatório e tenta novamente. O intervalo de tempo do CSMA Não-Persistente é sempre um número aleatório entre 0 e sendo "n" o número de tentativas que foram feitas até então. Entretanto, o tempo esperado nunca será maior do que 1024 unidades de tempo e na décima sexta tentativa, o nó desiste de enviar a mensagem. Ambos os protocolos - o 1-Persistente CSMA e o Não-Persistente CSMA previnem quase todas as colisões, exceto as que ocorrem quando dois nós enviam dados quase simultaneamente. Por exemplo, se o nó A e B quizerem enviar dados ao mesmo tempo, ambos irão verificar se o barramento está livre e irão descobrir que sim. Então, ambos começam a transmitir e assim ocorre a colisão. Dentre estes dois tipos de protocolo, o Não-Persistente CSMA é considerado melhor. O motivo é que fazendo com que os nós esperem um tempo aleatório diminui a probabilidade de colisão devido à nós tentarem enviar dados ao mesmo tempo. Para entender o porquê, imagine que um nó A está transmitindo e ao longo desta transmissão, B e C também passam a querer transmitir. Como eles não conseguem, eles passam a monitorar o canal até que A pare de transmitir. Quando A parar de transmitir, tanto B como C perceberão que o barramento está livre e mandarão suas mensagens simultaneamente. Com isso, temos uma colisão. Este problema é bastante minimizado quando o tempo de espera até uma segunda tentativa é definido aleatoriamente. No CSMA Não-Persistente, obtém-se cerca de 70% de sucesso na entrega de dados. O Protocolo CSMA com Detecção de Colisão (CSMA/CD) Um dos grandes prolemas do CSMA é que ele não é capaz de perceber quando ocorre uma colisão. Para sanar esta limitação, surgiu o CSMA/CD. A diferença entre o CSMA e o CSMA/CD está no que acontece quando ocorre colisão. Assim que um nó detecta colisão, ele imediatamente para de transmitir mensagens e envia um sinal de alerta que consiste em uma mensagem de 64 bytes composta apenas de "1"s. Assim que todos os nós ao longo de barramento receberem o sinal de alerta que impede que eles também tentem enviar dados, o sinal de alerta é interrompido e então os nós que desejam enviar algo esperam uma quantidade de tempo aleatória para começarem a A sub-camada de controle de acesso à meios (MAC) 32 enviar dados. A grande vantagem do CSMA/CD é que ele busca avisar todos os nós da rede que houve colisão. Então os outros nós não tentarão enviar mensagens pela rede desnecessariamente quando eles sabem que está havendo uma colisão. Graças à isso, o CSMA/CD possui uma taxa de sucesso de entrega de cerca de 92%. O CSMA/CD Não-Persistente é o protocolo mais usado em redes de computador com fio. O Protocolo CSMA com Prevenção de Colisão (CSMA/CA) Este protocolo é para redes sem fio. Ele funciona assim: o nó que deseja se comunicar com outro, pede autorização para ele enviando um sinal RTS (Request To Send). Se um nó receber um RTS e estiver livre para se comunicar, ele envia um sinal chamado CTS (Clear To Send). Somente depois de receber um CTS, um nó pode começar a transmitir dados para outro. Toda vez que um nó que não está envolvido na troca de dados percebe um
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