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Estudo Disciplinar Bases Constitucionais da Administração Pública

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CONTEÚDO/MÓDULO 1- EXERCÍCIOS – DISCIPLINA 
ONLINE
A Constituição Federal prevê expressamente como princípios da Administração Pública:
A ) Impessoalidade, moralidade, publicidade e supremacia do interesse público.
B ) Moralidade, publicidade, supremacia do interesse público e legalidade.
C )Publicidade, supremacia do interesse público, legalidade, impessoalidade e eficiência.
D ) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
E ) Razoabilidade, legalidade, impessoalidade e moralidade.
Os Princípios da Administração Pública expressos na Constituição Federal são aqueles do 
Art.37, caput, quais sejam, Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. 
Lembrando que o Princípio da Eficiência foi incluído no caput do Art.37, através da EC nº19 de 
1998 que busca dar celeridade, eficiência e rendimento à máquina administrativa na 
perseguição de satisfazer os interesses dos administrados. 
Assinale o princípio revelado na seguinte afirmativa: Enquanto no direito privado é lícito 
fazer tudo que a lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei 
autoriza.
A ) Proporcionalidade.
B ) Legalidade.
C ) Razoabilidade.
D ) Supremacia do interesse público.
E ) Finalidade.
Em cumprimento ao princípio da Legalidade da Administração Pública, a atividade e atuação 
administrativa deve estar calcada sempre nos termos da Lei. Nos dizeres de Hely Lopes 
Meirelles:
"Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo que a lei não
proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei 
autoriza." (grifamos) 
 Sendo assim, a atuação da Administração pública é orientada pela exigência da lei.
Quando a administração pública só faz o que a lei permite, está submetendo-se ao princípio:
 A ) da anterioridade
B ) da impessoalidade
C ) da legalidade
D ) da especialidade
E ) n.d.a
"Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei". 
(Grifo meu). 
Essa é a exata dicção do Art. 5º, II da Lei Maior. O que se extrai desse dispositivo constitucional 
é um comando de caráter geral e abstrato, a partir do qual se conclui que somente a Lei poderá
criar direitos, deveres e vedações. Esta é uma garantia constitucional, que tem, dentre outras 
finalidades, o de assegurar a liberdade individual, reservando à Lei o poder de criar direitos, 
deveres e obrigações. Protegendo desse modo os indivíduos contra os arbítrios que possam vir 
a ser cometidos pelo Estado ou até mesmo por particulares. 
Esse comando Constitucional é, pois, a base do princípio da Legalidade. A par disso, a CF 
expressamente dispõe no Art.37 sobre a legalidade em matéria administrativa, consagrando 
que: 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...) (grifo meu).
Quando a administração pública divulga amplamente os atos praticados, está desta forma 
atendendo ao princípio:
A ) da anterioridade
B ) da impessoalidade
C ) da legalidade
D ) da publicidade
E ) n.d.a
O princípio da Publicidade obriga o Administrador a dar publicidade a todos os atos por ele 
praticado, salvo as hipóteses legais em que o sigilo deverá ser assegurado. Destarte, os atos 
praticados pela Administração Pública devem ser levados ao conhecimento público para que 
possam surtir seus efeitos. Esse princípio visa a tornar efetiva a garantia de que todos poderão 
acompanhar e fiscalizar a atuação administrativa, bem como seus gastos e o uso da "res 
publica" a fim de tornar transparente e cristalina a atuação do Ente público.
CONTEÚDO/MÓDULO 2- EXERCÍCIOS – DISCIPLINA 
ONLINE 
Acerca do sistema administrativo brasileiro, é correto afirmar que: 
A ) Adota-se o sistema de jurisdição mediante o contencioso administrativo, excludente da 
atuação judicial.
B) O sistema de jurisdição dúplice, vigente no Brasil, permite a simultaneidade da atuação do 
contencioso administrativo e atuação judicial.
C ) Embora existente decisão administrativa sobre determinado tema, esta é passível de 
apreciação judicial.
D) As decisões administrativas não estão sujeitas a reexame recursal, devendo ser revistas pela 
via judicial.
E) Baseia-se no sistema administrativo jurisdicional, em vigor no Brasil, no sistema francês.
Sim, porque a Administração Pública não é contenciosa, ou seja, não realiza coisa julgada. De 
outra sorte, os atos administrativos podem violar algum direito protegido no ordenamento 
jurídico e, desse modo, ensejará a atuação do Poder Judiciário, vigorando assim, o princípio da 
Inafastabilidade de Jurisdição. Senão, vejamos: 
Art. 5º, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
Esse princípio é um dos mais importantes do ordenamento jurídico o qual a administração 
pública também se obriga a observar.
Em seu sentido subjetivo, o estudo da Administração Pública abrange:
A) a atividade administrativa;
B) o poder de polícia administrativa;
C) as entidades e os órgãos que exercem a função administrativa;
D) o serviço público;
E) a intervenção do Estado nas atividades privadas.
Em seu sentido subjetivo, formal ou orgânico a Administração Pública equivale às 
pessoas, órgãos e agentes públicos que agem em nome do Estado e perseguem o 
interesse público.
O Direito Administrativo destaca que o Estado é constituído por três elementos originários e 
indissociáveis, que são:
A) Povo, nação e governabilidade.
B) Povo, território e Estado.
C) Povo, território e governo soberano.
D) Povo, soberania e Estado.
E) governo soberano, organização do Estado e atos administrativos.
O Estado é uma pessoa jurídica de direito Público interno composta pelos elementos 
indissociáveis e originários, quais sejam, povo, território e governo soberano. Tais elementos 
formam a noção de Estado independente, o POVO é o elemento humano que são as pessoas 
submetidas à ordem jurídica interna existente em determinada nação. O TERRITÓRIO é espaço 
físico, o elemento material pertencente ao Estado, aonde este exerce sua soberania. É dizer: o 
espaço geográfico onde determinada nação exerce sua soberania, formado pela superfície do 
solo, seu mar territorial e seu espaço aéreo. GOVERNO é a organização sob a qual se funda o 
exercício do poder político, a SOBERANIA está ligada à noção de que as DECISÕES tomadas 
internamente por determinada NAÇÃO não se submetem à apreciação de poderes ou forças 
externas. Em suma, a forma com que determinada nação exerce seu poder e se organiza 
juridicamente não está sujeita ao controle externo, obviamente que nos limites da lei e desde 
que não represente ameaça a outros países ou incorra em crime que enseja repressão 
internacional.
Se o Direito Administrativo for conceituado como:
I. O sistema dos princípios jurídicos que regulam a atividade do Estado para o cumprimento 
de seus fins.
II. O conjunto de normas que regem as relações entre a Administração e os administrados.
III. O conjunto de princípios que regem a Administração Pública.
Seu fundamento repousa nos critérios denominados, respectivamente.
A )das relações jurídicas, da administração pública e da atividade jurídica ou social do Estado;
B ) negativo ou residual, da atividade jurídica ou social do Estado e teleológico;
C ) do serviço público, do Poder Executivo e residual ou negativo.
D ) da Administração Pública, do serviço público e do Poder Executivo.
E ) teleológico, das relações jurídicas e da administração pública.
Pelo critério Teleológico, adotado por doutrinadores como Orlando, José Gascon, Arnaldo de 
Valles dentre outros, o Direito Administrativo seria "... o sistema dos princípios jurídicosque 
regulam a atividade do Estado para o cumprimento de seus fins." Os autores entendem que o 
Direito Administrativo compreende as normas disciplinadoras da atividade concreta realizada 
pelo Estado para consecução de fins de utilidade pública.
O Direito Administrativo rege as relações jurídicas do Poder Público, tal poder é dotado das 
prerrogativas de autoridade na consecução do interesse público, pois é o Estado enquanto ente
Estatal agindo em nome de toda a coletividade por esse mesmo motivo tem de agir com 
imperatividade a fim de alcançar os objetivos da sociedade. 
O Direito administrativo está fincado na ideia de que as relações estabelecidas entre a 
Administração e seus administrados constituem peça fundamental para que o Estado execute 
sua função com êxito. 
A Administração Pública para Hely Lopes Meirelles faz uso de pessoas, agentes, órgãos e 
atividades administrativas como mero instrumentos para realização dos fins desejados pelo 
Estado.
Considerando o Regime Jurídico Administrativo é correto afirmar que:
A ) as controvérsias em matéria administrativa, decididas pelo órgão executor, fazem coisa 
julgada material;
B ) no Brasil, a Jurisdição é dual.
C ) a adoção, pelo Brasil, do sistema de Jurisdição una, afasta a possibilidade de se reconhecer 
administrativamente de qualquer lesão ou ameaça a direito;
D ) é permitida a criação de tribunais com competência administrativa:
E ) N.D.A
Maria Sylvia Zanella di Pietro ao colocar em evidência como objeto do Direito Administrativo os
órgãos, agentes e as pessoas integrantes da Administração Pública, faz a ressalva de que as 
atividades jurídicas não são contenciosas, ou seja, não faz coisa julgada, cabendo essa tarefa, 
no nosso ordenamento jurídico, somente ao Poder Judiciário. 
