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Prof. Dr. Francisco José de Almeida 
6. CORREIAS 
 
 
6.1. Introdução 
 
Um dos motivos da utilização de transmissão por correia é quando a distância entre dois eixos é 
tal que é impossível a utilização de engrenagens. Neste tipo de transmissão, a correia abraça duas 
ou mais polias, transmitindo assim a força tangencial por meio do atrito da correia com a polia. 
Outro motivo para a utilização de correias é que as correias permitem a transmissão de potência 
entre eixos paralelos, com a mesma direção da rotação, ou a transmissão cruzada, entre eixos 
paralelos com rotação contrária. 
A correia deverá ser montada sobre as polias de maneira a ficar tensa, a fim de se originar uma 
força de atrito com as polias. O ramal mais tenso da correia é o lado condutor, sob tensão T1. O 
ramal mais folgado é o conduzido, sob tensão T2. 
Para aumentar o ângulo de abraçamento, coloca-se usualmente o ramal menos tenso na parte 
inferior. Observa-se na figura 1 que a tensão T1 é maior que T2. 
 
 
T2 
T1 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Correias e polias. 
 
6.1.1. Vantagens do emprego de correia 
(a) não transmitem choques; 
(b) não apresentam problema de lubrificação; 
(c) podem servir como elemento de proteção contra sobrecargas; 
(d) são econômicas e 
(e) são de fácil desmontagem. 
 
6.1.2. Desvantagens do emprego de correias 
(a) ocupam espaço grande entre eixos; 
(b) períodos curtos de manutenção e 
(c) grau de escorregamento elevado. 
 
 
Correias Prof. Dr. Francisco José de Almeida 2 
 
6.2. Classificação das correias 
 
6.2.1. Quanto à forma 
 
 
 
Figura 2. Tipos de correias. 
 
 
(a) plana; 
(b) trapezoidal ou em V: as correias em V transmitem a força tangencial pelo atrito que se 
gera pela pressão que as laterais da correia exercem contra as paredes do rasgo da polia, 
entre as quais são encunhadas; as correias em V não devem tocar o fundo dos canais, para 
não se perder o efeito cunha (figura 2); 
Correias Prof. Dr. Francisco José de Almeida 3 
(c) circular; 
(d) plana ou V com dentes (correia sincronizada). 
 
 
 
 
 
Figura 3. Perfil da correia em V. 
 
6.2.2. Quanto ao material 
(a) couro; 
(b) borracha; 
(c) tecidos; 
(d) fitas de aço; 
(e) nylon ou neoprene; 
(f) compostas: estas são atualmente as mais comuns em aplicações industriais; a composição 
de vários materiais diferentes numa mesma construção de uma correia tem a finalidade de 
incrementar as características desejáveis de uma correia como, por exemplo, a colocação 
de material de grande resistência à abrasão na superfície da correia, visando aumentar a 
vida útil da mesma, a colocação de material de grande resistência à tração no núcleo da 
correia, visando aumentar a capacidade de carga da mesma e a colocação de material de 
grande resistência à compressão na porção interna da correia, visando aumentar a 
capacidade de resistência à fadiga da correia pela compressão oscilante que esta parte da 
correia sofre ao entrar e sair das polias (figura 4). 
 
 
Figura 4. Composição das correias. 
 
Correias Prof. Dr. Francisco José de Almeida 4 
 
6.3. Dimensionamento de correias em V 
 
Para o cálculo de correias em V são apresentados sete passos: 
 
6.3.1. Cálculo da potência de projeto 
A potência de projeto Nproj é dada pela multiplicação da potência do motor Nm pelo fator de 
serviço Fs. 
mSproj NFN ⋅= 
O fator de serviço Fs é dado na tabela de catálogo, com base na aplicação do equipamento. 
 
6.3.2. Escolha do perfil da correia 
Na figura selecione o perfil adequado, de acordo com a rotação e a potência de projeto. Nesta 
mesma figura pode-se definir o diâmetro nominal da polia menor. 
 
