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Sistemas de Informação Gerencial Aula 4 PROFESSOR LUCIANO FRONTINO DE MEDEIROS Conversa inicial Os sistemas de informação utilizados pelos usuários parecem simples, se julgados a partir das telas, gráficos e tabelas que são apresentados. No entanto, uma série de elementos trabalha em background, sem que o usuário tome conhecimento, para fazer com que as informações apareçam claramente e sirvam para a realização de tarefas ou para a tomada de decisões. É importante conhecer os elementos que fazem parte de um SI, tais como: O software e a forma como ele opera; O hardware e os componentes principais de um computador; A necessidade de armazenamento eficiente em bancos de dados, dentre outras situações. Vamos lá? Contextualizando Para começar os estudos, é importante que você leia o artigo a seguir e reflita sobre o tema abordado: http://computerworld.com.br/como-esta-base-de-dados-da-sua- empresa Após ler o artigo, pense: como está a coleta de dados na sua empresa? É um processo que pode ser melhorado? Como? Um sistema de informação poderia ajudar? O conceito de sistemas de informação A palavra “sistema” é um daqueles termos genéricos que parecem se encaixar em qualquer situação. É um conceito que consegue se aplicar a todos os campos do conhecimento, como os sistemas físicos, biológicos, sociais, econômicos, entre tantos outros. Por exemplo, podemos afirmar que uma escola possui um excelente sistema de ensino, ou que determinada empresa implantou um sistema de segurança. Mas o que é, exatamente, um sistema? Um sistema é um conjunto de elementos que interagem entre si com a finalidade de produzir um resultado específico. Por exemplo, um sistema automotivo é formado por um conjunto de elementos mecânicos ― motor, engrenagens, correias, rodas, etc. ― que são acoplados de tal forma a produzir um movimento específico, que é a finalidade do sistema. Esses mesmos componentes isolados, sem nenhum relacionamento entre si, seriam apenas um agregado de itens, e não um sistema. Assim, podemos dizer que: Sistema é um grupo de elementos inter-relacionados ou em interação que formam um todo unificado; também podemos conceituá-lo como um grupo de componentes inter-relacionados que trabalham rumo a uma meta comum (BERTALANFFY, 1968). De modo geral, sistema é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e efetuam determinada função (OLIVEIRA, 2002, p. 35). Quando visualizamos algo a partir da noção de sistema, adquirimos o que é denominado de visão sistêmica, o que significa que nosso entendimento se ampliou, alcançando uma Asus Realce Asus Realce Asus Realce compreensão geral sobre o todo. Por isso, a noção de sistema é tão importante. O conceito de sistema pressupõe, dessa forma, uma interação mútua entre seus elementos. Segundo Jan Dietz, a propriedade básica e indispensável de um sistema é que seus elementos não apenas se relacionem entre si, mas influenciem uns aos outros. Ainda de acordo com ele, através da interação mútua entre seus elementos, os sistemas ganham duas importantes propriedades: unidade e integridade (DIETZ, 2006). Elementos e regras gerais de um sistema Um sistema é dividido basicamente em quatro elementos que auxiliam na compreensão de sua natureza. Confira a representação genérica do sistema a seguir: Ambiente Elementos externos ao sistema, por exemplo, os usuários e outros sistemas Entradas Os sistemas captam matéria-prima, insumos e informações a partir do ambiente onde estão inseridos. Ou seja, o sistema recebe uma ou mais entradas provenientes do ambiente que Asus Realce Asus Realce Asus Realce influenciam o sistema, por exemplo, um sinal elétrico ou uma onda sonora. Processamento Os insumos são transformados mediante uma série de processos que acontece dentro das fronteiras do sistema. Saídas O sistema envia seus produtos e informações de volta ao ambiente. Feedback ou Retroalimentação As informações na saída do sistema são realimentadas à entrada, visando o balanceamento das operações internas em direção ao objetivo. Qualquer dispositivo físico ou processo que realiza uma dada função pode ser representado como um sistema. A seguir, veja alguns exemplos: O microfone, por exemplo, é um sistema que converte a pressão exercida no ar por uma onda sonora (entrada) em um sinal elétrico (saída). A sua finalidade é converter a onda sonora em sinal elétrico através da interação entre seus elementos internos, que são o diafragma, a bobina, o circuito de pré-amplificação, etc., além do invólucro externo, do cabo e do plugue de áudio. Outro exemplo de sistema é o equipamento biométrico usado para identificar um indivíduo através da sua impressão digital. É