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CONTEÚDO/MÓDULO 1- EXERCÍCIOS – DISCIPLINA ONLINE A Constituição Federal prevê expressamente como princípios da Administração Pública: A ) Impessoalidade, moralidade, publicidade e supremacia do interesse público. B ) Moralidade, publicidade, supremacia do interesse público e legalidade. C )Publicidade, supremacia do interesse público, legalidade, impessoalidade e eficiência. D ) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. E ) Razoabilidade, legalidade, impessoalidade e moralidade. Os Princípios da Administração Pública expressos na Constituição Federal são aqueles do Art.37, caput, quais sejam, Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. Lembrando que o Princípio da Eficiência foi incluído no caput do Art.37, através da EC nº19 de 1998 que busca dar celeridade, eficiência e rendimento à máquina administrativa na perseguição de satisfazer os interesses dos administrados. Assinale o princípio revelado na seguinte afirmativa: Enquanto no direito privado é lícito fazer tudo que a lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza. A ) Proporcionalidade. B ) Legalidade. C ) Razoabilidade. D ) Supremacia do interesse público. E ) Finalidade. Em cumprimento ao princípio da Legalidade da Administração Pública, a atividade e atuação administrativa deve estar calcada sempre nos termos da Lei. Nos dizeres de Hely Lopes Meirelles: "Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo que a lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza." (grifamos) Sendo assim, a atuação da Administração pública é orientada pela exigência da lei. Quando a administração pública só faz o que a lei permite, está submetendo-se ao princípio: A ) da anterioridade B ) da impessoalidade C ) da legalidade D ) da especialidade E ) n.d.a "Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei". (Grifo meu). Essa é a exata dicção do Art. 5º, II da Lei Maior. O que se extrai desse dispositivo constitucional é um comando de caráter geral e abstrato, a partir do qual se conclui que somente a Lei poderá criar direitos, deveres e vedações. Esta é uma garantia constitucional, que tem, dentre outras finalidades, o de assegurar a liberdade individual, reservando à Lei o poder de criar direitos, deveres e obrigações. Protegendo desse modo os indivíduos contra os arbítrios que possam vir a ser cometidos pelo Estado ou até mesmo por particulares. Esse comando Constitucional é, pois, a base do princípio da Legalidade. A par disso, a CF expressamente dispõe no Art.37 sobre a legalidade em matéria administrativa, consagrando que: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...) (grifo meu). Quando a administração pública divulga amplamente os atos praticados, está desta forma atendendo ao princípio: A ) da anterioridade B ) da impessoalidade C ) da legalidade D ) da publicidade E ) n.d.a O princípio da Publicidade obriga o Administrador a dar publicidade a todos os atos por ele praticado, salvo as hipóteses legais em que o sigilo deverá ser assegurado. Destarte, os atos praticados pela Administração Pública devem ser levados ao conhecimento público para que possam surtir seus efeitos. Esse princípio visa a tornar efetiva a garantia de que todos poderão acompanhar e fiscalizar a atuação administrativa, bem como seus gastos e o uso da "res publica" a fim de tornar transparente e cristalina a atuação do Ente público. CONTEÚDO/MÓDULO 2- EXERCÍCIOS – DISCIPLINA ONLINE Acerca do sistema administrativo brasileiro, é correto afirmar que: A ) Adota-se o sistema de jurisdição mediante o contencioso administrativo, excludente da atuação judicial. B) O sistema de jurisdição dúplice, vigente no Brasil, permite a simultaneidade da atuação do contencioso administrativo e atuação judicial. C ) Embora existente decisão administrativa sobre determinado tema, esta é passível de apreciação judicial. D) As decisões administrativas não estão sujeitas a reexame recursal, devendo ser revistas pela via judicial. E) Baseia-se no sistema administrativo jurisdicional, em vigor no Brasil, no sistema francês. Sim, porque a Administração Pública não é contenciosa, ou seja, não realiza coisa julgada. De outra sorte, os atos administrativos podem violar algum direito protegido no ordenamento jurídico e, desse modo, ensejará a atuação do Poder Judiciário, vigorando assim, o princípio da Inafastabilidade de Jurisdição. Senão, vejamos: Art. 5º, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; Esse princípio é um dos mais importantes do ordenamento jurídico o qual a administração pública também se obriga a observar. Em seu sentido subjetivo, o estudo da Administração Pública abrange: A) a atividade administrativa; B) o poder de polícia administrativa; C) as entidades e os órgãos que exercem a função administrativa; D) o serviço público; E) a intervenção do Estado nas atividades privadas. Em seu sentido subjetivo, formal ou orgânico a Administração Pública equivale às pessoas, órgãos e agentes públicos que agem em nome do Estado e perseguem o interesse público. O Direito Administrativo destaca que o Estado é constituído por três elementos originários e indissociáveis, que são: A) Povo, nação e governabilidade. B) Povo, território e Estado. C) Povo, território e governo soberano. D) Povo, soberania e Estado. E) governo soberano, organização do Estado e atos administrativos. O Estado é uma pessoa jurídica de direito Público interno composta pelos elementos indissociáveis e originários, quais sejam, povo, território e governo soberano. Tais elementos formam a noção de Estado independente, o POVO é o elemento humano que são as pessoas submetidas à ordem jurídica interna existente em determinada nação. O TERRITÓRIO é espaço físico, o elemento material pertencente ao Estado, aonde este exerce sua soberania. É dizer: o espaço geográfico onde determinada nação exerce sua soberania, formado pela superfície do solo, seu mar territorial e seu espaço aéreo. GOVERNO é a organização sob a qual se funda o exercício do poder político, a SOBERANIA está ligada à noção de que as DECISÕES tomadas internamente por determinada NAÇÃO não se submetem à apreciação de poderes ou forças externas. Em suma, a forma com que determinada nação exerce seu poder e se organiza juridicamente não está sujeita ao controle externo, obviamente que nos limites da lei e desde que não represente ameaça a outros países ou incorra em crime que enseja repressão internacional. Se o Direito Administrativo for conceituado como: I. O sistema dos princípios jurídicos que regulam a atividade do Estado para o cumprimento de seus fins. II. O conjunto de normas que regem as relações entre a Administração e os administrados. III. O conjunto de princípios que regem a Administração Pública. Seu fundamento repousa nos critérios denominados, respectivamente. A )das relações jurídicas, da administração pública e da atividade jurídica ou social do Estado; B ) negativo ou residual, da atividade jurídica ou social do Estado e teleológico; C ) do serviço público, do Poder Executivo e residual ou negativo. D ) da Administração Pública, do serviço público e do Poder Executivo. E ) teleológico, das relações jurídicas e da administração pública. Pelo critério Teleológico, adotado por doutrinadores como Orlando, José Gascon, Arnaldo de Valles dentre outros, o Direito Administrativo seria "... o sistema dos princípios jurídicosque regulam a atividade do Estado para o cumprimento de seus fins." Os autores entendem que o Direito Administrativo compreende as normas disciplinadoras da atividade concreta realizada pelo Estado para consecução de fins de utilidade pública. O Direito Administrativo rege as relações jurídicas do Poder Público, tal poder é dotado das prerrogativas de autoridade na consecução do interesse público, pois é o Estado enquanto ente Estatal agindo em nome de toda a coletividade por esse mesmo motivo tem de agir com imperatividade a fim de alcançar os objetivos da sociedade. O Direito administrativo está fincado na ideia de que as relações estabelecidas entre a Administração e seus administrados constituem peça fundamental para que o Estado execute sua função com êxito. A Administração Pública para Hely Lopes Meirelles faz uso de pessoas, agentes, órgãos e atividades administrativas como mero instrumentos para realização dos fins desejados pelo Estado. Considerando o Regime Jurídico Administrativo é correto afirmar que: A ) as controvérsias em matéria administrativa, decididas pelo órgão executor, fazem coisa julgada material; B ) no Brasil, a Jurisdição é dual. C ) a adoção, pelo Brasil, do sistema de Jurisdição una, afasta a possibilidade de se reconhecer administrativamente de qualquer lesão ou ameaça a direito; D ) é permitida a criação de tribunais com competência administrativa: E ) N.D.A Maria Sylvia Zanella di Pietro ao colocar em evidência como objeto do Direito Administrativo