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História do Direito- Anotações sobre o Código de Hammurabi

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1ºP – História do Direito – Debate 01 – 24/08/16: CÓDIGO DE HAMMURABI
Povos ágrafos: Pré-história do Direito – certamente muito rico em conteúdo, mas, sem registro. A
prova disso é que, as sociedades ao utilizarem a escrita pela 1ª vez já possuíam instituições que
dependem de conceitos jurídicos: casamento, poder paternal ou maternal, propriedade, contratos,
hierarquia no poder público etc. Povos ágrafos: homens da caverna ou até tribos isoladas.
Escrita: Surgiu na antiga Mesopotâmia, na Suméria – 3.500 a.C. (Oriente Médio; cuneiforme). 
Leis escritas mais antigas: de Ur-Nammu (3ª dinastia de Ur, 2.111-2094 a.C.) – 02 fragmentos em
argila. Em 1948 também foram encontradas na mesma região a leis de Eshunna.
Ur-Nammu e Eshunna foram reis de Cidades Estado no Crescente Fértil (Mesopotâmia) e dão
nome às 1ª leis escritas. 
Ur-Nammu teve forte influência nas leis de Eshunna e estas duas legislações influenciaram o CdH.
As leis penais de Ur-Nammu muitas vezes trocavam a Pena de Talião por multas ou indenizações.
HISTÓRIA do CdH .: Khammu-rabi, rei da Babilônia no 18º século a.C., estendeu grandemente o
seu império e governou uma confederação de cidades-estado. Erigiu, no final do seu reinado, uma
enorme "estela" em diorito, na qual ele é retratado recebendo a insígnia do reinado e da justiça do rei
Marduk. Abaixo mandou escreverem 21 colunas, 282 cláusulas que ficaram conhecidas como Código
de Hamurábi (embora abrangesse também antigas leis).
>> LAGES: “Rei com imensa habilidade em política de alianças, mais que dobrou o território. O rei
construiu um grande império que abrangia territórios dominados anteriormente.
“Hammurabi não foi apenas um grande conquistador e um excelente estrategista; foi, antes de
mais nada um exímio administrador. (...) Em seu território existiam vários povos diferentes, de línguas,
raças, culturas diversas. Para exercer seu poder eram necessários mecanismos de unificação em meio
a tanta heterogeneidade. Hammurabi utilizou-se de três elementos para empreender esta unificação: a
língua, a religião e o direito ”.
Livro>> O poder judiciário anterior ao reinado de Hammurabi era exercido nos templos pelos
sacerdotes em nome dos deuses. Na Babilônia, desde o início da I dinastia, começaram a ser
organizados tribunais civis dependentes diretamente do soberano. Hammurabi conferiu à justiça real
supremacia sobre a justiça sacerdotal, deu-lhe uniformidade de organização e regulamentou
cuidadosamente o processamento das ações, compreendendo nessa propositura o recebimento ou
não pelo juiz, a instrução completada pelo depoimento de testemunhas e diligências in loco e,
finalmente a sentença. Foi estabelecida uma organização judiciária que incluía até o ministério público
e um direito processual. 
Sociedade dividida em três classes sociais: a do "awelum" (filho do homem", ou seja, a classe
mais alta, dos homens livres, que era merecedora de maiores compensações por injúrias - retaliações
- mas que por outro lado arcava com as multas mais pesadas por ofensas); no estágio imediatamente
inferior, a classe do "mushkenum", cidadão livre mas de menor status e obrigações mais leves; por
último, a classe do "wardum", escravo marcado que no entanto, podia ter propriedade (muitos deles
prisioneiros de guerra).
O código referia-se também ao comércio (no qual o caixeiro viajante ocupava lugar importante), à
família (inclusive o divórcio, o pátrio poder, a adoção, o adultério, o incesto), ao trabalho (precursor do
salário mínimo, das categorias profissionais, das leis trabalhistas), à propriedade e comércio.
