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Artigo de dan a (1) dança

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MOVIMENTUM - Revista Digital de Educação Física - Ipatinga: Unileste-MG - V.2 - N.1 - Fev./jul. 2007 
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ANÁLISE COMPARATIVA DA VELOCIDADE DE CAMINHADA DE MULHERES 
IDOSAS PRATICANTES DE GINÁSTICA, HIDROGINÁSTICA E DANÇA SENIOR 
 
Anelise Santigo Vieira 
Graduada em Educação Física pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste-MG 
 
Ricardo José Rabelo 
Mestre em Educação Física Pela Universidfade Católica de Brasília – UCB 
Docente do Curso de Graduação em Educação Física do Centro Unileste-MG 
rjrrabelo@bol.com.br 
 
RESUMO 
 
Essa pesquisa teve como objetivo comparar a velocidade máxima de caminhada de 
mulheres idosas praticantes de Ginástica, Hidroginástica e Dança Sênior. A amostra 
foi composta por 43 mulheres idosas saudáveis, divididas em três grupos: (GH) com 
13 voluntárias praticantes de Hidroginástica, média de idade de 63±3,42 anos, (GG) 
com 15 voluntárias praticantes de Ginástica, média de idade de 64 ± 3,51 anos, (GD) 
com 15 voluntárias praticantes de Dança Sênior, média de idade de 65 ±3,89 anos. 
Para avaliar a velocidade de caminhada, foi utilizado o teste caminhar 10 metros, 
desenvolvido por Sipila et al. (1996) citado por Vale (2005). Para análise estatística 
foi utilizada (ANOVA ONE-WAY), a qual constatou a existência de diferença 
significativa (p≤0,05) na média de tempo de caminhada entre as praticantes dos três 
grupos. O teste de comparações múltiplas Post-Hoc de Tukey, constatou a não 
existência de diferença significativa no tempo de velocidade de caminhada entre o 
grupo de Hidroginástica e Ginástica. Os resultados demonstraram que quando 
comparados o grupo de Hidroginástica / Dança Sênior, Ginástica / Dança Sênior, 
existe diferença significativa no tempo de caminhada, indicando que, os grupos de 
Hidroginástica e Ginástica, apresentaram menor tempo de caminhada em relação ao 
grupo de Dança Sênior. De acordo com os dados obtidos podemos inferir que a 
Hidroginástica e a Ginástica são estratégias mais eficazes para a manutenção da 
velocidade máxima de caminhada. 
 
Palavras-chave: idosos, Hidroginástica, Ginástica, Dança Sênior. 
 
ABSTRACT 
 
That research had as objective compares the maximum speed of practicing senior 
women's of Gymnastics walk, Water aerobics and Senior Dance. The sample was 
composed by 43 healthy senior women, divided in three groups: (GH) with 13 
practicing volunteers of Water aerobics, average of age of 63 ±3,42 years, (GG) with 
15 practicing volunteers of Gymnastics, average of age of 64 ± 3,51 years, (GD) with 
15 practicing volunteers of Senior Dance, average of age of 65±3,89 years. To 
evaluate the walk speed, the test was used to walk 10 meters, developed by Sipila et 
al. (1996) mentioned for it is Worth (2005). To statistical analysis was used (ANOVA 
ONE-WAY), which verified the existence of significant difference (p ≤0,05) in the 
average of time of walk among the apprentices of the three groups. The test of 
multiple comparisons Post-Hoc of Tukey, verified the not existence of significant 
 
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difference in the time of walk speed between the group of Water aerobics and 
Gymnastics, the results demonstrated that when compared the group of Water 
aerobics / Senior Dance, Gymnastics / Senior Dance, significant difference exists in 
the time of walk, indicating that, the groups of Water aerobics and Gymnastics, they 
presented smaller time of walk in relation to the group of Senior Dance. In agreement 
with the obtained data we can infer that the Water aerobics and the Gymnastics are 
more effective strategies for the maintenance of the maximum speed of walk. 
 
Key-words: senior, Water aerobics, Gymnastics, Senior Dance. 
 