os órgãos, agentes e as pessoas integrantes da Administração Pública, faz a ressalva de que as atividades jurídicas não são contenciosas, ou seja, não faz coisa julgada, cabendo essa tarefa, no nosso ordenamento jurídico, somente ao Poder Judiciário. Até porque a Administração Pública, em sua função administrativa não pode inovar na ordem jurídica, ou seja, não pode criar obrigações. É o que apregoa a nossa CRFB/88. Senão, vejamos: Art. 5º, II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; Pelo princípio que vige em nosso ordenamento, seria equivocado afirmar que a adoção do sistema de Jurisdição "uno" afasta a possibilidade de apreciação pelo Poder Judiciário de qualquer ameaça ou lesão a direito que ocorra administrativamente. Isto representaria uma instabilidade jurídica enorme, sobretudo estaria violando cláusula pétrea, uma vez que todos têm o direito de “provocar” o Poder Judiciário para a resolução das controvérsias oriundas do convívio social, é, senão o direito de ter a intervenção estatal na apreciação de qualquer lesão ou ameaça a direito, cuja previsão está expressa na Carta Magna. Senão, vejamos: CRFB/88, Art. 5º, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; Uma das características da função administrativa é a subordinação à lei, isso porque está sujeita ao controle jurisdicional, na exata dicção do Art. 5º, inciso XXXV da CR. No Brasil a Jurisdição não é "dual", mas sim "una", pois, todas as causas, mesmo aquelas que envolvem interesse da Administração Pública, são julgadas pelo Poder Judiciário. Portanto, a única alternativa plausível a ser marcada é a alternativa "D". Podem ser chamados de Equivalente jurisdicionais que são as alternativas para solução de conflitos não-jurisdicionais, recebem esse nome porque, não sendo jurisdição, funcionam apenas para tutelas direitos, resolvendo conflitos sem a ideia de definitividade. As formas de resolução de conflitos não são definitivas, pois há a possibilidade de serem submetidas ao controle jurisdicional, essa é a disciplina do Art. 5, XXXV, CR. A exemplo dos tribunais administrativos pode-se citar o Tribunal Marítimo, cujo âmbito de competência abrange, por exemplo, a decisão sobre acidentes de navegação. A Lei Federal 2.180/1954 regula esse órgão que auxilia o Poder judiciário, disciplinando sua existência e limites de atuação. A Administração Pública, em sentido objetivo, abrange as atividades exercidas pelas pessoas jurídicas, órgãos e agentes incumbidos de atender concretamente às necessidades coletivas; corresponde à função administrativa, atribuída preferencialmente aos órgãos do Poder Executivo. ASSIM A Administração Pública abrange o fomento, a polícia administrativa e o serviço público. É correto afirmar que: A) as duas afirmações estão corretas. B) as duas afirmações estão incorretas. C) a primeira afirmação está correta e a segunda afirmação está incorreta. D ) a primeira afirmação está incorreta e a segunda afirmação está correta. E ) as duas alternativas estão corretas e a segunda complementa a primeira. A função administrativa, também chamada de função executiva, é função típica ou predominante do poder executivo. Não quer dizer que é preferencialmente exercida pelo Poder Executivo, mas sim que é típica do Poder Executivo. No entanto, os poderes legislativo e judiciário também exercem a função administrativa, mas como função atípica e assim o fazem quando ordenam os seus serviços, quando dispõe sobre seus bens e sobre a vida de seus servidores. Assim, por exemplo, a concessão de férias a servidor de qualquer um dos 3 poderes é ato administrativo, ou seja, praticado no exercício da função administrativa. No tocante à classificação da Função Administrativa ela abrange o serviço público, a polícia administrativa, o fomento e a intervenção no domínio econômico. CONTEÚDO/MÓDULO 3- EXERCÍCIOS – DISCIPLINA ONLINE O princípio básico que objetiva aferir a compatibilidade entre os meios e os fins, de modo a evitar restrições desnecessárias ou abusivas por parte da Administração Pública, com lesões aos direitos fundamentais, denomina-se: A ) motivação: B ) razoabilidade: C ) impessoalidade; D ) coercibilidade; E ) imperatividade; O princípio da razoabilidade, prima facie, serve para limitar a atuação do Estado no sentido de evitar abusos. Tais abusos podem ser praticados de diversas formas, e esse princípio atua como instrumento apto para pautar a Atividade Administrativa e a atuação da Administração em relação aos administrados quando pratica atos que envolvam direitos alheios. Desse modo as ações da Administração Pública não podem ficar ao seu bel-prazer, ou aos caprichos de quem em seu nome atua, mas sim alicerçada na boa razão e na justa medida. A razoabilidade, em suma, nada mais é, do que o princípio balizador na orientação da atividade administrativa, para que assim afaste-se qualquer hipótese de excesso ou ações imoderadas e irracionais. O princípio da razoabilidade impõe ao administrador, ao atuar em sua zona de atuação discricionária, obedecer aos critérios aceitáveis sob a ótica racional, tal princípio possui, no ordenamento constitucional, expressa e explícita previsão, o qual vincula a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios à sua inteligência. Na hipótese de Prefeito que delibera desapropriar área de seu desafeto para edificar hospital municipal, verifica-se, do ponto de vista material ofensa ao seguinte princípio da Administração Pública: A ) motivação; B ) moralidade: C ) legalidade; D ) devido processo legal; E ) Inalienabilidade dos bens públicos. Sob a perspectiva moral, chefe do poder executivo municipal, que desapropria área de seu desafeto para edificar Hospital, age em desacordo com os ditames morais, o que acarreta ofensa ao princípio da Moralidade Administrativa. Pois, a atuação da Administração pública deve perseguir o interesse público e ser dotada de abstração, nessa seara, quem age única e exclusivamente para satisfazer interesse próprio ou alcançar pretensão de cunho individual, comete ILEGALIDADEe foge das BALIZAS que irradiam do princípio da MORALIDADE. Insta salientar que este princípio possui expressa previsão constitucional, tal princípio vincula toda da Administração Pública, nos moldes do Art. 37 da CRFB/88. Tal mandamento está intimamente ligado ao conceito de bom administrador, ou seja, aquele que no uso de sua competência age, não somente norteado pela legalidade, mas também pela lealdade, boa-fé, ética, honestidade, decoro e probidade visando atingir os interesses coletivos. Sobre os princípios que regem a administração pública, é incorreto afirmar que: A ) o princípio da moralidade exige que o administrador se paute por conceitos éticos; B ) corolário do princípio da igualdade é a vedação de se estabelecer diferenças em razão de sede ou domicílio dos licitantes; C ) o princípio da supremacia do interesse público decorre da posição privilegiada dos órgãos e entes públicos encarregados da preservação do interesse público; D ) em decorrência do princípio da hierarquia, que é restrito às funções administrativas e não aplicáveis às funções tipicamente legislativas e judiciais, a Administração Pública possui a prerrogativa de avocar atribuições, e também de rever os atos dos subordinados; E ) A Constituição Federal prevê, expressamente, os princípios da legalidade, publicidade, impessoalidade, moralidade, eficiência e razoabilidade. A assertiva "E" está incorreta na medida em que fala que o princípio da RAZOABILIDADE está expressamente previsto na Constituição, o que é um equívoco, pois, tal princípio está MPLÍCITO na CF, uma vez que os EXPRESSAMENTE PREVISTOS são somente aqueles do Art. 37, CRFB/88. Ipsis litteris: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:(...) Com relação aos princípios constitucionais da Administração Pública, está em conformidade com a A ) moralidade o ato administrativo praticado por agente público em favorecimento próprio, desde que revestido de legalidade. B ) eficiência a prestação de serviço público que satisfaça em parte às necessidades dos administrados, desde que realizados com rapidez e prontidão; C ) publicidade o sigilo imprescindível à segurança da sociedade e do Estado ou o indispensável à defesa da intimidade; D ) impessoalidade a violação da ordem cronológica dos precatórios para o pagamento dos créditos de natureza comum; E ) legalidade a inobservância a quaisquer atos normativos que não sejam lei em sentido estrito e provindos de autoridades administrativas. O Princípio da Publicidade serve para dar transparência aos atos públicos. Esse princípio obriga a Administração Pública a conferir publicidade aos atos administrativos com o fim de tornar cristalina a sua atuação. Tais atos devem ser levados ao conhecimento do público, e sua inobservância acarreta a responsabilização da autoridade pelo descumprimento. A publicidade da atuação pública é a regra e as