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Pró-reitoria de EaD e CCDD 1 Comunicação Organizacional Aula 6 Prof. Achiles Batista Ferreira Junior Pró-reitoria de EaD e CCDD 2 Conversa inicial Para que uma organização tenha boa comunicação e, com isso, conquiste a opinião pública, é importante que seus processos sejam bem estruturados e que seus profissionais estejam também empenhados no aprimoramento de seus perfis profissionais. Nesta aula, vamos abordar tópicos relevantes para o bom andamento de uma empresa e o bom relacionamento entre seus profissionais. Por exemplo, trataremos de técnicas para reuniões eficazes e da importância do marketing pessoal, comentaremos dicas para o bom relacionamento com o cliente e com outros públicos, bem como para a administração da rotina de trabalho, no que se refere à gestão do tempo e à organização das agendas. Iniciaremos a aula discutindo a importância do marketing pessoal. É cada vez mais importante que os profissionais se dediquem não apenas à sua formação técnica, mas também a formas de comunicar-se melhor profissionalmente, levando colegas, parceiros de trabalho, superiores hierárquicos e clientes a perceberem suas qualidades profissionais. É para isso que servem as técnicas de marketing pessoal. O profissional que investe em seu marketing pessoal sabe aonde quer chegar profissionalmente e lapida passo a passo sua carreira para seguir seu planejamento. Prosseguiremos com esse raciocínio abordando o tema “Comunicação interna e externa: qualidade no atendimento — comunicação pessoal e profissional”. Ao conhecer tanto o planejamento da organização quanto o seu planejamento pessoal, o profissional pode recorrer a esses conhecimentos no momento de pôr em prática as técnicas de comunicação, visando ao bom relacionamento com seus diversos públicos — clientes, parceiros, fornecedores, concorrentes, acionistas e todos os demais stakeholders. Tendo isso em vista, neste ponto da aula trataremos de dicas e técnicas de etiqueta corporativa, que auxiliam o profissional a saber como atuar em cada situação que se lhe apresente. O próximo tópico da aula envolverá temas como organização de agenda, comunicação telefônica, mensagens orais e escritas, imagem pessoal e imagem Pró-reitoria de EaD e CCDD 3 da empresa. Remete à prática dos conceitos de etiqueta corporativa abordados anteriormente. A gestão do tempo e a organização da agenda de trabalho são os pontos principais desse tópico. Apontaremos como o profissional deve se estruturar para dar conta das atividades programadas; como deve se comunicar, de acordo com cada um dos diversos meios (telefone, por exemplo), de modo que suas mensagens sejam bem compreendidas e assimiladas por seus interlocutores; como deve expor o conteúdo de suas mensagens, para obter os resultados esperados e para construir, para si e para a sua empresa, a melhor imagem. Nos dois últimos tópicos da aula, apresentaremos dicas e técnicas para promover reuniões eficazes. Organização, pauta, controle sobre o tempo e formas de incentivar a participação de todos são alguns dos aspectos a serem trabalhados. “Reuniões visuais” é outro tema importante de que trataremos, a partir das ideias de David Sibbet e outros autores, que mostram que é possível tornar as reuniões mais produtivas com a utilização de recursos visuais tais como gráficos, tabelas, mapeamento de ideias, entre outros. Contextualizando Juliano começou a trabalhar muito cedo. Aos 18 anos, ingressou na faculdade de Administração e logo conseguiu um estágio. Quando estava no sexto período da faculdade, foi efetivado como funcionário da empresa, na função de auxiliar administrativo. Mas ele sempre considerou marketing pessoal como “coisa para quem quer aparecer”. Definia-se como low profile, pois era discreto e fazia seu trabalho sem chamar a atenção na organização. Seu perfil era o de um profissional que desempenhava suas funções adequadamente. Chegava no horário, cumpria suas tarefas, saía no horário. Quando a empresa solicitou que produzisse cartões de visita para todos os funcionários, abriu mão do seu, pois disse que “nem teria para quem entregá-lo”, já que ficava o dia todo confinado no escritório. Pró-reitoria de EaD e CCDD 4 Juliano considerava as reuniões de seu departamento completamente improdutivas e desnecessárias. Quando tinha algum problema no trabalho, conversava diretamente com seu chefe e julgava que assim o resolveria. Todas as segundas-feiras, seu chefe promovia uma reunião com todo o departamento, para analisar como havia sido a semana anterior e programar a que estava começando. Por várias vezes, Juliano havia reclamado de outros colegas de trabalho diretamente para o chefe, mas, quando lhe era dada a palavra nas reuniões, afirmava que não tinha nenhum problema. Ele estava na empresa fazia cinco anos, mas nunca havia mudado de função ou recebido qualquer promoção. Ficou chateado quando um colega com menos tempo de serviço à empresa, que ocupava a mesma função que a sua, foi promovido, enquanto ele, mais uma vez, foi “esquecido”. Mas Juliano não pediu demissão nem perguntou ao chefe o motivo de não ter sido escolhido. Preferiu continuar no desempenho adequado de suas funções. Juliano é um exemplo de profissional mediano, sem proatividade, que não se preocupa com seu crescimento profissional nem com sua ascensão na empresa. Hoje em dia, as empresas buscam profissionais que procuram superar expectativas. Juliano se julgava exemplar por desempenhar as funções que haviam programado para ele, mas não ia além disso. Se ele investisse no desenvolvimento da sua carreira, em ir além do esperado no exercício da sua função, na participação ativa em reuniões, certamente teria sido notado na organização. Mas, com uma atuação meramente programada, sua presença nem era percebida na empresa. Juliano é um exemplo tanto de ausência de marketing profissional, como também de um profissional que nunca irá extrapolar as fronteiras do mediocridade. Tema 1: Marketing Pessoal - Imagem Pessoal e Autoimagem - As pessoas devem investir em seu marketing pessoal pelo mesmo motivo que as empresas em geral precisam investir em estratégias de marketing. Por que as empresas precisam investir em marketing? Para divulgar seus produtos Asus Realce Pró-reitoria de EaD e CCDD 5 e serviços, suas marcas; para tornarem-se conhecidas entre o seu público de interesse; para construir ou alimentar uma imagem positiva a seu respeito. Num mundo tão competitivo, em que são oferecidos produtos e serviços com as mais diversas qualidades e com grande variedade de preços, em um mercado em que o consumidor está cada vez mais exigente, as empresas precisam encontrar maneiras de se destacar, de sobressair em meio às outras. Também os profissionais estão nessa situação. Precisam investir em seu marketing pessoal para divulgar seus produtos e serviços, seu próprio perfil profissional. Assim como as empresas, as pessoas devem tornar-se conhecidas em seu meio profissional, construindo uma imagem positiva a seu respeito. O marketing pessoal ajuda os profissionais a se destacarem. Porém, fazemos aqui um alerta importante, e mais uma vez uma analogia com a situação das empresas: assim como estas devem calcar suas estratégias de marketing na verdade, também as pessoas precisam ser verdadeiras a respeito das habilidades e qualidades que propagam sobre si próprias. Uma empresa que divulgue informações distorcidas sobre seus produtos e serviços, que esconda problemasou que procure, de alguma forma, ludibriar seu público não irá se sustentar no mercado, pois a verdade virá à tona a qualquer momento, em situações de confronto. Do mesmo modo, se um profissional atribuir-se habilidades que não tem, mentir a respeito de seu currículo ou esconder as falhas de seu perfil profissional, não conseguirá