Até porque a Administração Pública, em sua função administrativa não pode inovar na ordem 
jurídica, ou seja, não pode criar obrigações. É o que apregoa a nossa CRFB/88. Senão, 
vejamos: 
Art. 5º, II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa 
senão em virtude de lei;
Pelo princípio que vige em nosso ordenamento, seria equivocado afirmar que a adoção do 
sistema de Jurisdição "uno" afasta a possibilidade de apreciação pelo Poder Judiciário de 
qualquer ameaça ou lesão a direito que ocorra administrativamente. Isto representaria uma 
instabilidade jurídica enorme, sobretudo estaria violando cláusula pétrea, uma vez que todos 
têm o direito de “provocar” o Poder Judiciário para a resolução das controvérsias oriundas do 
convívio social, é, senão o direito de ter a intervenção estatal na apreciação de qualquer lesão 
ou ameaça a direito, cuja previsão está expressa na Carta Magna. Senão, vejamos: 
CRFB/88, Art. 5º, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário 
lesão ou ameaça a direito;
Uma das características da função administrativa é a subordinação à lei, isso porque está 
sujeita ao controle jurisdicional, na exata dicção do Art. 5º, inciso XXXV da CR. 
No Brasil a Jurisdição não é "dual", mas sim "una", pois, todas as causas, mesmo aquelas que 
envolvem interesse da Administração Pública, são julgadas pelo Poder Judiciário.
Portanto, a única alternativa plausível a ser marcada é a alternativa "D". 
Podem ser chamados de Equivalente jurisdicionais que são as alternativas para solução de 
conflitos não-jurisdicionais, recebem esse nome porque, não sendo jurisdição, funcionam 
apenas para tutelas direitos, resolvendo conflitos sem a ideia de definitividade. As formas de 
resolução de conflitos não são definitivas, pois há a possibilidade de serem submetidas ao 
controle jurisdicional, essa é a disciplina do Art. 5, XXXV, CR. 
A exemplo dos tribunais administrativos pode-se citar o Tribunal Marítimo, cujo âmbito de 
competência abrange, por exemplo, a decisão sobre acidentes de navegação. A Lei Federal 
2.180/1954 regula esse órgão que auxilia o Poder judiciário, disciplinando sua existência e 
limites de atuação.
A Administração Pública, em sentido objetivo, abrange as atividades exercidas pelas pessoas 
jurídicas, órgãos e agentes incumbidos de atender concretamente às necessidades coletivas; 
corresponde à função administrativa, atribuída preferencialmente aos órgãos do Poder 
Executivo.
ASSIM
A Administração Pública abrange o fomento, a polícia administrativa e o serviço público.
É correto afirmar que:
A) as duas afirmações estão corretas.
B) as duas afirmações estão incorretas.
C) a primeira afirmação está correta e a segunda afirmação está incorreta.
D ) a primeira afirmação está incorreta e a segunda afirmação está correta.
E ) as duas alternativas estão corretas e a segunda complementa a primeira.
A função administrativa, também chamada de função executiva, é função típica ou 
predominante do poder executivo.
Não quer dizer que é preferencialmente exercida pelo Poder Executivo, mas sim que é típica do 
Poder Executivo. 
 No entanto, os poderes legislativo e judiciário também exercem a função administrativa, mas 
como função atípica e assim o fazem quando ordenam os seus serviços, quando dispõe sobre 
seus bens e sobre a vida de seus servidores. Assim, por exemplo, a concessão de férias a 
servidor de qualquer um dos 3 poderes é ato administrativo, ou seja, praticado no exercício da 
função administrativa. 
No tocante à classificação da Função Administrativa ela abrange o serviço público, a polícia 
administrativa, o fomento e a intervenção no domínio econômico.
CONTEÚDO/MÓDULO 3- EXERCÍCIOS – DISCIPLINA 
ONLINE 
O princípio básico que objetiva aferir a compatibilidade entre os meios e os fins, de modo a 
evitar restrições desnecessárias ou abusivas por parte da Administração Pública, com lesões 
aos direitos fundamentais, denomina-se: 
A ) motivação: 
B ) razoabilidade: 
C ) impessoalidade; 
D ) coercibilidade; 
E ) imperatividade; 
 
O princípio da razoabilidade, prima facie, serve para limitar a atuação do Estado no sentido de 
evitar abusos. Tais abusos podem ser praticados de diversas formas, e esse princípio atua como 
instrumento apto para pautar a Atividade Administrativa e a atuação da Administração em 
relação aos administrados quando pratica atos que envolvam direitos alheios. Desse modo as 
ações da Administração Pública não podem ficar ao seu bel-prazer, ou aos caprichos de quem 
em seu nome atua, mas sim alicerçada na boa razão e na justa medida. A razoabilidade, em 
suma, nada mais é, do que o princípio balizador na orientação da atividade administrativa, 
para que assim afaste-se qualquer hipótese de excesso ou ações imoderadas e irracionais. 
O princípio da razoabilidade impõe ao administrador, ao atuar em sua zona de atuação 
discricionária, obedecer aos critérios aceitáveis sob a ótica racional, tal princípio possui, no 
ordenamento constitucional, expressa e explícita previsão, o qual vincula a administração 
pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios à sua inteligência. 
 
Na hipótese de Prefeito que delibera desapropriar área de seu desafeto para edificar 
hospital municipal, verifica-se, do ponto de vista material ofensa ao seguinte princípio da 
Administração Pública: 
A ) motivação; 
B ) moralidade: 
C ) legalidade; 
D ) devido processo legal; 
E ) Inalienabilidade dos bens públicos. 
 
Sob a perspectiva moral, chefe do poder executivo municipal, que desapropria área de seu 
desafeto para edificar Hospital, age em desacordo com os ditames morais, o que acarreta 
ofensa ao princípio da Moralidade Administrativa. Pois, a atuação da Administração pública 
deve perseguir o interesse público e ser dotada de abstração, nessa seara, quem age única e 
exclusivamente para satisfazer interesse próprio ou alcançar pretensão de cunho individual, 
comete ILEGALIDADEe foge das BALIZAS que irradiam do princípio da MORALIDADE. Insta 
salientar que este princípio possui expressa previsão constitucional, tal princípio vincula toda 
da Administração Pública, nos moldes do Art. 37 da CRFB/88. Tal mandamento está 
intimamente ligado ao conceito de bom administrador, ou seja, aquele que no uso de sua 
competência age, não somente norteado pela legalidade, mas também pela lealdade, boa-fé, 
ética, honestidade, decoro e probidade visando atingir os interesses coletivos. 
Sobre os princípios que regem a administração pública, é incorreto afirmar que: 
A ) o princípio da moralidade exige que o administrador se paute por conceitos éticos; 
B ) corolário do princípio da igualdade é a vedação de se estabelecer diferenças em razão de 
sede ou domicílio dos licitantes; 
C ) o princípio da supremacia do interesse público decorre da posição privilegiada dos órgãos e 
entes públicos encarregados da preservação do interesse público; 
D ) em decorrência do princípio da hierarquia, que é restrito às funções administrativas e não 
aplicáveis às funções tipicamente legislativas e judiciais, a Administração Pública possui a 
prerrogativa de avocar atribuições, e também de rever os atos dos subordinados; 
E ) A Constituição Federal prevê, expressamente, os princípios da legalidade, publicidade, 
impessoalidade, moralidade, eficiência e razoabilidade. 
 
A assertiva "E" está incorreta na medida em que fala que o princípio da RAZOABILIDADE está 
expressamente previsto na Constituição, o que é um equívoco, pois, tal princípio está 
MPLÍCITO na CF, uma vez que os EXPRESSAMENTE PREVISTOS são somente aqueles do Art. 37, 
CRFB/88. Ipsis litteris: 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:(...) 
 
Com relação aos princípios constitucionais da Administração Pública, está em conformidade 
com a 
A ) moralidade o ato administrativo praticado por agente público em favorecimento próprio, 
desde que revestido de legalidade. 
B ) eficiência a prestação de serviço público que satisfaça em parte às necessidades dos 
administrados, desde que realizados com rapidez e prontidão; 
C ) publicidade o sigilo imprescindível à segurança da sociedade e do Estado ou o indispensável 
à defesa da intimidade; 
D ) impessoalidade a violação da ordem cronológica dos precatórios para o pagamento dos 
créditos de natureza comum; 
E ) legalidade a inobservância a quaisquer atos normativos que não sejam lei em sentido 
estrito e provindos de autoridades administrativas. 
O Princípio da Publicidade serve para dar transparência aos atos públicos. Esse princípio obriga 
a Administração Pública a conferir publicidade aos atos administrativos com o fim de tornar 
cristalina a sua atuação. Tais atos devem ser levados ao conhecimento do público, e sua 
inobservância acarreta a responsabilização da autoridade pelo descumprimento. A publicidade 
da atuação pública é a regra e as exceções são aquelas expressamente previstas em lei. Pode-
se servir dos exemplos definidos no texto constitucional, quais sejam, a segurança do Estado e 
da sociedade (Art.5º, XXXIII, da CRFB/88); intimidade, direito assegurado no Art.5º,X, da 
CRFB/88. 
