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1° Aula Introducao a Patologia (1)

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12/2/2015
1
Prof. Dr. Diego Galace
Pathos: Doença Logos: Estudo
 Estudo das alterações estruturais e funcionais 
nas células, tecidos e órgãos visando explicar os 
mecanismos através dos quais surgem os sinais 
e sintomas das doenças.
 Patologia é a ciência que estuda as causas 
das doenças (etiologia)
 Os mecanismos que as produzem 
(patogenia) 
 Alterações estruturais (lesões)
 Consequências funcionais (fisiopatologia)
Patologia geral:
Estudo das reações aos estímulos anormais 
que ocorrem em todas as células e tecidos.
Células Tecidos Órgãos
Patologia sistêmica (especial): 
Estudo das reações específicas de cada tecido 
ou órgão a uma agressão.
Ex: Sistema respiratório
CAUSA OU ETILOGIA:
1. Genética ou primária: o individuo já nasce 
com determinada doença.
Ex: Síndrome de Down
2. Adquiruida ou secundária: a doença é 
adquirida ao longo da vida.
Ex: Tuberculose
 É instalação da causa ou etiologia até a 
manifestação dos sinais e sintomas clínicos
- Alterações moleculares
- Alterações bioquímicas
- Alterações metabólicas
- Alterações fisiológicas
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 MACROSCÓPICAS
 MICROSCÓPICAS
Sempre que há uma alteração, isso se reflete na 
morfologia celular
 As alterações morfológicas são as alterações 
estruturais em células e tecidos 
características da doença ou diagnósticas dos 
processos etiológicos.
 É o que pode ser visualizado macro ou 
microscopicamente.
 Estuda os distúrbios funcionais e significado clínico.
 A natureza das alterações morfológicas e sua 
distribuição nos diferentes tecidos influenciam o 
funcionamento normal e determinam as 
características clínicas, o curso e também o 
prognóstico da doença.
 O estudo dos sinais e sintomas das doenças é objeto 
daPropedêutica ou Semiologia, que tem por finalidade 
fazer seu diagnóstico, a partir do qual se estabelecem 
o prognóstico, a terapêutica e a profilaxia.
 Estímulos patológicos podem acarretar uma série de adaptações 
celulares fisiológicas e morfológicas, 
 Estados constantes novos, porém alterados, são alcançados, 
preservando a viabilidade da célula e modulando sua função como 
uma resposta a esses estímulos.
 Se os limites da resposta adaptativa a um estímulo forem 
ultrapassados, há uma sequência de eventos, chamada 
genericamente de lesão celular.
 A lesão celular é reversível até um certo ponto, mas, se o estímulo 
persistir ou for intenso, a célula atinge o "ponto sem retorno", e 
sofre lesão celular irreversível e morte celular.
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 AGUDO: início rápido, curta duração
Ex: resfriado
 CRÔNICO: evolução da doença, longa 
duração
Ex: tuberculose
 Local: bem delimitada, isolada
Ex: Rinite alérgica
 Difusa: não é delimitada, espalhada
Ex: Icterícia
 Disseminada: dispersa em inúmeros e pequenos focos
Ex: Sarampo
 Sistêmica: acomete os sistemas do organismo
Ex: HIV
 Generalizada: é difundida por todo o organismo
Ex: Septicemia (infecção generalizada)
 Ao atingirem o organismo, as agressões 
comprometem um tecido (ou órgão):
 Células parenquimatosas e do estroma;
 Componentes intercelulares ou interstício;
 Circulação sanguínea e linfática;
 Inervação
 Um ou mais desses componentes podem ser 
afetados, simultaneamente ou não. 
 Podem surgir:
 Lesões celulares, 
 Danos ao interstício,
 Transtornos locais da circulação, 
 Distúrbios locais da inervação 
 Alterações complexas que envolvem muitos ou todos 
os componentes teciduais.
 As lesões são definidas de acordo com o alvo atingido
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 NÃO LETAL: São aquelas compatíveis com a regulação do 
estado de normalidade após cessada a agressão. 
 Podem modificar o metabolismo celular, induzindo o 
acúmulo de substâncias intracelulares 
 Podem alterar os mecanismos que regulam o crescimento 
e a diferenciação celular originando hipotrofias, 
hipertrofias, hiperplasias, hipoplasias, metaplasias, 
displasias e neoplasias
 Acumulam-se nas células pigmentos endógenos ou 
exógenos, constituindo pigmentações
 LETAL: 
 São representadas pela necrose (morte 
celular seguida de autólise) e pela apoptose 
(morte celular não seguida de autólise).