21/08/2016 Saulo Levone 1
FINALIDADE do CdH: O CdH propunha-se a implantação da justiça na terra, a destruição do
mal, a prevenção da opressão do fraco pelo forte, a propiciar o bem estar do povo e iluminar o
mundo. 
PRÓLOGO: (...) Hammurabi, o excelso príncipe, o adorador dos deuses, para implantar a justiça
na terra, para destruir os maus e o mal, para prevenir a opressão do fraco pelo forte... para iluminar o
mundo e propiciar o bem-estar do povo.
EPÍLOGO: "As justas leis que Hammurabi, o sábio rei, estabeleceu e (com as quais) deu base
estável ao governo ... Eu sou o governador guardião (...)... em minha sabedoria eu os refreio, para
que o forte não oprima o fraco e para que seja feita justiça à viúva e ao órfão ... Que cada
homem oprimido compareça diante de mim, como rei que sou da justiça. Deixai-o ler a inscrição
do meu monumento. (...) "Hammurabi é na verdade como um pai para o seu povo; ... estabeleceu a
prosperidade para sempre e deu um governo puro à terra.
PRINCÍPIO MÁXIMO CdH: 
Quanto às leis criminais, vigorava a "lex talionis": pena de morte largamente aplicada (fogueira,
forca, afogamento ou empalação). A mutilação era infligida de acordo com a natureza da ofensa. A
noção de "uma vida por uma vida" atingia aos filhos dos causadores de danos aos filhos dos
ofendidos.
Ver PRÓLOGO e EPÍLOGO.
PRINCÍPIO DA PENA DE TALIÃO: Ou Lei de Talião é um dos mais usado por todos os povos
antigos. É apontado como sendo a 1ª forma que as sociedades encontraram para estabelecer as
penas.
Esse princípio é exemplificado na Bíblia. Não é uma lei, mas uma ideia que indica que a pena para
o delito é equivalente ao dano causado. Assim sendo, o réu sofre como pena o mesmo sofrimento
que impôs ao cometer o crime. 
Olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, Êxodo 21:24
E quando alguém ferir o olho do seu servo, ou o olho da sua serva, e o danificar, o deixará ir livre pelo
seu olho. Êxodo 21:26
Quebradura por quebradura, olho por olho, dente por dente; como ele tiver desfigurado a algum
homem, assim se lhe fará. Levítico 24:20
O teu olho não perdoará; vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé.
Deuteronômio 19:21 ~ 1400 a.C.
Esse Princípio não se aplicava a danos físicos nos escravos, à medida que estes podem ser
definidos como bens alienáveis; o dano contra um bem deve ter ressarcimento material. (Aristóteles:
“O escravo, instrumento vivo como todo trabalhador, constitui ademais uma propriedade viva.”
PRINCIPAIS INSTITUTOS JURÍDICOS: 
Livro>> Hugo Winker faz a divisão em quatorze partes que são as seguintes: 
I – Encancantamentos, juízos de Deus, falso testemunho, prevaricação dos juízes. (1-5)
II – Crime de furto e rapina, reivindicação de móveis. (6-25)
III – Direitos e deveres dos oficiais, dos gregários em geral. (26-41)
IV – Locação em regime geral dos fundos rústicos, mútuos, locação de casas, doações em
pagamento. (42-65) 
V – Relação entre comerciantes e comissionários. (100-107)
VI – Regulamento das tabernas (taberneiras prepostas, polícia, penas e tarifas). (108-111)
VII – Obrigações (contratos de transportes, mútuos), processo de execução e servidão por dívidas.