Portanto, nestas hipóteses expressamente previstas na CF, e em outras admitidas no 
ordenamento jurídico o sigilo será assegurado. 
Acerca dos princípios de Direito Administrativo, assinale a alternativa correta. 
A ) o rol dos princípios elencados pela Constituição não é exaustiva, tanto que existem os 
chamados "princípios implícitos". 
B ) o princípio da legalidade é uma das poucas previsões constitucionais que se relaciona à 
possibilidade de existir tirania e autoritarismo dos membros do Poder Executivo. 
C ) o princípio da moralidade se aplica apenas aos entes da administração pública indireta. 
D ) a moralidade e a razoabilidade são exemplos de princípios administrativos sem previsão 
expressa. 
E ) A Constituição Federal prevê, expressamente, os princípios da legalidade, publicidade, 
impessoalidade, moralidade, eficiência e proporcionalidade. 
 
O rol dos princípios elencados pela Constituição de fato não se esgota no Art. 37, CR, de sorte 
que existem os denominados "princípios Constitucionais implícitos", reconhecidos na legislação 
brasileira. 
São exemplos deles o da Proporcionalidade e razoabilidade que, inclusive, serve de parâmetro 
para a aplicação do Direito, e que reiteradas vezes se tornam objetos de apreciação ou são 
invocados por tribunais superiores e pelo nosso Pretório Excelso, sendo sua aplicação e 
reconhecimento perfeitamente possível no atual ordenamento jurídico. A exemplo de aplicação 
destes princípios implícitos seria aquele caso em que determinado servidor público ao exercer o 
poder de polícia ( Ex.:aplicação de multa ), deverá observar os critérios de razoabilidade e 
proporcionalidade que norteiam o atributo da discricionariedade. Veja: se a lei determina 
aplicar uma sanção que vai de R$ 1.000,00 a R$ 100.000,00 para aquele estabelecimento que 
for pego vendendo produtos com data de validade vencida, não seria razoável/proporcional, 
que determinado servidor aplicasse multa de R$ 100.000,00 ao estabelecimento "A" que 
possuía em seus estoques 10 produtos com data de validade vencida e, R$ 1.000,00 ao 
estabelecimento "B" que possuía em seus estoques mais de 10.000 produtos vencidos. Aqui 
podemos observar a importância desses princípios implícitos que são verdadeiros orientadores 
da atuação da Administração Pública. Ainda que o atributo da discricionariedade - um dos 
atributos do poder de polícia - dê à autoridade administrativa certa liberdade de atuação 
(como ocorre com a discricionariedade), os administrados não poderiam ficar ao bel-prazer da 
Administração, se sujeitando a decisões desarrazoadas. Assim sendo, mesmo diante da 
discricionariedade, a administração Pública obriga-se a balizar sua atuação à luz da 
razoabilidade e proporcionalidade. 
Portanto é correta a afirmação de que a CR não se limitou em apenas estabelecer um rol 
exaustivo de princípios a serem seguidos pela Administração Pública, dessarte, existem 
princípios implícitos ao longo do texto constitucional. 
Nesse sentido, AC 453.151/ CE- TRF- 5º. 
Ementa 
TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. VALOR CONSOLIDADO: R$ 878,49. 
EXTINÇÃO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO POR AUSÊNCIA DO INTERESSE 
DE AGIR. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS IMPLÍCITOS DA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA. RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. INSTRUMENTALIDADE 
DO PROCESSO. 
 
- É mister adequar a lide executiva à realidade judiciária brasileira, a cujo 
respeito estatísticas atuais evidenciaram os altos custos suportados pela 
sociedade apenas para movimentar a máquina judicial. 
- Assim, ante a valores tão baixos como o pretendido na execução em 
epígrafe, impõe-se maior preocupação dos aplicadores do Direito em 
relação à preservação do erário, pautando-nos pelos princípios da 
proporcionalidade e razoabilidade tão necessários para a melhor 
administração da res pública. 
- Igualmente, adotando os pressupostos de uma teoria do processo 
instrumental, deve-se garantir a utilidade do processo, o que só é possível 
com a realização dos atos processuais de modo racional, impedindo que as 
partes e o erário suportem gravames desnecessários. 
- Precedentes do col. STJ e desta Turma 5ª. Apelação improvida. (grifo meu) 
 
A vedação à Administração Pública de, por meio de mero ato administrativo, conceder 
direitos, criar obrigações ou impor proibições, vincula-se 
A ) legalidade 
B ) moralidade 
C ) impessoalidade 
D ) hierarquiaE ) Eficiência 
 
Ato administrativo não tem todos os atributos que contém a lei que é aquela que para sua 
criação teve de passar pelo devido processo legislativo, movida por um "rito" próprio de acordo 
com a sua natureza e observada as formalidades exigidas pela lei. Portanto o processo 
legislativo é imprescindível para a elaboração das normas, onde há toda uma solenidade 
própria do procedimento de elaboração, deliberação e aprovação das normas brasileiras. Ou 
seja, todas as fases que envolvem a criação da lei/norma são revestidas de solenidade. Ato 
administrativo não tem a alcunha de inovar na ordem jurídica. A observância de todos os 
princípios constitucionais expressos no Art.37, CRFB/88 é fundamental para garantir a 
legitimidade da ação administrativa. 
Esses princípios têm a função precípua de vincular toda a atuação da autoridade 
Administrativa em consonância com o Estado Democrático de Direito e amparado pelo supra 
princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado. 
O princípio da legalidade encontrado no Art.37, CR, deriva do Princípio da Legalidade em 
sentido amplo, geral e abstrato (latu sensu) que é aquele disposto no Art. 5º,II, CRFB/88. Em 
cumprimento ao que determina a Constituição, a Administração Pública deve sempre agir nos 
moldes da lei. Hely Lopes Meirelles, nos ensina com maestria, in verbis: 
"Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo que a lei 
não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei 
autoriza." 
Insta reafirmar que a prática dos atos administrativos está adstrita ao que a lei estabelecer. 
Nesse diapasão, Maria Sylvia Zanella Di Pietro: 
"Em decorrência disso, a Administração Pública não pode, por 
simples ato administrativo, conceder direitos de qualquer espécie, 
criar obrigações ou impor vedações aos administrados; para tanto, 
ela depende de lei."(grifo meu). 
Brilhantemente e de maneira singular, Celso Antônio Bandeiro de Mello, nos ensina. Senão, 
vejamos: 
“Para avaliar corretamente o princípio da legalidade e captar-lhe o 
sentido profundo cumpre atentar para o fato de que ele é a tradução 
jurídica de um propósito político: o de submeter os exercentes do 
poder em concreto - o administrativo - a um quadro normativo que 
embargue favoritismos, perseguições ou desmandos. Pretende-se 
através da norma geral, abstrata e por isso mesmo impessoal, a lei, 
editada, pois, pelo Poder Legislativo - que é o colégio representativo 
de todas as tendências (inclusive minoritárias) do corpo social -, 
garantir que a atuação do Executivo nada mais seja senão a 
concretização da vontade geral.” (MELLO, Celso Antônio Bandeira 
de,Curso de Direito Administrativo, Ed. Malheiros, 16ª Edição, São 
Paulo, 2003, p. 91) (grifo meu). 
CONTEÚDO/MÓDULO 4- EXERCÍCIOS – DISCIPLINA 
ONLINE
Considerando o poder de polícia, podemos dizer que:
I. O poder de polícia é a atividade do Estado consistente em limitar o exercício dos direitos 
individuais em benefício do interesse público.
II. O poder de polícia que o Estado exerce pode incidir em duas áreas de atuação estatal: na 
administrativa e na judiciária.
III. São atributos do poder de polícia a discricionariedade, a auto-executoriedade e a 
coercibilidade.
IV. O poder de polícia tanto pode ser discricionário como vinculado.
Está correto o que se afirma:
 A ) I e III
B ) II e IV
C ) I, II , III e IV
D ) II, III e IV
E ) I, III e IV
Gabarito “C”.
Todas as afirmações estão corretas. 
A afirmação "I" está correta, visto que o poder de Polícia, segundo Hely Lopes Meireles “ é a 
faculdade de que dispõe a administração pública para condicionar e restringir o uso e gozo 
de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio estado”.
(grifo meu).
A afirmação "II" está correta. De fato, o poder de polícia incidi nas esferas administrativas e 
judiciária. Sendo assim compreende a ceara administrativa a polícia administrativa que é 
aquela que atua preventivamente e a polícia judiciária sendo aquela que exerce atividade 
repressiva, é exemplo a polícia militar e polícia civil, respectivamente.
A afirmação "III" está correta, pois os atributos do poder de polícia são a discricionariedade, a 
auto-executoriedade e coercibilidade. Alguns autores reconhecem que a auto-executoriedade 
pode ser desdobrada em exigibilidade e executoriedade. 
A Afirmação "IV" está correta. O poder de polícia tanto pode ser discricionário, nesse caso 
haverá certa liberdade em relação à sua atuação, como também pode ser vinculado como é o 
caso da licença para construir, dirigir ou portar armas de fogo. Veja, mesmo atendendo aos 
requisitos necessários para se ter a licença, a autorização poderá ser negada por razões de 
interesse público.