INTRODUÇÃO 
 
Atualmente a expectativa de vida vem aumentando, crescendo assim o 
número de idosos na sociedade em geral, esse aumento se deve ao avanço das 
ciências e as melhoras nas condições de vida. Para a organização mundial de saúde 
é considerado idoso aquele(a) com idade igual ou superior a 60 anos (PASCOAL, 
1996). 
O envelhecimento é um processo gradativo, natural e inevitável que pode 
ocorrer de forma mais rápida ou menos rápida, dependendo de diferentes variáveis 
como: genética, fatores nutricionais, estilo de vida, sedentarismo, entre outros que 
podem comprometer a saúde e vida do indivíduo. Apesar disso, o processo de 
envelhecimento deve ser encarado como um fator normal e não como uma doença. 
De acordo com Matsudo et al. (2003), com o avanço da idade há uma 
diminuição da massa muscular e da força, sendo esses os principais fatores 
responsáveis pelo comprometimento das capacidades motoras dos idosos. Essas 
perdas prejudicam, o andar, aumentando o risco de quedas, dificultando a realização 
das atividades da vida diária (AVD). Os mesmos autores afirmam que a força 
muscular diminui de 10 a 15% por década, a partir de 50 anos de idade, e há 
também uma redução na contração muscular, que podem afetar a velocidade de 
andar. A velocidade de caminhada diminui com a idade, não somente pela 
diminuição da força muscular, mas também pela baixa capacidade de equilíbrio que 
influencia a freqüência das passadas: os passos ficam mais lentos declinando os 
ganhos de velocidade (BERG e LAPP, 1998 citados por BENEDETTI e PETROSKI, 
1999). 
De acordo com Okuma (1998), a inatividade física é um dos fatores 
responsáveis por mais da metade do declínio da capacidade física do idoso, 
podendo esse ser um fator determinante para uma velhice mais complexa. Assim a 
atividade física regular, junto à hereditariedade e alimentação adequada são 
variáveis importantes para melhoria da saúde do idoso. Gobbi e Zago (2003), 
afirmam que uma das principais formas de minimizar os declínios físicos 
psicológicos e sociais que acompanham o envelhecimento é a atividade física. Este 
fato impulsionou a criação de diversos programas de exercícios para essa faixa 
etária (HERNANDES e BARROS, 2004). Pois, de acordo com Mandini e Michel 
(2001), com o passar dos anos, o indivíduo tende a tornar-se menos ativo, facilitando 
dessa forma o decréscimo na capacidade física. 
 Com o avançar da idade, os idosos apresentam algumas limitações para a 
execução de determinados exercícios ou atividades físicas, devido às modificações 
funcionais e fisiológicas. A hidroginástica apresenta vantagens para esse grupo 
populacional, possibilitando ao idoso melhor rendimento e menores riscos (ALVES et 
 
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al, 2004). Gaines et al. (1993) citados por Barbosa (1998), também ressaltam que a 
hidroginástica quando comparada com exercícios realizados em terra proporciona 
vários benefícios, pois no meio aquático, devido à presença da força e impulsão 
hidrostática, o efeito da força da gravidade é diminuído, reduzindo o impacto sobre 
as articulações. Madureira e Lima (1998), afirmam que as atividades aquáticas 
promovem melhora de força, resistência muscular, maior facilidade de 
deslocamentos e conseqüentemente melhora na realização dos trabalhos 
domésticos. 
 Segundo Pereira (1998) citado por Costa (2001), “ginástica é um conjunto de 
exercícios físicos e mentais em ações que solicitem e ativem os diversos sistemas e 
aparelhos orgânicos, visando ao desenvolvimento de qualidades físicas, mentais e 
sociais do ser humano”. É crescente o número de idosos que praticam a ginástica, 
pois além de trazer benefícios à saúde, proporciona socialização, aumenta a auto 
estima, melhora os aspectos físicos e psicológicos. 
 Afirma Comazzeto (s.d), que a dança sênior é uma atividade socializante, 
saudável, benéfica, mantém a boa saúde e ajuda a conduzir as limitações da idade, 
estimula a motricidade dos músculos e a mobilidade das articulações, 
proporcionandouma melhor coordenação motora e maior segurança através do 
domínio do corpo. De acordo com Todaro (2002), através da dança o indivíduo idoso 
poderá ter maior adesão à prática de atividades físicas passando de sedentário a 
ativos. Pois, além de ter benefícios psicológicos e sociais, melhora as capacidades 
físicas como: o equilíbrio, flexibilidade, e agilidade. 
O declínio da capacidade funcional que ocorre com o envelhecimento de 
acordo com Gorinchteyn (1999); Ueno (1999); Cheik et al. (2003), pode então ser 
minimizado com um programa adequado de exercício físico, aliado à alimentação 
adequada, fazendo com que o indivíduo idoso tenha uma vida mais saudável, maior 
participação social, permitindo-lhe redescobrir valores e sentimentos. Sendo 
importante perceber que atividades físicas são eficientes na manutenção da saúde e 
bem estar do idoso. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi comparar entre 
os grupos de ginástica, hidroginástica e dança sênior, estudados, qual grupo possui 
maior velocidade no teste de caminhada. 
 