(112-119)
VIII – Contratos de depósitos (120-126)
IX – Injuria e difamação (127)
X – Matrimônio e família, crimes contra a ordem da família, contribuições e doações nupciais,
sucessão. (128-184)
21/08/2016 Saulo Levone 2
XI – Adoção, ofensa aos genitores. Substituição do recém-nascidos. (185-195)
XII – Crimes e penas (lesões corporais) talião, indenização e composição. (196-214)
XIII – Médicos e veterinários, arquitetos e barqueiros (mercés, honorários e responsabilidade),
choque de navios. (215-240)
XIV – Sequestro, locações de animais, trabalhos nos campos, pastores, operários. Danos, furtos de
utensílios para água, escravo (ação redibitória, responsabilidade por evicção, disciplina). (241-282)” 
CdH: leis que regulam os salários e os preços das mercadorias. Pode parecer simples, mas nisso
é que entra algo que foge, em muito, das disposições penais e abrangem um aspecto social, um
aspecto econômico, e aí podemos inferir a existência de direitos humanos de segunda geração, algo
que somentesurgiu no século XX e que de uma maneira bem escondida, bem rudimentar já estava
presente na primeira legislação que se tem conhecimento, aí já é possível enxergar que essa
legislação não merece ser marginalizada e apenas ser dado um valor histórico e não axiológico. Pela
legislação de Hammurabi as pessoas que detinham uma menor condição financeira pagavam menos
por determinados produtos e serviços, ao passo que aqueles detentores de condições financeiras boas
pagavam mais. 
FAMÍLIA >> DIVÓRCIO:
>>> O sistema familiar era patriarcal e o casamento monogâmico, embora fosse admitido
concubinato. A concubina jamais tinha o “status” ou direitos que uma esposa. Casamento legítimo
apenas com contrato:
§ 128 - Se alguém toma uma mulher, mas não conclui um contrato com ela, esta mulher não é esposa.
(CASAMENTO TINHA CONTRATO OU CERTIDÃO DE CASAMENTO)
§ 133º - Se alguém é feito prisioneiro e na sua casa há com que sustentar-se, mas a mulher abandona sua
casa e vai a outra casa; porque esta mulher não guardou sua casa e foi a outra, deverá ser judicialmente
convencida e lançada nágua.
§ 134 e 135 >> SE UMA MULHER PERDE O MARIDO NA GUERRA, POR ESTE TER SE TORNADO
PRISIONEIRO DE GUERRA, A MULHER DELE FICAVA LIVRE PARA CONTRAIR UM NOVO MATRIMÔNIO,
MAS SE ELE RETORNASSE PARA A SUA PÁTRIA A MULHER DEVERIA VOLTAR PARA ELE, MAS OS FILHOS
DO NOVO CASAMENTO FICARIAM COM O PAI.
§ 136 >> (QUEM DESERTAVA O EXÉRCITO, TINHA A SUA CERTIDÃO DE CASAMENTO CANCELADA E
A MULHER ESTAVA LIVRE PARA CASAR COM OUTRO)
§ 137 >> (MULHER DIVORCIADA PODIA CASAR DE NOVO E OS FILHOS DA REPUDIADA DEVERIAM
RECEBER UMA PENSÃO EM FORMA DE TERRA CULTIVÁVEL)
§ 138 >> (DIVÓRCIO, INCLUIA DIVISÃO DE BENS, AINDA QUE AO HOMEM CABERIA A PARTE
CONSTRUIDA PELO CASAL)
>>> O marido podia repudiar a mulher nos casos de recusa ou negligência em “seus deveres de
esposa e dona-de-casa”. Qualquer dos 2 cônjuges podia repudiar o outro por má conduta, mas neste
caso a mulher para repudiar o homem deveria ter uma conduta ilibada:
§ 142 Se uma mulher discute com o marido e declara: "tu não tens comércio comigo", deverão ser
produzidas as provas do seu prejuízo, se ela é inocente e não há defeito de sua parte e o marido se ausenta e a
descura muito, essa mulher não está em culpa, ela deverá tomar o seu donativo e voltar à casa de seu pai.
§ 149 Se esta mulher não quer continuar a habitar na casa de seu marido, ele deverá entregar-lhe o donativo
que ela trouxe da casa paterna e deixá-la ir se embora. (A 1ª MULHER PODERIA NÃO ACEITAR A
POLIGAMIA, E PELO CÓDIGO HAMMURABI ESTARIA LIVRE DO CASAMENTO)
FAMÍLIA >> ADOÇÃO: Bastante humana no tocante à adoção:
 Se uma criança fosse adotada logo após o nascimento, não poderia mais ser reclamada;
 Se a criança fosse adotada para aprender um ofício e o ensinamento estivesse sendo feito, não
poderia ser reclamada. Caso o ensino não fosse feito, o adotado deveria voltar à casa dos pais.