O poder que cabe à Administração Pública para apurar infrações e aplicar penalidades aos 
servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa, é:
A ) o poder de polícia
B ) o poder regulamentar
C ) o poder vinculado
D ) o poder disciplinar
E ) o poder discricionário
Gabarito “D”
Quando se fala na forma de fiscalização interna da Administração pública que é aquela 
exercida por meio de uma ideia de hierarquia de superiores e subalternos, é necessária uma 
prerrogativa para se punir eventuais desvios e irregularidades praticados pelos agentes. Surge 
daí o Poder disciplinar, que é o que confere à Administração Pública a obrigação de punir os 
servidores que pratique eventuais desvios de comportamento ou infrações administrativas. 
Caso a autoridade encarregada de aplicar a devida punição não o faça, poderá incorrer em 
condescendência criminosa nos moldes do Art.320,CP, por isso é que o Poder Disciplinar confere
à Administração Pública a "obrigação" - e não a faculdade - de aplicar a devida punição ao 
"transgressor" sob pena de responsabilização da autoridade omissa.
São atributos do poder de polícia, exceto:
A ) Discricionariedade;
B ) Exigibilidade;
C ) Executoriedade;
D ) Atividade positiva;
E ) Coercibilidade.
Gabarito “D”.
Os atributos do poder de polícia compreendem a discricionariedade, autoexecutoriedade 
(alguns autores entendem que seus desdobramentos são exigibilidade e executoriedade) e 
coercibilidade. A atividade positiva está incompleta porque alguns autores entendem que o 
poder de polícia pode se manifestar através de uma atividade negativa e positiva imposta aos 
particulares. Em relação à atividade negativa, diz respeito ao particular frente à 
Administração, pois poderá sofrer limitações em seus direitos, ou seja, pode haver limitação da 
liberdade do particular imposta pela Administração a bem da coletividade. Um exemplo seria o
mau uso de seu imóvel (propriedade privada), onde o particular ouve música em volumes 
excessivos, que tornem o uso do imóvel prejudicial a coletividade. Caso haja denúncia a 
Administração pública, através do poder de polícia, poderá intimar o proprietário a cumprir a 
legislação competente, dessa forma a Administração Pública estará limitando o exercício de um
direito individual tendo em vista o interesse coletivo. Ou até mesmo em uma abordagem 
policial onde o particular terá seu direito de liberdade e intimidade temporariamente cerceado 
em prol do interesse público, obviamente, desde que a abordagem esteja calcada na fundada 
suspeita e nos limites legais, vide art. 244, CPP. Em relação à atividade positiva, desenvolverá 
uma atividade que trará acréscimos aos administrados, quer seja isoladamente, quer seja em 
conjunto.
É manifestação típica do poder de polícia da Administração Pública a
A ) prisão em flagrante de um criminoso;
B ) interdição de estabelecimento comercial por agentes da vigilância sanitária;
C ) criação de uma taxa decorrente de ação de fiscalização;
D ) aplicação de pena a servidor público;E ) vigilância exercida sobre o patrimônio público.
Gabarito “B”.
A alternativa "A" está incorreta, posto que qualquer indivíduo pode efetuar prisão em flagrante
delito, nos termos do Art. 301, assim sendo, não caracteriza manifestação típica e exclusiva do 
poder de polícia de que dispõe a Administração Pública. Senão, vejamos: 
 Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus 
agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em 
flagrante delito.
A letra "C" está incorreta, pois, a criação de taxas é uma das atribuições reservadas ao Poder 
Normativo. Assim o ato normativo é uma das formas de exteriorização do poder normativo, 
que pode criar taxas por meio de ato geral e abstrato, competência do poder Legislativo. 
A letra "D" está incorreta, pois, tal hipótese traz à tona característica ínsita do Poder disciplinar.
É relevo apontar que indiscutivelmente "a interdição de estabelecimento comercial por agentes
da vigilância sanitária" é manifestação típica do exercício do Poder de Polícia. Nesse diapasão, 
valemo-nos do que diz o Art. 78, CTN, in verbis:
 Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração 
pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou 
liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de 
intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos 
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de 
atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do 
Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e 
aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato 
Complementar nº 31, de 1966); (...) (grifo meu).
Poder regrado é aquele que o direito positivo - a lei - confere à Administração Pública para a 
prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à 
sua formalização. Na hipótese, o texto está discorrendo sobre o poder
A ) de polícia;
B ) discricionário;
C ) regulamentar;
D ) vinculado;
E ) disciplinar;
Gabarito “D”.
Os Poderes da Administração Pública são verdadeiras prerrogativas conferidas por lei para que 
os agentes públicos possam agir em nome do Estado e assim perseguir os interesses públicos. 
Tais prerrogativas devem estar em perfeita consonância com os princípios da Administração 
Pública. Entre tais poderes está o Poder Vinculado ou Regrado que, nas palavras de Hely Lopes 
Meirelles, é 
 “ aquele que o Direito Positivo – a lei – confere à Administração 
Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os 
elementos e requisitos necessários à sua formalização”. (grifo meu)
Na expedição destes atos, fica o administrador condicionado ao que diz a norma legal, ou seja, 
não tem liberdade de ação, por isso a ideia de vinculação do administrado ao que foi 
exteriorizado pela Administração Pública.
É característica própria do Poder Regulamentar da Administração Pública
A ) impor obrigação de fazer ou de não fazer
B ) possibilitar a inovação na ordem jurídica
C ) ser expedido com a estrita finalidade de produzir as disposições operacionais 
uniformizadoras necessárias à execução da lei
D ) ser ato geral, concreto, de competência privativa do Poder Legislativo.
E ) N.D.A
Gabarito “D”.
A alternativa "A" e "B" estão incorretas na medida em que somente a lei pode impor deveres e 
vedações. Nessa seara, vejamos o que reza o Art. 5, II, CF, in verbis: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes 
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...)
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa 
senão em virtude de lei; (...). (grifo meu).
Pode-se extrair do comando desse dispositivo o princípio da legalidade de caráter geral e 
abstrato, pois obriga a todos indistintamente. O que torna a alternativa "B" incorreta é que o 
Poder Normativo, não tem o condão de inovar na ordem jurídica, pois deve-se entender por 
"Lei" somente aquelas espécies normativas arroladas no Art.59, da Constituição da República, 
e, por isso mesmo os atos normativos não podem servir de parâmetro para o controle de 
constitucionalidade, ou seja, não podem ser objeto para o controle de constitucionalidade por 
não possuírem o caráter "lato sensu", salvo algumas hipóteses, como a do decreto do poder 
executivo que exorbite do poder regulamentar e assim poderá ser sustado pelo poder 
legislativo através do controle repressivo. Senão, vejamos:
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: (...)
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do 
poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; (...) (grifo
meu). 
O Poder Normativo, o qual alguns denominam como Poder Regulamentar, é a prerrogativa 
conferida à Administração pública para a prática de atos normativos de sua competência. Estes 
atos normativos têm a capacidade de instituir regras gerais e abstratas, o que de certo modo 
pode torná-los semelhantes às leis. Todavia, esses atos normativos se distanciam das leis na 
medida em não podem inovar a ordem jurídica, uma vez que nos termos do Art.5, II, da 
CRFB/88, somente as leis impõem direitos e obrigações. Através do Poder Normativo 
(Regulamentar) são expedidas resoluções, portarias, regulamentos, regimentos, instruções 
etc. Cumpre ressaltar que o regulamento é veiculado através de decreto, ou seja, o 
regulamento é o conteúdo do ato e o decreto é como o ato se exterioriza, se manifesta. Sendo 
esse regulamento, ato normativo de competência exclusiva dos chefes do poder executivo de 
todos os entes da federação e é considerado o mais importante dos atos e como exposto acima
pode sofrer controle de constitucionalidade. Tem prevalecido, apesar das divergências, o 
entendimento de que a forma de regulamento existente é o executivo ou para fiel execução 
das leis, conforme dispõe o Art. 84, IV, da CF. Senão, vejamos: 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: (...)
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir 
decretos e regulamentos para sua fiel execução; (...) (grifo meu).
CONTEÚDO/MÓDULO 5- EXERCÍCIOS – DISCIPLINA 
ONLINE
O ato administrativo praticado no exercício da competência discricionária
A ) pode ser revogado pelo Judiciário ou Legislativo quando inadequado ou inoportuno;
B ) não é possível de controle judicial, administrativo ou legislativo
C ) pode ser apreciado judicialmente, desde que sobre o mérito.
D ) não goza do atributo da presunção de legitimidade.
E ) pode ser passível de apreciação judicial quanto aos aspectos de legalidade
Letra "A" incorreta. Não pode, pois, o ato administrativo exercido no juízo de mérito, 
conveniência e oportunidade sofrer controle ou apreciação jurisdicional, salvo quando envolver
aspectos de legalidade. 