um sistema que recebe como entrada a imagem de uma impressão e gera como saída a identificação do indivíduo. O seu processamento é realizado por elementos ópticos e eletrônicos que interagem entre si para produzir esse resultado. Procure pensar sobre como seriam definidos os seguintes sistemas, tentando identificar suas entradas, saídas, elementos Asus Realce internos e processamento: linha de montagem, sistema de tratamento de água e lombada eletrônica. Ampliando o conceito de sistema O conceito de sistema pode ser ampliado para analisar situações multidisciplinares, que envolvem diversas áreas do conhecimento. Por exemplo, ao estudar as tecnologias usadas nas empresas, lidamos com três tipos diferentes de sistemas: Sociais (pessoas e suas relações); Conceituais (dados, informações e conhecimento); Tecnológicos (Tecnologia da Informação e Comunicação - TIC). Cada sistema pode ser analisado separadamente para depois se estudar a relação entre eles, como se fosse uma “caixa preta” na qual as entradas e saídas se conectam. A visão sistêmica será particularmente importante para nosso estudo porque nos ajudará a compreender dois tipos específicos de sistema: os sistemas de informação e os sistemas empresariais, como veremos ao longo da aula. Antes de continuar os estudos, sugerimos a leitura do artigo “A importância da integração de processos em pequenas empresas”, disponível a seguir: http://portalerp.com/artigos/entry/artigos/a-importancia-da- integracao-de-processos-em-pequenas-empresas E agora, chegou a hora de ouvir o que o professor Luciano tem a dizer sobre os conceitos de sistema de informação! Para isso, acesse o vídeo no material on-line! Asus Realce Sistema de informação e seus elementos Nesse estudo, partiremos de duas definições para sistemas de informação: “Conjunto organizado de pessoas, hardwares, softwares, redes de comunicações e recursos de dados que coleta, transforma e dissemina informações em uma organização (O’BRIEN ,2004). ” “Um conjunto de componentes inter-relacionados que coleta (ou recupera), processa, armazena e distribui informações destinadas a apoiar a tomada de decisões, a coordenação e o controle de uma organização (LAUDON & LAUDON, 2010). ” Um sistema de informação é formado por três elementos que interagem entre si para processar as informações. São eles o software, o hardware e as redes de dados, como ilustra a figura a seguir. Veremos cada elemento em detalhes na sequência do conteúdo. Assim, um sistema de informação (SI) é um tipo de sistema que temcomo finalidade armazenar e processar informações. Como todo sistema, um SI recebe entradas, que são processadas por elementos internos, e gera saídas que retornam ao ambiente externo. A informação é o elemento central do processamento, por isso a denominação ‘sistema de informação’ é tão apropriada. Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce Software O software é a parte lógica de um sistema de informação. É ele que comanda o processamento do sistema por meio do hardware e das redes de dados. Podemos dizer que tudo o que ocorre em um sistema computacional está previamente descrito nas linhas de código do software. Eles são desenvolvidos para suprir necessidades ou gerir aplicações específicas, por isso são chamados de softwares aplicativos, ou simplesmente aplicativos. Além dos softwares aplicativos, existe uma segunda categoria de software: os sistemas operacionais, que são os programas básicos que controlam a execução dos aplicativos em um computador. As três camadas do software O funcionamento de um software pode ser representado por um modelo de três camadas, cada qual desempenhando uma função específica, conforme ilustra a figura a seguir. Conheça em detalhes cada camada a seguir. Camada 1: interface A interface de usuário – ou user interface (UI) – é o elemento visual do software. É o conjunto de telas produzidas por um programa, incluindo seus elementos visuais, ícones, gráficos, botões, menus, caixas-texto, janelas e formulários. Através da Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce interface, os usuários utilizam o software, introduzem dados no sistema e visualizam as informações produzidas por ele. Os elementos visuais se tornam funcionalidades que determinam a forma com que utilizamos o software. Uma boa interface incorpora conceitos de ergonomia e comunicação visual para tornar o software agradável, intuitivo e fácil de usar – ou na linguagem técnica, torná-lo ‘amigável ao usuário’. A interface de usuário é a ‘linha de frente’ do software, por isso ela também é chamada de front-end. Camada 2: código A segunda camada, a camada de código, representa o software em si. São as linhas de código que