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14° Aula Necrose

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Necrose Celular
Comportamento celular mediante diferentes 
estímulos patológicos ou fisiológicos
Célula Normal
Degenerações Celulares
(lesões reversíveis)
Adaptações Celulares
Necrose
(lesões irreversíveis)
Agente subletal Agente letal
Estímulos patológicos à lesão
 Físicos: queimaduras, traumas...
 Químicos: cigarro, radiação...
 Biológicos: microorganismos...
 Imunológicos: hipersensibilidade
 Genéticos: falta de enzimas...
 Nutricionais: obesidade, desnutrição
 Hipóxia: anemia...
A reversibilidade da lesão não depende apenas do estímulo 
patológico, mas também da dose, tempo de exposição e 
intensidade do agente agressor ou estímulo patológico.
Necrose
Processo de degradação enzimática 
progressiva sobre a célula totalmente lesada 
por um estímulo patológico letal.
As enzimas catalíticas são responsáveis pela 
degradação da célula irreversivelmente 
lesada.
Patogênia
Entrada de H2O e 
Ca++ extracelular
Estímulo 
patológico
mitocôndria
Ca++
Reticulo endoplasmático
Ca++
↑↑↑ Ca++ citossólico
Fosfolipase ATPase Protease Endonucleases / DNAse e RNAse
↓↓ Fosfolipídeos da membrana ↓↓ ATP Danos ao citoesqueleto Danos a cromatina celular
célula
Degeneração 
hidrópica
Ativa enzimas catalíticas citoplasmáticas
Patogênia
Estímulo patológico persistente → célula autodigerida por enzimas 
catalíticas citoplasmáticas ativadas pela alta concentração de Ca++ 
citossólico → NECROSE
A ação de tais enzimas no meio intracelular irá também degradar 
lisossomos que armazenam poderosas enzimas catalíticas
A ação de tais enzimas irá provocar a digestão total da célula caracterizando o processo de
AUTÓLISE
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Patogênia
Célula necrosada → resposta inflamatória → 
recrutamento de macrófagos e neutrófilos → 
liberação de enzimas catalíticas → digestão do 
tecido celular necrosado para posterior fagocitose 
→ HETERÓLISE
Autólise e Heterólise
São etapas nas quais o organismo visa eliminar o 
tecido JÁ necrosado.
A necrose pode ser definida também como uma 
incapacidade irreversível das funções celulares.
Incapacidade bioquímica → Incapacidade funcional 
→ Incapacidade morfológica
As consequências de uma necrose 
dependem: 
 Do tecido lesado;
 Do estímulo patológico ou agente agressor;
 Da extensão da área necrosada;
 Do tempo de hipóxia tecidual.
Mecanismos que desregulados 
podem levar a morte celular
 Homeostasia → equilíbrio hidroeletrolítico através da membrana 
celular → depende da integridade da membrana e do bom 
funcionamento da bomba Na++ K+
 Respiração aeróbica → produção de ATP pelas mitocôndrias a 
partir de O2
 Síntese protéica → integridade da membrana plasmática
 Integridade do material genético → DNA / RNA
Tipos de Necrose
Quanto as características morfológicas:
 Tipos básicos
(de acordo com a quantidade de proteínas estruturais do tecido em questão)
 Necrose de Coagulação → o tecido celular coagula
 Necrose de Liquefação → o tecido celular se liquefaz
 Variações
 Necrose Caseosa
 Necrose Gangrenosa
 Necrose Gordurosa Enzimática
Traumática
Necrose de Coagulação
 Tecidos com alta quantidade de proteínas estruturais;
 Ação das proteases sobre o citoesqueleto e das endonucleases sobre 
o núcleo;
 Coagulação do conteúdo celular;
 Célula Anucleada (sem núcleo) e Acidófila (pH baixo);
 Aspecto macroscópico de ‘iogurte’;
 A alta quantidade de proteínas na membrana plasmática não permite 
sua degradação → a célula coagula, mas a membrana celular é 
inicialmente preservada;
 Num segundo momento → processo de heterólise → degradação total 
da célula;
 Células renais ou cardíacas.