se sustentar sobre bases falsas por muito tempo. Ainda na mesma base de comparação, quanto mais estruturado for o planejamento de marketing pessoal do profissional, mais chances ele terá de obter bons resultados. Se as empresas estruturam seu planejamento de marketing sobre as bases do seu próprio planejamento estratégico, da mesma forma os profissionais devem pensar em termos de planejamento estratégico de marketing pessoal. Assim como no planejamento estratégico das empresas, o primeiro passo é definir a missão, a visão, os valores e os objetivos do profissional. Asus Realce Asus Realce Asus Realce Pró-reitoria de EaD e CCDD 6 Missão A palavra “missão” vem do latim missione, que significa “ação, tarefa, ordem, mandato, compromisso, incumbência, encargo ou ainda obrigação de enviar missionários” (Ensinai, 2016). O termo é utilizado em diversas áreas, tais como a militar, a religiosa e a de gestão. Em gestão, a missão é apontada como a verdadeira razão da existência de uma empresa. Traduz qual é o propósito da existência da organização, o que ela se propõe a ser perante a sociedade. É por meio da declaração de uma empresa sobre sua missão que se pode saber a que ela se propõe ou como ela pretende tornar o mundo melhor. O site Strategia (2016) lista uma série de citações de autores consagrados a respeito da declaração das missões das organizações: "Uma empresa não se define pelo seu nome, estatuto ou produto que faz; ela se define pela sua missão. Somente uma definição clara da missão é razão de existir da organização e torna possíveis, claros e realistas os objetivos da empresa." (Peter Drucker) "Uma missão bem difundida desenvolve nos funcionários um senso comum de oportunidade, direção, significância e realização. Uma missão bem explícita atua como uma mão invisível que guia os funcionários para um trabalho independente, mas coletivo, na direção da realização dos potenciais da empresa." (Philip Kotler) "Você pode não aprender muito ao ler a missão de uma empresa — mas você aprenderá muito ao tentar escrevê-la." (S. Tilles) "Definir a missão de uma empresa é difícil, doloroso e arriscado, mas é só assim que se consegue estabelecer políticas, desenvolver estratégias, concentrar recursos e começar a trabalhar. É só assim que uma empresa pode ser administrada, visando um desempenho ótimo." (Peter Drucker) Asus Realce Asus Realce Pró-reitoria de EaD e CCDD 7 Tais citações mostram que a declaração de missão de uma organização é determinante para definição dos seus propósitos. Na construção do perfil profissional com base no que chamamos aqui de planejamento e marketing pessoal estratégico, o profissional deve indagar-se qual é ou qual ele pretende que seja sua missão pessoal. Ele deve fazer sua própria declaração de missão. O site colaborativo Wikihow enumera seis dicas para uma organização elaborar sua declaração de missão. O primeiro passo consiste em fazer uma sessão de brainstorming, incentivando as pessoas a falarem sobre suas ideias sem autocensura. Pode-se pedir-lhes que respondam a perguntas como: Com que oportunidades ou necessidades nós lidamos? (Isso define o propósito da organização.) O que estamos fazendo para lidar com essas necessidades? (Isso define a atividade do negócio.) Que princípios ou crenças guiam o nosso trabalho? (Isso define os valores principais que guiam as decisões.) (Wikihow, 2016) O segundo passo, conforme as dicas do site, é a consolidação das respostas obtidas. Certamente muitos colaboradores, dentro da organização, terão apresentado ideias semelhantes, mesmo com palavras diferentes. É importante compilar as respostas. Como terceiro passo, o site recomenda: “Reserve várias horas ou um dia inteiro para trabalhar na declaração” (Wikihow, 2016). Cabe lembrar que a declaração de missão deve ser elaborada preferencialmente em conjunto, pela equipe de trabalhadores. O próximo passo se resume na elaboração da declaração de missão. O Wikihow sugere um modelo com lacunas a serem preenchidas: “A missão da (nome da empresa) é (verbo) a (público-alvo) das (localização) através (serviços principais)” (Wikihow, 2016). Pró-reitoria de EaD e CCDD 8 Em seguida, a orientação é a “lapidar” a declaração de missão até que ela esteja perfeita a seu julgamento. A última recomendação é: “Divulgue!”. É preciso dar visibilidade à declaração de missão. Podemos transpor todos esses passos para o plano pessoal no planejamento estratégico do marketing pessoal. Cada pessoa deveria ter clareza sobre qual é sua missão, qual é o seu propósito na vida, o que se propõe a fazer para tornar o mundo melhor. As mesmas perguntas e dicas listadas anteriormente para a elaboração da missão de uma empresa podem ser usadas para pensar sobre a missão pessoal: com que necessidades ou oportunidades a pessoa em questão lida? O que faz para lidar com isso? Que princípios guiam sua vida? Uma vez montada a declaração de missão pessoal, é importante divulgá-la ara as pessoas de seu círculo e para aquelas que lhe interessam (seja para um trabalho, seja para um emprego, um projeto). Veja a seguir exemplos de declarações de missão de algumas empresas: Gol Linhas Aéreas: “Aproximar pessoas com segurança e inteligência.” (http://www.voegol.com.br/pt-br/a-gol/quem-somos/missao-visao-e- valores/paginas/default.aspx) Google: “A missão do Google é organizar as informações do mundo e torná-las mundialmente acessíveis e úteis.” (https://www.google.com/intl/pt- BR/about/company/ ) Visão No planejamento estratégico das organizações, a declaração de visão expõe como a empresa deseja estar posicionada no futuro (geralmente, em um prazo preestabelecido, como dentro de um ano, cinco anos, dez anos). O blog 100 Dicas de RH destaca: “O enunciado da visão deve conter tanto a aspiração, como a inspiração. A aspiração de tornar-se ‘algo’, e a inspiração porque esse ‘algo’ deve merecer e valer a pena ser concretizado” (100 Dicas de RH, 2016). Dessa forma, a visão deve refletir a ideia de futuro da organização, contudo precisa ser realista. De nada adianta elaborar um enunciado sem base Asus Realce Asus Realce Asus Realce Pró-reitoria de EaD e CCDD 9 na realidade, apontando situações que a empresa não tem condições nem meios de atingir. Do mesmo modo que as organizações, as pessoas devem ter uma ideia clara do posicionamento que almejam alcançar no futuro. Uma das perguntas mais comuns em entrevistas de emprego é “como você se imagina daqui a cinco anos?” Quando o profissional tem uma visão bem delineada do seu futuro, tende a manter o foco nesse direcionamento, empreendendo esforços para alcançá-lo. Sem esse traçado, muitos sonhos são abandonados no desenvolvimento de uma carreira. Observe a seguir exemplos de declaração de visão de algumas empresas. BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento): “Ser o Banco do desenvolvimento do Brasil, instituição de excelência, inovadora e proativa ante os desafios da nossa sociedade.” (http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/O_ BNDES/A_Empresa/missao_visao_valores.html) AVON: “Ser a companhia que melhor entende e satisfaz as necessidades deprodutos, serviços e autorrealização das mulheres no mundo todo.” (http://www.br.avon.com/PRSuite/static/downloads/pdfs_releases/Rele ase_VisaoMissao.pdf) Valores De maneira geral, valores são princípios éticos que uma empresa declara seguir. No entanto, para que sejam percebidos com verdadeiros e agreguem credibilidade à organização, os valores declarados devem estar alinhados às políticas da empresa, à sua missão e visão. Em reportagem publicada na Revista Exame online, Sonia Helena dos Santos, especialista em Gestão de Pessoas, afirma: “Valores correspondem ao que é importante para a organização e devem ser considerados guias para o comportamento no dia-a-dia.” (Santos, 2016). Segundo Santos (2016), os funcionários da organização devem conhecer seus Asus Realce Asus Realce Asus Realce Pró-reitoria de EaD e CCDD 10 valores e adotá-los na prática. “A atribuição principal dos líderes é divulgá-los e encontrar mecanismos eficientes para internalizar os valores junto à equipe”, diz Santos (2016). Os valores reforçam o comprometimento da equipe com a organização e amentam a credibilidade junto ao público externo. Exemplos de valores de organizações: Inovação; Qualidade; Ética; Respeito ao ser humano. Na comparação com o perfil profissional pessoal, cada indivíduo deve também ter valores inquestionáveis, princípios dos quais ele não abre mão. Certa vez, um executivo participou de um processo de seleção. Um head hunter estava recrutando um profissional para o cargo de vice-presidente de uma multinacional, mas, durante o processo de seleção, não poderia contar aos candidatos qual era a empresa. O executivo passou por todas as etapas do processo seletivo e, somente quando restavam apenas dois candidatos, ele e mais um, o head hunter contou que se tratava de uma indústria tabagista. Nesse momento, o executivo abriu mão da vaga em favor de seu concorrente, pois declarou que aceitar o emprego feriria um princípio (ou um valor) seu. Todas as vezes que as pessoas se deparam com dilemas éticos, testam em si mesmas seus valores e princípios. Objetivos Os objetivos, por sua vez, representam as metas específicas, geralmente numéricas, da organização. Segundo o site Strategia (2016), a organização almeja alcançar em prazo determinado resultados qualitativos e quantitativos. Da mesma forma que os valores, os objetivos também devem estar alinhados com a missão e a visão da organização. De acordo com o Strategia (2016), os objetivos devem seguir algumas características e precisam ser: Asus Realce Asus Realce Asus Realce Pró-reitoria de EaD e CCDD 11 coerentes; viáveis, porém desafiantes; aprazados; mensuráveis; claros, explícitos e concisos; conhecidos e acreditados por toda a empresa. Assim como as empresas, as pessoas também deveriam traçar metas específicas a serem perseguidas. Ter uma meta faz com que elas se esforcem com mais foco e determinação. Marketing Pessoal Todos os pontos apresentados pelo que chamamos aqui de Planejamento Estratégico de Marketing Pessoal são importantes para que o profissional possa buscar para si o destaque associado ao que se entende por marketing pessoal. As dicas e técnicas de marketing pessoal são importantes porque, assim como as empresas precisam se destacar frente à concorrência, também os profissionais devem buscar maneiras de serem reconhecidos em um mercado tão competitivo. Para conseguir esse destaque, o profissional deve saber demonstrar sua competência, deve mostrar-se confiante e fazer com que se perceba que ele tem a contribuir para com uma organização, um projeto, uma nova ideia. Somado a isso tudo, é desejável que ele demonstre, também, vontade de aprender continuamente, senso de oportunidade, iniciativa e, principalmente, boas habilidades relacionais. Independentemente da área de atuação do profissional, é importante que ele demonstre características como maturidade, responsabilidade, ética, integridade, persistência, paciência, entre outras. Deve demonstrar profissionalismo e saber como se comportar nos mais diferentes ambientes profissionais com que ele possa se deparar. Por fim, levando em consideração Asus Realce Asus Realce Asus Realce Pró-reitoria de EaD e CCDD 12 todas as características abordadas aqui, há uma última, porém não menos importante: a humildade. O profissional deve ter muito bom senso para conseguir se destacar sem considerar-se melhor do que os seus pares. Tema 2: Comunicação Interna e Externa - Qualidade no Atendimento; Comunicação Pessoal e Profissional Como o tema central desta aula é o desenvolvimento de um perfil profissional adequado às necessidades das organizações, abordaremos, neste tópico, uma das mais importantes habilidades exigidas de profissionais de todas as áreas, com os mais diferentes perfis: a de se comunicar bem. Trataremos deste tema sob diferentes vertentes, desde a comunicação com colegas de trabalho, até a qualidade do atendimento a todos os stakeholders e as técnicas de comunicação pessoal. Já abordamos, em capítulos anteriores, conceitos, técnicas e formas ideais para a comunicação interna e externa de uma organização, frisando itens como transparência, precisão, correção e ética. Quando tratamos da formação do perfil profissional, os valores éticos devem ser os mesmos: há que se buscar, primeiramente, a autenticidade e a verdade na comunicação interpessoal, quer quando a mensagem circula apenas nos ambientes internos da organização, quer quando ela se destina a públicos externos. Comunicação pessoal com o público interno O bom profissional é aquele que constrói sua liderança com base em bons relacionamentos com os colegas. Presunção e arrogância destroem qualquer possibilidade de aproximação sincera entre colegas de trabalho. Portanto, a primeira habilidade a ser fomentada deve ser a humildade. O líder autêntico busca a melhor forma de transmitir uma crítica, e também sabe receber críticas com humildade e profissionalismo. Dar e receber feedback é uma tarefa difícil, mas extremamente necessária nos dias de hoje. Conseguir o melhor desempenho da equipe e obter o melhor Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce Pró-reitoria de EaD e CCDD 13 de si mesmo também depende de como as pessoas fazem e recebem críticas. Todo relacionamento deve ter como base o fato de que acontece entre seres humanos, com qualidades e defeitos, com sentimentos e emoções. Com o relacionamento profissional não é diferente. Há que se considerar, por exemplo, se o momento é adequado a uma crítica, se a pessoa a quem ela se dirige encontra-se bem, emocionalmente, naquele momento, assim como o próprio líder que fará os comentários. Mas, ao mesmo tempo, é importante não perder o timing para fazer uma observação, para não correr o risco de que ela fique deslocada e que, portanto, seu efeito seja inócuo. O importante, de acordo com o site RH Portal, dirigido a profissionais de Recursos Humanos, é que o líder consiga fazer com que a pessoa a ser criticada não fique na defensiva, não se sinta humilhada e não receba as críticas como ofensas. O objetivo ao se fazer um apontamento sobre o comportamento profissional de alguém é estimulá-lo a progredir profissionalmente. Muitas vezes, a pessoa precisa melhorar sua performance em determinada atividade, mas nem chega a percebe que a está fazendo de forma equivocada. O feedback também ajuda nesse sentido: a fazê-la perceber coisas que não estava vendo, a encorajá-la amelhorar, a assumir responsabilidades sobre suas próprias ações. De acordo com o site, é prejudicial um feedback que enfatize apenas a culpa e os pontos fracos do profissional. É importante motivá-lo a crescer e, por isso, é fundamental destacar também suas boas habilidades. É preciso tomar cuidado para não destruir a autoconfiança do profissional, em consequência do tom adotado para fazer as críticas. Acima de tudo, é preciso que qualquer crítica seja acompanhada de explicações didáticas, para que não se corra o risco de que o profissional se sinta apenas humilhado, sem saber onde errou e como deveria ter agido (RHPortal, 2016). Já o site SME Toolkit, especializado em dicas para empreendedores, reconhece que a tarefa de dar retorno aos funcionários sobre suas atitudes e comportamentos é difícil, mas também salienta o quanto ela é necessária. O líder deve estar preparado para esse tipo de conversa sem causar constrangimentos Pró-reitoria de EaD e CCDD 14 e sem se sentir desconfortável. O site aponta seis dicas para que o feedback seja efetivo (SME Toolkit, 2016): 1) Não demore: O retorno deve ser dado o mais rápido possível, tanto se o feedback for positivo quanto se ele for negativo. Quando se espera muito para fazer um elogio ou uma crítica, o efeito torna-se nulo, pois a ação que motivou o feedback já não está na memória de ambos. 