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194 metodo adc fabio toledo piza

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Fábio de Toledo Piza fabiopiza@uol.com.br
MÉTODO ADC Árvore de Causas
Fábio de Toledo Piza fabiopiza@uol.com.br
	O acidente é sempre um acontecimento complexo que coloca em jogo grande número de fatores independentes. Pode ser considerado como o final de uma série de antecedentes em determinado sistema.
	Face a complexidade das situações de trabalho, foi necessário elaborar um método de análise de acidentes que responda a dois objetivos principais:
 instrumentalizar a busca sistemática de dados, para a pesquisa dos elementos característicos do acidente e
 permitir identificar fatores de risco comuns a diferentes situações de trabalho, visando sua eliminação.
	Em princípio o método ADC não se resume a um questionário, mas define um processo de investigação preciso.
Fábio de Toledo Piza fabiopiza@uol.com.br
			A investigação consiste em montar um quadro de antecedentes a partir do acidente. Os antecedentes são de dois tipos:
Antecedentes-estado: condições permanentes na situação de trabalho, tais como ausência de proteção sobre uma máquina em sua fabricação, um ambiente continuamente quente ou barulhento, uma postura de trabalho penosa etc.
Acidentes-variações: são as condições não habituais ou modificações que sobrevêm durante o desenvolvimento do trabalho, como uma modificação em seu desenrolar, um incidente técnico, etc.
Fábio de Toledo Piza fabiopiza@uol.com.br
O acidente só pode ser explicado se houver ao menos um elemento da situação habitual que tenha sido modificado.
Não é possível que ocorra um acidente considerando-se apenas fatos permanentes. O encadeamento da variações traduz a dinâmica do acidente.
A empresa deve ser considerada um grupamento de indivíduos que cooperam para uma realização econômica comum. Constituindo um sistema, isto é, um conjunto de partes interdependentes, articuladas em função de um fim. Nessa perspectiva o acidente é uma das manifestações de disfunção do sistema, capaz de revelar o caráter patológico de seu funcionamento.
Fábio de Toledo Piza fabiopiza@uol.com.br
	Um indivíduo é ferido ou fere outro durante a execução de uma tarefa com certo material em determinado ambiente (meio). O conjunto composto dos quatro elementos (ou componentes), indivíduo-tarefa-material e meio, define uma unidade de análise denominada Atividade.
	A atividade corresponde a parte do trabalho desenvolvida por um indivíduo no sistema de produção considerado (uma fábrica, uma oficina ou uma canteiro de obras) e a cada indivíduo corresponde uma atividade. Assim, um acidente pode envolver várias atividades, desde que elas estejam estreitamente ligadas – isso se dá particularmente no caso de trabalho em equipe.
Fábio de Toledo Piza fabiopiza@uol.com.br
 Os quatro componentes que formam a atividade são: 
O indivíduo (I) designa a pessoa física e psicológica trabalhando em seu meio profissional e trazendo consigo o efeito de fatores extraprofissionais. No acidente trata-se da vítima facilmente identificável, podendo também ser pessoas cujas atividades estejam em relação mais ou menos direta com a da vítima (companheiro de equipe, contramestre, chefe de canteiro, etc).
No caso de indivíduo as variações mais comuns são:
Modificações psicológicas: preocupação, descontentamento, etc.
Modificações fisiológicas: fadiga, embriagues, sono, condição inabitual, etc.
Formação: sem treinamento, treinamento deficiente, pouca experiência, etc.
Ambiente moral: clima social no local de trabalho.
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A tarefa (T) designa de maneira geral as ações do indivíduo que participa da produção parcial ou total de um bem ou de um serviço, como por exemplo: chegar ao ambiente de trabalho, utilizar um torno, preparar o trabalho, etc.
No caso de tarefa as variações mais comuns são: 
Do modo operacional: tarefa não habitual, rara, imprevista, modificação em tarefa habitual, precipitação ou ritmo de trabalho fora do normal, neutralização ou perturbação da máquina ou produto, antecipação de uma manobra, interpretação errônea na execução da tarefa, postura não prevista para efetuar uma operação, etc.