compõem o programa e determinam a sua lógica de execução. O código de um software é desenvolvido por programadores usando uma dada linguagem de programação, como Java, C, ASP, PHP, entre outras. Na linguagem técnica, a camada de código é chamada de back-end, como forma de diferenciá-la da interface de usuário. Camada 3: banco de dados Por fim, a camada de banco de dados (BD) é responsável pelo armazenamento e recuperação das informações que são processadas pelo software. Para isso, ele se comunica com a camada de código através de comandos em uma linguagem especial, como veremos adiante. O BD também realiza a importante tarefa de garantir a consistência e a segurança das informações armazenadas. Hardware O termo ‘hardware’ se refere aos elementos físicos, ou eletrônicos, do sistema. Enquadram-se nessa categoria todos os tipos de computadores e também os equipamentos periféricos, como monitores, teclados, impressoras, mouses etc. Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce Asus Realce Os computadores são responsáveis pela execução dos softwares, enquanto os equipamentos periféricos ― também chamados de dispositivos de entrada/saída (E/S) – realizam a interface com o usuário, permitindo que as pessoas operem os softwares e visualizem as saídas do processamento. Os computadores se dividem em duas categorias conforme a sua finalidade de uso: os servidores (servers) e os microcomputadores. Os servidores são os equipamentos que concentram o processamento de dados da organização. Eles rodam os sistemas corporativos, abrigam os bancos de dados, garantem a segurança das informações e gerenciam as redes de dados. São dotados de grande capacidade de processamento, memória e armazenamento, e são equipados com circuitos redundantes que os tornam tolerantes a falhas. Os servidores normalmente funcionam ininterruptamente e são instalados em locais especiais – os datacenters –, onde encontram condições adequadas de climatização, back-up, cabeamento, energia e segurança de acesso. Os microcomputadores, por outro lado, são os equipamentos operados pelos usuários finais. São os desktops e notebooks instalados nas mesas de trabalho e usados para rodar aplicativos locais e acessar os sistemas de informação. Sua capacidade de processamento depende dos aplicativos que irá rodar, podendo variar desde equipamentos convencionais para edição de texto, leitura de e-mail e acesso à internet, até equipamentos de maior capacidade para rodar sistemas financeiros, softwares gráficos e simuladores numéricos. Em uma empresa, os microcomputadores se conectam aos servidores através da rede corporativa. Asus Realce Os elementos do computador O computador é um equipamento digital projetado para executar programas. Ele é formado pela CPU – Central Processing Unit, ou Unidade Central de Processamento – e os dispositivos periféricos, como ilustra a figura a seguir, onde estão expostos os elementos da CPU: microprocessador, memória RAM e discos de armazenamento. O microprocessador interpreta e executa as instruções do programa, enquanto a memória armazena as informações durante o processamento e os discos armazenam fisicamente os arquivos. A interação entre os elementos de um SI Como vimos até agora, o funcionamento de um sistema de informação é fruto da interação entre software, hardware e rede de dados em uma espécie de engrenagem tecnológica formada por componentes físicos e lógicos. Essa interação é complexa e dinâmica. Algumas transações, como a localização de um registro no banco de dados, são tão rápidas que sua duração é medida em milésimos de segundos. Além disso, até a mais simples operação realizada por um sistema de informação envolve todos os seus elementos, desde a interface de usuário, passando pelos servidores até o banco de dados. Asus Realce Sugerimos que consulte o artigo “Desenvolvimento em Camadas” para ampliar seus conhecimentos sobre as camadas de software: https://www.microsoft.com/brasil/msdn/tecnologias/arquitetura/La yers_Developing.mspx Através da interface, o usuário inicia a consulta. Por meio da rede de dados, a solicitação é recebida pelo software, que é executado em um servidor no datacenter. O software acessa a informação no banco de dados e a devolve ao usuário, então a informação percorre o caminho inverso, até chegar à interface de usuário novamente. Observe esse processo na figura a seguir: Embora a definição completa de um SI inclua os três elementos, software, hardware e rede de dados, na prática, quando nos referimos a um sistema de informação, normalmente estamos falando apenas do elemento ‘software’, porque consideramos que o hardware e redes de dados fazem parte de uma infraestrutura compartilhada