 Se a criança, ao ser adotada, já tivesse mais idade e reclamasse por seus pais, tinha que ser
devolvida.
 Em outros casos, se o adotado renegasse sua adoção, seria punido severamente.
21/08/2016 Saulo Levone 3
 Se o casal, após adotar, tivesse filhos e desejasse romper o contrato de adoção, o adotado
teria direito a uma parte do patrimônio deles a título de indenização.
§ 185 Se alguém dá seu nome a uma criança e a cria como filho, este adotado não poderá mais ser
reclamado.
§ 186 Se alguém adota como filho um menino e depois que o adotou ele se revolta contra seu pai adotivo e
sua mãe, este adotado deverá voltar à sua casa paterna.
§ 187 O filho de um dissoluto a serviço da Corte ou de uma meretriz não pode ser reclamado.
§ 188 Se o membro de uma corporação operária, (operário) toma para criar um menino e lhe ensina o seu
ofício, este não pode mais ser reclamado. (UM FILHO ERA UM INVESTIMENTO QUE GARANTIRIA O
AMPARO DOS PAIS NA VELHICE) 
§ 189 Se ele não lhe ensinou o seu ofício, o adotado pode voltar à sua casa paterna. (SE OS PAIS
ADOTIVOS NÃO SE PREOCUPARAM COM A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, ESTES PODERIAM TER
CASSADA A ADOÇÃO)
§ 190 Se alguém não considera entre seus filhos aquele que tomou e criou como filho, o adotado pode voltar
à sua casa paterna. (PENA BRANDA)
§ 192 Se o filho de um dissoluto ou de uma meretriz diz a seu pai adotivo ou a sua mãe adotiva: "tu não és
meu pai ou minha mãe", dever-se-á cortar-lhe a língua. (DESRESPEITAR UM PAI ADOTIVO ERA PUNÍVEL
COM PENA DE CORTAR A LÍNGUA)
§ 193 Se o filho de um dissoluto ou de uma meretriz aspira voltar à casa paterna, se afasta do pai adotivo e
da mãe adotiva e volta à sua casa paterna, se lhe deverão arrancar os olhos. (OS POVOS ORIENTAIS
POSSUIAM LEIS NA ANTIGUIDADE QUE NÃO TOLERAVAM A INGRATIDÃO, SE O FILHO DE UMA
PROSTITUTA FOSSE ADOTADO E ELE MAIS TARDE MOSTRASSE INGRATIDÃO, TERIA QUE SER PUNIDO
ARRANCANDO-LHE OS OLHOS)
§ 195 Se um filho espanca seu pai se lhe deverão decepar as mãos. (NOSSA...)
FAMÍLIA >> ADULTÉRIO:
Somente a mulher cometia crime de adultério, o homem era, no máximo cúmplice. Se um homem
saísse com uma mulher casada, ela seria acusada de adultério e ele cúmplice de adultério; e se a
mulher fosse solteira, não comprometida, não havia crime nem cumplicidade (admitiam concubinato).
Pagavam com a vida; porém o marido podia perdoar como o rei perdoa o servo.
§ 129 Se a esposa de alguém é encontrada em contato sexual com um outro, se deverá amarrá-los e lança-
los nágua, salvo se o marido perdoar à sua mulher e o rei a seu escravo. (A PENA DE MORTE SÓ ERA
APLICADA EM CASO DE ADULTÉRIO SE O MARIDO OFENDIDO NÃO PERDOASSE A ESPOSA ADÚLTERA)
§ 131 Se a mulher de um homem livre é acusada pelo próprio marido, mas não surpreendida em contato
com outro, ela deverá jurar em nome de Deus e voltar à sua casa. (SIMPLES ACUSAÇÃO SEM PROVAS NÃO
JUSTIFICAVA CONDENAÇÃO)
+ § 133 e 134.