exceções são aquelas expressamente previstas em lei. Pode- se servir dos exemplos definidos no texto constitucional, quais sejam, a segurança do Estado e da sociedade (Art.5º, XXXIII, da CRFB/88); intimidade, direito assegurado no Art.5º,X, da CRFB/88. Portanto, nestas hipóteses expressamente previstas na CF, e em outras admitidas no ordenamento jurídico o sigilo será assegurado. Acerca dos princípios de Direito Administrativo, assinale a alternativa correta. A ) o rol dos princípios elencados pela Constituição não é exaustiva, tanto que existem os chamados "princípios implícitos". B ) o princípio da legalidade é uma das poucas previsões constitucionais que se relaciona à possibilidade de existir tirania e autoritarismo dos membros do Poder Executivo. C ) o princípio da moralidade se aplica apenas aos entes da administração pública indireta. D ) a moralidade e a razoabilidade são exemplos de princípios administrativos sem previsão expressa. E ) A Constituição Federal prevê, expressamente, os princípios da legalidade, publicidade, impessoalidade, moralidade, eficiência e proporcionalidade. O rol dos princípios elencados pela Constituição de fato não se esgota no Art. 37, CR, de sorte que existem os denominados "princípios Constitucionais implícitos", reconhecidos na legislação brasileira. São exemplos deles o da Proporcionalidade e razoabilidade que, inclusive, serve de parâmetro para a aplicação do Direito, e que reiteradas vezes se tornam objetos de apreciação ou são invocados por tribunais superiores e pelo nosso Pretório Excelso, sendo sua aplicação e reconhecimento perfeitamente possível no atual ordenamento jurídico. A exemplo de aplicação destes princípios implícitos seria aquele caso em que determinado servidor público ao exercer o poder de polícia ( Ex.:aplicação de multa ), deverá observar os critérios de razoabilidade e proporcionalidade que norteiam o atributo da discricionariedade. Veja: se a lei determina aplicar uma sanção que vai de R$ 1.000,00 a R$ 100.000,00 para aquele estabelecimento que for pego vendendo produtos com data de validade vencida, não seria razoável/proporcional, que determinado servidor aplicasse multa de R$ 100.000,00 ao estabelecimento "A" que possuía em seus estoques 10 produtos com data de validade vencida e, R$ 1.000,00 ao estabelecimento "B" que possuía em seus estoques mais de 10.000 produtos vencidos. Aqui podemos observar a importância desses princípios implícitos que são verdadeiros orientadores da atuação da Administração Pública. Ainda que o atributo da discricionariedade - um dos atributos do poder de polícia - dê à autoridade administrativa certa liberdade de atuação (como ocorre com a discricionariedade), os administrados não poderiam ficar ao bel-prazer da Administração, se sujeitando a decisões desarrazoadas. Assim sendo, mesmo diante da discricionariedade, a administração Pública obriga-se a balizar sua atuação à luz da razoabilidade e proporcionalidade. Portanto é correta a afirmação de que a CR não se limitou em apenas estabelecer um rol exaustivo de princípios a serem seguidos pela Administração Pública, dessarte, existem princípios implícitos ao longo do texto constitucional. Nesse sentido, AC 453.151/ CE- TRF- 5º. Ementa TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. VALOR CONSOLIDADO: R$ 878,49. EXTINÇÃO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO POR AUSÊNCIA DO INTERESSE DE AGIR. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS IMPLÍCITOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. INSTRUMENTALIDADE DO PROCESSO. - É mister adequar a lide executiva à realidade judiciária brasileira, a cujo respeito estatísticas atuais evidenciaram os altos custos suportados pela sociedade apenas para movimentar a máquina judicial. - Assim, ante a valores tão baixos como o pretendido na execução em epígrafe, impõe-se maior preocupação dos aplicadores do Direito em relação à preservação do erário, pautando-nos pelos princípios da proporcionalidade e razoabilidade tão necessários para a melhor administração da res pública. - Igualmente, adotando os pressupostos de uma teoria do processo instrumental, deve-se garantir a utilidade do processo, o que só é possível com a realização dos atos processuais de modo racional, impedindo que as partes e o erário suportem gravames desnecessários. - Precedentes do col. STJ e desta Turma 5ª. Apelação improvida. (grifo meu) A vedação à Administração Pública de, por meio de mero ato administrativo, conceder direitos, criar obrigações ou impor proibições, vincula-se A ) legalidade B ) moralidade C ) impessoalidade D ) hierarquiaE ) Eficiência Ato administrativo não tem todos os atributos que contém a lei que é aquela que para sua criação teve de passar pelo devido processo legislativo, movida por um "rito" próprio de acordo com a sua natureza e observada as formalidades exigidas pela lei. Portanto o processo legislativo é imprescindível para a elaboração das normas, onde há toda uma solenidade própria do procedimento de elaboração, deliberação e aprovação das normas brasileiras. Ou seja, todas as fases que envolvem a criação da lei/norma são revestidas de solenidade. Ato administrativo não tem a alcunha de inovar na ordem jurídica. A observância de todos os princípios constitucionais expressos no Art.37, CRFB/88 é fundamental para garantir a legitimidade da ação administrativa. Esses princípios têm a função precípua de vincular toda a atuação da autoridade Administrativa em consonância com o Estado Democrático de Direito e amparado pelo supra princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado. O princípio da legalidade encontrado no Art.37, CR, deriva do Princípio da Legalidade em sentido amplo, geral e abstrato (latu sensu) que é aquele disposto no Art. 5º,II, CRFB/88. Em cumprimento ao que determina a Constituição, a Administração Pública deve sempre agir nos moldes da lei. Hely Lopes Meirelles, nos ensina com maestria, in verbis: "Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo que a lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza." Insta reafirmar que a prática dos atos administrativos está adstrita ao que a lei estabelecer. Nesse diapasão, Maria Sylvia Zanella Di Pietro: "Em decorrência disso, a Administração Pública não pode, por simples ato administrativo, conceder direitos de qualquer espécie, criar obrigações ou impor vedações aos administrados; para tanto, ela depende de lei."(grifo meu). Brilhantemente e de maneira singular, Celso Antônio Bandeiro de Mello, nos ensina. Senão, vejamos: “Para avaliar corretamente o princípio da legalidade e captar-lhe o sentido profundo cumpre atentar para o fato de que ele é a tradução jurídica de um propósito político: o de submeter os exercentes do poder em concreto - o administrativo - a um quadro normativo que embargue favoritismos, perseguições ou desmandos. Pretende-se através da norma geral, abstrata e por isso mesmo impessoal, a lei, editada, pois, pelo Poder Legislativo - que é o colégio representativo de todas as tendências (inclusive minoritárias) do corpo social -, garantir que a atuação do Executivo nada mais seja senão a concretização da vontade geral.” (MELLO, Celso Antônio Bandeira de,Curso de Direito Administrativo, Ed. Malheiros, 16ª Edição, São Paulo, 2003, p. 91) (grifo meu). CONTEÚDO/MÓDULO 4- EXERCÍCIOS – DISCIPLINA ONLINE Considerando o poder de polícia, podemos dizer que: I. O poder de polícia é a atividade do Estado consistente em limitar o exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público. II. O poder de polícia que o Estado exerce pode incidir em duas áreas de atuação estatal: na administrativa e na judiciária. III. São atributos do poder de polícia a discricionariedade, a auto-executoriedade e a coercibilidade. IV. O poder de polícia tanto pode ser discricionário como vinculado. Está correto o que se afirma: A ) I e III B ) II e IV C ) I, II , III e IV D ) II, III e IV E ) I, III e IV Gabarito “C”. Todas as afirmações estão corretas. A afirmação "I" está correta, visto que o poder de Polícia, segundo Hely Lopes Meireles “ é a faculdade de que dispõe a administração pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio estado”. (grifo meu). A afirmação "II" está correta. De fato, o poder de polícia incidi nas esferas administrativas e judiciária. Sendo assim compreende a ceara administrativa a polícia administrativa que é aquela que atua preventivamente e a polícia judiciária sendo aquela que exerce atividade repressiva, é exemplo a polícia militar e polícia civil, respectivamente. A afirmação "III" está correta, pois os atributos do poder de polícia são a discricionariedade, a auto-executoriedade e coercibilidade. Alguns autores reconhecem que a auto-executoriedade pode ser desdobrada em exigibilidade e executoriedade. A Afirmação "IV" está correta. O poder de polícia tanto pode ser discricionário, nesse caso haverá certa