Utilização da máquina ou ferramenta: emprego anormal de uma máquina, utilização ou não de ferramenta ou acessório previsto, emprego de instrumento adaptado, uso de ferramenta ema mau estado, etc.
Equipamento de proteção: equipamento com defeito, impróprio, inabitual, falta de uso de EPI, etc.
Fábio de Toledo Piza fabiopiza@uol.com.br
O material (M) compreende todos os meios técnicos, a matéria-prima e os produtos colocados à disposição do indivíduo para executar sua tarefa, como por exemplo: um caminhão, um torno, uma peça a usinar, um produto a utilizar, etc. 
No caso de material as variações mais comuns são:
Matéria prima: modificação em sua características (peso, dimensão, temperatura), mudança no ritmo de alimentação de material.
Máquinas e meio de produção: mal funcionamento, incidente técnico, pane, modificação parcial ou total de uma máquina, nova instalação, falta de manutenção, falta de dispositivo de proteção, etc.
Energia: variação, interrupção, variação brusca ou não controlada, etc.
Fábio de Toledo Piza fabiopiza@uol.com.br
O meio de trabalho (MT) designa o quadro de trabalho e o ambiente físico e social no qual o indivíduo executa sua tarefa.
No caso de meio de trabalho as variações mais comuns são:
Ambiente físico de trabalho: iluminação, nível de ruído, temperatura, umidade, aerodispersóides, etc.
Fábio de Toledo Piza fabiopiza@uol.com.br
	A coleta de dados deve ser efetuada imediatamente após a ocorrência do acidente seguindo-se o critério:
O mais breve possível, logo após a ocorrência, quando as pessoas envolvidas não se autocensuram e desabafam informações mais concretas e sem pressão;
No próprio local onde aconteceu o acidente, pois as evidências importantes ainda estão no mesmo lugar. Deve-se, porém evitar situações constrangedoras;
Reunir pessoas importantes como testemunhas, como por exemplo técnicos especializados conhecedores do assunto (máquinas, operações, profissões, etc) que possam fornecer o máximo de dados elucidativos;
Registrar e preservar todas as informações possíveis para futuras consultas.
	Deve-se coletar somente os fatos concretos e objetivos, evitando-se interpretações e julgamentos de valores ou conclusões precipitadas.
Fábio de Toledo Piza fabiopiza@uol.com.br
	A elaboração tem início na lesão. A partir dela procura-se os fatos que levaram a ocorrência do acidente, voltando-se o mais atrás possível. O objetivo é descobrir o encadeamento das causas que o provocaram.
Fábio de Toledo Piza fabiopiza@uol.com.br
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA:
Fato permanente, rotineiro, habitual.
Fato anormal, irregular, ocasional, eventual, não habitual.
Ligação verificada, que efetivamente contribuiu para a ocorrência do fato seguinte.
Ligação verificada que aumenta a probabilidade da ocorrência.
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REPRESENTAÇÃO GRÁFICA:
ou
Sentido a seguir:
Funcionário escorregou
Funcionário caiu
Sentido empregado na pesquisa para verificar o que aconteceu. Primeiro o funcionário caiu e depois de descobre o fato anterior: escorregou
Sentido que representa a seqüência dos fatos. Primeiro o funcionário escorregou e depois caiu.
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Sempre para um fato (Y) há um antecedente (X). Pergunta-se então: diante de um fato (Y) que acontecimento (X) antecedeu a este?
Antecedente (X)
fato (Y)
Fábio de Toledo Piza fabiopiza@uol.com.br
Seqüência: quando um acontecimento (Y) tem uma única causa direta (X)
X
Y
Funcionário escorregou
Funcionário caiu
Disjunção: quando diversos acontecimentos (Y) decorrem de um só antecedente (X)
X
Y
Chuva
chão molhado
Y
piso escorregadio
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Conjunção: quando um acontecimento (Y) decorre de vários antecedentes (X). Nesse caso
não basta apenas perguntar qual fato antecedeu a este. É preciso perguntar também se foi preciso acontecer mais alguma coisa.
Y
X
Funcionário escorrega
piso molhado
X
sola do calçado liso
Existem, ainda, fatos independentes, quando não há qualquer relação entre eles.
