Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ATELIER DE PROJETO ANÁLISE GRÁFICA, DIAGRAMAS, ESQUEMAS GRÁFICOS ANÁLISE GRÁFICA lídia quieto ATELIER DE PROJETO ESTRUTURA DA DISCIPLINA PROJETO ARQUITETURA PROJETO APLICAÇÃO programa, lugar e construção: estimulantes da forma, pela sua presença constante, com maior ou menor intensidade, na origem e no desenvolvimento do processo projetual. estruturas formais: princípio ordenador segundo o qual uma série de elementos, governados por relações precisas, adquirem uma determinada estrutura CONDIÇÕES INTERNAS CONDIÇÕES EXTERNAS+ estruturas formais programa, lugar e construção PREMISSAS CONDICIONANTES INTENÇÃO PLÁSTICA 1. CONDICIONANTES CONDIÇÃO EXTERNA: PREMISSAS CONTEXTO URBANO, LUGAR Conjunto de circunstâncias que acompanham um acontecimento. Entorno de um texto ou um discurso. Dicionário Aurélio “Não há nada fora do contexto” não há neutralidade. Jacques Derrida CONTEXTO URBANO, LUGAR É o ponto de partida do projeto. Estabelecer relações com o lugar traz resultados mais responsivos e pertinentes e permite a apropriação do novo equipamento. Pode ser reinterpretado, mantido, ou reformulado, mas precisa SEMPRE ser considerado. Interações com o contexto podem ser: 1. “tão literais quanto pedir emprestado do edifício vizinho; 2. “assim como insinuações também podem ser tão passageiras quanto o traço de um peixe na água”. “O excesso, porém, pode produzir uma arquitetura insípida e servil. O arquiteto que não se importa como o contexto é rude; o que só se importa com este é enfadonho. E embora certa arquitetura seja muito orgulhosa de si mesma, cada edifício deveria fazer seu contexto melhor do que era antes dele existir”. Robert Venturi & Scott Brown PROGRAMA ARQUITETÔNICO Não há espaço arquitetônico sem algo que ali tenha lugar: não há espaço sem conteúdo. A maioria dos arquitetos começam com um programa, isto é, uma lista de requerimentos do usuário que descreve o propósito do edifício. Bernard Tschumi PROGRAMA = ATIVIDADES + FUNÇÕES Programa surge da observação/entendimento das atividades que acontecem em determinado espaço e o resultado disso será uma lista de compartimentos com dimensionamentos PROGRAMA ARQUITETÔNICO Sala estar/jantar Cozinha Suíte hóspedes Suíte principal Suíte Lavabo Varanda Área de serviço Dependência Banheiro depen. 72 m² 14 m² 22m² 24 m² 14 m² 2 m² 48 m² 6 m² 4 m² 2 m² 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 Casa do Lago Flavio Ferreira PROGRAMA SETORIZAÇÃO Organização a partir de um conjunto de atividades com a mesma função. Se relaciona ao desempenho funcional e ao modo de usar do edifício. A localização dos setores definirá os tipos de fluxo, a sua organização e configuração. SETORIZAÇÃO = AGRUPAMENTO DOS COMPARTIMENTOS A PARTIR DAS PRINCIPAIS FUNÇÕES Se relaciona com as atividades, funções, condições naturais, relações urbanas (entorno do terreno) PROGRAMA SETORIZAÇÃO PROGRAMA FLUXOS FLUXOGRAMA = ESPAÇOS DE USO + CIRCULAÇÕES Relação entre funções e atividades dos espaços de uso, os diferentes fluxos e suas hierarquias Estudo das RELAÇÕES entre as atividades desenvolvidas e os espaços de uso e circulação. Se relaciona ao modo de conectar os espaços, de experienciar, circular, usar. Auxilia a orientação no edifício PROGRAMA FLUXOS TECTÔNICA CONSTRUÇÃO, ESTRUTURA, MATERIAIS a definição de tectônica mais conhecida do grande público se refere à teoria que estuda o movimento das placas continentais no domínio da geologia. Em arquitetura, esse termo dificilmente pode ser associado a um único significado. Frequentemente definida como “arte da construção”, derivada do grego tekton (carpinteiro), a noção atravessou mais de 2000 anos de história. Atualmente pode ser entendida como uma RELAÇÃO INSEPARÁVEL entre a expressão artística e a lógica construtiva e deveria ser recolocada no centro do debate arquitetônico, na perspectiva de Eduard Sekler. Para Frampton a tectônica se refere, não unicamente à estrutura, mas à pele da construção (o envelope), e, assim, ao seu aspecto representacional, demonstrando que a construção é uma complexa MONTAGEM de elementos diversos. TECTÔNICA CONSTRUÇÃO, ESTRUTURA, MATERIAIS 2. INTENÇÃO PLÁSTICA CONDIÇÃO INTERNA: ESTRUTURA FORMAL “...enquanto satisfaz apenas às exigências técnicas e funcionais – não é ainda arquitetura; quando se perde em intenções meramente decorativas – tudo não passa de cenografia; mas quando – popular ou erudita – aquele que a ideou pára e hesita ante a simples escolha de um espaçamento de pilar ou de relação entre altura e a largura de um vão e se detém na procura obstinada da justa medida entre cheios e vazios, na fixação dos volumes e subordinação deles a uma lei e se demora atento ao jogo de materiais e seu valor expressivo – quando tudo isso se vai pouco a pouco somando, obedecendo aos mais severos preceitos técnicos e funcionais, mas também àquela intenção superior que seleciona, coordena e orienta em determinado sentido toda essa massa confusa e contraditória de detalhes, transmitindo assim ao conjunto ritmo, expressão, unidade e clareza – o que confere à obra o seu caráter de permanência, isto sim é arquitetura”. Lúcio Costa INTENÇÃO PLÁSTICA ESTRUTURA FORMAL Arquitetura é antes de mais nada construção, mas, construção concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e visando a determinada intenção... A intenção plástica que semelhante escolha subentende é precisamente o que distingue a arquitetura da simples construção... Lúcio Costa INTENÇÃO PLÁSTICA ESTRUTURA FORMAL INTENÇÃO PLÁSTICA ESTRUTURA FORMAL Toda arquitetura é uma construção, mas nem toda construção é uma arquitetura Condicionantes físicos, climáticos, técnicos, econômicos, culturais, sociais e outros tantos. Construção + intenção plástica Aspectos Formais: estrutura, organização. Maneira como alguma coisa se mostra em um contexto Solidez, utilidade. beleza ANÁLISE GRÁFICA ESTUDO ARQUITETÔNICO DE REFERÊNCIAS PROJETUAIS ANÁLISE (do grego ανάλυσις, "dissolução") processo de decomposição de uma substância ou tópico complexo em seus diversos elementos constituintes, a fim de se melhor compreendê‐lo. ANÁLISE GRÁFICA Analisar pela representação gráfica, separação da parte analisada compreendendo sua função no todo 1. Instrumento de projeto: Compreensão da obra de referência Construção de estoque de soluções 2. Recurso de apresentação de projetos: Codificação gráfica Exposição de conceitos, ideias, princípios SÍNTESE do grego σύνθεσις sýn = reunião, ação conjunta thesis = proposição CASA NÚCLEO, 1951 SÍNTESE ANÁLISE GRÁFICA EXEMPLO: PROJETO INSTITUTO MOREIRA SALLES, SP autores>: Bernardes e Jacobsen ANÁLISE DE CONTEXTO Localização: situa o projeto no todo urbano Eixos urbanos: fluxos principais de veículos Caracterização do entorno: edifícios, funções existentes no lugar, mostra a “cara” que o entorno urbano tem MAPA SÍNTESE FLUXOS, INSOLAÇÃO, VISIBILIDADE Fluxos: percursos de acesso ao edifício Insolação: percurso do sol no terreno Visibilidade: possibilidades visuais no terreno PARTIDO/CONCEITUAÇÃO PROGRAMA ESTRUTURA SÍNTESE síntese do grego σύνθεσις sýn = reunião ação conjunta thesis = proposição => Composição ANÁLISE