de TI, que é comum a vários sistemas. Mas será que todo software é um sistema de informação? A resposta é não! Por exemplo, um editor de texto, um aplicativo de planilha eletrônica ou um software de edição de imagens não se enquadram nessa categoria. Asus Realce Asus Realce Asus Realce Na prática, o que caracteriza um sistema de informação é a existência de um banco de dados. Os demais tipos de software, como os que acabamos de citar,armazenam suas informações em arquivos isolados – documentos de texto, planilhas eletrônicas e arquivos de imagem – portanto, não são considerados sistemas de informação. Dimensões dos Sistemas de Informação É importante salientar que sistemas não são apenas a parte tecnológica, que é de fácil identificação. Os sistemas contemplam outras dimensões. A organização, as pessoas e a tecnologia formam o tripé sobre o qual os sistemas de informação têm o suporte das duas operações, como mostra a figura a seguir. Uma organização deve executar e coordenar as atividades por meio da sua hierarquia e também dos seus processos de negócios. Um processo de negócio consiste em tarefas logicamente ordenadas e comportamentos necessários para que se execute um trabalho específico. Por exemplo, o desenvolvimento de um produto, o preenchimento de um pedido ou ainda a seleção de um novo colaborador são processos corriqueiros dentro de uma organização. Os sistemas de informação são inúteis sem que existam pessoas capacitadas para operá-los e extrair toda a sua eficiência. Para as operações de uma organização, são necessários uma série de conhecimentos e habilidades, em todos os níveis da hierarquia organizacional. Os gestores precisam entender a lógica por trás das muitas situações que são vivenciadas pela empresa. Os sistemas de informação são elementos-chave para a resolução dos problemas e o alcance dos objetivos. Uma série de tecnologias está por trás da operacionalização de um sistema de informação. As empresas sempre precisaram de Asus Realce Asus Realce sistemas para o controle de suas operações, e a era da informática potencializou o uso de diversas tecnologias, transformando por completo a forma como se opera a informação em uma organização nos dias de hoje. É necessário que existam tecnologias em diversos níveis. O software, o hardware, o armazenamento de dados e as redes e comunicações fazem parte da dimensão tecnológica de sistemas de informação. Após estudar todos esses conceitos, é importante ouvir a palavra do professor Luciano sobre os elementos dos sistemas de informação! Acompanhe no material on-line! A organização das informações: uma tarefa para o banco de dados Um sistema de informação dedica a maior parte de seu processamento ao armazenamento e à recuperação de dados. Como já estudamos, essa tarefa é desempenhada pelo banco de dados, que organiza as informações para que elas se mantenham consistentes e seguras. O banco de dados é, portanto, o coração de todo sistema de informação, pois é ele que cuida de seu bem mais precioso – a própria informação. Leia o artigo intitulado “Conceitos Fundamentais de Banco de Dados” para conhecer um pouco mais sobre os fundamentos e particularidades de um BD. http://www.devmedia.com.br/conceitos-fundamentais-de-banco- de-dados/1649 O banco de dados: um servidor de informações Um banco de dados é um grupo lógico de arquivos relacionados entre si que armazena dados e associações entre eles para Asus Realce Asus Realce Asus Realce evitar uma variedade de problemas associados a um ambiente tradicional de arquivos. (TURBAN et al, 2005). Ele também pode ser visto como um conjunto integrado de elementos de dados relacionados logicamente (O’BRIEN, 2002). Pode-se afirmar que o BD procura ter em sua representação uma “imagem” de uma situação do mundo real, constituído de objetos, relações entre estes objetos e eventos. A partir desta imagem, o BD então tem condições de fornecer informações, evidenciando situações que podem ter importância para um processo de tomada de decisão. Os dados podem ter representações diversas para uma mesma situação (MEDEIROS, 2007). É necessário que um BD possibilite acesso a informações corretas em tempo hábil. Certos princípios devem ser levados em conta para se obter um BD eficiente, como podemos ver a seguir: Redundância O armazenamento dos dados de uma empresa, ao longo de suas atividades, pode tender à redundância, ou seja, setores que dependem de informações comuns podem fazer a guarda dos mesmos dados simultaneamente. A falta de cuidado na análise do sistema de informações pode acarretar em redundância, incorrendo em custos de armazenamento. Inconsistência Os dados armazenados referentes a determinada situação que podem