De tal sorte que a revogação (de ato legal) é privativa da Administração justamente porque 
seus fundamentos - oportunidade e conveniência - são defesos à apreciação do Poder 
Judiciário. Maria Sylvia Zanella Di Pietro defende que "a Administração tem, em regra, o dever
de anular os atos ilegais, sob pena de cair por terra o princípio da legalidade". Veja, quando 
se fala em ato ilegal emanado da Administração e que deve ser extirpado do mundo real, tanto
a Administração Pública (com seu poder de autotutela) quanto o Poder judiciário são 
competentes para tanto.
Nessa esteira, valemo-nos das súmulas 346 e 473 do STF, in verbis: 
Súmula 346: "A Administração Pública pode anular seus próprios 
atos".
Súmula 473: "A Administração pode anular seus próprios atos, 
quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se 
originam direitos, ou revogá-los, por motivo de conveniência ou 
oportunidade,respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em 
todos os casos, a apreciação judicial".
Logo letras "B" e "C" também estão equivocadas. Na letra "B" porque afasta a hipótese de a 
Administração controlar os atos que dela foram emanados e na "C" porque o controle do Poder
Judiciário dos atos irradiados da Administração Pública somente é possível sobre o aspecto 
"legal", ou seja, sobre a legalidade do ato e não sobre o "mérito" como afirma a questão. Isso 
gera um efeito dúplice logo a alternativa "E" é o gabarito. 
Todos os atos administrativos possuem o atributo da presunção de legalidade e de veracidade, 
isso significa que o ato administrativo, até prova em contrário, é plenamente válido para o 
direito. Trata-se de uma derivação da supremacia do interesse público, razão pela qual sua 
existência independe de previsão legal específica. 
Portanto Letra "D" incorreta.
Complete as lacunas na frase a seguir e assinale a alternativa correta:
_________________________é o efeito mediato do ato, é o objetivo decorrente do interesse 
coletivo e indicado pela lei, buscado pela Administração.
_____________________ é pressuposto de fato e direito que leva a Administração a praticar 
o ato.
Já a _______________________________ é um aspecto formal que constitui garantia jurídica
para o administrado e para a Administração, possibilitando o controle do ato.
A ) MOTIVO - OBJETO - COMPETÊNCIA
B ) FINALIDADE - OBJETO - COMPETÊNCIA
C ) OBJETO - FINALIDADE - FORMA
D ) FINALIDADE - MOTIVO - FORMA
E ) FORMA - MOTIVO – OBJETO
Finalidade é o resultado pretendido pela Administração, porém pode ser entendido no sentido
amplo e restrito. No amplo, significa que o ato administrativo deve ser praticado com o fim de 
atender o interesse público. Vedando-se que seja praticado para satisfazer interesses de cunho 
pessoal, caso isso ocorra, poderá o ato sofrer controle de legalidade. 
Motivo é o pressuposto de fato e de direito que sustenta e fundamenta a prática do ato, ou 
seja, é a causa que lhe deu existência, é o acontecimento e as circunstâncias que deram 
sustentação à Administração na prática do ato. 
Já a forma pode ser tomada no sentido amplo e restrito. No sentido restrito é a forma de 
exteriorização do ato, é dizer, é como ele se manifesta. Ex.: O regulamento é o conteúdo de um 
ato que é de competência privativa dos chefes do Poder Executivo, tal ato é exteriorizado na 
forma de "decreto", sendo assim o regulamento é manifestado através de um ato chamado 
"decreto".
SÃO REQUISITOS DE VALIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO
A ) competência, conveniência, finalidade, motivo e objeto
B ) forma, competência, finalidade, motivo e objeto.
C ) imperatividade, competência, legitimidade, motivo e objeto.
D ) forma, competência, finalidade, oportunidade e objeto
E ) autoexecutoriedade, forma, competência, finalidade e objeto.
Há divergência por parte da doutrina quanto à quantidade de requisitos de validade do ato 
administrativo, posto que o tema não teve os cuidados do legislativo direto. Assim cada autor 
defende sua tese e aponta a melhor divisão segundo seu entendimento. Insta destacar as 
correntes mais citadas: a clássica e a mais moderna. 
Adotaremos a corrente clássica defendida por Hely Lopes Meirelles e a mais cobrada nos 
editais de concursos públicos e que está baseada no art. 2º da Lei 4.717/65 (que regula a ação 
popular). O artigo supracitado reza que serão nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades
mencionadas no artigo anterior, nos casos de: incompetência, vício de forma, ilegalidade do 
objeto, inexistência dos motivos e desvio de finalidade. Senão, vejamos: 
 Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades 
mencionadas no artigo anterior, nos casos de:
 a) incompetência;
 b) vício de forma;
 c) ilegalidade do objeto;
 d) inexistência dos motivos;
 e) desvio de finalidade.
 Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade 
observar-se-ão as seguintes normas:
 a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se 
incluir nas atribuições legais do agente que o praticou;
 b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância 
incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência 
ou seriedade do ato;
 c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato 
importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo;
 d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de 
fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente 
inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido;
 e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o 
ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou 
implicitamente, na regra de competência.
Parece-me que o parágrafo único desse artigo foi o que forneceu subsídios para o estudo da 
extinção do ato administrativo, quer seja pela revogação, quer seja pela anulação ou 
invalidação. Donde se extraiu informações de quando seria o caso em que o ato estaria 
maculado pelo vício de legalidade e quando o ato poderia sofrer apenas revogação. Assim, 
hoje se entende que o quando há vício nos requisitos do motivo e da finalidade o ato não 
pode ser convalidado. Do mesmo modo ocorre com o requisito do objeto, mas há uma 
exceção em que o vício poderá ser sanado através da conversão do ato.
ANALISE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR.
O PODER JUDICIÁRIO PODE EXERCER O CONTROLE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS, QUER NO 
QUE TANGE À CONFORMIDADE DOS ELEMENTOS VINCULADOS COM A LEI (CONTROLE DE 
LEGALIDADE "STRICTO SENSU") QUER NO QUE TOCA À COMPATIBILIDADE DOS ELEMENTOS 
DISCRICIONÁRIOS COM OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONALMENTE EXPRESSOS (CONTROLE DA 
LEGALIDADE "LATO SENSU"), DECRETANDO SUA NULIDADE, SE NECESSÁRIO
PORQUE
SÃO ELEMENTOS DO ATO ADMINISTRATIVO O SUJEITO, A FORMA, O OBJETO, O MOTIVO E A 
FINALIDADE.
ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA.
A ) A primeira afirmativa é falsa e a segunda verdadeira.
B ) A segunda afirmativa é falsa e a primeira verdadeira.
C ) As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
D ) As duas afirmativas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira
E ) As duas afirmativas são falsas.
As afirmações estão em plena consonância com as bases constitucionais da Administração 
Pública e especialmente no que tange ao controle dos atos administrativos. O Poder Judiciário 
pode exercer o controle dos atos administrativos no tocante ao seu aspecto legal este é um 
entendimento já pacificado no nosso ordenamento jurídico. A única dúvida que emerge é se 
poderia ele exercer também o controle dos atos administrativos quando estes forem praticados
sob a égide da discricionariedade. Mesmo atuando com juízo de discricionariedade não seria 
prudente deixar a Administração Pública atuar totalmente desvinculada - ao seu bel-prazer. 
Diante disso, mesmo fincada no aspecto da discricionariedade a Administração deverá 
obedecer aos princípios expressos do Art.37, CRFB/88. Ex.: Chefe do Poder Executivo que age 
em perseguição a um desafeto seu ou para beneficiar/favorecer determinada pessoa. Dessa 
forma estaria ele violando o princípio da Moralidade - sendo ímprobo.
Assinale a alternativa que apresenta duas características da competência do ato 
administrativo
A ) hierarquia e finalidade
B ) imprescritível e improrrogável
C ) limitabilidade e hierarquia
D ) imperatividade e finalidade
E ) modificável e prescritível
Dentre várias Características da competência, como irrenunciabilidade, imodificabilidade, 
imprescritibilidade e improrrogabilidade, vale destacar duas delas:
Imprescritibilidade, é dizer, mesmo quando não utilizada, independentemente do tempo, o 
agente continuará sendo competente para exercê-la.
E para a competência administrativa não se admite prorrogação.Assim, a incompetência não 
se transmuda em competência, ou seja, se um agente ou órgão público não tiverem 
competência para certa função, não poderão vir a tê-la posteriormente, pela simples ausência 
de questionamentos, a menos que a norma definidora seja modificada.
Quanto à extinção do ato administrativo, é correto afirmar que:
A ) o ato administrativo praticado por agente incompetente deve ser revogado
B ) a revogação só incide sobre ato administrativo vinculado
C ) um ato administrativo perfeito e eficaz pode ser anulado ou revogado, conforme o caso
D ) a anulação do ato administrativo opera efeitos ex nunc
E ) N.D.A
O sujeito (competência) é elemento sempre vinculado, pois a lei estabelece quem é o 
competente à prática do ato.
A discricionariedade reside somente sobre nos requisitos do "motivo" e "objeto".
A competência é requisito obrigatório e indispensável para a prática do ato, portanto o agente 
ou o órgão deve ser o competente para praticá-lo, sob pena de invalidação do mesmo. 