 Incluem aumento, diminuição, cessação do fluxo 
sanguíneo para os tecidos 
(hiperemia, oligoemia e isquemia)
 Coagulação sanguínea no leito vascular (trombose), 
 Aparecimento na circulação de substâncias que não se 
misturam ao sangue e causam oclusão vascular (embolia)
 Saída de sangue do leito vascular (hemorragia) 
 Alterações das trocas de líquidos entre o plasma e o 
interstício (edema)
ETIOLOGIA
PATOGÊNESE
ALTERAÇÕES 
MORFOLÓGICAS
DISTÚRBIOS 
FUNCIONAIS
DOENÇA
 Agentes causadores de doenças:
 hipóxia e anóxia,
 radicais livres,
 reações inflamatórias,
 alterações metabólicas,
 agentes físicos (traumatismos, temperatura, 
corrente elétrica, radiação, sol, etc.) 
 agentes químicos
 agentes infecciosos (vírus, bactérias, toxinas).
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 Agentes físicos: Grupo de causas de doença 
que abrange as lesões por agentes 
mecânicos:
 alterações por calor e frio, por radiações, 
electricidade, traumas, dependendo da 
intensidade e duração de sua ação
 FORÇA MECÂNICA: Podem causar lesões únicas ou multiplas denominadas lesões 
traumáticas.
 Abrasão - arracamento das células da epiderme, causada por friccão ou 
esmagamento por instrumento mecânico.
 Laceração - separação ou rasgo de tecidos causada por excessiva força de 
estiramento ou impacto externo que pode lacerar músculos, tendões e vísceras.
 Contusão - impacto transmitido através da pele aos órgãos adjacentes, causando 
ruptura de pequenos vasos com hemorragia e edema
 Incisão - corte provocado por um instrumento de borda afiada – são mais extensos 
que profundos
 Perfuração - é produzida pelo impacto de um instrumento pontiagudo- são mais 
profundas que extensas
 Fraturas - caracterizada pela ruptura ou solução de continuidade de tecidos duros
 Alterações locais das feridas
 Podem aumentar o dano inicial ou modificar o aspecto da lesão
 Causam lesões por romperem com estruturas celulares e 
teciduais,liberando moléculas fagocitárias (neutrófilos e 
macrófagos); causando uma reação inflamatória.
 Ao atingir os tecidos, o agente produz ainda: 
 Hemorragia ou hematoma;
 Espasmo vascular por ação direta no vaso ou em sua inervação, 
 Redução total ou parcial do fluxo sanguíneo decorrentes de 
hipóxia ou anóxia;
 Trombose dos vasos nas áreas vizinhas podendo causar lesões 
degenerativas ou necrose.
 VARIAÇÕES DE TEMPERATURA
 Um membro submetido a um tempo prolongado ao resfriamento 
apresenta:
 a) Vasoconstricção, oligoemia (diminuição do volume sanguíneo), hipóxia 
e lesões degenerativas;
 b) Lesão endotelial causada pela hipóxia gerando edema pelo aumento 
da permeabilidade vascular;
 c) Aumento da vasoconstricção agrava a anóxia e surge necrose no 
membro atingido;
 d) Desaparece o controle nervoso da vasomotricidade instalando-se 
vasodilatação arteriolar e venular
 e) Há o congelamento de água no interior da célula levando a um 
desequilíbrio eletrolítico que altera funções vitais como a respiração e 
conduz à morte celular;
 Eletricidade
 Produz lesões quando a corrente elétrica passa pelos tecidos
 Disfunção elétrica dos tecidos;
 a) tipo de corrente (a alternada é mais lesiva que a contínua)
 b) quantidade da corrente que passa pelo corpo, dependendo da 
voltagem e resistência
 c) trajeto da corrente (a alternada pode ser fatal se passar pelo 
encéfalo e o coração)
 d) duração da agressão (quanto maior o calor maior o tempo de 
passagem da corrente)
 e) superfície do contato (pequena produz queimadura profunda,grande pode não lesar a pele)
 RADIAÇÕES
 São emissões de energia que se propagam como ondas eletromagnéticas 
ou como partículas
 a) inalação de poeira ou ingestão de alimentos que são ingeridos contendo 
partículas radioativas
 b) exposição a radiações com fins terapêuticos e diagnósticos
 c) contato acidental com radiações emanadas de artefatos nucleares
 d) bombas nucleares
 As radiações lesam os tecidos por dois mecanismos:
 1.ação direta sobre as macromoléculas
 2.ação indireta produzindo radicais livres a partir da ionização da água
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 São substâncias compostas ou produtos que 
podem penetrar no organismo
 Por via respiratória
 Pela exposição à substâncias que possam ter 
contato através da pele ou serem absorvidos 
pelo organismo por ingestão;
 Exemplos: Poeira, Fumaça, Gases e Vapores 
 Substâncias simples, como a glicose ou sal em soluções 
hipertônicas, podem danificar a célula diretamente ou por 
perturbação da homeostase eletrolítica das células.
