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Petição Resposta a acusação, Prova OAB Penal

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Aluno: Caio César Câmara, Direito, 8º Semestre.
EXCELENTÍSSIMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 5ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ****
INQUÉRITO POLICIAL Nº ****
Caio, (nacionalidade), (solteiro), (profissão), com o Registro Geral de Numero ****, Cadastro de Pessoas Físicas de numero ****, residente no endereço **** e endereço de E-mail **** por meio de seu advogado inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil de numero **** (instrumento de mandato em anexo), vem respeitosamente à presença de vossa excelência, com amparo no artigo 396 e 396- A do CPP, requerer 
RESPOSTA À ACUSAÇÃO,
pelos fatos e motivos que passa a expor.
I. DO CONTEXTO FÁTICO
Caio, já qualificado nos autos, foi denunciado e processado pelo Ministério Público devido a um fato ocorrido no dia 24 de maio de 2010, onde teria cometido suposto delito de extorsão qualificada pelo emprego de arma de fogo. Conforme a denúncia, o ofendido José, visando abrir um restaurante, obteve um empréstimo no valor de vinte mil reais do acusado Caio, garantido por nota promissória no aludido.
Ocorrendo o dia do vencimento, 15 de maio de 2010, nessa oportunidade, O requerente cobrou educadamente a dívida, afirmando a vítima que estava sem dinheiro, pois o restaurante não apresentou o lucro esperado, mas que iria pagar em uma semana.
Passando o prazo temporal e não ocorrendo o pagamento da dívida, o requerente, indignado pela falta de boa-fé por parte do José, foi ate o local, portando uma arma com o intuito de se proteger, e afirmou que a dívida deveria ser paga imediatamente, pois do contrário, José pagaria com a própria vida. Assustado, o ofendido correu e avisou a polícia, que, no entanto, não encontrou o requerente quando chegou ao local. No inquérito policial, que apurou as circunstâncias do ocorrido, sendo que o acusado contribuiu totalmente com as investigações, admitindo os fatos em sua integralidade.
II. DO DIREITO
Preliminarmente, há que se destacar a ilegitimidade do Ministério Público para a propositura da presente ação, tendo em vista a inexistência do delito de extorsão, sendo que para enquadramento, seria imprescindível que a vantagem fosse tendo caracterizado a conduta, com relação ao delito do artigo 158, atípica, como se vê pelo artigo 345 do Código Penal, o requerente agiu com exercício arbitrário das próprias razoes, que somente se procede mediante ação penal privada.
Trata-se, portanto, de ação penal privada, a parte ofendida seria legitimado ajuizar queixa-crime em condição decadencial de seis meses, contados a partir do dia 24 de maio de 2010 e, como não foi oferecida a queixa-crime até o dia 23 de novembro de 2010, incidiu sobre o feito o fenômeno da decadência, restando extinta a punibilidade de Caio.
II. DO PEDIDO
1. Diante do exposto, requer seja anulada desde o inicio a presente ação penal, com fulcro no artigo 397, III- atipicidade do delito de extorsão, do Código de Processo Penal.
2. Não entendendo desta forma, requer seja o acusado absolvido sumariamente com amparo no artigo 397, inciso I do Código de Processo Penal.
3. Todavia, caso ainda não seja este o entendimento de Vossa Excelência, requer a produção de todos os meios de prova em direito admitidos, para que se verifique a validade dos fatos e sejam ouvidas as testemunhas a seguir arroladas no decorrer da instrução:
Testemunha 1 – Joaquim, qualificada à fl. ****
Testemunha 2 – Manoel, qualificada à fl. ****
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local, Data
_________________________
Advogado OAB/****

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