Portanto, ato praticado por agente/órgão incompetente acarreta na sua nulidade. É questão 
que envolve o aspecto da legalidade do ato e não de aspectos de discricionariedade, portanto 
não é passível de revogação ato praticado por agente incompetente. Letra “A” incorreta. 
A revogação só incide sobre ato administrativo discricionário e não vinculado como afirma a 
"B". A assertiva inverteu a ordem. Quando da prática dos atos administrativos a administração 
atua sem liberdade alguma dizemos que ela está vinculada. 
A anulação do ato administrativo opera efeitos "ex tunc" porque ele nasceu morto, natimorto. 
Como a desconformidade com a lei atinge o ato em suas origens, a anulação produz efeitos 
retroativos à data em que foi emitido (ex tunc) ou seja, desde a sua "concepção".
A súmula 473 do STF, nos explica que desses atos não se originam deveres e obrigações. Senão,
vejamos:
Súmula 473: "A Administração pode anular seus próprios atos, 
quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se
originam direitos, ou revogá-los, por motivo de conveniência ou 
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em 
todos os casos, a apreciação judicial".
Diz-se do ato: 
Perfeito - quando ele completa o ciclo de sua formação natural. 
Válido - quando está ajustado às exigências normativas.
Eficaz - quando está pronto para produzir todos os seus efeitos. Esses três aspectos formam a 
TIPICIDADE do ato administrativo.
 Mesmo o ato sendo perfeito e eficaz se sujeita ao controle do Poder Judiciário e da 
Administração pública, no tocante aos aspectos de legalidade e discricionariedade. Letra “D” é 
o gabarito.
CONTEÚDO/MÓDULO 6- EXERCÍCIOS – DISCIPLINA 
ONLINE
Considere as assertivas:
I. Empresas públicas e sociedades de economia mista dependem, para a sua criação, de 
autorização legislativa, que deve ser específica, vedada a autorização genérica.
II. As autarquias, as fundações públicas, as sociedades de economia mista e as empresas 
públicas integram a Administração Indireta.
III. A Presidência da República e os Ministérios são órgãos integrantes da Administração 
Federal Indireta.
É correto afirmar que:
A ) todas as assertivas estão incorretas.
B ) somente a assertiva III está incorreta.
C ) somente as assertivas I e III estão incorretas.
D ) somente as assertivas I e II estão incorretas.
E ) todas as assertivas estão corretas.
Item I: Correta. Empresa pública e sociedade de economia mista são pessoas jurídicas de 
direito privado, autônomas criadas pelo Estado para atingir determinadas finalidades 
(Prestação de serviços públicos ou exploração de atividade econômica) através da chamada 
"descentralização". A resposta está contida no art. 37, XIX, CRFB/88, "in verbis":
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a 
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de 
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de
sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, 
de 1998) (grifo meu). 
Portanto, somente por lei específica poderão ser criadas empresa pública, sociedade de 
economia mista e fundação. Vale ressaltar que, à luz do dispositivo constitucional, a exploração
de atividade econômica só se dá em caráter excepcional pois o Estado não poderá prestar 
qualquer atividade econômica. Senão, vejamos:
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração 
direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando 
necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse 
coletivo , conforme definidos em lei. (grifo meu)
 
Item II: Correta. O item parece, prima facie, um tanto quanto nebuloso, porém deve-se ter em 
mente que tanto as fundações públicas quanto privadas são entidades que pertencem à 
Administração indireta, sob a qual a Administração Pública direta exerce apenas a tutela 
exercendo apenas o controle de finalidade. Faz-se mister destacar o inciso IV do artigo 5º do 
Decreto-Lei nº 200/67, in verbis,
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de 
direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização 
legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução 
por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa,
patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e 
funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. 
(Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987). (grifo meu)
Ainda que o inciso IV supracitado afirme expressamente que fundação pública é pessoa jurídica
de direito privado, o ilustríssimo professor Celso Antonio Bandeira de Mello pensa de outra 
forma. Senão vejamos:
"É absolutamente incorreta a afirmação normativa de que as fundações 
públicas são pessoas de Direito Privado. Na verdade, são pessoas de 
Direito Público, consoante, aliás, universal entendimento, que só no Brasil 
foi contendido. (...) O que se passou, entretanto, no Direito brasileiro é 
que foram criadas inúmeras pessoas designadas como" fundações ", com 
atribuições nitidamente públicas, e que, sob este aspecto, em nada se 
distinguiam das autarquias. O regime delas estaria inevitavelmente 
atrelando-as às limitações e controles próprios das pessoas de Direito 
Público. Entretanto, foram batizadas de pessoas de Direito Privado apenas 
para se evadirem destes controles moralizadores ou, então, para permitir 
que seus agentes acumulassem cargos e empregos, o que lhes seria 
vedado se fossem reconhecidas como pessoas de Direito Público. 37. 
Hoje, a questão não pode mais suscitar dúvidas, porquanto a Constituição, 
ao se referir especificamente aos servidores das"fundações públicas". 
(grifos nossos).
Não obstante existir diferenças entre as fundações públicas e privadas, pedimos vênia para 
transcrever o que a professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro considera necessário para que 
uma fundação tenha natureza pública, in verbis, 
“é instituída pelo poder público com patrimônio, total ou parcialmente 
público, dotado de personalidade jurídica, de direito público ou privado, e, 
destinado, por lei, ao desempenho de atividades do Estado na ordem 
social, com capacidade de auto administração e mediante controle da 
Administração Pública, nos limites da lei” (Direito Administrativo, 5ª edição, 
São Paulo: Atlas, 1995, p. 320) (grifos meus).
Item III: Errado. A presidência da República e os Ministérios são órgãos integrantes da 
Administração Federal Direta, sendo os ministérios órgãos públicos, nos moldes do decreto 
99.244/90. Senão vejamos:
Art. 1° A Administração Pública Federal direta compreende a Presidência da 
República e os seguintes Ministérios:
I - da Justiça;
II - da Marinha;
III - do Exército; (grifo meu)
As pessoas jurídicas que integram o chamadoTerceiro Setor têm regime jurídico:
A ) de direito público.
B ) de direito privado.
C ) predominantemente de direito público, parcialmente derrogado por normas de direito 
privado.
D ) predominantemente de direito privado, parcialmente derrogado por normas de direito 
público.
E ) de direito público ou de direito privado, conforme a pessoa jurídica.
Maria Sylvia Zanella DI PIETRO assevera que se referir às organizações sociais como entidades 
"públicas não estatais", "fica muito clara a intenção de tentar excluí-las da abrangência da 
Administração Indireta e, em conseqüência, excluí-las também da incidência das normas e 
princípios constitucionais que a ela se aplicam". [71] No entanto, segundo a mesma autora, as 
organizações sociais, na verdade, se submetem às normas de direito público, não obstante a 
natureza privada que se tente imprimir-lhes.
Conteúdo retirado de http://jus.com.br/revista/texto/18550/o-contrato-de-gestao-entre-o-
poder-publico-e-organizacoes-sociais-como-instrumento-de-fuga-do-regime-juridico-
administrativo#ixzz2HKxb2PK5
Diversos autores, usando terminologia tradicional do direito administrativo brasileiro, incluem 
o terceiro setor entre as chamadas entidades paraestatais. Nesse sentido, manifesta-se Maria 
Sylvia Zanella Di Pietro e Celso Antônio Bandeira de Mello. Este último define as paraestatais 
como "sujeito não estatais, isto é, de direito privado, que em paralelismo com o Estado, 
desempenham cometimentos que este poderia desempenhar por se encontrarem no âmbito 
de interesses seus, mas não exclusivamente seus. Maria Sylvia aduz que, neste sentido, podem 
ser incluídas como entidades paralelas ao Estado as organizações sociais, as organizações de 
sociedade civil de interesse público, os serviços sociais autônomos e as fundações de apoio.
Conteúdo retirado de: http://www.direitodoestado.com/revista/RERE-24-dezembro-janeiro-
fevereiro-2011-RITA-TOURINHO.pdf
São traços distintos entre empresa pública e sociedade de economia mista:
A ) forma jurídica; composição do capital e foro processual
B ) foro processual; forma de criação e objeto
C ) composição de capital; regime jurídico e forma de criação
D ) objeto, forma jurídica e regime jurídico
E ) regime jurídico, objeto e foro processual.
Diferenças entre SEM e EP: 
Composição do Capital - Empresa pública o capital é exclusivamente público ao passo que na 
Sociedade de Economia mista é misto. 
Constituição ou Forma Jurídica- Empresa pública pode adotar qualquer tipo ao passo que a 
Sociedade de economia mista só pode ser S/A. 
Foro Processual - Conforme dispõe o art. 109, I, CR, (Art. 109. Aos juízes federais compete 
processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem 
interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de 
acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;) é competente a Justiça 
federal quando a Empresa pública federal for parte em processo. Porém, a competência é da 
justiça estadual quando Sociedade de economia mista for parte em processo, nesse caso vide 
súmulas 517 e 556, STF. As similaridades são o regime jurídico, pois ambas são pessoas 
jurídicas de direito privado, e a capacidade para prestar serviço público ou exercer atividade 
econômica, consoante art. 173, CR.