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Necrose de Liquefação
 Tecidos com baixa quantidade de proteínas estruturais → tecido 
nervoso;
 Ação das enzimas catalíticas citoplasmáticas e lisossomiais;
 Liquefação do conteúdo celular;
 Presente em focos inflamatórios;
 Aspecto macroscópico de ‘pus’;
Necrose Caseosa
 Secundária a uma resposta inflamatória atípica → 
tuberculose
 Centro da resposta inflamatória no pulmão infectado 
pelo bacilo de Koch → granuloma da tuberculose → 
necrose caseosa.
 Morfologicamente exclusiva;
 Aspecto de ‘queijo branco’.
Necrose Gordurosa Enzimática
 Pancrêas → pancreatite aguda ou tumores 
pancreáticos;
 Após a degradação → células pancreáticas 
liberam grande quantidade de lipases → lisam 
lipídeos pancreáticos produzindo ácidos graxos 
→ reagem o cálcio → reação de saponificação 
→ produção de ‘sabões’;
 Aspecto macroscópico de ‘cera de vela derretida’ 
→ necrose em ‘pingo de vela’.
Necrose Gordurosa 
Traumática
 Tecidos com muita gordura;
 Ex: Tecido mamário ou indivíduos obesos;
 Nódulo de gordura no local do trauma.
Necrose Gangrenosa
 Necrose isquêmica associada a presença de 
agente infeccioso;
 3 tipos:
 Seca → acomete membros (regiões em contato com o 
ar ambiente);
 Úmida → acomete pulmões (regiões úmidas);
 Gasosa → Difteria → agente causal produz gás
* Doença altamente contagiosa que acomete normalmente crianças até 10 
anos de idade. Causada pela toxina diftérica, produzida pelo bacilo 
Corynebacterium diphteriae, que se aloja nas amígdalas, faringe, 
laringe e fossas nasais, onde cria placas brancas ou acinzentadas. 
Evolução das Necroses
 Absorção → fagocitose do tecido necrosado
 Cicatrização → tecido fagocitado é substituído por tecido 
fibroso
 Encistamento → necroses de liquefação → formação de 
cistos envolvendo o líquido produzido (tecido nervoso)
 Drenagem → tecidos de vias excretoras fisiológicas → 
pulmão ou intestino (tuberculose)
 Gangrena → isquemia + infecção no foco
 Ulceração → mucosa gástrica ou intestinal → tecido 
necrosado é desprendido do local
 Calcificação
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Apoptose
 Morte celular programada
 Mecanismo de controle da população celular
 Auto-regulação de populações celulares indesejáveis
 Apesar da morte celular,não há processo de necrose 
instalado (não há inflamação ou processo degenerativo 
enzimático)
 A fagocitose é rápida e eficiente.
Exemplos de Apoptose
Estruturas embrionárias
Órgãos hormônio-dependentes (involução da mama lactante 
após o desmame e atrofia prostática após a castração)
Controle de tumores
Morte de neutrófilos durante resposta inflamatória aguda
Morte de células imunes
A apoptose e as doenças
A morte celular programada faz parte de diversos processos 
vitais, como o desenvolvimento embrionário, o controle de 
tumores e a regulação de populações de células do sistema 
imune.
Por ser indispensável à vida, a morte celular deve seguir um 
plano meticuloso.
Qualquer distúrbio de sua regulação (tanto o excesso quanto a 
insuficiência) pode provocar uma variedade de doenças.
Apoptose insuficiente
Câncer
Doenças auto-imunes
Infecções viróticas
Apoptose excessiva
AIDS
Doenças neurodegenerativas (ex: Mal de Alzheimer e Mal de 
Parkinson)
Lesões isquêmicas (ex: infarto cardíaco)
Doenças do fígado induzidas por toxinas

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