METODOLOGIA 
 
Amostra 
 
Foram selecionadas de forma aleatória 43 mulheres idosas saudáveis, com 
idades entre 60 a 70 anos que foram divididas em três grupos, conforme a atividade 
que praticavam, sendo GH composto por 13 praticantes de hidroginástica de uma 
academia da cidade de Ipatinga-MG, média de idade 63 ± 3,42 anos, GG composto 
por 15 praticantes de ginástica do núcleo Ativaidade do UNILESTE-MG, média de 
idade 64 ± 3,51 anos e GD composto por 15 praticantes de dança sênior de um 
clube de Ipatinga-MG, média de idade 65 ±3,89 anos. Os três grupos realizavam 
aulas duas vezes por semana com duração de 50 minutos, há pelo menos três 
meses. 
 As participantes da pesquisa foram informadas sobre os procedimentos, 
sendo a participação voluntária na pesquisa. Foram tomados todos os cuidados 
necessários para preservar a integridade das participantes 
 
 
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Procedimentos 
 
Antropometria 
 
Para caracterização da amostra, foram coletadas estaturas, através de um 
estadiômetro, marca Sanny Brasil, com resolução de um milímetro, e massa corporal 
através de uma balança antropométrica, marca Filizola, com resolução de 100 
gramas. 
 
Teste caminhar 10 metros 
 
 Foi utilizado como instrumento para medir a velocidade de caminhada, o teste 
caminhar 10 metros, desenvolvido por Sipila et al. (1996) citado por Vale (2005), 
realizado da seguinte forma: em um terreno plano, foi demarcado com uma fita 
adesiva uma linha de saída e a 10 metros de distância dessa, foi demarcado uma 
linha de chegada. O avaliado permaneceu posicionado próximo à linha de saída, 
com os pés juntos. Ao comando de “Já”, iniciou a caminhada na maior velocidade 
possível, sem correr e sem sair da trajetória. A marcação do tempo iniciava quando 
o avaliado tocava o solo na primeira passada após a linha de saída e encerrava 
quando o mesmo tocava o solo com um dos pés após a linha de chegada. Foram 
realizadas três tentativas e calculada a média das mesmas sendo o valor final obtido 
em segundo e centésimos de segundo. Para a realização dos testes foram utilizados 
um cronômetro (Sport Time, Brasil), uma trena (Sanny Brasil) e fita adesiva. 
 
Tratamento de dados 
 
Para análise dos dados, foi utilizada a estatística descritiva, para verificação 
da média e desvio padrão. A análise de variância (ANOVA ONE-WAY) foi utilizada 
para verificar se existe diferença significativa entre os grupos, e posteriormente, 
aplicou-se o teste de comparações múltiplas, utilizando o teste Post-Hoc de Tukey. 
O nível de significância utilizado foi (p≤ 0,05). Foi utilizado o software Statistical 
Package for the Social Science – SPSS for Windows (pacote estatístico para a 
Ciência Social – SPSS para Windows). Também foi utilizado o software Excel do 
Pacote do Microsoft Office. 
 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
A tabela 1 apresenta os resultados obtidos nos 3 grupos em estudo, 
representando a média ( )x , desvio padrão (dp), mínimo e máximo das variáveis 
analisadas em cada grupo, sendo a saber: idade, estatura e massa corporal. Esses 
valores são apresentados por estatística descritiva da amostra, sendo que n 
representa o número de amostra avaliada em cada grupo. 
 