A recente reforma do Estado, empreendida pelo Governo Federal, introduziu novas figuras 
na Administração Pública Federal. No rol abaixo, assinale aquela que pode ser conceituada 
como resultado da qualificação que se atribuiu a uma autarquia ou fundação pública, cujo 
objeto institucional seja uma atividade exclusiva de Estado, com o propósito de dotá-la de 
maior autonomia gerencial:
A ) agência reguladora
B ) organização social
C ) serviço social autônomo
D ) agência executiva
E ) organização da sociedade civil de interesse público
 Nasceu da Lei 9.649/98: agência executiva tem natureza de
autarquia e fundação, que precisa ser melhorada. É uma qualificação (agência executiva)
que recebem essas autarquias e fundações públicas. Não se cria outra entidade. Apenas
dá um status ou qualificação de agência executiva para uma autarquia ou fundação
que já existe.
 Para tanto, a entidade elabora um plano estratégico de reestruturação. Para
executar o plano, a entidade celebra com a administração direta um contrato de gestão,
por meio do qual o ente receberá mais recursos e mais liberdade para torná-la eficiência.
O status depende de um decreto do Presidente e dura até final do contrato de gestão, ou
seja, é temporário. Como exemplo: INMETRO.
As organizações sociais têm como característica, entre outras, 
A ) atuar também nas áreas de ensino, pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico
B ) o vínculo jurídico com o Poder Público por meio do contrato de parceria;
C ) criação por decreto do Chefe do Executivo
D ) ser pessoa jurídica de direito privado, podendo ter fins lucrativos
E) n.d.a
ORGANIZAÇÃO SOCIAL (OS) 
Tem respaldo na Lei 9.637/98 (ver referida Lei). É pessoa jurídica de direito privado, sem
fins lucrativos, fora da administração. Normalmente, existe de extinções de estruturas da 
administração – tenho órgão público desnecessário e transfiro seus bens para ente privado. A
OS, beneficiada pelo Estado, vai manter-se vinculada ao Estado mediante CONTRATO DE 
GESTÃO (e não de parceria como a alternativa “C” propõe), que preverá recursos 
orçamentários e utilização de bens públicos e servidores.
FINALIDADES. A OS não vai necessariamente prestar serviço público, mas cooperar com 
o Estado nas áreas do ensino, pesquisa, saúde, meio ambiente e cultura.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO é responsável pela administração da OS, composta por 
particulares e servidores. Incoerência! Servidor com pé no privado.
CONTROLE. O Tribunal de Contas pode controlar OS.
As agências reguladoras, criadas para regular e fiscalizar os serviços prestados por empesas 
privadas que atuam na prestação de serviços, que em suas essências seriam públicas, tem 
natureza jurídica de:
A ) autarquias sob regime especial
B ) órgãos da Administração direta
C ) empresas públicas
D ) órgãos do Tribunal de Contas da União
E ) entidades privadas
São autarquias com regime especial, possuindo todas as características jurídicas das 
autarquias comuns, mas delas se diferenciam pela presença de duas peculiaridades em seu 
regime jurídico: a) dirigentes estáveis; b) mandatos fixos.
Vale destacar que as Emendas Constitucionais nº 8/95 e 9/95 são consideradas o marco 
histórico introdutor das agências reguladoras brasileiras que passaram por grandes processos. 
Sua criação guarda relação com o processo de privatizações e a reforma do Estado iniciado na 
metade dos anos 90. Para a implantação desse novo modelo, surgiram várias emendas 
constitucionais, 5/95, 6/95 e a as supracitadas que foram as mais importantes.
CONTEÚDO/MÓDULO 7- EXERCÍCIOS – DISCIPLINA 
ONLINE
Relativamente à licitação, podemos dizer que:
I - A adjudicação é ato pelo qual se atribui o objeto da licitação ao proponente que haja 
apresentado a melhor proposta.
II - O tipo de licitação de técnica e preço será obrigatoriamente utilizado quando o objeto da 
licitação for a contratação de bens e serviços de informática.
III - Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente 
cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o 
terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária 
qualificação. É correto que:
A ) apenas a afirmação I está correta.
B ) apenas as afirmações I e II estão corretas.
C ) apenas as afirmações I e III estão corretas.
D ) todas as afirmações estão corretas.
E ) todas as afirmações estãoincorretas.
Item I: Correto.
Adjudicação é a atribuição do objeto da licitação ao licitante vencedor. 
Item II: Correto.
 Os tipos de licitação, em todas as modalidades, com exceção do concurso e pregão, são:
- o de menor preço;
- o de melhor técnica;
- o de técnica e preço e
- o de melhor lance e oferta (nos casos de alienação de bens ou de concessão de direito real de
uso).
 O art. 45, §4° estabelece obrigatoriamente o tipo de licitação técnica e preço para a 
contratação dos serviços de informática, permitindo o emprego de outros tipos de licitação nos
casos indicados por decreto do Poder Executivo.
Item III: Correto, posto que, a tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados
devidamente cadastrados, ou que atenderem a todas as condições exigidas para 
cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a 
necessária qualificação.
A tomada de preços pelo regime da atual lei foi bastante aproximada ao regime da licitação por
concorrência, porque a lei possibilita a quem não seja cadastrado ao tempo da abertura da 
tomada de preços que requeira o seu cadastramento até o terceiro dia anterior da data do 
recebimento das propostas. Isso possibilitou a ampliação do universo de participantes.
Considerando as afirmações abaixo:
I. Edital é o meio pelo qual os interessados tomam conhecimento da licitação, sendo 
convidados para dela participar.
II. O edital da licitação deve ser rigorosamente cumprido, estando a administração vinculada 
ao que nele está contido.
III. O edital não pode conter especificações exageradas que levem a privilegiar algum 
concorrente. É correto afirmar que:
A ) todas as afirmações estão corretas.
B ) todas as afirmações estão incorretas.
C ) apenas a afirmação I está correta.
D ) apenas as afirmações I e II estão corretas.
E ) apenas as afirmações I e III estão corretas.
Itens I e II corretos. 
A abertura da licitação ocorre com a divulgação do ato ou instrumento convocatório, o qual 
recebe o nome de edital em todas as modalidades de licitação, com exceção do convite em que
é denominado de carta-convite. Às vezes a lei usa a palavra edital como gênero, o que ocorre 
por exemplo no art. 41 em que a lei estabelece o juízo vinculado da Administração no que se 
refere às normas e condições do ato convocatório. Embora o artigo se refira ao edital é 
evidente que ele também se aplica à carta-convite. 
Item III correto. Especificações exageradas dariam privilégios ilegais e, dessa forma, estaria 
violando o princípio da isonomia entre os concorrentes. Os privilégios legais são somente 
aqueles que já estão expressamente previstos na legislação e que, de alguma forma, levou o 
legislador a aceita-los sem que houvesse afronta à CF. 
Princípio da impessoalidade, princípio da igualdade e princípio do julgamento objetivo.
O princípio da impessoalidade relaciona-se intimamente com o da igualdade e com o do 
julgamento objetivo, porque a impessoalidade impõe que os licitantes sejam tratados com 
isonomia, sem discriminações indevidas.
É o princípio da igualdade que exige tratamento igual aos iguais e desigual aos desiguais, de 
forma que, eventual distinção relativamente aos desiguais não se apresentará como indevida. 
O julgamento objetivo, por sua vez, impõe que as regras para a escolha da melhor proposta 
constem do ato convocatório, e não sejam fundadas em critérios secretos, subjetivos, de forma
que, quem quer que seja membro da comissão de julgamento, proferirá decisão de escolha da 
melhor proposta pelo simples confronto dela com os critérios de julgamento (vide art. 44, Lei 
nº 8666/93).
A licitação é dispensável nas seguintes hipóteses:
I. guerra ou grave perturbação da ordem;
II. desinteresse pela licitação anterior;
III. venda de bem imóvel para outro órgão da Administração Pública, independentemente de 
qualquer outro requisito;
IV. contratação de serviços técnicos de gerenciamento de obras, com profissionais de notória 
especialização.
Está correto o que se afirmas APENAS em:
A ) I e II
B ) I e III
C ) II e III
D ) II e IV
E ) III e IV
Nos casos de dispensa de licitação a competição é até viável, mas o legislador optou por afastar
a obrigação de licitar.
No tocante aos casos de licitação dispensável, podemos agrupa-las sob 4 critérios:
- Em razão do pequeno valor. Ex: art. 24, I e II;
- Em razão de situações excepcionais. Ex: art. 24, III e IV;
- Em razão do objeto. Ex.: art.24,XII e
- Em razão da pessoa. Ex: art. 24, XXII.
Acerca da hipótese em que a licitação é dispensável em razão de situações excepcionais, pode-
se inferir que, quando houver situações imprevisíveis, de caso fortuito ou de força maior, 
estará dispensada a licitação, tal como ocorrem em casos de guerra ou grave perturbação da 
ordem ou nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada a 
urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a 
segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e
somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e 
para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento
e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou 
calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos; Isso torna o item "I" correto.