liberdade em relação à sua atuação, como também pode ser vinculado como é o caso da licença para construir, dirigir ou portar armas de fogo. Veja, mesmo atendendo aos requisitos necessários para se ter a licença, a autorização poderá ser negada por razões de interesse público. O poder que cabe à Administração Pública para apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa, é: A ) o poder de polícia B ) o poder regulamentar C ) o poder vinculado D ) o poder disciplinar E ) o poder discricionário Gabarito “D” Quando se fala na forma de fiscalização interna da Administração pública que é aquela exercida por meio de uma ideia de hierarquia de superiores e subalternos, é necessária uma prerrogativa para se punir eventuais desvios e irregularidades praticados pelos agentes. Surge daí o Poder disciplinar, que é o que confere à Administração Pública a obrigação de punir os servidores que pratique eventuais desvios de comportamento ou infrações administrativas. Caso a autoridade encarregada de aplicar a devida punição não o faça, poderá incorrer em condescendência criminosa nos moldes do Art.320,CP, por isso é que o Poder Disciplinar confere à Administração Pública a "obrigação" - e não a faculdade - de aplicar a devida punição ao "transgressor" sob pena de responsabilização da autoridade omissa. São atributos do poder de polícia, exceto: A ) Discricionariedade; B ) Exigibilidade; C ) Executoriedade; D ) Atividade positiva; E ) Coercibilidade. Gabarito “D”. Os atributos do poder de polícia compreendem a discricionariedade, autoexecutoriedade (alguns autores entendem que seus desdobramentos são exigibilidade e executoriedade) e coercibilidade. A atividade positiva está incompleta porque alguns autores entendem que o poder de polícia pode se manifestar através de uma atividade negativa e positiva imposta aos particulares. Em relação à atividade negativa, diz respeito ao particular frente à Administração, pois poderá sofrer limitações em seus direitos, ou seja, pode haver limitação da liberdade do particular imposta pela Administração a bem da coletividade. Um exemplo seria o mau uso de seu imóvel (propriedade privada), onde o particular ouve música em volumes excessivos, que tornem o uso do imóvel prejudicial a coletividade. Caso haja denúncia a Administração pública, através do poder de polícia, poderá intimar o proprietário a cumprir a legislação competente, dessa forma a Administração Pública estará limitando o exercício de um direito individual tendo em vista o interesse coletivo. Ou até mesmo em uma abordagem policial onde o particular terá seu direito de liberdade e intimidade temporariamente cerceado em prol do interesse público, obviamente, desde que a abordagem esteja calcada na fundada suspeita e nos limites legais, vide art. 244, CPP. Em relação à atividade positiva, desenvolverá uma atividade que trará acréscimos aos administrados, quer seja isoladamente, quer seja em conjunto. É manifestação típica do poder de polícia da Administração Pública a A ) prisão em flagrante de um criminoso; B ) interdição de estabelecimento comercial por agentes da vigilância sanitária; C ) criação de uma taxa decorrente de ação de fiscalização; D ) aplicação de pena a servidor público;E ) vigilância exercida sobre o patrimônio público. Gabarito “B”. A alternativa "A" está incorreta, posto que qualquer indivíduo pode efetuar prisão em flagrante delito, nos termos do Art. 301, assim sendo, não caracteriza manifestação típica e exclusiva do poder de polícia de que dispõe a Administração Pública. Senão, vejamos: Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito. A letra "C" está incorreta, pois, a criação de taxas é uma das atribuições reservadas ao Poder Normativo. Assim o ato normativo é uma das formas de exteriorização do poder normativo, que pode criar taxas por meio de ato geral e abstrato, competência do poder Legislativo. A letra "D" está incorreta, pois, tal hipótese traz à tona característica ínsita do Poder disciplinar. É relevo apontar que indiscutivelmente "a interdição de estabelecimento comercial por agentes da vigilância sanitária" é manifestação típica do exercício do Poder de Polícia. Nesse diapasão, valemo-nos do que diz o Art. 78, CTN, in verbis: Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 1966); (...) (grifo meu). Poder regrado é aquele que o direito positivo - a lei - confere à Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua formalização. Na hipótese, o texto está discorrendo sobre o poder A ) de polícia; B ) discricionário; C ) regulamentar; D ) vinculado; E ) disciplinar; Gabarito “D”. Os Poderes da Administração Pública são verdadeiras prerrogativas conferidas por lei para que os agentes públicos possam agir em nome do Estado e assim perseguir os interesses públicos. Tais prerrogativas devem estar em perfeita consonância com os princípios da Administração Pública. Entre tais poderes está o Poder Vinculado ou Regrado que, nas palavras de Hely Lopes Meirelles, é “ aquele que o Direito Positivo – a lei – confere à Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua formalização”. (grifo meu) Na expedição destes atos, fica o administrador condicionado ao que diz a norma legal, ou seja, não tem liberdade de ação, por isso a ideia de vinculação do administrado ao que foi exteriorizado pela Administração Pública. É característica própria do Poder Regulamentar da Administração Pública A ) impor obrigação de fazer ou de não fazer B ) possibilitar a inovação na ordem jurídica C ) ser expedido com a estrita finalidade de produzir as disposições operacionais uniformizadoras necessárias à execução da lei D ) ser ato geral, concreto, de competência privativa do Poder Legislativo. E ) N.D.A Gabarito “D”. A alternativa "A" e "B" estão incorretas na medida em que somente a lei pode impor deveres e vedações. Nessa seara, vejamos o que reza o Art. 5, II, CF, in verbis: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; (...). (grifo meu). Pode-se extrair do comando desse dispositivo o princípio da legalidade de caráter geral e abstrato, pois obriga a todos indistintamente. O que torna a alternativa "B" incorreta é que o Poder Normativo, não tem o condão de inovar na ordem jurídica, pois deve-se entender por "Lei" somente aquelas espécies normativas arroladas no Art.59, da Constituição da República, e, por isso mesmo os atos normativos não podem servir de parâmetro para o controle de constitucionalidade, ou seja, não podem ser objeto para o controle de constitucionalidade por não possuírem o caráter "lato sensu", salvo algumas hipóteses, como a do decreto do poder executivo que exorbite do poder regulamentar e assim poderá ser sustado pelo poder legislativo através do controle repressivo. Senão, vejamos: Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: (...) V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; (...) (grifo meu). O Poder Normativo, o qual alguns denominam como Poder Regulamentar, é a prerrogativa conferida à Administração pública para a prática de atos normativos de sua competência. Estes atos normativos têm a capacidade de instituir regras gerais e abstratas, o que de certo modo pode torná-los semelhantes às leis. Todavia, esses atos normativos se distanciam das leis na medida em não podem inovar a ordem jurídica, uma vez que nos termos do Art.5, II, da CRFB/88, somente as leis impõem direitos e obrigações. Através do Poder Normativo (Regulamentar) são expedidas resoluções, portarias, regulamentos, regimentos, instruções etc. Cumpre ressaltar que o regulamento é veiculado através de decreto, ou seja, o regulamento é o conteúdo do ato e o decreto é como o ato se exterioriza, se manifesta. Sendo esse regulamento, ato normativo de competência exclusiva dos chefes do poder executivo de todos os entes da federação e é considerado o mais importante dos atos e como exposto acima pode sofrer controle de constitucionalidade. Tem prevalecido, apesar das divergências, o entendimento de que a forma de regulamento existente é o executivo ou para fiel execução das leis, conforme dispõe o Art. 84, IV, da CF. Senão, vejamos: Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: (...) IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; (...) (grifo meu). CONTEÚDO/MÓDULO 5- EXERCÍCIOS – DISCIPLINA ONLINE O ato administrativo praticado no exercício da competência discricionária A ) pode ser revogado pelo Judiciário ou Legislativo quando inadequado ou inoportuno; B ) não é possível de controle judicial, administrativo ou legislativo C ) pode ser apreciado judicialmente, desde que sobre o mérito. D ) não goza do atributo da presunção de legitimidade. E ) pode ser passível de apreciação judicial quanto aos aspectos de legalidade Letra "A" incorreta. Não pode, pois, o ato administrativo exercido no juízo de mérito, conveniência e oportunidade sofrer controle ou apreciação jurisdicional, salvo quando envolver aspectos de