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Grécia SLIDE ( História do Direito Professor Jorge Passos )

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GRÉCIA 
Cidade – Pólis – Comércio – moeda
Escrita – tragédia, comédia, poesia, história.
Licurgo (Esparta, séc. VIII a V aC) 
Zaleuco de Locros (650 a. C.) 
Drácon (620 a.C.) 
Sólon (594-593 a.C.)
 
Drácon (620 a.C.)
Ficou conhecido por sua severidade.
Responsável pela introdução de importante princípio do direito penal: a distinção entre os diversos tipos de homicídio:
voluntário – julgados pelo Areópago
homicídio involuntário e em legítima defesa - julgados pelo Tribunal dos Éfetas, composto de 4 tribunais de 51 pessoas com mais de 50 anos e designadas por sorteio.
Sólon (594-593 a.C.)
promove uma reforma institucional:
econômica (reorganizando a agricultura, incentivando a cultura da oliveira e da vinha e exportação do azeite);
social (obrigação dos pais a ensinarem um ofício a seus filhos; eliminação de hipotecas e libertação dos escravos e por dívidas; acaba com a divisão da sociedade em classes societárias)
Princípios
da cidade-estado democrática
Isonomia - igualdade de direitos perante a lei () e a liberdade de conduta.
Isegoria - liberdade de expressar-se publicamente seu pensamento e expor sua queixa em público.
Isocracia - todos podem governar.
Isotimia - todos podem exercer cargos públicos.
Poder judiciário - Órgãos coletivos
Boulé (Conselho dos Quinhentos): escolhidos por sorteio (cinquenta de cada tribo). Cuidava de questões religiosas, financeiras, diplomáticas, militares. As sessões eram públicas, mas restritas aos seus membros. 
Eclesia (Assembleia popular): cidadãos maiores de dezoito anos no pleno exercício de seus direitos políticos.
Competências: política externa, recepção às embaixadas, declaração de guerra. Na administração interna: decidiam sobre provisões e armazenamento de cereais, tributos, confisco de bens, ostracismo, exílio de um cidadão ou a atimia: perda total ou parcial dos direitos civis por crimes tais como o roubo, a corrupção, o falso testemunho, vadiagem, ociosidade ou até quando das vias de fato.
Elieu (Tribunal dos Heliastas, júri popular): eram escolhidos por sorte. As decisões eram definitivas, não admitindo recurso.
Organização judiciária: magistrados 
Tesmoteta: promovia a revisão das leis e presidia os pleitos que envolviam interesses de ordem pública.
Eisagoge: juíz para causas comerciais.
Demarca: principal magistrado do povo. Cuidava das sentenças proferidas nas questões postas entre as partes.
Polemarca: magistrado que cuidava das sentenças nas quais uma das partes era estrangeira (meteco).
Nomos x physis 
A lei é a rainha de todas as coisas (Píndaro)
Os nomói são uma coisa comum, regulada, idêntica para todos, querendo o justo, o belo, o útil; chama-se nomos o que é erigido em disposição geral, uniforme e igual para todos” (Pseudo-demóstenes).
O nómos é sobretudo o meio de limitar o poder da autoridade, porque a liberdade política consiste em não ter que obedecer senão à lei. Mas a lei é humana e laica; já não tem nada de religioso, de divino. Na prática, os gregos fizeram poucas leis, no sentido romano e moderno do termo; porque o nomos significa tanto o costume como a lei (GILISSEN, p. 75-6). 
A aurora da filosofia coincidiu com a descoberta da natureza, isto é, com a bifurcação entre physis e nomos que subentende que ‘a natureza é essencialmente ocultada por decisões soberanas’. Com efeito, desde os primórdios, as leis velaram ou ocultaram a natureza [...]. O direito natural pareceu por conseguinte ser mais profundo e mais verdadeiro que todos os sistemas, reais ou possíveis, do direito positivo. [...] O fato de que Sócrates, opondo-se aos sofistas, tenha iniciado o exame do problema mostra que o conflito entre jusnaturalismo e convencionalismo, longe de ser um debate contingente, é, ao contrário, política e filosoficamente essencial. 
Nascimento do Direito
Sófocles (497 a.C - 406 a.C)
Édipo Rei 
Édipo em Colono
Antígona
Tragédia na qual Antígona, filha de Édipo, luta pelo direito de sepultar seu irmão Polinices. Os irmãos Polinices e Etéocles morreram na luta pela posse do trono em Tebas. O rei Creonte estipulou que o corpo de Etéocles receberia as honras fúnebres enquanto o corpo de Polinices seria largado a esmo, sem direito a qualquer cerimônia. Antígona contraria as leis de Creonte sob o risco de perder a vida ao prestar honras fúnebres ao seu irmão Polinices. Despreza a lei humana (nomos) para honrar os costumes (leis dos deuses) (physis).
Antígona, de Sófocles
Creonte, o rei, está indignado com a desobediência de Antígona que, a despeito de sua proibição, deu sepultura ao irmão. Antígona lhe responde: ‘Desobedeci à tua lei pois não foi Zeus que a proclamou; não é a justiça... não é a lei que os deuses tinham fixado para os homens, e não pensava que tuas proibições fossem bastante poderosas para permitir que um mortal menosprezasse outras leis, as leis não escritas, inabaláveis, dos deuses. Essas leis não datam de hoje nem de ontem, e ninguém sabe o dia em que elas surgiram’. 
A justiça vai além da lei escrita. Aristóteles
Foi na Grécia que o Direito, na sua acepção mais original, se deu em início. Não somente pelo debate filosófico sobre a Cidade, as leis e a justiça, mas, principalmente, pela oposição entre jusnaturalismo e juspositivismo sob a forma de physis e nomos. A representação mais pungente dessa dualidade está na obra de Sófocles, a tragédia Antígona. 
Nomos x physis 
Lei Positiva x Lei Natural
Direito Positivo x Direito Natural
Juspositivismo x Jusnaturalismo

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