Fábio de Toledo Piza fabiopiza@uol.com.br
	Para um mesmo acidente investigado por várias equipes, pode-se ter diversas árvores. Isso é feito para suprir “erros” que podem ser praticados por um analista ao fazer a Árvore. Esses “erros”, ou desvios, são normais e decorrem em função de causas como:
Falta de prática ou formação deficiente sobre o método; 
Diferenças individuais entre os analistas, considerando-se que cada um tem sua experiência, interesse, objetivos e características pessoais diferentes.
	Uma vez de posse de várias Árvores, é possível fundi-las numa só reunindo-se todas as variações ao ponto de se formar uma árvore “ideal”, conferindo uma linguagem comum, com maior clareza e objetividade. Essa é a vantagem de se adotar a prática coletiva, tanto para a pesquisa como para a construção da Árvore.
Fábio de Toledo Piza fabiopiza@uol.com.br
FATOR DE ACIDENTE
COMPONENTE
fratura da mão direita
Indivíduo
cai sobre a mão direita
Tarefa
tropeça no degrau
Tarefa
degrau em local de circulação
Meio de trabalho
QUADRO DE REGISTRO DE VARIAÇÕES
Fábio de Toledo Piza fabiopiza@uol.com.br
	A Sra. B está atrasada para o almoço e caminha rapidamente em direção ao refeitório, fazendo seu trajeto habitual. Ao passar pelo corredor que dá acesso a saída do galpão uma vassoura, que estava encostada na parede, escorrega à sua frente e a Sra. B, ao tropeçar nela, cai no chão sobre a mão direita, sofrendo fratura do osso escafóide.
 	A Sra. B está gripada e acha que por isso seu trabalho rendeu menos naquela manhã. 
	O intervalo de almoço é de uma hora e, tanto a Sra. B quanto a encarregada de seu setor afirmam que “o horário de almoço é muito corrido porque há fila no refeitório”. O refeitório está a cerca de 200 metros da fábrica.
ACIDENTE AO DIRIGIR-SE AO REFEITÓRIO
Fábio de Toledo Piza fabiopiza@uol.com.br
FATOR DE ACIDENTE
COMPONENTE
A Sra. B. fratura o escafóide da mão direita
Indivíduo
A Sra. B.cai sobre a mão direita
Tarefa
A Sra. B.tropeça na vassoura
Tarefa
A vassoura está em local de circulação
Meio de trabalho
A vassoura escorrega na frente da Sra. B.
Meio de trabalho
A Sra. B.caminha rapidamente
Tarefa
A Sra. B. está atrasada
Tarefa
Há pressão de tempo no horário de almoço
Meio de trabalho
O intervalo de almoço é de uma hora
Meio de trabalho
Há sempre fila para almoçar
Meio de trabalho
A Sra. B. está gripada
Indivíduo
Vassoura encostada na parede
Meio de trabalho
Fábio de Toledo Piza fabiopiza@uol.com.br
?
?
A vassoura está encostada na parede
MT
MT
MT
MT
MT
MT
I
T
T
T
I
A vassoura está em local de circulação
A vassoura escorrega na frente da Sra.B
A Sra.B está com gripe
?
T
A Sra.B está atrasada
A Sra.B caminha rapidamente
Há sempre pressão de tempo horário almoço
Intervalo de almoço 1 hora
Fila para almoço
A Sra.B tropeça vassoura
A Sra.B cai sobre mão direita
A Sra.B fratura o escafóide da mão direita
Fábio de Toledo Piza fabiopiza@uol.com.br
	A Sra. A e a Sra. B trabalham, respectivamente, como secretária e auxiliar em escritório de advocacia, numa sala de pequenas proporções (2,80 X 3,30 metros).
	Há dois dias o escritório está sendo remodelado, inclusive a sala em que as duas senhoras trabalham.
	No dia do acidente a janela dessa sala está sendo trocada e o marceneiro encarregado do serviço liga uma extensão para possibilitar o funcionamento de uma furadeira e os fios ficam sobre o chão da sala. Os fios são pretos e o piso da sala é de carpete cinza escuro, quase preto. 
	Após o almoço a auxiliar foi dispensada do trabalho para resolver problemas pessoais e a Sra. A permanece sozinha no escritório.