legalidade. De tal sorte que a revogação (de ato legal) é privativa da Administração justamente porque seus fundamentos - oportunidade e conveniência - são defesos à apreciação do Poder Judiciário. Maria Sylvia Zanella Di Pietro defende que "a Administração tem, em regra, o dever de anular os atos ilegais, sob pena de cair por terra o princípio da legalidade". Veja, quando se fala em ato ilegal emanado da Administração e que deve ser extirpado do mundo real, tanto a Administração Pública (com seu poder de autotutela) quanto o Poder judiciário são competentes para tanto. Nessa esteira, valemo-nos das súmulas 346 e 473 do STF, in verbis: Súmula 346: "A Administração Pública pode anular seus próprios atos". Súmula 473: "A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos, ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial". Logo letras "B" e "C" também estão equivocadas. Na letra "B" porque afasta a hipótese de a Administração controlar os atos que dela foram emanados e na "C" porque o controle do Poder Judiciário dos atos irradiados da Administração Pública somente é possível sobre o aspecto "legal", ou seja, sobre a legalidade do ato e não sobre o "mérito" como afirma a questão. Isso gera um efeito dúplice logo a alternativa "E" é o gabarito. Todos os atos administrativos possuem o atributo da presunção de legalidade e de veracidade, isso significa que o ato administrativo, até prova em contrário, é plenamente válido para o direito. Trata-se de uma derivação da supremacia do interesse público, razão pela qual sua existência independe de previsão legal específica. Portanto Letra "D" incorreta. Complete as lacunas na frase a seguir e assinale a alternativa correta: _________________________é o efeito mediato do ato, é o objetivo decorrente do interesse coletivo e indicado pela lei, buscado pela Administração. _____________________ é pressuposto de fato e direito que leva a Administração a praticar o ato. Já a _______________________________ é um aspecto formal que constitui garantia jurídica para o administrado e para a Administração, possibilitando o controle do ato. A ) MOTIVO - OBJETO - COMPETÊNCIA B ) FINALIDADE - OBJETO - COMPETÊNCIA C ) OBJETO - FINALIDADE - FORMA D ) FINALIDADE - MOTIVO - FORMA E ) FORMA - MOTIVO – OBJETO Finalidade é o resultado pretendido pela Administração, porém pode ser entendido no sentido amplo e restrito. No amplo, significa que o ato administrativo deve ser praticado com o fim de atender o interesse público. Vedando-se que seja praticado para satisfazer interesses de cunho pessoal, caso isso ocorra, poderá o ato sofrer controle de legalidade. Motivo é o pressuposto de fato e de direito que sustenta e fundamenta a prática do ato, ou seja, é a causa que lhe deu existência, é o acontecimento e as circunstâncias que deram sustentação à Administração na prática do ato. Já a forma pode ser tomada no sentido amplo e restrito. No sentido restrito é a forma de exteriorização do ato, é dizer, é como ele se manifesta. Ex.: O regulamento é o conteúdo de um ato que é de competência privativa dos chefes do Poder Executivo, tal ato é exteriorizado na forma de "decreto", sendo assim o regulamento é manifestado através de um ato chamado "decreto". SÃO REQUISITOS DE VALIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO A ) competência, conveniência, finalidade, motivo e objeto B ) forma, competência, finalidade, motivo e objeto. C ) imperatividade, competência, legitimidade, motivo e objeto. D ) forma, competência, finalidade, oportunidade e objeto E ) autoexecutoriedade, forma, competência, finalidade e objeto. Há divergência por parte da doutrina quanto à quantidade de requisitos de validade do ato administrativo, posto que o tema não teve os cuidados do legislativo direto. Assim cada autor defende sua tese e aponta a melhor divisão segundo seu entendimento. Insta destacar as correntes mais citadas: a clássica e a mais moderna. Adotaremos a corrente clássica defendida por Hely Lopes Meirelles e a mais cobrada nos editais de concursos públicos e que está baseada no art. 2º da Lei 4.717/65 (que regula a ação popular). O artigo supracitado reza que serão nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: incompetência, vício de forma, ilegalidade do objeto, inexistência dos motivos e desvio de finalidade. Senão, vejamos: Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: a) incompetência; b) vício de forma; c) ilegalidade do objeto; d) inexistência dos motivos; e) desvio de finalidade. Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas: a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou; b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato; c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo; d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido; e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência. Parece-me que o parágrafo único desse artigo foi o que forneceu subsídios para o estudo da extinção do ato administrativo, quer seja pela revogação, quer seja pela anulação ou invalidação. Donde se extraiu informações de quando seria o caso em que o ato estaria maculado pelo vício de legalidade e quando o ato poderia sofrer apenas revogação. Assim, hoje se entende que o quando há vício nos requisitos do motivo e da finalidade o ato não pode ser convalidado. Do mesmo modo ocorre com o requisito do objeto, mas há uma exceção em que o vício poderá ser sanado através da conversão do ato. ANALISE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR. O PODER JUDICIÁRIO PODE EXERCER O CONTROLE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS, QUER NO QUE TANGE À CONFORMIDADE DOS ELEMENTOS VINCULADOS COM A LEI (CONTROLE DE LEGALIDADE "STRICTO SENSU") QUER NO QUE TOCA À COMPATIBILIDADE DOS ELEMENTOS DISCRICIONÁRIOS COM OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONALMENTE EXPRESSOS (CONTROLE DA LEGALIDADE "LATO SENSU"), DECRETANDO SUA NULIDADE, SE NECESSÁRIO PORQUE SÃO ELEMENTOS DO ATO ADMINISTRATIVO O SUJEITO, A FORMA, O OBJETO, O MOTIVO E A FINALIDADE. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA. A ) A primeira afirmativa é falsa e a segunda verdadeira. B ) A segunda afirmativa é falsa e a primeira verdadeira. C ) As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. D ) As duas afirmativas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira E ) As duas afirmativas são falsas. As afirmações estão em plena consonância com as bases constitucionais da Administração Pública e especialmente no que tange ao controle dos atos administrativos. O Poder Judiciário pode exercer o controle dos atos administrativos no tocante ao seu aspecto legal este é um entendimento já pacificado no nosso ordenamento jurídico. A única dúvida que emerge é se poderia ele exercer também o controle dos atos administrativos quando estes forem praticados sob a égide da discricionariedade. Mesmo atuando com juízo de discricionariedade não seria prudente deixar a Administração Pública atuar totalmente desvinculada - ao seu bel-prazer. Diante disso, mesmo fincada no aspecto da discricionariedade a Administração deverá obedecer aos princípios expressos do Art.37, CRFB/88. Ex.: Chefe do Poder Executivo que age em perseguição a um desafeto seu ou para beneficiar/favorecer determinada pessoa. Dessa forma estaria ele violando o princípio da Moralidade - sendo ímprobo. Assinale a alternativa que apresenta duas características da competência do ato administrativo A ) hierarquia e finalidade B ) imprescritível e improrrogável C ) limitabilidade e hierarquia D ) imperatividade e finalidade E ) modificável e prescritível Dentre várias Características da competência, como irrenunciabilidade, imodificabilidade, imprescritibilidade e improrrogabilidade, vale destacar duas delas: Imprescritibilidade, é dizer, mesmo quando não utilizada, independentemente do tempo, o agente continuará sendo competente para exercê-la. E para a competência administrativa não se admite prorrogação.Assim, a incompetência não se transmuda em competência, ou seja, se um agente ou órgão público não tiverem competência para certa função, não poderão vir a tê-la posteriormente, pela simples ausência de questionamentos, a menos que a norma definidora seja modificada. Quanto à extinção do ato administrativo, é correto afirmar que: A ) o ato administrativo praticado por agente incompetente deve ser revogado B ) a revogação só incide sobre ato administrativo vinculado C ) um ato administrativo perfeito e eficaz pode ser anulado ou revogado, conforme o caso D ) a anulação do ato administrativo opera efeitos ex nunc E ) N.D.A O sujeito (competência) é elemento sempre vinculado, pois a lei estabelece quem é o competente à prática do ato. A discricionariedade reside somente sobre nos requisitos do "motivo" e "objeto". A competência é requisito obrigatório e indispensável para a prática do ato, portanto o agente ou o órgão deve ser o competente