FAMÍLIA >> HERANÇA:
Na divisão da herança não previa a primogenitura (bens apenas com o filho + velho). A tendência
era sempre dividir em partes iguais, indiferente de quem era a mãe da criança. 
§ 167- Se alguém toma uma mulher e esta lhe dá filhos, se esta mulher morre e ele depois dela toma uma
segunda mulher e esta dá filhos, se depois o pai morre, os filhos não deverão dividir segundo as mães; eles
deverão tomar o donativo de suas mães mas dividir os bens paternos ente si.
§ 168 Se alguém quer renegar seu filho e declara ao juiz: "eu quero renegar meu filho", o juiz deverá
examinar as suas razões e se o filho não tem uma culpa grave pela qual se justifique que lhe seja renegado o
estado de filho, o pai não deverá renegá-lo. (DIREITO A HERANÇA E CANCELAMENTO DE DIREITO)
§ 170- Se a alguém sua mulher ou sua serva deu filhos e o pai, enquanto vive diz aos filhos que a serva lhe
deu: "filhos meus", e os conta entre os filhos de sua esposa; se depois o pai morre, os filhos da serva e da
esposa deverão dividir conjuntamente a propriedade paterna. O filho da esposa tem a faculdade de fazer os
quinhões e de escolher.
21/08/2016 Saulo Levone 4
Excluídas da herança as filhas já casadas, pois já receberam o dote. As filhas solteiras, quando
casassem, receberiam o dote das mãos dos irmãos (§ 183 e 184). 
Mesmo os filhos reconhecidos podiam ser deserdados, após um exame dos juízes (§ 168)
FALSO TESTEMUNHO:
Falso testemunho é tratado com severidade, porque provas materiais eram difíceis. 
O CdH separa uma causa de morte de uma causa que envolve pagamento.
§ 3º Se alguém em um processo se apresenta como testemunha de acusação e, não prova o que disse, se o
processo importa perda de vida, ele deverá ser morto.
§ 4º Se se apresentou com um testemunho (falso em causa) de cevada ou prata: ele carregará a pena desse
processo.
§ 13 Se as testemunhas do vendedor não estão presentes,o juiz deverá fixar-lhes um termo de seis meses;
se, em seis meses, as suas testemunhas não comparecerem, ele é um malvado e suporta a pena
desse processo.
PROCESSO:
As leis desta época permitem e preveem a mistura do sagrado e do profano no julgamento,
embora a justiça leiga tenha maior importância que a sacerdotal no CdH. Um juiz podia ser um leigo,
sacerdote e até as forças da natureza.
§ 2º Se alguém avança uma imputação de sortilégio contra um outro e não a pode provar e aquele contra o
qual a imputação de sortilégio foi feita, vai ao rio, salta no rio, se o rio o traga, aquele que acusou deverá
receber em posse à sua casa. Mas, se o rio o demonstra inocente e ele fica ileso, aquele que avançou a
imputação deverá ser morto, aquele que saltou no rio deverá receber em posse a casa do seu
acusador.
O juiz leigo não poderia alterar seu julgamento após encerrado o processo:
§ 5º Se um juiz dirige um processo e profere uma decisão e redige por escrito a sentença, se mais tarde o
seu processo se demonstra errado e aquele juiz, no processo que dirigiu, é convencido de ser causa do erro, ele
deverá então pagar doze vezes a pena que era estabelecida naquele processo, e se deverá publicamente
expulsá-lo de sua cadeira de juiz. Nem deverá ele voltar a funcionar de novo como juiz em um processo.
IX - INJÚRIA E DIFAMAÇÃO
127º - Se alguém difama uma mulher consagrada ou a mulher de um homem livre e
não pode provar se deverá arrastar esse homem perante o juiz e tosquiar-lhe a fronte.
21/08/2016 Saulo Levone 5

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