 O oxigênio, em altas concentrações, é intensamente tóxico. 
 Quantidades residuais de agentes conhecidos como venenos, a 
exemplo do arsênico, cianeto e sais de mercúrio, podem destruir 
células dentro de minutos a horas em números suficientes para 
causar morte.
 Substâncias comuns: poluentes no ambiente e no ar, inseticidas e 
herbicidas; riscos industriais e ocupacionais, como o monóxido de 
carbono e asbesto; estímulos sociais como o álcool e narcóticos; e 
a variedade sempre crescente de drogas terapêuticas.
DIRETA:
 Através de transformações moleculares que resultam em degeneração 
ou morte celular;
 Alterações do interstício ou modificações do genoma induzindo 
transformação malígna (Efeito Carcinogênico);
 Quando atua na vida ultra uterina, pode determinar erros 
no desenvolvimento (Efeito Teratogênico);
 INDIRETA:
 Atua como antígeno;
 Induzem respostas imunitárias hormonais ou celulares;
 Responsável pelo aparecimento de lesões
 Considera-se como sendo agentes 
biológicos animais, plantas e outros seres vivos que 
potencialmente podem causar doenças ou lesões, em 
graus variados, aos seres humanos ou a outros 
organismos
 Os agentes biológicos são igualmente 
denominados patógenos
 Os agentes biológicos ocorrem no mundo inteiro. Há, 
entretanto, uma maior riqueza e abundância de 
espécies nas regiões pantropicais e equatoriais
 Principais Patógenos: 
 O grupo das bactérias é considerado o maior número 
de patógenos conhecidos. Doenças como lepra, tuberculose, 
pneumonia, infecções variadas estão nesse grupo
 Os vírus podem ser incluídos na categoria de recordistas em doenças 
causadas por agentes biológicos . Doenças virais conhecidas incluem 
vários tipos de gripes e resfriados, várias formas de hepatite, AIDS, 
encefalites, infecções, rubéola, caxumba, poliomielite, sarampo, 
varíola, catapora etc...
 O grupo Protozoa, com mais de duas dezenas 
de protozoários patogênicos, com ou sem vetor conhecido. São 
doenças causadas por protozoários: disenteria amebiana, giardíase, 
doença de Chagas, malária, leishmaniose e tricomoníase
 Os fungos, mofos e bolores patogênicos são causadores de 
simples moléstias cutâneas como micoses (dermatofitoses) ou de 
doenças raras e de alta letalidade como coccidioidomicose e 
pneumomicose.
 Os vermes são patógenos caracteristicamente internos 
(endoparasitas), veiculados por água e alimentos . Verminoses 
conhecidas no Brasil incluem barriga d’água, solitária, amarelão, 
bicho-geográfico.
 Os parasitas externos (ectoparasitas) incluem organismos 
(geralmente artrópodes, tanto insetos quanto aracnídeos) que se 
desenvolvem sobre a pele ou em túneis dentro dela. Ectoparasitas 
conhecidos: sarna, berne, piolho.
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 TRANSMISSÃO DE AGENTES BIOLÓGICOS
 Um dos melhores e mais eficientes meios de disseminação dos agentes biológicos é a água. 
 O solo também é veiculador de patógenos. Os agentes biológicos podem estar contidos 
diretamente nele, como larvas de vermes, por exemplo, ou contaminar alimentos a partir do 
contato com áreas contaminadas
 O ar em si não é veiculador de qualquer patógeno. As partículas em suspensão na atmosfera, 
porém, podem ser meios de cultura de bactérias, vírus e fungos. Microcápsulas e microgotas em 
suspensão após uma tosse ou um espirro, por exemplo, podem circular por um ambiente por 
horas, podendo atingir várias pessoas. 
 Neste caso, representam locais propícios para a disseminação de agentes biológicos os locais 
públicos e as vias de transporte, particularmente aqueles em ambientes fechados ou 
parcialmente confinados
 PREVENÇÃO DE AGENTES BIOLÓGICOS
 Cuidados com a higiene pessoal
 Desenvolvimento de metodologias cada vez mais 
eficientes de saneamento básico
 Cuidados com a ingestão de água e alimentos
 Vacinação
 Evitar locais com muito trânsito de pessoas e 
com ventilação insuficiente

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