para praticá-lo, sob pena de invalidação do mesmo. Portanto, ato praticado por agente/órgão incompetente acarreta na sua nulidade. É questão que envolve o aspecto da legalidade do ato e não de aspectos de discricionariedade, portanto não é passível de revogação ato praticado por agente incompetente. Letra “A” incorreta. A revogação só incide sobre ato administrativo discricionário e não vinculado como afirma a "B". A assertiva inverteu a ordem. Quando da prática dos atos administrativos a administração atua sem liberdade alguma dizemos que ela está vinculada. A anulação do ato administrativo opera efeitos "ex tunc" porque ele nasceu morto, natimorto. Como a desconformidade com a lei atinge o ato em suas origens, a anulação produz efeitos retroativos à data em que foi emitido (ex tunc) ou seja, desde a sua "concepção". A súmula 473 do STF, nos explica que desses atos não se originam deveres e obrigações. Senão, vejamos: Súmula 473: "A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos, ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial". Diz-se do ato: Perfeito - quando ele completa o ciclo de sua formação natural. Válido - quando está ajustado às exigências normativas. Eficaz - quando está pronto para produzir todos os seus efeitos. Esses três aspectos formam a TIPICIDADE do ato administrativo. Mesmo o ato sendo perfeito e eficaz se sujeita ao controle do Poder Judiciário e da Administração pública, no tocante aos aspectos de legalidade e discricionariedade. Letra “D” é o gabarito. CONTEÚDO/MÓDULO 6- EXERCÍCIOS – DISCIPLINA ONLINE Considere as assertivas: I. Empresas públicas e sociedades de economia mista dependem, para a sua criação, de autorização legislativa, que deve ser específica, vedada a autorização genérica. II. As autarquias, as fundações públicas, as sociedades de economia mista e as empresas públicas integram a Administração Indireta. III. A Presidência da República e os Ministérios são órgãos integrantes da Administração Federal Indireta. É correto afirmar que: A ) todas as assertivas estão incorretas. B ) somente a assertiva III está incorreta. C ) somente as assertivas I e III estão incorretas. D ) somente as assertivas I e II estão incorretas. E ) todas as assertivas estão corretas. Item I: Correta. Empresa pública e sociedade de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, autônomas criadas pelo Estado para atingir determinadas finalidades (Prestação de serviços públicos ou exploração de atividade econômica) através da chamada "descentralização". A resposta está contida no art. 37, XIX, CRFB/88, "in verbis": XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (grifo meu). Portanto, somente por lei específica poderão ser criadas empresa pública, sociedade de economia mista e fundação. Vale ressaltar que, à luz do dispositivo constitucional, a exploração de atividade econômica só se dá em caráter excepcional pois o Estado não poderá prestar qualquer atividade econômica. Senão, vejamos: Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo , conforme definidos em lei. (grifo meu) Item II: Correta. O item parece, prima facie, um tanto quanto nebuloso, porém deve-se ter em mente que tanto as fundações públicas quanto privadas são entidades que pertencem à Administração indireta, sob a qual a Administração Pública direta exerce apenas a tutela exercendo apenas o controle de finalidade. Faz-se mister destacar o inciso IV do artigo 5º do Decreto-Lei nº 200/67, in verbis, IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987). (grifo meu) Ainda que o inciso IV supracitado afirme expressamente que fundação pública é pessoa jurídica de direito privado, o ilustríssimo professor Celso Antonio Bandeira de Mello pensa de outra forma. Senão vejamos: "É absolutamente incorreta a afirmação normativa de que as fundações públicas são pessoas de Direito Privado. Na verdade, são pessoas de Direito Público, consoante, aliás, universal entendimento, que só no Brasil foi contendido. (...) O que se passou, entretanto, no Direito brasileiro é que foram criadas inúmeras pessoas designadas como" fundações ", com atribuições nitidamente públicas, e que, sob este aspecto, em nada se distinguiam das autarquias. O regime delas estaria inevitavelmente atrelando-as às limitações e controles próprios das pessoas de Direito Público. Entretanto, foram batizadas de pessoas de Direito Privado apenas para se evadirem destes controles moralizadores ou, então, para permitir que seus agentes acumulassem cargos e empregos, o que lhes seria vedado se fossem reconhecidas como pessoas de Direito Público. 37. Hoje, a questão não pode mais suscitar dúvidas, porquanto a Constituição, ao se referir especificamente aos servidores das"fundações públicas". (grifos nossos). Não obstante existir diferenças entre as fundações públicas e privadas, pedimos vênia para transcrever o que a professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro considera necessário para que uma fundação tenha natureza pública, in verbis, “é instituída pelo poder público com patrimônio, total ou parcialmente público, dotado de personalidade jurídica, de direito público ou privado, e, destinado, por lei, ao desempenho de atividades do Estado na ordem social, com capacidade de auto administração e mediante controle da Administração Pública, nos limites da lei” (Direito Administrativo, 5ª edição, São Paulo: Atlas, 1995, p. 320) (grifos meus). Item III: Errado. A presidência da República e os Ministérios são órgãos integrantes da Administração Federal Direta, sendo os ministérios órgãos públicos, nos moldes do decreto 99.244/90. Senão vejamos: Art. 1° A Administração Pública Federal direta compreende a Presidência da República e os seguintes Ministérios: I - da Justiça; II - da Marinha; III - do Exército; (grifo meu) As pessoas jurídicas que integram o chamadoTerceiro Setor têm regime jurídico: A ) de direito público. B ) de direito privado. C ) predominantemente de direito público, parcialmente derrogado por normas de direito privado. D ) predominantemente de direito privado, parcialmente derrogado por normas de direito público. E ) de direito público ou de direito privado, conforme a pessoa jurídica. Maria Sylvia Zanella DI PIETRO assevera que se referir às organizações sociais como entidades "públicas não estatais", "fica muito clara a intenção de tentar excluí-las da abrangência da Administração Indireta e, em conseqüência, excluí-las também da incidência das normas e princípios constitucionais que a ela se aplicam". [71] No entanto, segundo a mesma autora, as organizações sociais, na verdade, se submetem às normas de direito público, não obstante a natureza privada que se tente imprimir-lhes. Conteúdo retirado de http://jus.com.br/revista/texto/18550/o-contrato-de-gestao-entre-o- poder-publico-e-organizacoes-sociais-como-instrumento-de-fuga-do-regime-juridico- administrativo#ixzz2HKxb2PK5 Diversos autores, usando terminologia tradicional do direito administrativo brasileiro, incluem o terceiro setor entre as chamadas entidades paraestatais. Nesse sentido, manifesta-se Maria Sylvia Zanella Di Pietro e Celso Antônio Bandeira de Mello. Este último define as paraestatais como "sujeito não estatais, isto é, de direito privado, que em paralelismo com o Estado, desempenham cometimentos que este poderia desempenhar por se encontrarem no âmbito de interesses seus, mas não exclusivamente seus. Maria Sylvia aduz que, neste sentido, podem ser incluídas como entidades paralelas ao Estado as organizações sociais, as organizações de sociedade civil de interesse público, os serviços sociais autônomos e as fundações de apoio. Conteúdo retirado de: http://www.direitodoestado.com/revista/RERE-24-dezembro-janeiro- fevereiro-2011-RITA-TOURINHO.pdf São traços distintos entre empresa pública e sociedade de economia mista: A ) forma jurídica; composição do capital e foro processual B ) foro processual; forma de criação e objeto C ) composição de capital; regime jurídico e forma de criação D ) objeto, forma jurídica e regime jurídico E ) regime jurídico, objeto e foro processual. Diferenças entre SEM e EP: Composição do Capital - Empresa pública o capital é exclusivamente público ao passo que na Sociedade de Economia mista é misto. Constituição ou Forma Jurídica- Empresa pública pode adotar qualquer tipo ao passo que a Sociedade de economia mista só pode ser S/A. Foro Processual - Conforme dispõe o art. 109, I, CR, (Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;) é competente a Justiça federal quando a Empresa pública federal for parte em processo. Porém, a competência é da justiça estadual quando Sociedade de economia mista for parte em processo, nesse caso vide súmulas 517 e 556, STF. As similaridades são o regime jurídico, pois ambas são pessoas jurídicas de direito privado, e a capacidade para prestar serviço público ou exercer atividade econômica, consoante art. 173, CR. A recente