2) Seja frequente: As pessoas devem se acostumar a receber retorno por suas ações, sejam eles elogios ou críticas. Quanto mais frequente for esse hábito, mais as pessoas da organização estarão alinhadas e cientes das expectativas em relação à sua performance. É importante lembrar, no entanto, que as críticas devem sempre ser feitas individualmente, em particular. 3) Seja detalhista: Elogiar ou criticar generalidades não traz resultados efetivos para a equipe. O líder deve ser específico nas suas observações — isso demonstra que ele presta atenção aos feitos de sua equipe. 4) Seja apropriado: É sempre importante avaliar as situações antes de fazer algum comentário em público — mesmo que seja um elogio, pois ele pode desconcertar a pessoa. 5) Mostre os tópicos relevantes: O líder deve concentrar-se nos assuntos que, de fato, sejam relevantes para o dia a dia do trabalho. Apontar cada pequeno defeito ou dar opinião sobre cada atitude pode torná-lo implicante, o que é desagradável no ambiente profissional. Além disso, reclamar sobre cada detalhe não é produtivo e nem traz resultados para o bom andamento dos trabalhos. 6) Seja cuidadoso nas comparações: Deve-se evitar ao máximo comparar um profissional com outro. Mesmo que o líder prefira o modo de agir de um deles, fazer comparações pode desmotivar a equipe. Qualidade no atendimento Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce Pró-reitoria de EaD e CCDD 15 Muito já se disse que preço e qualidade não são mais diferenciais no mudo competitivo de hoje, o que é uma grande verdade. A grande oportunidade que as organizações têm de marcar presença de forma positiva perante o cliente é na forma de atendê-lo. Para que o atendimento ao público seja satisfatório, antes de tudo, é importante que o atendente demonstre atenção real ao que o cliente tem a dizer. Por isso, uma das principais habilidades necessárias a quem lida com o público é saber ouvir. O atendimento deve ser adequado, eficiente, seguro e contínuo. É preciso valorizar o público, respeitá-lo e entendê-lo. Além de ouvir o que o cliente tem a dizer, é importante considerar seus sentimentos e o momento pelo qual ele está passando, além de compreender a importância desse cliente para a organização. O momento de se receber o cliente é crucial para que ele assimile uma imagem positiva da organização. Por isso, deve-se prestar particular atenção à qualidade do serviço ao receber pessoas. O atendimento serve também para orientar, indicar opções ao cliente e ajudá-lo a sanar eventuais dúvidas. O atendente deve saber filtrar as informações que recebe do cliente, identificando suas necessidades e evitando que ele perca tempo. Quando se tratar de críticas e reclamações, é preciso sutileza e habilidade para acalmar o cliente e orientá- lo sobre o que deve fazer. Primeira impressão O ditado popular reza que “a primeira impressão é a que fica”. Isso é especialmente verdadeiro no âmbito profissional. O início do atendimento é determinante para a imagem que o cliente conservará da organização. O profissional deve usar de habilidades comunicacionais verbais e não verbais para demonstrar atenção e iniciar um bom relacionamento. Uma boa comunicação é aquela em que os interlocutores olham-se mutuamente para conversar. O atendente deve olhar para o cliente, sorrir, cumprimentá-lo e demonstrar boa vontade ao ouvi-lo. Asus Realce Asus Realce Asus Realce Pró-reitoria de EaD e CCDD 16 O profissional de atendimento deve estar sempre bem informado acerca da organização, seus produtos e serviços, pois precisará esclarecer eventuais dúvidas e saber responder às perguntas dos clientes. Quando não souber o que responder, não deve dizer “não sei” de forma ríspida, mas demonstrar verdadeiro interesse em descobrir a resposta ao que o cliente quer saber. No relacionamento assim formado, o profissional deverá ter foco total no cliente e revelar essa atenção a ele. Quanto mais conseguir demonstrar que conhece a organização e sente satisfação no trabalho que desenvolve, mais confiança conseguirá despertar no cliente. O encantamento do consumidor se dá não apenas quando a organização consegue entregar produtos e serviços que ele esteja procurando, mas também, e especialmente, quando ele se sente acolhido. Se o cliente encontra preço e qualidade semelhantes na concorrência, é pelo bom atendimento que ele optará por se relacionar com esta ou aquela organização. Assim, o bom atendimento se caracteriza pela atenção efetivamente dedicada ao cliente. Sempre que possível, o profissional deve buscar oferecer mais do que este procura — com o cuidado de não ser invasivo ou de oferecer algo que não agregue nada para o cliente. Nestes casos, há inclusive o risco de desagradar, quando se pretendia agradar. Um brinde inútil, grande demais ou barulhento, por exemplo, poderá ser sempre uma lembrança negativa. Lidando com reclamações Receber uma reclamação de cliente é sempre desconfortável, mas é imprescindível considerar que ele pode estar fazendo um alerta importante. Quando sabe separar reclamações vazias, vindas de clientes “reclamões” por natureza, daquelas que podem ser enriquecedoras, a organização só tem a ganhar. Frequentemente, o cliente que apresenta uma reclamação sensata é muito útil à organização. Primeiro, porque ele é mais propenso a ser fidelizado, pois se não quisesse manter um relacionamento duradouro com a empresa, não voltaria para reclamar — simplesmente iria embora e não retornaria, como a Asus Realce Asus Realce Pró-reitoria de EaD e CCDD 17 maioria faz. Além disso, o cliente que reclama de forma séria traz alertas que os clientes “bajuladores” não trazem. É comum que se perpetuem na organização hábitos ou procedimentos inadequados, simplesmente porque ninguém percebe que eles estão errados — e nisso o cliente pode ajudar. Quando um cliente chega reclamando de forma agressiva, vociferando e gesticulando de forma escandalosa, o melhor a ser feito é neutralizá-lo, tentando, com discrição, levá-lo a um lugar separado dos demais consumidores e, de forma habilidosa, fazê-lo acalmar-se e reduzir o volumeda voz. Uma boa tática é falar calmamente e em tom baixo (inconscientemente, por espelhamento, ele tenderá a também reduzir o volume da voz). No entanto, isso só trará resultados se o atendente conseguir demonstrar que tem interesse em resolver o problema e que está prestando toda a atenção ao que o cliente tem a dizer. Atitudes a serem evitadas Nas situações de conflito, o atendimento torna-se ainda mais delicado e difícil. Perder a calma e entrar na sintonia do cliente, tornar-se também agressivo, responder de forma ríspida e aumentar o volume de voz são as piores atitudes que se pode tomar quando se recebe uma crítica. Mesmo quando percebemos que o cliente não tem razão (sim, às vezes ele NÃO tem razão!), precisamos mostrar-lhe isso de forma educada e elegante, de preferência com informações relevantes. Mas é importante manter atitudes profissionais em todos os momentos, mesmo os mais positivos. Por exemplo, apresentar-se de maneira sensualizada, provocante, com roupas ousadas, pode comprometer a imagem da organização e arranhar o perfil profissional do atendente. Apresentar-se com roupas sujas ou amarrotadas, também compromete a credibilidade da empresa e do profissional. Utilizar expressões como “querida”, “meu amor”, “meu amigo”, entre outras, pode fazer com que a comunicação soe falsa, a menos que se sinta abertura do cliente para uma aproximação maior (e ainda assim, somente quando esses vícios de linguagem forem autênticos na fala do