sofrer alterações ao longo do tempo precisam de atualização. Dados desatualizados podem gerar inconsistência de representação. A redundância pode também acarretar inconsistência, pois dados armazenados em locais diferentes podem sofrer alterações diferenciadas ao longo do tempo. A inconsistência pode gerar tomada de decisões defasadas ou errôneas. Asus Realce Asus Realce Integração Os dados existentes em um BD geralmente são compartilhados por várias pessoas ou setores em uma empresa. A integração é necessária para estabelecer procedimentos para o acesso em vários níveis e a atualização dos dados, de forma a manter a “imagem” do mundo real única e evitando ruídos na comunicação entre setores. Mas como o software se comunica com o banco de dados? Isso acontece através de uma linguagem especial, denominada SQL (do inglês Standard Query Language – Linguagem Padrão de Consulta). Cada operação de armazenamento ou recuperação de dados corresponde a um comando SQL específico: por exemplo, os comandos INSERT, SELECT e UPDATE correspondem respectivamente aos comandos para inserir, consultar e atualizar um dado. A linguagem SQL foi criada originalmente pela IBM nos anos 70 e rapidamente se tornou um padrão para os sistemas de informação. Atualmente, todos os bancos de dados são compatíveis com a linguagem SQL, o que lhes permite responder a qualquer software que envie comandos nessa linguagem. Desta forma, os bancos de dados se tornam entidades autônomas, que podem servir a diversos aplicativos, como ocorre em muitos sistemas de informação. O banco de dados atende aos comandos enviados pelo software e responde a ele através de um processamento interno que chamamos de transação de dados. O resultado dessa transação é, por fim, enviado ao usuário através de uma interface, como ilustra a figura a seguir. Asus Realce Asus Realce Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados Em resumo, um Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados – SGBD é o responsável por todas as tarefas pertinentes ao armazenamento, recuperação, segurança e gerenciamento dos dados. Na atualidade, podemos verificar a existência de vários SGBDs no mercado. Um sistema de informação é desenvolvido de forma conjunta com um SGBD. Enquanto um sistema de informação está encarregado do processamento da informação em si, o SGBD tem a tarefa do gerenciamento da armazenagem da informação. A partir de um modelo de dados requisitado para o suporte a um sistema de informação, qualquer SGBD deverá ser capaz de permitir a implementação deste modelo em um conjunto de estruturas, bem como permitir modificações e consultas eficientes aos dados armazenados. Tal modelo de dados pode ser obtido através do uso de ferramentas CASE - Computer-Aided Software Engineering (Engenharia de Software Auxiliada por Computador). Os SGBDs fornecem uma interface de conexão ao banco de dados, a qual permite a comunicação do sistema de informação com o BD. Além da interação com o usuário, durante a atividade de desenvolvimento de um sistema de informação, que pode ser Asus Realce feito numa ferramenta RAD, a interface permite oacesso aos dados em tempo real, otimizando bastante o processo de desenvolvimento. Atualmente, os sistemas de informação romperam a barreira das redes locais e internas para disponibilizarem informações de forma global na web. Qualquer cliente pode acessar a página de uma empresa e comprar produtos remotamente em qualquer parte do mundo. Os SGBDs foram então adaptados para contemplarem esta possibilidade de conexão de bancos de dados com sistemas na web. A operação de tais sistemas, seja em redes intranet, extranet ou internet, ficou mais fácil para os usuários e permitiu grande economia para as companhias em função da diminuição da redundância. Empresas com filiais ao redor do mundo podem compartilhar dados a partir de um único local físico, onde se encontram os servidores. O desenvolvimento da informática também influiu no desenvolvimento de SGBDs mais seguros e confiáveis, visto que as páginas colocadas na web têm visibilidade irrestrita, ou seja, podem ser acessadas por qualquer pessoa, e assim deve ser, pois uma empresa procura maximizar a aquisição de clientes em suas operações. A importância do banco de dados Em aplicações de larga escala, os bancos de dados são frequentemente submetidos a enormes cargas de processamento. Milhões de transações de dados podem estar em andamento ao mesmo tempo em decorrência do acesso simultâneo dos usuários. Pequenas falhas de modelagem ou configurações inadequadas do banco de dados podem comprometer o desempenho das transações, a ponto de causar a interrupção do sistema. Em aplicações críticas, como sistemas