Buscar

Relatório 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

1
UNIVERSIDADE VILA VELHA
CURSO DE MEDICINA
PROGRAMA DE INTERAÇÃO SERVIÇO, ENSINO E COMUNIDADE V
NOME: Sarha Santos Andrade
USF: Ponta da Fruta
PRECEPTORA: Profa. Fabíola Pontin Pereira
DATA: 19/09/2016
SÍNTESE DA ATIVIDADE DO DIA
Nesse dia, a atividade proposta para o grupo foi a realização dos atendimentos na Unidade Ponta da Fruta nos consultórios previamente estabelecidos e disponibilizados. A turma foi dividida em dois trios e uma dupla para realizar os atendimentos de livre demanda e de agendamento através do acolhimento, sob a orientação e supervisão da preceptora. 
SÍNTESE DA ATIVIDADE DO GRUPO
Durante o período da manhã, nós realizamos dois atendimentos supervisionados pela professora. Durante as consultas, houve revezamento de funções a fim de que todos realizassem a anamnese, registro no prontuário, bem como o exame físico pertinente. Dessa forma, optei por discutir e ressaltar o segundo caso, para o qual será voltado o embasamento teórico.
Paciente do sexo feminino, 35 anos, relata furúnculo nasal recorrente e como sintoma associado a dor estava presente em forte intensidade. 
Referiu ter ingerido amoxicilina e paracetamol para alívio dos sintomas. Entretanto não houve retração do volume da lesão.
Desde que o furúnculo se instalou sentiu aumento da temperatura corporal.
No momento da consulta estava em bom estado geral, sem febre e sintomas associados.
Referiu grande incômodo com a situação da recorrência, uma vez que alterava sua aparência física e causava grande constrangimento a ela a ponto de interromper as atividades diárias. 
Apresentava História Familiar de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus tipo 2, bem como queixas dermatológicas de abscessos e espinhas frequentes nas mulheres de sua família. 
Relata que fuma até 2 maços de cigarro por dia e iniciou o hábito há mais de 13 anos. Além disso, não ingere bebidas alcóolicas e mantem uma alimentação saudável sem prática de exercícios físicos. Percebeu também que ao consumir alimentos gordurosos existe piora notável do quadro. 
Conduta: Ibuprofeno, Azitromicina, Neomicina, Orientações Gerais e exames de rotina.
EMBASAMENTO TEÓRICO
A infecção bacteriana dermatológica que a paciente apresentava de forma recorrente se localizava no triângulo perigoso da face.
Figura 1 – Demonstração dos limites do triângulo perigoso da face 
Fonte: MOORE, Keith L. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
Em geral, o sangue do ângulo medial do olho, nariz e lábios drena inferiormente através da veia facial, sobretudo quando a pessoa está em posição ortostática. Como a veia facial não tem válvulas, o sangue pode atravessá-la na direção oposta, consequentemente o sangue venoso da face pode entrar no seio cavernoso. 
Em indivíduos com tromboflebite de veia facial, fragmentos de um coágulo infectado podem estender-se para o sistema venoso intracraniano e causa tromboflebite do seio cavernoso. 
O Staphylococcus aureus é o agente etiológico mais envolvido, por sua presença oportunista na pele sã, capacidade de invasão tecidual e formação de abscesso, além de liberação de toxinas na circulação. 
Dessa forma, como complicações pode enfatizar que a infecção pode se propagar para os espaços extra e subdural, para as leptomeninges e o cérebro adjacente, para outros seios venosos e veias corticais. Êmbolos sépticos podem generalizar e iniciar abcessos à distância. Além disso, pode-se observar situações mais graves e de alta morbimortalidade como a meningite. 
A paciente então foi orientada para não provocar lacerações na lesão a fim de não provocar tais achados clínicos graves. 
Outro aspecto importante para destacar é o tratamento indicado: a pulsoterapia com Azitromicina, um novo conceito que está sendo cada vez mais utilizados por médicos brasileiros. O indivíduo toma um comprimido por dia, durante três dias e descansa sete dias. Esse é o primeiro "pulso". Depois dos sete dias de descanso, o paciente volta a tomar um comprimido por dia, durante mais três dias e descansa sete. Essa seqüência se repetirá mais uma vez, totalizando assim três pulsos, em um mês de tratamento. Bem indicado para a acne moderada a grave, por agir contra as principais bactérias envolvidas no aparecimento das espinhas e se mostrou satisfatório em mais de 75% dos casos. 
Além do tratamento medicamentoso, é importante destacar as recomendações para prevenir o aparecimento e agravamento da acne: uso de filtro solar sem oleosidade, bom cuidado de higiene com sabonete adequado, evitar coçar, espremer ou apertar as lesões e manter uma alimentação saudável.
ANÁLISE DO APRENDIZADO
Diante do caso clínico apresentado durante a consulta na Unidade de Saúde, conseguimos aplicar conhecimentos aprendidos no módulo de Dermatologia, especialmente a anamnese e a conduta a ser realizada. Vivenciamos também a importância de se abordar os diversos aspectos durante uma entrevista clínica a fim de contemplar o paciente como um todo, entendo suas necessidades, angústias e principais alterações na sua vida frente ao impacto daquela doença em pauta. 
REFERÊNCIAS
1. Cambier J, Masson M, Dehen H. Manual de neurologia. Ed. Masson do Brasil. 1980;399. 
2. Lana MA, Barbosa AS. Síndrome do seio cavernoso: estudo de 70 casos. Arq Bras Oftalmol. 1998;61:635-9. 
3. Amaral KS, Tosta ED. Trombose venosa cerebral. In: Gagliardi RJ editor. Doenças cerebrovasculares: condutas – volume I. São Paulo: Sociedade Brasileira de Doenças Cardiovasculares. 1996;219-41.
4. MOORE, Keith L. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001

Outros materiais