reforma do Estado, empreendida pelo Governo Federal, introduziu novas figuras na Administração Pública Federal. No rol abaixo, assinale aquela que pode ser conceituada como resultado da qualificação que se atribuiu a uma autarquia ou fundação pública, cujo objeto institucional seja uma atividade exclusiva de Estado, com o propósito de dotá-la de maior autonomia gerencial: A ) agência reguladora B ) organização social C ) serviço social autônomo D ) agência executiva E ) organização da sociedade civil de interesse público Nasceu da Lei 9.649/98: agência executiva tem natureza de autarquia e fundação, que precisa ser melhorada. É uma qualificação (agência executiva) que recebem essas autarquias e fundações públicas. Não se cria outra entidade. Apenas dá um status ou qualificação de agência executiva para uma autarquia ou fundação que já existe. Para tanto, a entidade elabora um plano estratégico de reestruturação. Para executar o plano, a entidade celebra com a administração direta um contrato de gestão, por meio do qual o ente receberá mais recursos e mais liberdade para torná-la eficiência. O status depende de um decreto do Presidente e dura até final do contrato de gestão, ou seja, é temporário. Como exemplo: INMETRO. As organizações sociais têm como característica, entre outras, A ) atuar também nas áreas de ensino, pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico B ) o vínculo jurídico com o Poder Público por meio do contrato de parceria; C ) criação por decreto do Chefe do Executivo D ) ser pessoa jurídica de direito privado, podendo ter fins lucrativos E) n.d.a ORGANIZAÇÃO SOCIAL (OS) Tem respaldo na Lei 9.637/98 (ver referida Lei). É pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, fora da administração. Normalmente, existe de extinções de estruturas da administração – tenho órgão público desnecessário e transfiro seus bens para ente privado. A OS, beneficiada pelo Estado, vai manter-se vinculada ao Estado mediante CONTRATO DE GESTÃO (e não de parceria como a alternativa “C” propõe), que preverá recursos orçamentários e utilização de bens públicos e servidores. FINALIDADES. A OS não vai necessariamente prestar serviço público, mas cooperar com o Estado nas áreas do ensino, pesquisa, saúde, meio ambiente e cultura. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO é responsável pela administração da OS, composta por particulares e servidores. Incoerência! Servidor com pé no privado. CONTROLE. O Tribunal de Contas pode controlar OS. As agências reguladoras, criadas para regular e fiscalizar os serviços prestados por empesas privadas que atuam na prestação de serviços, que em suas essências seriam públicas, tem natureza jurídica de: A ) autarquias sob regime especial B ) órgãos da Administração direta C ) empresas públicas D ) órgãos do Tribunal de Contas da União E ) entidades privadas São autarquias com regime especial, possuindo todas as características jurídicas das autarquias comuns, mas delas se diferenciam pela presença de duas peculiaridades em seu regime jurídico: a) dirigentes estáveis; b) mandatos fixos. Vale destacar que as Emendas Constitucionais nº 8/95 e 9/95 são consideradas o marco histórico introdutor das agências reguladoras brasileiras que passaram por grandes processos. Sua criação guarda relação com o processo de privatizações e a reforma do Estado iniciado na metade dos anos 90. Para a implantação desse novo modelo, surgiram várias emendas constitucionais, 5/95, 6/95 e a as supracitadas que foram as mais importantes. CONTEÚDO/MÓDULO 7- EXERCÍCIOS – DISCIPLINA ONLINE Relativamente à licitação, podemos dizer que: I - A adjudicação é ato pelo qual se atribui o objeto da licitação ao proponente que haja apresentado a melhor proposta. II - O tipo de licitação de técnica e preço será obrigatoriamente utilizado quando o objeto da licitação for a contratação de bens e serviços de informática. III - Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. É correto que: A ) apenas a afirmação I está correta. B ) apenas as afirmações I e II estão corretas. C ) apenas as afirmações I e III estão corretas. D ) todas as afirmações estão corretas. E ) todas as afirmações estãoincorretas. Item I: Correto. Adjudicação é a atribuição do objeto da licitação ao licitante vencedor. Item II: Correto. Os tipos de licitação, em todas as modalidades, com exceção do concurso e pregão, são: - o de menor preço; - o de melhor técnica; - o de técnica e preço e - o de melhor lance e oferta (nos casos de alienação de bens ou de concessão de direito real de uso). O art. 45, §4° estabelece obrigatoriamente o tipo de licitação técnica e preço para a contratação dos serviços de informática, permitindo o emprego de outros tipos de licitação nos casos indicados por decreto do Poder Executivo. Item III: Correto, posto que, a tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados, ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. A tomada de preços pelo regime da atual lei foi bastante aproximada ao regime da licitação por concorrência, porque a lei possibilita a quem não seja cadastrado ao tempo da abertura da tomada de preços que requeira o seu cadastramento até o terceiro dia anterior da data do recebimento das propostas. Isso possibilitou a ampliação do universo de participantes. Considerando as afirmações abaixo: I. Edital é o meio pelo qual os interessados tomam conhecimento da licitação, sendo convidados para dela participar. II. O edital da licitação deve ser rigorosamente cumprido, estando a administração vinculada ao que nele está contido. III. O edital não pode conter especificações exageradas que levem a privilegiar algum concorrente. É correto afirmar que: A ) todas as afirmações estão corretas. B ) todas as afirmações estão incorretas. C ) apenas a afirmação I está correta. D ) apenas as afirmações I e II estão corretas. E ) apenas as afirmações I e III estão corretas. Itens I e II corretos. A abertura da licitação ocorre com a divulgação do ato ou instrumento convocatório, o qual recebe o nome de edital em todas as modalidades de licitação, com exceção do convite em que é denominado de carta-convite. Às vezes a lei usa a palavra edital como gênero, o que ocorre por exemplo no art. 41 em que a lei estabelece o juízo vinculado da Administração no que se refere às normas e condições do ato convocatório. Embora o artigo se refira ao edital é evidente que ele também se aplica à carta-convite. Item III correto. Especificações exageradas dariam privilégios ilegais e, dessa forma, estaria violando o princípio da isonomia entre os concorrentes. Os privilégios legais são somente aqueles que já estão expressamente previstos na legislação e que, de alguma forma, levou o legislador a aceita-los sem que houvesse afronta à CF. Princípio da impessoalidade, princípio da igualdade e princípio do julgamento objetivo. O princípio da impessoalidade relaciona-se intimamente com o da igualdade e com o do julgamento objetivo, porque a impessoalidade impõe que os licitantes sejam tratados com isonomia, sem discriminações indevidas. É o princípio da igualdade que exige tratamento igual aos iguais e desigual aos desiguais, de forma que, eventual distinção relativamente aos desiguais não se apresentará como indevida. O julgamento objetivo, por sua vez, impõe que as regras para a escolha da melhor proposta constem do ato convocatório, e não sejam fundadas em critérios secretos, subjetivos, de forma que, quem quer que seja membro da comissão de julgamento, proferirá decisão de escolha da melhor proposta pelo simples confronto dela com os critérios de julgamento (vide art. 44, Lei nº 8666/93). A licitação é dispensável nas seguintes hipóteses: I. guerra ou grave perturbação da ordem; II. desinteresse pela licitação anterior; III. venda de bem imóvel para outro órgão da Administração Pública, independentemente de qualquer outro requisito; IV. contratação de serviços técnicos de gerenciamento de obras, com profissionais de notória especialização. Está correto o que se afirmas APENAS em: A ) I e II B ) I e III C ) II e III D ) II e IV E ) III e IV Nos casos de dispensa de licitação a competição é até viável, mas o legislador optou por afastar a obrigação de licitar. No tocante aos casos de licitação dispensável, podemos agrupa-las sob 4 critérios: - Em razão do pequeno valor. Ex: art. 24, I e II; - Em razão de situações excepcionais. Ex: art. 24, III e IV; - Em razão do objeto. Ex.: art.24,XII e - Em razão da pessoa. Ex: art. 24, XXII. Acerca da hipótese em que a licitação é dispensável em razão de situações excepcionais, pode- se inferir que, quando houver situações imprevisíveis, de caso fortuito ou de força maior, estará dispensada a licitação, tal como ocorrem em casos de guerra ou grave perturbação da ordem ou nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada a urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos; Isso torna