atendente. Há Asus Realce Asus Realce Pró-reitoria de EaD e CCDD 18 pessoas que falam dessa maneira com sentimento e simpatia. Mas se for uma simpatia forçada, certamente soará artificial). Deve-se buscar intimidade com o cliente na justa medida. Um relacionamento muito frio tende a afastá-lo, mas qualquer invasão não autorizada (como apelidos, gestos inadequados, pegar na pessoa ao falar etc.) pode pôr tudo a perder. Também deve-se evitar demonstrar impaciência, cansaço ou pressa. Mesmo que haja mais pessoas para serem atendidas, é importante que o cliente perceba que o atendente está presente “por inteiro” na comunicação com ele, e não incomodado com a chegada de outras pessoas, olhando no relógio, utilizando expressões que encaminham a conversa para o fim (como “então tá bom” e outras semelhantes). Da mesma forma, o profissional deve evitar deixar transparecer para o cliente eventuais problemas pessoais. Às vezes isso pode ser difícil — se o problema for muito grave ou se o profissional realmente não conseguir guardá-lo para si, é melhor evitar atendimento ao público naquele dia. Mas não deve aproveitar o bom relacionamento com o cliente para “desabafar” com ele, pois isso pode ferir a imagem profissional tanto da pessoa do atendente quanto da organização. Outro elemento que pode prejudicar o relacionamento com o cliente é a utilização de linguagem muito técnica. O cliente pode se sentir ludibriado ou o profissional pode parecer arrogante. Sempre que possível, o ideal é utilizar linguagem simples, coloquial e clara. Quando for inevitável utilizar jargões técnicos ou quando o profissional, sem querer, “deixar escapar” uma expressão pouco coloquial, deve explicá-la, discreta e naturalmente, o mais rápido possível. Embora já tenhamos alertado para a importância do “saber ouvir”, é bom reforçar que o profissional não deve interromper a fala do cliente. Pessoas com comportamento ansioso e que queiram demonstrar muito conhecimento a respeito do assunto tendem a falar mais que o cliente e não deixá-lo explanar sobre seus anseios. Despedida do cliente Asus Realce Pró-reitoria de EaD e CCDD 19 A forma de se despedir do cliente também é importante para alimentar um bom relacionamento com ele. Especialmente se for um estabelecimento comercial, a despedida deve ser discreta e simpática. O profissional deve acompanhar o cliente até a porta e agradecer-lhe pela visita, podendo também expressar o desejo de que o cliente retorne em breve. Tema 3: Agenda, Comunicação Telefônica; Mensagens Orais e Escritas; Imagem Pessoal e Imagem da Empresa Descrição e contextualização Por mais moderna que seja a empresa, ela precisa de disciplina e organização para otimizar seus processos. Cada profissional deve estar comprometido com essa disciplina no cumprimento de suas atividades cotidianas. Assim, a organização evita retrabalho e favorece a manutenção de ambientes limpos e a fácil visualização dos processos. É importante saber onde procurar documentos, anotações, arquivos. Quanto mais organizado, mais produtivo será o ambiente. De acordo com o site B. I. Internacional, escola de negócios brasileira, parceira de business schools nos EUA, Ásia e Oceania e considerada referência em sua área de atuação, “manter a organização no ambiente de trabalho é muito importante para qualquer profissional que queira ter mais produtividade e qualidade, pois garante às pessoas melhores condições de vida e facilidade no dia-a-dia [sic], além do conforto e limpeza [sic]”. O site alerta que a desordem provoca atrasos, problemas no rendimento profissional e afeta até mesmo o humor e a saúde das pessoas, além de poder provocar também desgastes na equipe. Assim como acontece nas residências, é comum que se acumulem, também nas empresas, papéis desnecessários, documentos vencidos, folders, materiais de propaganda e outros, que podem — e devem — ser descartados para que o ambiente fique mais livre. Não é raro ter nas paredes calendários de Asus Realce Asus Realce Asus Realce Pró-reitoria de EaD e CCDD 20 anos anteriores, porque eles passam a fazer parte da “paisagem” e deixam de ser vistos. É necessário fazer avaliações constantes dos ambientes para que se retire tudo o que não for mais útil. Da mesma forma, os arquivos digitais também devem ser organizados para dar agilidade ao trabalho. Há computadores em empresas que são completamente desorganizados, tornando difícil a localização de algum arquivo ou documento importante. No âmbito pessoal, a organização também é fundamental. Profissionais organizados em seu dia a dia cumprem compromissos, preparam-se para reuniões e apresentações e são responsáveis em relação ao cumprimento de horários. Quanto à disciplina, ela auxilia no cumprimento de tarefas no prazo requisitado, no estabelecimento de uma rotina para os trabalhos e no comprometimento para com as tarefas. Tanto para o rendimento do trabalho individual quanto para a performance da equipe, disciplina e organização são fundamentais. Gestão do tempo Executar as tarefas necessárias no prazo determinado exige dedicação e organização. Os ambientes profissionais atuais são tumultuados e as atividades se sobrepõem umas às outras, dificultando esse processo. Para ter controle do tempo e dar conta de realizar as atividades dentro dos prazos, é necessário atentar para detalhes importantes. O site Gestão do Tempo é totalmente voltado a essa questão. Contém matérias com dicas, artigos e links tratando do tema, sob o lema “sendo produtivo com menos stress”. De fato, não ter controle sobre o tempo e não conseguir realizar as atividades nos prazos estipulados é um dos maiores geradores de estresse da atualidade. Para que o relógio não afete a saúde do profissional, o site traz diversas dicas, em artigos temáticos. Um deles, “Ladrões de tempo — quem são e como evitá-los”, trata com propriedade do tema, enumerando Asus Realce Asus Realce Pró-reitoria de EaD e CCDD 21 atividades que se interpõem no dia-a-dia do profissional, desviando-lhe do foco da atividadeprincipal. Entre esses “ladrões de tempo”, estão as mensagens instantâneas, os emails, a internet de forma geral (redes sociais e sites que despertam a curiosidade das pessoas a qualquer tempo) e os feeds (notificações enviadas a seguidores de blogs, sites e outros aplicativos). Para evitar a interferência desses elementos, o profissional deve manter-se longe deles enquanto estiver desempenhando alguma atividade urgente. É possível desligar as notificações, por exemplo, além de fugir da tentação de averiguar emails e mensagens SMS a todo momento. Outro ponto importante na gestão do tempo é estabelecer prioridades. Não é raro que atividades corriqueiras atrasem o cumprimento de alguma tarefa mais urgente. É aconselhável fazer uma lista de prioridades — e segui-la à risca. Separar o que é urgente, emergente, importante e cotidiano é uma forma de resolver prioritariamente os assuntos que precisam de respostas mais rápidas. Além disso, o profissional deve aprender a evitar a procrastinação, que é o adiamento do cumprimento de obrigações. Procrastinar é mais comum do que se imagina. A grande maioria dos profissionais procrastina, em maior ou menor grau. Mas essa é uma prática a ser evitada, para o bem do trabalho. A procrastinação aparece disfarçada, por exemplo, de pequenos rituais (como pegar um café antes de voltar ao computador, “esticar” uma conversa com o colega, pegar algo para ler antes de iniciar uma nova atividade). É importante lembrar que a procrastinação de hoje certamente será a urgência de amanhã. O que não for feito com antecedência precisará ser feito às pressas depois. De acordo com o site Gestão do Tempo, alguns fatores que levam à procrastinação são o excesso de autoconfiança ou otimismo, o medo ou a preguiça de iniciar uma tarefa que se sabe que será