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12/2/2015 1 Necrose Celular Comportamento celular mediante diferentes estímulos patológicos ou fisiológicos Célula Normal Degenerações Celulares (lesões reversíveis) Adaptações Celulares Necrose (lesões irreversíveis) Agente subletal Agente letal Estímulos patológicos à lesão Físicos: queimaduras, traumas... Químicos: cigarro, radiação... Biológicos: microorganismos... Imunológicos: hipersensibilidade Genéticos: falta de enzimas... Nutricionais: obesidade, desnutrição Hipóxia: anemia... A reversibilidade da lesão não depende apenas do estímulo patológico, mas também da dose, tempo de exposição e intensidade do agente agressor ou estímulo patológico. Necrose Processo de degradação enzimática progressiva sobre a célula totalmente lesada por um estímulo patológico letal. As enzimas catalíticas são responsáveis pela degradação da célula irreversivelmente lesada. Patogênia Entrada de H2O e Ca++ extracelular Estímulo patológico mitocôndria Ca++ Reticulo endoplasmático Ca++ ↑↑↑ Ca++ citossólico Fosfolipase ATPase Protease Endonucleases / DNAse e RNAse ↓↓ Fosfolipídeos da membrana ↓↓ ATP Danos ao citoesqueleto Danos a cromatina celular célula Degeneração hidrópica Ativa enzimas catalíticas citoplasmáticas Patogênia Estímulo patológico persistente → célula autodigerida por enzimas catalíticas citoplasmáticas ativadas pela alta concentração de Ca++ citossólico → NECROSE A ação de tais enzimas no meio intracelular irá também degradar lisossomos que armazenam poderosas enzimas catalíticas A ação de tais enzimas irá provocar a digestão total da célula caracterizando o processo de AUTÓLISE 12/2/2015 2 Patogênia Célula necrosada → resposta inflamatória → recrutamento de macrófagos e neutrófilos → liberação de enzimas catalíticas → digestão do tecido celular necrosado para posterior fagocitose → HETERÓLISE Autólise e Heterólise São etapas nas quais o organismo visa eliminar o tecido JÁ necrosado. A necrose pode ser definida também como uma incapacidade irreversível das funções celulares. Incapacidade bioquímica → Incapacidade funcional → Incapacidade morfológica As consequências de uma necrose dependem: Do tecido lesado; Do estímulo patológico ou agente agressor; Da extensão da área necrosada; Do tempo de hipóxia tecidual. Mecanismos que desregulados podem levar a morte celular Homeostasia → equilíbrio hidroeletrolítico através da membrana celular → depende da integridade da membrana e do bom funcionamento da bomba Na++ K+ Respiração aeróbica → produção de ATP pelas mitocôndrias a partir de O2 Síntese protéica → integridade da membrana plasmática Integridade do material genético → DNA / RNA Tipos de Necrose Quanto as características morfológicas: Tipos básicos (de acordo com a quantidade de proteínas estruturais do tecido em questão) Necrose de Coagulação → o tecido celular coagula Necrose de Liquefação → o tecido celular se liquefaz Variações Necrose Caseosa Necrose Gangrenosa Necrose Gordurosa Enzimática Traumática Necrose de Coagulação Tecidos com alta quantidade de proteínas estruturais; Ação das proteases sobre o citoesqueleto e das endonucleases sobre o núcleo; Coagulação do conteúdo celular; Célula Anucleada (sem núcleo) e Acidófila (pH baixo); Aspecto macroscópico de ‘iogurte’; A alta quantidade de proteínas na membrana plasmática não permite sua degradação → a célula coagula, mas a membrana celular é inicialmente preservada; Num segundo momento → processo de heterólise → degradação total da célula; Células renais ou cardíacas. 12/2/2015 3 Necrose de Liquefação Tecidos com baixa quantidade de proteínas estruturais → tecido nervoso; Ação das enzimas catalíticas citoplasmáticas e lisossomiais; Liquefação do conteúdo celular; Presente em focos inflamatórios; Aspecto macroscópico de ‘pus’; Necrose Caseosa Secundária a uma resposta inflamatória atípica → tuberculose Centro da resposta inflamatória no pulmão infectado pelo bacilo de Koch → granuloma da tuberculose → necrose caseosa. Morfologicamente exclusiva; Aspecto de ‘queijo branco’. Necrose Gordurosa Enzimática Pancrêas → pancreatite aguda ou tumores pancreáticos; Após a degradação → células pancreáticas liberam grande quantidade de lipases → lisam lipídeos pancreáticos produzindo ácidos graxos → reagem o cálcio → reação de saponificação → produção de ‘sabões’; Aspecto macroscópico de ‘cera de vela derretida’ → necrose em ‘pingo de vela’. Necrose Gordurosa Traumática Tecidos com muita gordura; Ex: Tecido mamário ou indivíduos obesos; Nódulo de gordura no local do trauma. Necrose Gangrenosa Necrose isquêmica associada a presença de agente infeccioso; 3 tipos: Seca → acomete membros (regiões em contato com o ar ambiente); Úmida → acomete pulmões (regiões úmidas); Gasosa → Difteria → agente causal produz gás * Doença altamente contagiosa que acomete normalmente crianças até 10 anos de idade. Causada pela toxina diftérica, produzida pelo bacilo Corynebacterium diphteriae, que se aloja nas amígdalas, faringe, laringe e fossas nasais, onde cria placas brancas ou acinzentadas. Evolução das Necroses Absorção → fagocitose do tecido necrosado Cicatrização → tecido fagocitado é substituído por tecido fibroso Encistamento → necroses de liquefação → formação de cistos envolvendo o líquido produzido (tecido nervoso) Drenagem → tecidos de vias excretoras fisiológicas → pulmão ou intestino (tuberculose) Gangrena → isquemia + infecção no foco Ulceração → mucosa gástrica ou intestinal → tecido necrosado é desprendido do local Calcificação 12/2/2015 4 Apoptose Morte celular programada Mecanismo de controle da população celular Auto-regulação de populações celulares indesejáveis Apesar da morte celular,não há processo de necrose instalado (não há inflamação ou processo degenerativo enzimático) A fagocitose é rápida e eficiente. Exemplos de Apoptose Estruturas embrionárias Órgãos hormônio-dependentes (involução da mama lactante após o desmame e atrofia prostática após a castração) Controle de tumores Morte de neutrófilos durante resposta inflamatória aguda Morte de células imunes A apoptose e as doenças A morte celular programada faz parte de diversos processos vitais, como o desenvolvimento embrionário, o controle de tumores e a regulação de populações de células do sistema imune. Por ser indispensável à vida, a morte celular deve seguir um plano meticuloso. Qualquer distúrbio de sua regulação (tanto o excesso quanto a insuficiência) pode provocar uma variedade de doenças. Apoptose insuficiente Câncer Doenças auto-imunes Infecções viróticas Apoptose excessiva AIDS Doenças neurodegenerativas (ex: Mal de Alzheimer e Mal de Parkinson) Lesões isquêmicas (ex: infarto cardíaco) Doenças do fígado induzidas por toxinas
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