de comércio eletrônico, uma breve interrupção do sistema pode causar grandes perdas financeiras. Para evitar isso, os bancos de dados passam por testes de stress que simulam situações de grande carga de acesso antes que sejam colocados em operação. Além disso, softwares especiais monitoram continuamente a atividade do banco de dados coletando indicadores de desempenho e medindo o tempo das transações, com a finalidade de alertar os operadores quando alguma anormalidade for detectada. No material on-line, o professor Luciano vai compartilhar conosco seus conhecimentos sobre a relação entre SIs e banco de dados! Aproveite para tirar eventuais dúvidas e reforçar os conceitos abordados. As aplicações de um sistema de informação Os sistemas de informação estão presentes em nossa vida pessoal e profissional, desde as redes sociais, o comércio eletrônico até os sistemas corporativos. Com a popularização da internet, os sistemas de informação ganharam força e se Asus Realce Asus Realce estenderam para além das fronteiras empresariais, como veremos neste tema. Como os sistemas de informação influem no cotidiano das pessoas? O surgimento da internet redefiniu as fronteiras da comunicação entre as pessoas. E com ela, os sistemas de informação também se transformaram. As tecnologias on-line possibilitaram o surgimento das redes sociais e dos ambientes de relacionamento profissional, colocando os sistemas de informação no dia-a-dia das pessoas e consolidando definitivamente a cultura digital. As redes sociais e profissionais, como o Facebook® e LinkedIn®, são os exemplos mais familiares dessa categoria de sistema. Enquanto as redes sociais conectam os usuários através de interações interpessoais, as redes profissionais conectam usuários e empresas com vistas ao recrutamento e reposicionamento no mercado de trabalho, mas, do ponto de vista técnico, eles são sistemas de informação típicos, ou seja: São redes que utilizam bancos de dados para armazenar informações e as processam de forma a potencializar a interação entre as pessoas e formar de redes de relacionamento. Ao criar uma conta em um desses sistemas, o usuário ganha uma espécie de identidade digital, chamada login e seus dados pessoais são registrados no banco de dados do sistema. A partir daí as informações postadas na forma de mensagens, imagens e outras mídias são vinculadas ao login do usuário, possibilitando ao sistema analisar padrões de comportamento, identificar similaridades com outras pessoas, sugerir vínculos pessoais e estimular o compartilhamento de recursos. Asus Realce Asus Realce O resultado é o surgimento de uma complexa rede de informação e comunicação, onde cada indivíduo torna-se um nó da rede e cada ligação representa uma interação, um relacionamento interpessoal. Como os sistemas de informação são utilizados nas instituições públicas? Na esfera governamental, os sistemas de informação são usados como canais de informação e de serviços aos cidadãos, além de possibilitar novos meios de interação entre o governo e a sociedade. Os sistemas de informação governamentais deram origem ao chamado governo eletrônico – ou e-gov – que utiliza as tecnologias de informação de comunicação (TICs) para agilizar o acesso aos serviços e prover transparência às informações da administração pública. No Brasil, o governo eletrônico surgiu em 2000 e conta hoje com uma plataforma de portais integrados que fornecem informações diversificadas, como licitações e compras eletrônicas, dados da administração pública, publicações e serviços on-line, convênios com entidades públicas e sistemas de cadastro. Um exemplo de sistema de informação governamental é o aplicativo de preenchimento on-line da Declaração de Imposto de Renda, que simplifica a elaboração e a entrega da declaração, além de alimentar os dados dos contribuintes diretamente no banco de dados da Receita Federal. Confira os procedimentos no site da Receita: http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaFisica/IRPF/2015/defaul t.htm Além de prover informações e serviços aos cidadãos, os sistemas governamentais são importantes ferramentas de Asus Realce Asus Realce Asus Realce gestão, em particular para o planejamento público. Um exemplo é o censo, que resulta no armazenamento e processamento de dados demográficos coletados em milhões de lares em praticamente todos os municípios do país. Os dados coletados pelo censo fornecem informações valiosas para a formulação de políticas públicas. Como os sistemas de informação são utilizados nas empresas? No âmbito empresarial, os sistemas de informação são usados para automatizar os processos operacionais e apoiar as atividades gerenciais. Eles se aplicam a