difícil ou extensa, o perfeccionismo ou a hostilidade (quando não gostamos do tema, evitamos encará-lo). Outro fator é a falsa crença de que se trabalha melhor “sob pressão”. Isso não é verdade. Pelo contrário. Quando se faz algo com antecedência, é possível rever, melhorar, aperfeiçoar. Asus Realce Pró-reitoria de EaD e CCDD 22 Para evitar a procrastinação, o site recomenda algumas ações, como ter metas e objetivos definidos, planejar as ações, dividir as tarefas em atividades menores e fazê-las uma a uma. Outra técnica curiosa é a chamada “five minutes focus”, em que a pessoa se propõe a ficar totalmente focada em “blocos” de cinco minutos. Fazendo pequenos intervalos a cada período, a pessoa tende a ficar mais produtiva. Agenda Um dos instrumentos que mais ajudam a manter o foco, evitar a procrastinação, cumprir os prazos estipulados e manter a disciplina e a organização é a distribuição das atividades numa agenda, seja ela tradicional, de papel, ou eletrônica, acessível pelo computador ou o telefone. A agenda auxilia a organização dos compromissos. Thais Godinho, escritora e blogueira do site Vida Organizada, afirma que a agenda é o instrumento “mais importante na vida de uma pessoa organizada”. A escritora alerta que é impossível lembrar-se de tudo e que, por isso, o hábito de manter uma agenda de compromissos ajuda a não deixar nada de lado. O profissional deve escolher o formato de agenda que seja mais adequado ao seu dia a dia: diária, mensal, semanal, de bolso, de mesa ou, ainda, de celular ou computador. Após ter escolhido o modelo de agenda mais conveniente, é importante desenvolver o hábito de usá-la. Aos poucos, sugere a escritora, a agenda irá tornar-se indispensável. Godinho (2016) também alerta para o que chama de “organização fogo de palha”: muitas pessoas se empolgam com a ideia de tornarem-se organizadas, passam a anotar tudo na agenda, mas enjoam logo. Comunicação por telefone Mesmo com o avanço das tecnologias, que permite a troca de mensagens instantâneas, a interação por diversos meios e a agilidade na busca de informações, o telefone ainda é um importante meio de comunicação no mundo Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce Pró-reitoria de EaD e CCDD 23 dos negócios. Diversas empresas de e-commerce, por exemplo, mantêm amplos sistemas de telemarketing ativo e reativo para contato com clientes que pesquisam pela internet, mas ainda preferem fechar negócios a partir de uma conversa. Para que a comunicação por telefone seja eficiente, é preciso atentar para alguns detalhes importantes. A fala deve ser bem articulada, não muito rápida, e em volume razoável, para que o interlocutor ouça bem o que se diz. Além disso, é pela voz que os interlocutores expressam seus sentimentos quando falam ao telefone, porque não estão presentes os outros recursos da linguagem não verbal, como gestos e olhares. Por isso, é importante certificar-se de que seu interlocutor sente-se acolhido na conversa. Demonstrar respeito, preocupação e atenção é fundamental. As mensagens devem sempre ser bem contextualizadas, para que se evitem os mal-entendidos. No atendimento ao cliente, por exemplo, é importante: Não deixar o cliente esperando por muito tempo. Se a busca por alguma resposta for demorar, é preciso deixar isso claro para ele. Transferi-lo para outro ramal e deixar que a ligação caia é frustrante. Deixá-lo abandonado, ouvindo músicas de espera ou gravações é ainda mais irritante. Transferi-lo para vários departamentos sem conseguir resolver o seu problema é fatal para o bom relacionamento com o cliente. Não interromper o cliente. Exercite a habilidade de saber ouvir, mas faça pequenas intervenções que demonstrem que você está acompanhando com atenção o que ele diz. Atender às necessidades do cliente. Quando isso não for possível, é importante oferecer alternativas. Agir com cortesia. Cumprimentar, fazer saudações-padrão de acordo com o estipulado pela empresa, de forma simpática, é uma maneira de manter bom vínculo com o cliente. Perguntar o nome do cliente e tratá- lo nominalmente é uma atitude louvável e que ajuda muito a conquistá- Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce Pró-reitoria de EaD e CCDD 24 lo, pois transmite a ideia de que ele é importante. As respostas devem ser dadas com simplicidade, clareza, objetividade e cordialidade. (Brasil, 2012) Mensagens orais e escritas A comunicação nos ambientes corporativos deve ser clara, objetiva e concisa, conforme já foi abordado aqui. Há que se salientar, no entanto, formas de se estruturar os conteúdos de forma a se alcançarem os melhores resultados. Dicas e técnicas de oratória e de comunicação por meio das novas tecnologias podem auxiliar a efetividade das mensagens. Oratória Nas mais diversas profissões e áreas de atuação, quem se comunica melhor, destaca-se. Para ter uma boa oratória, o profissional deve buscar desenvolver habilidades comunicacionais que o deixem seguro para falar em público. A oratória auxilia o profissional em diversas situações em que ele precisa se comunicar oralmente, como apresentação de projetos, coordenação de reuniões, representação da empresa em alguma situação externa, entre outras. Um dos primeiros e mais importantes passos para uma fala segura é o planejamento. Segundo Werner (2010), independentemente da situação em que irá falar, o profissional deve planejar o início, o meio e o fim de sua fala. Não importa se ele irá liderar uma reunião ou apresentar um novo projeto na organização, sua fala deverá ter introdução, desenvolvimento e conclusão. A introdução é um momento de suma importância, pois é quando o orador conquista — ou não — a atenção de seu público. O iníciode sua fala deve ser impactante o suficiente para que a plateia queira manter-se ligada aos conteúdos a serem transmitidos pelo orador. Este é o momento de cumprimentar de forma simpática a plateia, apresentar-se (quando for o caso) e fazer a ambientação do público ao assunto a ser abordado. Uma forma didática de fazer essa Asus Realce Asus Realce Asus Realce Pró-reitoria de EaD e CCDD 25 ambientação é enumerar os principais tópicos que serão detalhados durante o desenvolvimento. Uma vez que o público esteja ambientado, passa-se ao desenvolvimento propriamente dito. É nesse momento que o orador apresentará toda a sua argumentação: pesquisas, opiniões, dados e informações sobre o assunto. Para enriquecer seu conteúdo, ele deve apresentar números e estatísticas, pensamentos de autores consagrados sobre o assunto. Pode fazer comparações entre diferentes linhas de pensamento, citar fatos e exemplos do cotidiano. Quanto mais didático ele conseguir ser, melhor será a apreensão do conteúdo por parte da plateia. Uma boa forma de alcançar esse didatismo é contar histórias do cotidiano (ou mesmo fábulas ou narrativas fictícias) que tenham ligação com o assunto apresentado. Essa é uma boa maneira de explicar o que eventualmente for de difícil compreensão, além de provocar o processo de identificação, aproximando orador e plateia. Por fim, o orador deve fazer o desfecho de sua fala. A conclusão é também um momento muito importante, mas muitas pessoas negligenciam seu planejamento. Quando não se planeja o encerramento de uma exposição oral, é comum que o orador não consiga terminá-la e perca a objetividade no final, falando várias vezes as mesmas coisas, por exemplo. O sintoma mais claro de que uma fala não teve seu final bem planejado é quando o orador termina dizendo frases como “então, é isso” ou similares. Assim que termina de apresentar sua argumentação, o orador percebe que está chegando ao fim e, sem ter outra forma de finalizar, conclui dizendo apenas “é isso”. O ideal, porém, é que esse desfecho seja mais harmônico com o restante da fala. Uma boa maneira de concluir uma apresentação