GRÁFICA EXEMPLO: PAVILHÃO DE BARCELONA Autores: Mies van der Rohe PAVILHÃO DE BARCELONA MIES VAN DER ROHE, 1929CONTEXTO CONTEXTO ELEMENTOS COMPOSITIVOS todo o edifício é composto de planos horizontais e verticais através de um processo aditivo Aberturas e circulações são definidos pelos planos verticais O plano horizontal de cobertura também definem o espaço aberto do pátio interno O plano horizontal do espelho d’água é um elemento usado para contrapor o volume do edifício compensando o seu volume e dando a ideia de equilíbrio. MATERIALIDADE Planos verticais: diferentes pedras e vidro Planos horizontais: Coberturas de concreto armado Espelho d’água PRINCÍPIO DE ORDEM O projeto se organiza através do uso de uma malha geométrica regular com proporção 1:1:1 que define a posição dos planos verticais, delimita as coberturas, o pátio e o espelho d’água FLUXOS E SETORIZAÇÃO Os planos verticais que compõem o edifício direcionam o percurso e “recortam” a visão do exterior, mostrando aos poucos o que está ao redor. espelho d’água área coberta exposição apoio acesso fluxo PERCURSO PERCURSO PERCURSO PERCURSO OBRAS DO AUTOR CROWN HALL OBRAS DO AUTOR CASA TUGENDHAT SÍNTESE PALAVRAS-CHAVE: exatidão, pureza, silêncio, fluidez, equilíbrio, geometria ANÁLISE GRÁFICA EXERCÍCIO DE FUNDAMENTAÇÃO DO PROJETO 1. CONTEXTO: localização, acessos, relação com o lote, vistas, usos e edifícios do contexto urbano 2. MASSA E COMPOSIÇÃO DA FORMA: processos de adição e subtração para a geração da massa; princípios de organização da forma (radial, centralizado, linear, agrupado, malha, monobloco, desfragmentado) e princípios de ordem (hierarquia, simetria, malha, eixo, dado) 3. MATERIALIDADE: materiais de acabamento e sua relação com a composição formal 4. ESTRUTURA RESISTENTE: estudo da tectônica, levantamento do esquema estrutural e tipo (concreto, metálica, portante) 5. LUZ NATURAL e VENTILAÇÃO: identificar elementos de proteção solar e sua posição (norte, sul, leste, oeste), posicionamento das aberturas em relação ao vento dominante 6. ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL: setorização / acesso, circulação e uso 7. SÍNTESE: croqui e a definição um conceito para o projeto CASAS 1. CASA BUTANTÃ 2. CASA RR 3. CASA CURUCHET 4. VILLA DALL’ AVA 5. CASA DO MORRO DO QUEROSENE 6. CASA EXPERIMENTAL MUUPATSALO 7. CASA FN 8. CASA EM CARAPICUÍBA 9. CASA DA PONTE Paulo Mendes da Rocha Andrade e Moretin Bernardes e Jacobsen Le Corbusier Rem Koolhaas Grupo SP Alvar Aalto Ângelo Bucci Amâncio Willians 10. CASA NA SELVA 11. CASA-ATELIÊ 12. CASA NO JUQUEHY 13. CASA EM PORTO IBIÚNA 14. CASA UGALDE 15. ESTÚDIO EM KEMPSEY Roberto Moita Carla Juaçaba e Márcio Fraga Álvaro Puntoni Núcleo Arquitetura José Antonio Coderch Glenn Murcutt 1. CASA NO BUTANTÃ Paulo Mendes da Rocha 2. CASA RR Andrade e Moretin 3. CASA CURUCHET Le Corbusier 4. VILLA DALL’AVA Rem Koolhaas 5. CASA DO MORRO DO QUEROSENE Grupo SP 6. CASA EXPERIEMENTAL MUUPATSALO Alvar Aalto 7. CASA FN Bernardes e Jacobsen 8. CASA EM CARAPICUÍBA Angelo Bucci 9. CASA DA PONTE Amâncio Willians 10. CASA NA SELVA Roberto Moita 11. CASA-ATELIÊ Carla Juaçaba e Márcio Fraga 12. CASA NO JUQUEHY Álvaro Puntoni 13. CASA EM PORTO DE IBIÚNA Núcleo de Arquitetura 14. CASA UGALDE José Antonio Coderch 15. ESTÚDIO EM KEMPSEY Glenn Murcutt BIBLIOGRAFIA BAKER, Geoffrey H. Le Corbusier: Uma Análise da Forma. São Paulo: Martins Fontes, 1998. CHING, Francis. Arquitetura, Forma, Espaço e Ordem. São Paulo: Bookman, 2012. UNWIN, Simon. Vinte edifícios que todo arquiteto deve conhecer. São Pailo: Bookman, 2013.
Compartilhar