 
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Tabela 1 – Média, desvio padrão, mínimo e máximo das variáveis de idade, estatura 
e massa corporal nos grupos de Hidroginástica, Ginástica e Dança 
Sênior. 
 
 
Grupo 
 
Variável 
 
Média 
 
Desvio 
Padrão 
 
Mínimo 
 
Máximo 
 
Teste t 
p-value
 
GH 
(n = 13) 
Idade (anos) 
Estatura (m) 
Massa corporal (kg) 
63 
1,54 
69,43 
3,42 
0,05 
10,82 
60 
1,46 
54,20 
70 
1,60 
87,00 
Idade: 
GH x GG: 0,70 
GH x GD: 0,14 
GG x GD: 0,24 
 
GG 
(n = 15) 
Idade (anos) 
Estatura (m) 
Massa corporal (kg) 
64 
1,54 
63,07 
3,51 
0,06 
9,85 
60 
1,45 
51,20 
70 
1,64 
85,50 
Estatura: 
GH x GG: 0,99 
GH x GD: 0,21 
GG x GD: 0,24 
 
GD 
(n = 15) 
Idade (anos) 
Estatura (m) 
Massa corporal (kg) 
65 
1,56 
67,22 
3,89 
0,04 
9,70 
60 
1,50 
52,20 
70 
1,66 
82,00 
Massa corporal: 
GH x GG: 0,12 
GH x GD: 0,57 
GG x GD: 0,25 
** p ≤ 0,05 
 
Verificando-se a tabela 1, pode ser observado que, as mulheres participantes da 
pesquisa dos três grupos em estudo, possuem em média, idades, estatura e peso 
significativamente semelhantes. Sendo possível a comparação entre os grupos. 
 
Média de tempo gasto para análise do teste de velocidade de caminhada, 
obtidos nos grupos de Hidroginástica, Ginástica e Dança Sênior. 
 
 
6,99 6,91
7,72
0
2
4
6
8
10
Hidroginástica Ginástica Dança
Grupos
M
éd
ia
 d
o 
Te
m
po
 (s
eg
)
Hidroginástica Ginástica Dança
 
Figura 1 – Média de tempo gasto no teste de caminhada das mulheres praticantes 
dos grupos de Hidroginástica, Ginástica e Dança Sênior. 
 Observa-se que a média de tempo gasto para o teste de velocidade de 
caminhar 10 metros, são significativamente semelhantes. A média de tempo do 
grupo de Hidroginástica foi de 6,99 segundos, do grupo de Ginástica foi de 6,91 
segundos e de Dança Sênior foi de 7,72 segundos. 
De acordo com Matsudo et al. (2003), a velocidade de andar depende em 
grande parte da força muscular dos membros inferiores. O declínio da velocidade 
pode ser minimizado com a prática de atividade física. Este fato pode ser 
comprovado no estudo de Sipila et al. (1996) citado por Matsudo et al. (2003), que 
 
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evidencia que idosas que foram submetidas a um treinamento de força melhoraram 
significativamente a velocidade máxima de andar. 
A tabela 2 apresenta os resultados obtidos do teste de ANOVA (One-Way) a 
fim de realizar a comparação do tempo (em segundos), no teste de velocidade de 
caminhada, obtida nos grupos de Hidroginástica, Ginástica e Dança Sênior. Neste 
caso, foi considerado (p≤ 0,05), isto é, nível de significância ( %5=α ). 
 
Tabela 2 – Análise de variância (ANOVA One-Way) 
 
Fonte 
de Variação 
Graus de 
Liberdade 
Soma dos 
Quadrados 
Quadrado 
Médio 
F p-value 
 
Entre grupos 
 
Dentro dos grupos 
2 
 
40 
5,8005 
 
62,5466 
2,9003 
 
1,5637 
1,8548 0,006 ** 
 
Total 
 
42 
 
68,3471 
 
 
** p≤ 0,05 
 
 Observa-se na tabela 2 que p-value é igual a 0,006, ou seja, é menor do que 
0,05. Neste caso pode-se dizer que houve uma diferença significativa entre os 
grupos em estudo. Portanto, quando se compara a diferençadentro dos grupos 
pôde-se verificar que não houve diferença significativa. 
Os estudos de Fiatarone et al. (1990), citado por Matsudo et al. (2003), 
mostraram que idosas submetidas a oito semanas de treinamento de alta 
intensidade encontrou no final incremento de 48% na velocidade de andar. No 
estudo acima concluiu os autores que a atividade física tem um efeito positivo na 
velocidade de caminhada. 
 