de forma didática é apresentar um breve resumo dos principais pontos abordados. Além disso, em alguns formatos de fala, como os discursos, pode ser interessante concluir com uma frase de impacto — que pode ser uma citação de um autor consagrado, um trecho de poema ou música, um provérbio ou dito popular, com o cuidado de não se escolher algo muito desgastado pelo uso. A frase final pode também ser de Pró-reitoria de EaD e CCDD 26 autoria do próprio orador, desde que tenha a característica de provocar um bom impacto. Emails e mensagens instantâneas Na comunicação interpessoal escrita, por outro lado, o profissional deve exercitar a correção e a obediência às normas da língua portuguesa. Mesmo observando esse rigor, porém, é importante ter em vista a coloquialidade, a simplicidade no vocabulário, para que uma linguagem muito rebuscada não o afaste do seu grupo de convivência profissional. Com o desenvolvimento das novas tecnologias, especialmente as que possibilitam trocas de mensagens instantâneas, vícios de linguagem, gírias e até mesmo erros de português proliferaram. Criou-se uma nova língua, cheia de abreviações e neologismos, já apelidada de internetês. Nos ambientes profissionais, deve-se ter o cuidado de não abusar desses deslizes linguísticos, sob pena de perder credibilidade perante seus públicos. É bem verdade que, em nome da agilidade, admitem-se simplificações e abreviações em emails, mensagens de texto para celular e outras formas de comunicação instantânea, mas tomando cuidado para que essas simplificações não infantilizem seu vocabulário nem se tornem incompreensíveis para o interlocutor. Werner (2010) alerta que, além de buscar simplicidade e clareza nas mensagens digitais, é preciso tomar cuidado com alguns sinais que podem mudar a conotação do conteúdo. É comum utilizar a pontuação para transmitir com mais propriedade a intenção do que se quer falar (usar mais pontos de exclamação e reticências, por exemplo); mas, se a pessoa mandar uma mensagem toda em letras maiúsculas, em negrito ou com as palavras escritas em vermelho, isso assumirá um tom de agressividade, pois, no “internetês”, significa que a pessoa está gritando. Asus Realce Asus Realce Pró-reitoria de EaD e CCDD 27 Tema 4: Reuniões Visuais O tema “Reuniões Visuais” vem ganhando interesse global a partir do pensamento de David Sibbet, um dos principais líderes mundiais em facilitação gráfica e pensamento visual para grupos. Ele é fundador e presidente da Grove Consultants International, empresa de consultoria em facilitação gráfica, visualização panorâmica e transformações organizacionais. Em seu livro Reuniões visuais: como gráficos, lembretes autoadesivos e mapeamento de ideias podem transformar a produtividade de um grupo, Sibbet aponta que, pelo fato de vivermos numa cultura totalmente focada no visual, as pessoas têm ideias melhores quando trabalham visualmente. Segundo ele, o chamado “pensamento visual” (design thinking) faz com que as pessoas tomem decisões melhores e fiquem mais comprometidas com seus trabalhos. O livro, assim como as oficinas ministradas por Sibbet, apresentam uma proposta de “destravar” a criatividade e o senso de colaboração, bem como um incentivo à inovação constante. Sibbet trabalha com a ideia de que os registros gráficos, o planejamento visual e o mapeamento de ideias tornam as reuniões mais produtivas. Curiosamente, o autor prega a não utilização do Power Point, porque, segundo ele, o programa torna as reuniões enfadonhas e cansativas, além de não promover a interação do grupo. As reuniões podem, e devem, segundo Sibbet, ser mais produtivas e até divertidas. Em épocas de contenção de orçamento, o autor aponta que as reuniões virtuais são também uma oportunidade para se otimizar a utilização de recursos, uma vez que podem ser mais objetivas e diretas. “Conduzir nossa organização de forma segura, com pouco ou nenhum orçamento para viagens, e cada vez menos tempo para encontros e diálogos reais é um desafio à qualidade das comunicações. Acredito que o que chamo de ‘reuniões visuais’ seja uma resposta direta” (Sibbet, 2013). A ideia das reuniões visuais é inspirada na forma como os arquitetos e designers trabalham. “Ferramentas e métodos melhores, ainda que não sejam suficientes sem objetivo e motivação, promovem a Asus Realce Asus Realce Asus Realce Pró-reitoria de EaD e CCDD 28 esperança de novas maneiras de encarar níveis cada vez mais altos de dinamismo e de mudança” (Sibbet, 2013). As ilustrações produzidas e utilizadas por David Sibbet podem até parecer desorganizadas, à primeira vista, mas representam a construção do recurso visual de forma dinâmica e didática, de tal modo que todos consigam acompanhar o raciocínio que se desenvolve. As apresentações de Steve Jobs, fundador da Apple, também sempre chamaram a atenção do mundo por seu apelo visual e poucas — ou nenhuma — informações escritas. O escritor norte-americano Carmine Gallo (2012) analisou, no livro Faça como Steve Jobs e realize apresentações incríveis em qualquer situação, o motivo do sucesso das apresentações de Jobs. Embora as análises do autor ocupem-se mais detidamente do conteúdo das palestras e reuniões de Jobs, as dicas apresentadas no livro podem ajudar a fazer apresentações mais eficazes. Algumas das orientações sugeridas por Gallo (2012) são: Faça um planejamento analógico: assim como Sibbet, ele tambémdesaconselha o uso do Power Point, pelo menos na elaboração do rascunho. O ideal, segundo Gallo, é organizar as ideias numa folha de papel, para só depois criar a apresentação com algum programa de computador. Responda a pergunta mais importante: é importante colocar-se no lugar do ouvinte e imaginar se ele de fato irá se importar com o que está sendo dito. Desenvolva um propósito messiânico: em outras palavras, fale com paixão genuína. Crie frases como se fossem posts no Twitter: frases curtas e de efeito provocam impacto nas pessoas. Textos longos as afastam. Desenhe um mapa: faça com que o público perceba que sua apresentação terá início, meio e fim. Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce Pró-reitoria de EaD e CCDD 29 Apresente um antagonista: mostrar um problema a ser resolvido é também uma forma de manter as pessoas atentas às alternativas de solução. Revele o herói: apresentado o problema, revele a solução de maneira grandiosa. Canalize o seu eu interior: a apresentação deve ser simples e minimalista. Enfeite seus números: não se trata de maquiá-los, mas de apresentar as estatísticas de forma que a plateia as perceba como relevantes. Use palavras incrivelmente velozes: edite sua apresentação quantas vezes for necessário, cortando ideias desnecessárias, substituindo palavras por outras mais chamativas, procurando expressões que cativem a plateia. Compartilhe o palco: sempre que possível, reveze com outras pessoas e permita que elas também façam apresentações. Dê vida à sua apresentação: contar histórias, dar exemplos, cortar informações desnecessárias são coisas que dão vida a uma apresentação. Revele algo inesperado: guarde uma surpresa para o final. Tenha presença de palco: é importante desenvolver segurança na linguagem corporal e fazer com que seus gestos tornem a apresentação harmônica. Faça parecer fácil: apresente seus argumentos como se fossem óbvios, de forma a que as pessoas se perguntem: “como não pensei nisso antes?” Vista uma roupa adequada: não se deve desprezar o dress code (código de vestimenta), e sim vestir-se de maneira harmônica com o ambiente em que se vai interagir. Fale de forma natural: quanto mais segura a pessoa estiver, mais naturalidade irá transmitir. Divirta-se: mais uma vez, esse quesito é proporcional ao grau de segurança do orador. Quanto mais segura a pessoa estiver, melhor ela transmitirá a ideia de que é um prazer estar ali. Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce Pró-reitoria de EaD e CCDD 30 Tema 5: Técnicas para Otimizar Reuniões Já abordamos no tópico anterior a ideia de que a utilização de apoio visual nas apresentações pode tornar as reuniões mais produtivas e as equipes mais participativas. Mas, o fato é que a grande maioria dos profissionais se desmotiva ao ser convocada ou convidada para uma reunião — e também é fato que muitas das reuniões promovidas nas organizações são enfadonhas, pouco produtivas e inócuas, ou seja, não trazem resultados efetivos para o cotidiano do trabalho. Para que as reuniões sejam mais efetivas, é necessário encontrar formas de promover o engajamento da equipe, de tornar as pessoas participativas e de conseguir, de fato, resolver problemas e tomar decisões importantes nesses encontros, que são, sim, necessários ao bom andamento dos trabalhos. Werner (2010) afirma que, para que uma reunião seja produtiva, os organizadores devem atentar para quatro pontos principais: pauta, discussão, tempo e respeito às pessoas. O primeiro ponto o alerta que as reuniões devem ter uma pauta predefinida e que as pessoas devem ser informadas dessa previsão. “Toda reunião deve girar em torno de pontos principais. O ideal é que os convocados saibam de antemão os assuntos do encontro” (Werner, 2010). É sempre possível, segundo a autora, prever a possibilidade da discussão de assuntos “extrapauta”, para que as pessoas se sintam à vontade para falar sobre eventuais problemas que não tenham sido elencados. Por isso, o segundo ponto levantado por ela como alerta para que as reuniões sejam proveitosas é tornar os encontros verdadeiros fóruns de discussão. Reuniões também servem “para que os problemas sejam analisados, discutidos e resolvidos” (Werner, 2010). Por isso, as pessoas devem ser incentivadas a falar, sem constrangimentos. O terceiro ponto levantado por Werner (2010) é o tempo. Segundo ela, as reuniões devem ter horário para começar e para terminar, pois as pessoas precisam se programar. Além disso, é necessário considerar que, para participar da reunião, as pessoas deixaram de lado seu trabalho cotidiano; portanto, é Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce Pró-reitoria de EaD e CCDD 31 preciso ser breve. O quarto ponto de alerta é o respeito às pessoas. É comum, em reuniões, os participantes começarem a falar ao mesmo tempo, especialmente quando é lançada alguma questão ou ideia polêmica. “Quando uma pessoa está falando, devemos nos calar para ouvir. As conversas paralelas são sempre ruídos ao bom fluxo de informações em uma reunião” (Werner, 2010). Daniel Dalarossa, do Zymi Group, alerta para os problemas mais comuns nas reuniões da maioria das organizações. O executivo aponta que as empresas têm hábito de fazer reuniões desnecessárias. É preciso que esses eventos tenham um propósito definido, tenham agenda definida e tempo estimado de duração. Além disso, segundo ele, alguns colaboradores são chamados sem que seja necessária sua participação — e muitos não sabem qual é o seu papel na organização. Outro problema recorrente, na visão de Dalarossa, é o processo de decisão não estar claro — e as pessoas discutirem assuntos sem poderem tomar decisão alguma sobre eles. Também é problemático para a organização quando alguns colaboradores não se sentem à vontade para dar opiniões durante as reuniões. Há até mesmo casos de sabotagem de reuniões por pura desmotivação. Um fator importante de desconcentração em reuniões, de acordo com Dalarossa, ocorre quando colaboradores chegam atrasados, prejudicando o andamento da discussão. Além disso, quando não se gera uma ata apontando resultados da reunião, os objetivos se perdem. Para que as reuniões sejam efetivas, o executivo aponta algumas recomendações. Segundo ele (Dalarossa, 2016), é importante responder às seguintes questões: Qual o propósito da reunião? Qual a agenda e os objetivos a serem atingidos? Qual o seu papel na reunião? Você está preparado? Para quem e como os resultados vão ser comunicados? Asus Realce Asus Realce Pró-reitoria de EaD e CCDD 32 Seguindo essas recomendações, de acordo com Dalarossa (2016), as reuniões podem ser muito mais produtivas e alcançar resultados muito mais proveitosos para a organização. Síntese Neste capítulo, apontamos características do perfil profissional desejável para as pessoas que querem se destacar no mercado, independentemente da sua área de atuação. No tópico sobre marketing pessoal, alertamos sobre a importância de os profissionais avaliarem sua postura e seus planos da mesma forma como as empresas fazem seu planejamento estratégico. Chamamos essa análise de Planejamento Estratégico de Marketing Pessoal, mediante o qual as pessoas são orientadas a fazer uma autoanálise profunda para definir sua missão pessoal, sua visão, seus valores e objetivos.Dessa forma, o profissional poderá observar seus pontos fracos e fortes, tendo exata noção de como pode melhorar seu perfil. Dedicamos parte importante deste capítulo a tratar da importância da comunicação interpessoal, tanto junto ao público interno quanto externo a uma organização. Mais uma vez, salientamos a necessidade de uma comunicação clara, concisa e precisa. Para o relacionamento com o cliente, destacamos o quanto é fundamental agir com cortesia, saber ouvir o que o cliente tem a dizer e também como é importante dispor de informações e saber transmiti-las com didatismo e simpatia. Organização e disciplina são quesitos fundamentais para o andamento de empresas de qualquer natureza. Para que os profissionais consigam se manter organizados, destacamos a importância do uso correto da agenda de compromissos profissionais. Abordamos ainda técnicas de apresentação e oratória, para que os líderes saibam como se comunicar com seus respectivos públicos, destacando a necessidade de que suas mensagens tenham, claramente, início, meio e fim. Sem fechar os olhos às mudanças impulsionadas na comunicação pelas novas tecnologias, abordamos a linguagem utilizada nas mensagens instantâneas e Pró-reitoria de EaD e CCDD 33 emails, atentando para a importância de saber utilizar a norma padrão da língua portuguesa. A exigência de agilidade nas mensagens eletrônicas faz com que se admitam, nesse tipo de texto, abreviações e simplificações; no entanto, sempre deve-se ter cuidado para que o interlocutor compreenda a mensagem, e também estar alerta ao fato de que neologismos e excesso de “internetês” podem comprometer a credibilidade do emissor. Os últimos tópicos abordados nesta aula dizem respeito a meios de tornar as reuniões mais efetivas nas organizações. Para que elas de fato tragam resultados, é importante que haja dinamismo em suas apresentações. O apelo visual é um dos elementos didáticos mais eficazes para a dinâmica das reuniões. Para que elas sejam produtivas, é importante, entre outras coisas, que cada um saiba o seu papel e por que foi convocado ou convidado para o evento; que haja uma pauta predefinida dos assuntos que serão tratados e que as pessoas respeitem os horários de início e de término. Também é fundamental que as pessoas se sintam encorajadas a participar ativamente das reuniões e que haja respeito por quem está com a palavra. Referências bibliográficas A arte de dar um bom feedback e um follow-up. RHPORTAL. Disponível em: <http://www.rhportal.com.br/artigos/rh.php?idc_cad=uojqhzro3> Acesso em: 11 ago. 2016. A importância da organização no ambiente de trabalho. B. I. Internacional. Disponível em: <http://www.biinternational.com.br/blog/a-importancia-da- organizacao-no-ambiente-de-trabalho/> Acesso em: 12 ago. 2016. Pró-reitoria de EaD e CCDD 34 A missão do Google é organizar as informações do mundo e torná-las mundialmente acessíveis e úteis. 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