o item "I" correto. Item II: correto. Art. 24. É dispensável a licitação: (...) V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas;”(grifos meus) O desinteresse na licitação está elencado quando não existe nenhum particular a fim de contratar com a Administração, porém, é o caso em que haja desclassificação dos candidatos por observância do que estava no edital. Ampla publicidade e universalidade são características ínsitas à seguinte modalidade de licitação: A ) Convite B ) Concorrência C ) Tomada de Preços D ) Leilão E ) Concurso Na concorrência vigoram dois princípios: o da universalidade e o da ampla publicidade. O princípio da universalidade decorre da participação de quaisquer interessados na licitação. Quer dizer, basta ter habilitação (qualificação ou capacidade) para desenvolver ou executar o objeto do contrato para que o interessado requeira sua participação na concorrência. Não se exige que ele seja cadastrado e nem mesmo convidado a participar da licitação. A ampla publicidade decorre do disposto no art. 21 da Lei 8666/93, em que a divulgação do edital de concorrência é a mais abrangente. A locação de imóvel, para nele funcionar determinado serviço público, será uma modalidade de contratação que A ) depende de prévia licitação, em qualquer caso B ) pode dispensar a licitação, nos casos previstos em lei C ) não exige licitação, nos casos previstos em lei D ) prescinde de licitação em qualquer caso E ) N.D.A. No caso de locação de imóvel para nele funcionar determinado serviço público, pode haver a dispensa de licitação. É o que se extrai do art. 24, X, Lei 8.666/93, cujo dispositivo teve sua redação alterada pela lei 9.883/94. Senão vejamos: Art. 24. É dispensável a licitação: X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) (grifos meus) Considerando as assertivas sobre licitação: I. Quando for cabível a concorrência não se pode realizar nem a tomada de preços e nem o convite. II. O pregão é modalidade de licitação entrequaisquer interessados para venda de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos apreendidos ou "penhorados", ou para alienação de bens previstos no artigo 19 da Lei nº 8.666/93. Responda: A ) I e II estão corretas B ) I e II estão incorretas C ) I é correta e a II é incorreta D ) I é incorreta e a II é correta E ) N.D.A Item I está correto. Pois, quando for cabível a concorrência não se pode realizar nem a tomada de preços e nem o convite. Quando for cabível a tomada de preços, não se pode realizar o convite. O inverso, é possível. Quer dizer, nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência (art. 23, §4°). O item "II" está incorreto. O item faz menção à modalidade de leilão e não pregão como se afirma. Assim, leilão, nos termos do art. 22, §5°, é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para venda de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou “penhorados”, ou para alienação de bens imóveis, prevista no art. 19, a quem oferecer maior lance igual ou superior ao valor da avaliação. Portanto, letra "C" é o gabarito. Considerando as afirmações abaixo: I. teoria da imprevisão (cláusula rebus sic stantibus) é aplicável excepcionalmente no contrato administrativo. II. no contrato administrativo uma de suas características é a presença da administração pública com o poder público - a Administração aparece com uma série de prerrogativas que garantem a sua posição de supremacia sobre o particular; vem expressas por meio das cláusulas exorbitantes. III. o contrato administrativo tem como característica a presença de cláusulas exorbitantes. É correto o que se afirma: A ) I, II e III B ) I e II C ) I e III D ) II e III E ) N.D.A Todas as assertivas estão corretas. A doutrina apresenta diversas características dos contratos administrativos que os diferenciam dos contratos privados, dentre as mais importantes, podemos destacar a: A) Existência de cláusulas exorbitantes Essas são disposições contratuais que definem poderes especiais para a Administração dentro do contrato, projetando-se para uma posição de superioridade em relação ao contratado. São exemplos de cláusulas exorbitantes: 1) possibilidade de revogação unilateral do contrato por razões de interesse público; 2) alteração unilateral do objeto do contrato; 3) aplicação de sanções contratuais; Podemos citar algumas características dos contratos Administrativos como a presença da Administração em pelo menos um dos polos e a presença das chamadas cláusulas exorbitantes. São regras que conferem poderes contratuais especiais projetando a Administração Pública para uma posição de superioridade diante do particular no contrato. São prerrogativas decorrentes da supremacia do interesse público sobre o privado e, por isso, são aplicáveis ainda que não escritas no instrumento contratual. ESTUDO DO EQUILIBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO O Artigo 37, XXI, da CF, ao disciplinar a obrigatoriedade do procedimento licitatório, prescreve que “ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta”. Essa referência, “mantidas as condições efetivas da proposta” tornou obrigatória a criação de um sistema legal de preservação da margem de lucro do contratado, denominando equilíbrio econômico-financeiro. A equação econômica financeira pode ser conceituada como a relação que se estabelece, no momento da celebração do contrato, entre o encargo assumido e a remuneração pactuada. A manutenção desse equilíbrio é um direito constitucionalmente tutelado do contratado e decorre do princípio da boa-fé e também da busca pelo interesse público primário, tendo como fundamento a regra do rebus sic stantibus e a teoria da imprevisão. Em termos práticos, a garantia do equilíbrio econômico-financeiro obriga o contratante a alterar a remuneração do contratado sempre que sobrevier circunstância excepcional capaz de tornar mais onerosa a execução. Assim, procura-se recompor a margem de lucro inicialmente projetada no momento da celebração do contrato. CONTEÚDO/MÓDULO 8- EXERCÍCIOS – DISCIPLINA ONLINE Em razão da observância do princípio da publicidade, conforme previsão expressa na Lei 8.666/93, os contratos administrativos devem ser publicados: A ) integralmente, no órgão da imprensa oficial; B ) integralmente, no Boletim Interno do órgão respectivo; C ) resumidamente, na imprensa oficial e em jornal de circulação oficial; D ) resumidamente, no órgão da imprensa oficial; E ) resumidamente, na imprensa oficial e, integralmente, no Boletim Interno do órgão competente. Quanto a formalização dos contratos administrativos, constitui requisito indispensável para a produção de efeitos a publicação resumida do contrato e deus aditivos na imprensa oficial. É o que se extrai da disciplina do art. 61, parágrafo único da Lei 8.666/93. Ipsis Litteris: Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, será providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) O Secretário de Defesa Civil contrata, após licitação, a compra de uma frota de veículos especializados em retirar neve das estradas. Esse contrato é: A ) Irrevogável, porque obedeceu ao princípio da licitação; B ) revogável, porque o Estado não está obrigado a cumprir os contratos que celebra com particulares; C ) só pode ser desfeito por determinação legislativa; D ) só pode ser desconstituído por ordem judicial; E ) é nulo por inexistência de motivos Referida compra não configura motivo para tanto, uma vez que o fenômeno da névoa ocorre muito esporadicamente no Brasil. Para os fins da Lei nº 8666/93, a todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada, dá-se o nome de: A ) contrato B ) ato administrativo C ) projeto executório D ) fato administrativo E ) procedimento licitatório Hely Lopes Meirelles define o contrato administrativo como sendo: “ o ajuste que a Administração Pública agindo nessa qualidade, firma com particulares ou outra entidade administrativa para consecução de objetivos de interesse público, nas condições estabelecidas pela própria Administração.” Não é característica do contrato administrativo: A ) presença de cláusulas exorbitantes B ) liberdade de forma C ) mutabilidade D ) finalidade pública E ) N.D.A. A liberdade de forma não figura dentre as características do contrato administrativo, uma vez que essa peculiaridade pertence aos contratos privados, aqueles firmados entre particulares em que as partes são livres para firmarem o que bem entenderem, desde que a forma não seja prescrita e não haja vedação legal. Liberdade de forma seria então a inteligência do art. 104 do Código Civil que prescreve, ipsis litteris: Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: I - agente capaz; II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei. (grifei) A autonomia que as partes têm para manifestar a sua vontade é o reflexo da orientação de que o Estado deve intervir o mínimo possível no que
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