todas as áreas de uma organização, como finanças, vendas, marketing, recursos humanos, produção e relacionamento com o cliente. Há uma forte vinculação entre os sistemas de informação e os níveis funcionais de uma organização. No nível operacional, eles se destinam a automatizar as tarefas rotineiras, registrando e organizando os dados provenientes da operação. Nos níveis gerencial e estratégico, eles fornecem aos gestores informações de suporte para as tomadas de decisão. Sobre isso, sugerimos o artigo intitulado “A tecnologia da informação como aliada das campanhas de incentivo de vendas em épocas de crise”, disponível a seguir: http://portalerp.com/artigos/entry/artigos/a-tecnologia-da- informacao-como-aliada-das-campanhas-de-incentivo-de- vendas-em-epocas-de-crise Enfim, vamos ouvir o que o professor Luciano tem a acrescentar sobre o tema? Para isso, acesse o material on-line! Trocando ideias Asus Realce Hoje em dia, as empresas valorizam mais a tecnologia do que os processos ou até mesmo as pessoas? Há uma preocupação em implantar novossistemas e novas ferramentas, mas onde ficam os processos organizacionais e o treinamento de pessoal nesse processo? Poste sua opinião no fórum, onde você também poderá discutir esses e outros pontos com seus colegas! Na prática Estudo de Caso: Cenário de Implantação de um Novo Sistema A empresa XYZ está implantando um novo sistema ERP, cuja operação será feita na nuvem (cloud computing). Ou seja, ao invés das estações de trabalho da empresa acessarem um servidor interno onde o ERP e o banco de dados ficaria armazenado, bastará agora que a empresa tenha um link de banda larga suficiente potente para fazer as operações, acessando o sistema da mesma forma que páginas na internet. Porém, esta situação deixa a empresa em um impasse com relação ao setor de TI. Considere os seguintes fatores: Com a implantação do novo ERP, o quadro de pessoal responsável por manter a infraestrutura funcionando deverá ser drasticamente reduzido. Outra situação preocupante para a empresa é a transição do ERP atual para o novo, por ela obviamente não pode parar suas operações. Para completar, o novo sistema demanda processos que não são contemplados pelo sistema atual. É possível que, antes da implantação do novo ERP, a empresa deverá contratar uma empresa de consultoria para analisar seus processos de negócio e assim aproveitar adequadamente as melhorias e novidades do novo ERP. Então, como proceder? Manter os dois sistemas funcionando até “desligar a chave” do sistema atual e controlar as operações somente pelo novo? É uma situação consideravelmente complexa para toda a empresa, certo? Em vista do caso apresentado, considere todos os pormenores, enumere as dimensões do sistema de informação e identifique a referência de cada uma delas no texto. Confira o feedback a seguir! Você deve considerar os seguintes pontos em sua análise: Organização: a necessidade de modificar os processos organizacionais para a implantação do novo ERP. Tecnologia: o novo sistema que operará na forma de cloud computing. Pessoas: as implicações quanto ao quadro de pessoal de TI, e o que deverá ser decidido. Síntese Chegamos ao final da aula! Nesta aula, estudamos os conceitos e elementos de um sistema de informação, a estrutura em camadas do software, os elementos de um computador e a interação entre o sistema de informação e seus demais componentes. Entendemos também a importância dos bancos de dados para o armazenamento eficiente dos dados para a obtenção de informação com qualidade e como os sistemas de informação impactam no cotidiano das pessoas, na esfera pública e nas empresas de maneira geral. Para finalizar, vamos recapitular o conteúdo? Então, acompanhe o parecer do professor Luciano no material on-line! Até a próxima aula! Referências LAUDON, K; LAUDON, J. Sistemas de Informação Gerenciais. 9ª edição. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. ELEUTÉRIO, M. A. M. Sistemas de Informação Gerencial. Curitiba: Intersaberes, 2016. O´BRIEN, J. A. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da internet. Tradução de Cid Knipel Moreira. São Paulo: Saraiva, 2002. VON BERTALANFFY, L. Teoria Geral dos Sistemas. Rio de Janeiro: Vozes, 1968. OLIVEIRA, D. P. R. Sistemas de Informações Gerenciais: Estratégicas Táticas Operacionais. 12ª Ed. São Paulo: Editora Atlas, 2008. TURBAN, E.; RAINER JUNIOR, R. K.; POTTER, R. E. Administração de tecnologia da informação. Rio de Janeiro: Campus, 2005. MEDEIROS, L. F. Banco de Dados – Princípios e Prática. Curitiba: IBPEX, 2007. DIETZ, Jan L. G. Enterprise Ontology: Theory and Methodology. Berlin. Springer-Verlag, 2006.
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