Tabela 3 - Teste Post-Hoc de Tukey - Comparações Múltiplas 
 
Grupo (I) Grupo (J) Diferença Média 
(I – J) 
p-value 
 
 
Hidroginástica 
 
 
Ginástica 
 
Dança Sênior 
0,08 
 
-0,73 
0,2387 
 
0,006** 
 
Ginástica 
 
Dança Sênior 
 
-0,81 
 
0,008** 
 
** p ≤ 0,05 
 
Como podemos observar na tabela 3, os resultados obtidos permitem afirmar 
que existe diferença significativa (p < 0,05) entre o tempo na velocidade máxima de 
caminhada obtida no grupo de Hidroginástica com Dança Sênior e Ginástica com 
Dança Sênior. 
Entre o grupo de Hidroginástica e Ginástica, os resultados obtidos 
demonstram que não houve diferença significativa no tempo da velocidade de 
caminhar 10 metros. 
No estudo de Puggard (1996), citado por Todaro (2002), ao estudar o 
condicionamento físico de pessoas idosas submetidas a programas de dança, 
 
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ginástica e natação relatam que os resultados obtidos pelas três atividades 
propiciam ganhos, não havendo diferença significativa entre os tipos de atividades. 
Os resultados obtidos no presente estudo vão de encontro aos obtidos por Puggard 
(1994), pois, quando comparamos a Hidroginástica e Ginástica, a diferença entre o 
tempo de caminhada apresentada pelos grupos foi pequena não havendo diferença 
significativa entre eles. Portanto, quando compararmos o grupo de Hidroginástica 
com Dança Sênior, e Ginástica com Dança Sênior, há uma diferença significativa 
entre eles. 
A figura 2 ilustra a diferença entre a média do tempo de caminhada entre os 
grupos. 
 
1,14%
10,44%
11,72%
0,00%
2,00%
4,00%
6,00%
8,00%
10,00%
12,00%
14,00%
GG x GH GH x GD GG x GD
Grupos
G
an
ho
 d
e 
Te
m
po
GG x GH GH x GD GG x GD
 
Figura 2 – Média do tempo da velocidade máxima de caminhada entre os grupos 
de Hidroginástica, Ginástica e Dança Sênior. 
 
Pode-se observar na figura 2 que ao comparamos o tempo de velocidade 
máxima de caminhada entre o grupo de Ginástica e o grupo de Hidroginástica, os 
resultados apresentam uma diferença pequena, não sendo significativa entre eles. 
Por outro lado, o grupo de Hidroginástica comparado com o de Dança Sênior; e o 
grupo de Ginástica comparado com o grupo de Dança Sênior, já expressam uma 
diferença significativa na velocidade máxima de caminhada. Isso indica que os 
grupos de Hidroginástica e Ginástica apresentam um menor tempo na execução do 
teste de caminhada, em relação ao grupo de Dança Sênior. 
De acordo com Puggard (1996) citado por Matsudo et al. (2003), os exercícios 
físicos têm efeitos benéficos nas alterações que ocorrem com o envelhecimento, 
independentemente da idade. A prevenção e reabilitação na saúde do idoso podem 
ser minimizados através da prática de atividade física regular. Acredita-se que os 
elementos da aptidão física estão diretamente associados com a independência e 
autonomia funcional do idoso, mantendo por mais tempo a execução das atividades 
da vida diária (AVD) (GOBBI et al, 1997, citado por BENEDETTI e PETROSKI, 
1999). 
 
 
CONCLUSÃO 
 
Pode-se afirmar que as participantes de hidroginástica e ginástica não de 
diferem na velocidade de caminhada e são mais eficazes que as participantes de 
dança sênior. 
 
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De acordo com os dados obtidos, pode-se inferir que a hidroginástica e 
ginástica são estratégias mais eficazes para a manutenção da velocidade máxima 
de caminhada. 
Como limitação do estudo podemos ressaltar a falta de um grupo controle e a 
mensuração dos resultados pré e pós-teste, para comparação da evolução dos 
grupos. 
 
 
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