Item II: correto. Art. 24. É dispensável a licitação: (...)
V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, 
justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a 
Administração, mantidas, neste caso, todas as condições 
preestabelecidas;”(grifos meus)
O desinteresse na licitação está elencado quando não existe nenhum particular a fim de 
contratar com a Administração, porém, é o caso em que haja desclassificação dos candidatos 
por observância do que estava no edital.
Ampla publicidade e universalidade são características ínsitas à seguinte modalidade de 
licitação:
A ) Convite
B ) Concorrência
C ) Tomada de Preços
D ) Leilão
E ) Concurso
Na concorrência vigoram dois princípios: o da universalidade e o da ampla publicidade.
O princípio da universalidade decorre da participação de quaisquer interessados na licitação. 
Quer dizer, basta ter habilitação (qualificação ou capacidade) para desenvolver ou executar o 
objeto do contrato para que o interessado requeira sua participação na concorrência. Não se 
exige que ele seja cadastrado e nem mesmo convidado a participar da licitação.
A ampla publicidade decorre do disposto no art. 21 da Lei 8666/93, em que a divulgação do 
edital de concorrência é a mais abrangente.
A locação de imóvel, para nele funcionar determinado serviço público, será uma modalidade 
de contratação que
A ) depende de prévia licitação, em qualquer caso
B ) pode dispensar a licitação, nos casos previstos em lei
C ) não exige licitação, nos casos previstos em lei
D ) prescinde de licitação em qualquer caso
E ) N.D.A.
No caso de locação de imóvel para nele funcionar determinado serviço público, pode haver a 
dispensa de licitação. É o que se extrai do art. 24, X, Lei 8.666/93, cujo dispositivo teve sua 
redação alterada pela lei 9.883/94. Senão vejamos:
Art. 24. É dispensável a licitação: 
X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento 
das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de 
instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o 
preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação 
prévia; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) (grifos meus)
Considerando as assertivas sobre licitação:
I. Quando for cabível a concorrência não se pode realizar nem a tomada de preços e nem o 
convite.
II. O pregão é modalidade de licitação entrequaisquer interessados para venda de bens 
móveis inservíveis para a Administração ou de produtos apreendidos ou "penhorados", ou 
para alienação de bens previstos no artigo 19 da Lei nº 8.666/93.
Responda:
A ) I e II estão corretas
B ) I e II estão incorretas
C ) I é correta e a II é incorreta
D ) I é incorreta e a II é correta
E ) N.D.A
Item I está correto. Pois, quando for cabível a concorrência não se pode realizar nem a tomada 
de preços e nem o convite. Quando for cabível a tomada de preços, não se pode realizar o 
convite. O inverso, é possível. Quer dizer, nos casos em que couber convite, a Administração 
poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência (art. 23, §4°).
O item "II" está incorreto. O item faz menção à modalidade de leilão e não pregão como se 
afirma.
Assim, leilão, nos termos do art. 22, §5°, é a modalidade de licitação entre quaisquer 
interessados para venda de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos 
legalmente apreendidos ou “penhorados”, ou para alienação de bens imóveis, prevista no art. 
19, a quem oferecer maior lance igual ou superior ao valor da avaliação.
Portanto, letra "C" é o gabarito.
Considerando as afirmações abaixo:
I. teoria da imprevisão (cláusula rebus sic stantibus) é aplicável excepcionalmente no 
contrato administrativo.
II. no contrato administrativo uma de suas características é a presença da administração 
pública com o poder público - a Administração aparece com uma série de prerrogativas que 
garantem a sua posição de supremacia sobre o particular; vem expressas por meio das 
cláusulas exorbitantes.
III. o contrato administrativo tem como característica a presença de cláusulas exorbitantes.
É correto o que se afirma:
A ) I, II e III
 B ) I e II
 C ) I e III
 D ) II e III
 E ) N.D.A
Todas as assertivas estão corretas.
A doutrina apresenta diversas características dos contratos administrativos que os 
diferenciam dos contratos privados, dentre as mais importantes, podemos destacar a: 
A) Existência de cláusulas exorbitantes 
Essas são disposições contratuais que definem poderes especiais para a Administração dentro
do contrato, projetando-se para uma posição de superioridade em relação ao contratado. São
exemplos de cláusulas exorbitantes: 1) possibilidade de revogação unilateral do contrato por 
razões de interesse público; 2) alteração unilateral do objeto do contrato; 3) aplicação de 
sanções contratuais;
Podemos citar algumas características dos contratos Administrativos como a presença da 
Administração em pelo menos um dos polos e a presença das chamadas cláusulas 
exorbitantes. São regras que conferem poderes contratuais especiais projetando a 
Administração Pública para uma posição de superioridade diante do particular no contrato. 
São prerrogativas decorrentes da supremacia do interesse público sobre o privado e, por isso,
são aplicáveis ainda que não escritas no instrumento contratual.
ESTUDO DO EQUILIBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO
 O Artigo 37, XXI, da CF, ao disciplinar a obrigatoriedade do procedimento licitatório, prescreve 
que “ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações 
serão contratados mediante processo de licitação pública, com cláusulas que estabeleçam 
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta”.
Essa referência, “mantidas as condições efetivas da proposta” tornou obrigatória a criação de 
um sistema legal de preservação da margem de lucro do contratado, denominando equilíbrio 
econômico-financeiro.
 A equação econômica financeira pode ser conceituada como a relação que se estabelece, no 
momento da celebração do contrato, entre o encargo assumido e a remuneração pactuada.
A manutenção desse equilíbrio é um direito constitucionalmente tutelado do contratado e 
decorre do princípio da boa-fé e também da busca pelo interesse público primário, tendo 
como fundamento a regra do rebus sic stantibus e a teoria da imprevisão.
 Em termos práticos, a garantia do equilíbrio econômico-financeiro obriga o contratante a 
alterar a remuneração do contratado sempre que sobrevier circunstância excepcional capaz de 
tornar mais onerosa a execução. Assim, procura-se recompor a margem de lucro inicialmente 
projetada no momento da celebração do contrato.
CONTEÚDO/MÓDULO 8- EXERCÍCIOS – DISCIPLINA 
ONLINE
Em razão da observância do princípio da publicidade, conforme previsão expressa na Lei 
8.666/93, os contratos administrativos devem ser publicados:
A ) integralmente, no órgão da imprensa oficial;
 B ) integralmente, no Boletim Interno do órgão respectivo;
 C ) resumidamente, na imprensa oficial e em jornal de circulação oficial;
 D ) resumidamente, no órgão da imprensa oficial;
 E ) resumidamente, na imprensa oficial e, integralmente, no Boletim Interno do órgão 
competente.
Quanto a formalização dos contratos administrativos, constitui requisito indispensável para a 
produção de efeitos a publicação resumida do contrato e deus aditivos na imprensa oficial.
É o que se extrai da disciplina do art. 61, parágrafo único da Lei 8.666/93. Ipsis Litteris:
Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de contrato 
ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que é condição 
indispensável para sua eficácia, será providenciada pela 
Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua 
assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data, qualquer
que seja o seu valor, ainda que sem ônus, ressalvado o disposto no 
art. 26 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
O Secretário de Defesa Civil contrata, após licitação, a compra de uma frota de veículos 
especializados em retirar neve das estradas. Esse contrato é:
A ) Irrevogável, porque obedeceu ao princípio da licitação;
 B ) revogável, porque o Estado não está obrigado a cumprir os contratos que celebra com 
particulares;
 C ) só pode ser desfeito por determinação legislativa;
 D ) só pode ser desconstituído por ordem judicial;
 E ) é nulo por inexistência de motivos
Referida compra não configura motivo para tanto, uma vez que o fenômeno da névoa ocorre 
muito esporadicamente no Brasil.
Para os fins da Lei nº 8666/93, a todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da 
Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação 
de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada, 
dá-se o nome de:
A ) contrato
B ) ato administrativo
C ) projeto executório
D ) fato administrativo
E ) procedimento licitatório
Hely Lopes Meirelles define o contrato administrativo como sendo: “ o ajuste que a
Administração Pública agindo nessa qualidade, firma com particulares ou outra entidade
administrativa para consecução de objetivos de interesse público, nas condições
estabelecidas pela própria Administração.”
Não é característica do contrato administrativo:
 A ) presença de cláusulas exorbitantes
 B ) liberdade de forma
C ) mutabilidade
D ) finalidade pública
E ) N.D.A.
A liberdade de forma não figura dentre as características do contrato administrativo, uma vez 
que essa peculiaridade pertence aos contratos privados, aqueles firmados entre particulares 
em que as partes são livres para firmarem o que bem entenderem, desde que a forma não seja
prescrita e não haja vedação legal. Liberdade de forma seria então a inteligência do art. 104 do 
Código Civil que prescreve, ipsis litteris: 
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei. (grifei)
A autonomia que as partes têm para manifestar a sua vontade é o reflexo da orientação de que
o Estado deve intervir o mínimo possível no que

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