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Quadro da usucapia_o.xlsx

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Plan1
	Modalidade de Usucapião	Fundamento	Requisitos	Remissões	Observações
	Extraordinária	Decurso do tempo que causa a prescrição aquisitiva	a)    posse ad usucapionem;	Art 1.238, caput, C.C.
	b) decurso de 15 anos, ininterruptos e sem oposição.	BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial nº 402792 -SP. Civil. Recurso Especial. Usucapião Extraordinário. Área inferior ao módulo urbano. Lei Municipal. Vedação. Alegação de violação aos arts. 550 e 552 do CC/16. Inocorrência. In casu, como bem ressaltado no acórdão impugnado, “o imóvel que se tende usucapir não atende às normas municipais que estabelecem o módulo mínimo local, para parcelamento do solo urbano” (fls. 168/169), não constituindo o eferido imóvel, portanto, objeto legalizável, nos termos da lei municipal. Conforme evidenciado pela Prefeitura Municipal de Socorro, no Ofício de fls. 135, o módulo mínimo para o parcelamento do solo urbano daquele município é de 250m2, e o imóvel em questão possui apenas 126m2. Ora, caso se admitisse o usucapião de tal área, estar-se-ia viabilizando, de forma direta, o registro de área inferior àquela permitida pela lei daquele município. Há, portanto, vício na 
própria relação jurídica que se pretende modificar com a aquisição definitiva do imóvel. 2- Destarte, incensurável o v. acórdão recorrido (fls. 169) quando firmou que “o entendimento do pedido implicaria em ofensa a norma municipal relativa ao parcelamento do solo urbano, pela via reflexa do usucapião. Seria, com isso, legalizado o que a Lei não permite. Anotou, a propósito, o DD. Promotor de Justiça que, na Comarca de Socorro, isso vem ocorrendo “como meio de buscar legitimação de parcelamento de imóveis realizados irregularmente e clandestinamente” Relator Min. Jorge Scartezzini, 26 de outubro de 2004. Disponível em : http://www.stj.gov.br.
	Extraordinária – redução de prazo	Prazo da usucapião diminuído por ter o possuidor dado destinação que atende à função social da propriedade	a)    posse ad usucapionem;	Art 1.238, par. ún., C.C.
	b)   transcurso de 10 anos sem interrupção ou oposição;
	c)    ter o possuidor constituído sua morada habitual no imóvel, ou nele realizado obras e serviços de caráter produtivo.
	Ordinária 	Prescrição aquisitiva	a)    posse ad usucapionem;	Art 1.242, caput,C.C.
	b)   decurso de 10 anos contínuos e sem oposição;
	c)    justo título;
	d)   boa-fé
	Ordinária – redução de prazo	Prescrição aquisitiva	a)    posse ad usucapionem;	Art 1.242, par. ún., C.C.
	b)   decurso de 5 anos contínuos e sem oposição;
	c)    aquisição onerosa do imóvel ucucapiendo, com base em registro regular, posteriormente cancelado.
	d)   possuidor tenha estabelecido moradia no imóvel ou tenha realizado nele investimentos de interesse social e econômico.
	Especial Rural	Prescrição extintiva pelo fato de o proprietário não haver dado cumprimento à função social da propriedade rural e prescrição aquisitiva em benefício do possuidor que a atendeu.	a)    posse ad usucapionem;	Art. 191 C.F.
	(constitucional rural, ou	b)   transcurso de 5 anos sem interrupção;	Não é possível à pessoa jurídica.
	pro labore)	c)    área possuída de no máximo50 hectares localizada em zona rural;	art. 1.º, Lei 6.969/81(Lei da Usucapião Especial)	A morte de um dos conviventes ou do pai ou da mãe que dirige a família monoparental não prejudica o direito dos demais.
	d)   propriedade rural que se tornou produtiva pelo trabalho do possuidor ou de sua família;	Doutrina e jurisprudência tem afastado a acessio possessionis.
	e)    haver o possuidor tornado o imóvel sua moradia ou de sua família;	Art. 1.239 C.C.
	f)     não ser o possuidor proprietário de imóvel rural ou urbano.
	Sanção ao proprietário por não dar cumprimento à função social da propriedade e prescrição aquisitiva em benefício dos possuidores que a atenderam.	a)    posse ad usucapionem;	Art. 10 e ss. do Estatuto da Cidade	População de baixa renda: aquela que recebe menos que 3 salários mínimos. Nesse sentido: FRANCISCO, Caramuru Afonso. Estatuto da Cidade Comentado. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2001
	b)   transcurso de 5 anos sem interrupção e oposição;	O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo, acrescentar sua posse à de seu antecessor, contanto que ambas sejam contínuas.
	c)    área maior de 250 m²;	A usucapião especial coletiva de imóvel urbano será declarada pelo juiz, mediante sentença, a qual servirá de título para registro no cartório de registro de imóveis.
	d)   destine-se a ocupação à moradia de população posseira;	Na sentença, o juiz atribuirá igual fração ideal de terreno a cada possuidor, independentemente da dimensão do terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de acordo escrito entre os condôminos, estabelecendo frações ideais diferenciadas.