	No meio da tarde a Sra A vai ao banheiro e, quando já está voltando, ouve a campainha do telefone tocar em sua sala. Preocupada em atender ao chamado, a Sra A corre em direção ao aparelho, não vê os fios no chão, tropeça neles, cai e bate com a cabeça no arquivo que está ao lado da mesa do telefone. A Sra A sofre trauma crânio encefálico.
ACIDENTE AO ÀTENDER O TELEFONE
Fábio de Toledo Piza fabiopiza@uol.com.br
FATOR DE ACIDENTE
COMPONENTE
A Sra. A sofre trauma crânio encefálico
Indivíduo
O crânio da Sra. A se choca contra o arquivo
Tarefa
O arquivo está muito próximo a mesa fone
Meio de trabalho
O escritório é pequeno
Meio de trabalho
A Sra A sofre queda
Tarefa
A Sra. A enrosca os pés nos fios
Tarefa
A Sra.A corre para atender o fone
Tarefa
A Sra B está ausente
Tarefa
A Sra A está voltando do banheiro
Tarefa
O piso é escuro
Meio de trabalho
Os fios são pretos
Material
Há fios no chão
Meio de trabalho
O marceneiro ligou extensão na furadeira
Tarefa
O marceneiro troca a janela
Tarefa
A sala está sendo remodelada
Meio de trabalho
A sra A é secretária
Indivíduo
A auxiliar da sra A foi dispensada
Meio de Trabalho
A Sra.A não vê os fios no chão
Meio de Trabalho
Material
O fone toca na sala da Sra.A
Fábio de Toledo Piza fabiopiza@uol.com.br
T
I
O crânio se choca contra o arquivo
A Sra.A sofre trauma craniano
MT
T
A Sra.A cai
Arquivo próximo a mesa
MT
Escritório é pequeno
T
A Sra A enrosca pés nos fios
T
A Sra.A corre atender fone
T
A Sra.A não vê os fios no chão
MT
M
T
MT
MT
M
T’
T’
MT’
O fone toca na sala da Sra A
A Sra.B está ausente
A Sra.A está no banheiro
O piso é escuro
O fios são pretos
Há fios no chão
Marceneiro ligou uma extensão 
Marceneiro troca janela
Sala está sendo remodelada
Fábio de Toledo Piza fabiopiza@uol.com.br
FATOR DE ACIDENTE
COMPONENTE
O Sr W fratura o 4o e o 5o QME
Indivíduo
Os dedos são prensados em zona entrante
Tarefa
Luva da M.E. é tracionada zona entrante
Tarefa
Apóia a ME na parte + larga do martelo
Material
Formação zona entrante martelo e faca
Tarefa
O Sr W está na ponta dos pés
Tarefa
A guilhotina é acionada
Material
Martelo e lâmina descem veloc. diferentes
Material
O Sr. W mede 1,60 m
Indivíduo
Guilhotina 1,5 m e bancada 0,5 m largura
Material
Posiciona visual chapa para corte
Tarefa
Lâmina mede 2,5 m comprimento
Material
Corta peças de 0,045X0,5 m
Tarefa
Guilhot. grande p/corte de peças pequenas
Tarefa
A distância entre o martelo e a faca 1,2 cm
Material
Fábio de Toledo Piza fabiopiza@uol.com.br
I
T
T
T
M
T
I
M
T
T
M
MT
T
M
M
?
?
Formação zona entrante martelo e lâmina
Dedos esmagados zona entrante
Fratura dedos ME
Luva ME tracionada
Sr.W pontas dos pés
Sr.W apóia ME no martelo
Guilhotina acionada
Sr.W posiciona chapa visual p/corte
Distância entre martelo e faca é de 1,2 cm.
O martelo e a lâmina descem com velocidades diferentes.
Sr.W mede 1,60 m
Guilhotina tem 1,50 e a bancada 0,50 de largura
Guilhotina gde. porte para corte de peças pequenas
Lâmina tem 2,5 m
Sr.W corta peças 0,045 X 0,50 m
Fábio de Toledo Piza fabiopiza@uol.com.br
MUITO OBRIGADO!!!

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