 
 
6.3.3. Cálculo da relação de transmissão 
Calcule com a equação seguinte a relação de transmissão i: 
d
D
n
ni ==
2
1 
onde n1 ≡ rotação da polia motora; 
 n2 ≡ rotação da polia movida; 
Correias Prof. Dr. Francisco José de Almeida 5 
 d ≡ diâmetro da polia menor (motora); 
 D ≡ diâmetro da polia maior (movida). 
 
6.3.4. Determinação dos diâmetros das polias 
Determine o diâmetro nominal da polia menor, com atenção aos dados da figura. Multiplique o 
diâmetro nominal da polia menor pela relação de transmissão i e ter-se-á o diâmetro nominal 
maior, ou seja: 
diD ⋅= 
 
6.3.5. Verificação da velocidade linear da correia 
Deve-se garantir que a velocidade linear da correia não ultrapasse os 4,5m/s. Esta velocidade 
máxima admissível é característica de cada tipo de correia e de cada fabricante, sendo o valor 
informado apenas como ordem de grandeza. O cálculo da velocidade linear da correia pode ser 
feito pela equação: 
ndv ⋅⋅= π 
 
onde o diâmetro da polia d entra em [m] e a rotação da polia n entra em [rpm]. 
 
Caso se deseje fornecer o diâmetro da polia d em [pol] e a rotação da polia n em [rpm], utiliza-se 
a equação: 
ndv ⋅⋅= 262,0 
 
com ppmv 000.6≤
 
6.3.6. Cálculo da distância entre centros e do comprimento da correia 
Para i < 3, o mais indicado para a distância entre centros C é a soma dos diâmetros das polias: 
DdC += 
 
Para i > 3, o mais indicado para a distância entre centros é que a mesma seja ligeiramente menor 
que o diâmetro da polia maior. Uma equação aproximada é: 
2
3 dDC ⋅+= 
 
O comprimento nominal da correia L é dado pela equação: 
C
dDdDCL
4
)()(57.12
2−+++= 
 
Correias Prof. Dr. Francisco José de Almeida 6 
Após o cálculo, escolhe-se na tabela de catálogo a correia comercial cujo comprimento Lcat mais 
se aproxime do comprimento nominal L calculado. A distância entre centros corrigida C’ é dada 
pela equação aproximada: 


 −−=
2
' catLLCC 
 
Entretanto, caso se deseje obter a distância entre centros corrigida C’ rigorosamente correta, usa-
se a fórmula: 
]
2
)()(785,0[
2
2
'
cat
cat
L
dDdDLC −++−= 
 
6.3.7. Determinação do número de correias 
O número necessário de correias é dado pela equação: 
ef
proj
N
N
z = 
 
com: 
( ) LdACadbasef FFNNN ⋅⋅+= 
 
Onde Nef é a capacidade efetiva da correia comercial escolhida. 
 
A potência básica Nbas, ou nominal, da correia é retirada da tabela de catálogo, para cada perfil 
de correia, em função da rotação da polia menor e do diâmetro da polia menor. 
A potência adicional Nad da correia é retirada da tabela de catálogo, igualmente para cada perfil 
de correia, a partir da rotação da polia menor e da relação de transmissão. 
O fator do arco de contato FAC é dado na tabela de catálogo a partir do ângulo (arco) de contato 
entre correia e polia menor, dado pela equação: 
60180 ⋅−−=
C
dDAc [o] 
 
Na prática, ele é obtido na tabela de catálogo diretamente em função do fator: 
( ) CdD − 
 
O fator de comprimento da correia FLd é dado igualmente na tabela de catálogo, em função do 
comprimento real da correia escolhida e do perfil da correia. 
 
 
 
Correias Prof. Dr. Francisco José de Almeida 7 
 
 
 
 
Se o número de correias calculado z for fracionário, toma-se o número inteiro superior mais 
próximo. 
 
6.4. Dimensões das polias para correias em V 
As dimensões padrão para polias de correias em V são dadas na tabela de catálogo, com base na 
figura. 
 
Correias Prof. Dr. Francisco José de Almeida 8

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