	Usucapião coletiva	e)    Sejam os possuidores de baixa renda;	O condomínio especial constituído é indivisível, não sendo passível de extinção, salvo deliberação favorável tomada por, no mínimo, dois terços dos condôminos, no caso de execução de urbanização posterior à constituição do condomínio.
	f)     Não sejam os possuidores proprietários de imóvel rural ou urbano;	As deliberações relativas à administração do condomínio especial serão tomadas por maioria de votos dos condôminos presentes, obrigando também os demais, discordantes ou ausentes.
	g)   Seja impossível identificar o terreno de cada possuidor, destacadamente.	Na usucapião coletiva o legislador permitiu a accessio possessionis, ou seja, a junção do período de posse exercida por outrem ao tempo já ocupado pelo atual possuidor, não se restringindo tal somatório à hipótese de sucessão mortis causa.
	Especial Urbana	Sanção ao proprietário por não dar cumprimento à função social da propriedade e prescrição aquisitiva em benefício do possuidor que a atendeu.	a)    posse ad usucapionem;	Art. 183 CF e §§, Art. 9 e ss. do Estatuto da Cidade e Art. 1.240 C.	O título de domínio e a concessão de uso seráo conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil
	Residencial	b)   decurso de 5 anos ininterruptos;	O direito à usucaipião especial urbana só pode ser reconhecido uma vez a cada pessoa.
	Individual	c)    área urbana de até 250 m²;	Antes do Estatuto da Cidade não se admitia acessio temporis - v. art. 9º, § 3.º, Estatuto da Cidade - o herdeiro legítimo continua, de pleno direito, a posse de seu antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura da sucessão.
	(ou Constitucional Urbana Individual)	d)     utilização para morada própria ou de sua família;	Para cálculo da metragem não se somam a área do terreno e a da construção, vedado que uma ou outra ultrapasse 250m².
	e)    não ser o possuidor proprietário de imóvel rural ou urbano;	Impossibidade de usucapião de fração ideal de imóvel não individualizada. É possível, entretanto, quando a posse for sobre área devidamente individualizada, que por suas características possa ser desmembrado.
	f)     não ter o possuidor se valido desse benefício anteriormente.	BRASIL. Tribunal de Alçada de Minas Gerais. Apelação Cível nº 220.437-7. Usucapião. Área Urbana. Art. 183 da CF. Imóvel utilizado tanto para comércio quanto para moradia. Admissibilidade. A manutenção de pequeno comércio em imóvel também utilizado para moradia não impede o reconhecimento de usucapião constitucional, previsto no art. 183 da CF. Relator Juiz Brandão Teixeira, 17 de abril de 1997. Disponível em : RT 744/367.
	Sanção ao ex-conjuge ou ex companheiro que abandona o lar conjugal.	a)    posse ad usucapionem (direta e exclusiva);	Art. 1.240 A, C.C.	Ressuscita a identificação da causa do fim do relacionamento, que em boa hora foi sepultada pela Emenda Constitucional 66/2010 
	b)   decurso de 2 anos ininterruptos e sem oposição;	Só é possível após o término da sociedade conjugal (ex-cônjuge)
	c)    área urbana de até 250 m² cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro;
	Usucapião familiar.	d)     utilização para morada própria ou de sua família;
e)    não ser o possuidor proprietário de imóvel rural ou urbano;
	Usucapião especial urbana por abandono do lar	f)     não ter o possuidor se valido desse benefício anteriormente.
	g)     abandono injustificado do lar conjugal - união estável.
	Proteção ao índio, integrado ou não à sociedade.	a)    posse ad usucapionem;	Só se aplica à terras rurais e privadas.
	b)   decurso de 10 anos consecutivos;
	c)    trecho de terra inferior a 50 hectares;
	Usucapião indígena
	e)    não se aplica a áres ocupadas por grupos tribais, às áreas reservadas nem as terras de propriedade coletiva do grupo tribal.	art. 33, Lei n.º 6.001/73
	Criada para desafogar o Poder Judiciário, na linha do que vem ocorrendo com a separação, o divórcio e o inventário e partilha de bens.	a)    permite o reconhecimento extrajudicial da usucapião	ART. 216-A - LEI DE REGISTROS PÚBLICOS	Ressuscita a identificação da causa do fim do relacionamento, que em boa hora foi sepultada pela Emenda Constitucional 66/2010 
	b) ata notarial - atestando a posse do requerente	Só é possível após o término da sociedade conjugal (ex-cônjuge)
	c)    planta e memorial descritivo por profissional habilitado e pelos titulares dos direitos reais registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula dos imóveis confinantes
	Usucapião administrativa	d)     certidões negativas
	e)   justo título ou quaisquer outros documentos que demonstrem a origem, a continuidade, a natureza e o tempo da posse, tais como o pagamento dos impostos e das taxas que incidirem sobre o imóvel.
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