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A EJA na balança texto base de Miguel Arroyo Artigo Base ARROYO, Miguel. Balanço da EJA: o que mudou nos modos de vida dos jovens-adultos populares. REVEJ@-Revista de Educação de Jovens e Adultos, v. 1, p. 1-108, 2007. Trabalhadores não deviam pensar Indústria e da organização do trabalho Maior qualificação do trabalhador EJA: abertura de discussões e encontros e pesquisas melhor desenvolvimento da modalidade. Miguel Arroyo Educador pesquisador de educação palestrante constante nos sindicatos assessor de movimentos sociais trabalhos sobre educação e exclusão campo voltado às camadas populares 9º Fórum Mineiro de Educação SUJEITOS BALANÇO TRAJETÓRIAS fio condutor para se pensar os currículos, os tempos as imagens sobre o que é ser jovem e adulto na EJA. Antes de tudo... Que traços vêm caracterizando ou que marcas vêm configurando a juventude e a vida adulta populares, nos últimos 10 anos? Pergunta Geradora + demarcados, segregados e estigmatizados; Não integrando a Juventude Brasileira VELHAS DICOTOMIAS A juventude popular está cada vez mais vulnerável, sem horizontes, em limitadas alternativas de liberdade. A EJA se defronta com essas polarizações na forma de viver o ser jovem-adulto popular e qual é o projeto educativo diante dessa realidade? Os Sujeitos da EJA e suas marcas EJA -> modalidade de educação para sujeitos concretos, em contextos concretos, com histórias concretas, com configurações concretas. Sendo que qualquer tentativa de diluí-los em categorias muito amplas os desfigura. 1ª constatação -> política afirmativa com uma marca e direção específica Os Sujeitos da EJA e suas marcas PESQUISAR MAIS CONFIGURAÇÃO SOCIAL E CULTURAL DOS SUJEITOS de onde OS SUJEITOS que freqüentam a EJA estão mais próximos? Seria dos jovens e adultos das camadas médias? # pobreza, miséria, sub-emprego, vulnerabilidade. Outros pontos, COMPROVARIAM esse maior distanciamento, essa configuração da especificidade de ser povo, de ser trabalhador, desempregado, de ser jovem e adulto dos setores populares. Quais seriam esses traços que poderíamos destacar? Os Sujeitos da EJA e suas marcas Saberes Sobrevivência Empregabilidade 1° destaque - desemprego - desemprego crescente - aumento de trabalhadores informais provisório permanente consequências: Insegurança/ instabilidade/ vulnerabilidade -> dependência na safra - produto “o que aparece” -+ Sobreviver no tempo esticado, sem previsões de amanhã. Dever da EJA Garantir um mínimo de dignidade no presente, pensando... Saberes, sobrevivência, empregabilidade: a razão do presente entre os jovens e adultos Currículo O currículo Escolar fala pouco sobre o trabalho. que saberes sobre o trabalho teríamos que transmitir nos cursos da EJA? + COMPETENTES EM UM MUNDO COMPETITIVO + SABERES DO MUNDO DO TRABALHO As formas concretas de inserção dos jovens-adultos populares tem de ser o ponto de partida para nossas escolhas. + livres no presente, ter mais opções de supera-la, sem promessas ingênuas de futuro. Currículo e EJA ou tempos e saberes revisitados? entendê-los enfrentá-los não integrar e se acomodar Como articular TEMPO DE TRABALHO INFORMAL e TEMPO DE EJA? Não Trabalho ou Trabalho Informal pela sobrevivência? DESEMPREGO é o principal ponto que fez com que jovens e adultos da EJA contribuíssem com o aumento significativo dos trabalhos informais. É necessário questionar não só os currículos, mas também a organização da própria EJA e a melhor organização dos tempos da EJA. Uma coisa é o tempo de um trabalhador que sabe a hora que entra a hora que sai e das oito horas de trabalho, e outra coisa é o tempo de um sobrevivente em situações informais de trabalho. Ele não tem tempo, ou melhor, ele não controla seu tempo, ou ele tem que criar o seu tempo. (ARROYO, 2007, pág.12) Como articular tempo de trabalho informal e tempo de EJA? Tempos de sobrevivência e tempos da escola Como repensar os tempos de escolas, as lógicas temporais em que organizamos os cursos da EJA levando em conta o não controle do tempo ou a instabilidade dos tempos de sobrevivência a que estão submetidos os jovens e adultos? (...) Não teríamos que redefinir os tempos de escola , os tempos de EJA, e torna-los o mais flexíveis possível? Os tempos de cada dia e de cada noite teriam que ser repensados, assim como os tempo do tempo da EJA. (Arroyo, 2007, pág. 12) “ Será que não há percepção de que não é possível obrigar jovens e adultos que não dominam os seus tempos, que têm que esticá-los, sempre, para poder sobreviver, à modelos rígidos de organização dos tempos escolares” ? (ARROYO, 2007) Como articular tempo de trabalho informal e tempo de EJA? http://semeadorestrelas.bl ogspot.com/2012/11/o-tem po-e-apenas-um-marcador .html “ Será que não há percepção de que não é possível obrigar jovens e adultos que não dominam os seus tempos, que têm que esticá-los, sempre, para poder sobreviver, à modelos rígidos de organização dos tempos escolares” ? (ARROYO, 2007) Como articular tempo de trabalho informal e tempo de EJA? Exemplo de Guarulhos - mapeamento dos estudantes pelas competências Reconhecimento dos sujeitos Ganhos: - enriquecimento nas trocas de saberes - articulação entre leitura de mundo e letramento Uma possível solução As flores noturnas também têm cheiro... A questão ÉTICA no programa de educação de jovens e adultos O que antes era violência, agora é terrorismo. E o que antes era indisciplina, agora é violência. (ARROYO,2007, pag 16) Mas O QUE estamos chamando de VIOLÊNCIA? Se estamos num momento em que o divisor de águas são VALORES, são CONDUTAS e uma visão MORALIZANTE, será que não poderíamos nos CONTRAPOR trabalhando dimensões ÉTICAS? (ARROYO, 2007, pag 16) As flores noturnas também têm cheiro... + um fator de Segregação problemas de aprendizagem X problemas de conduta As flores noturnas também têm cheiro... Até onde, como educadores desses jovens-adultos populares não nos deixamos contaminar com essa visão tão negativa do povo? Algumas PERSPECTIVAS Movimentos Sociais - reforço do “imaginário do povo” E merecem confiança porquê? Porque são populares e porque mostram outra face, outro rosto, outra imagem do povo. Uma imagem positiva (ARROYO, 2007, pag 17) Desordeiro pela defesa de seus direitos Lutam pelos interesses coletivos e não os individuais. Educação não dissociada dos direitos humanos e sociais, Acho que nós não temos ainda uma reflexão no campo da EJA que vincule a EJA com os movimentos sociais. Ainda vemos a EJA como um amontoado de indivíduos que tentam refazer percursos escolares individuais truncados. Dificilmente vemos neles coletivos populares (ARROYO, 2007, pag 17). Algumas perspectivas Coletivos Diversos! “Identidade” dos coletivos, suas culturas Os coletivos diversos, diferentes, desiguais se manifestam Um ponto que chama muito a atenção nesses coletivos é a luta por sua identidade, a luta por sua cultura: cultura negra, memória africana, memória quilombola, memória do campo, memória das mulheres do campo, memória dos atingidos pelas barragens Essas são as grandes questões que eles colocam. Mas quando eles chegam na escola, ninguém lembra que é atingido pela barragem, que é quilombola, que é do campo, que é do MST, não importa. É simplesmente alguém que está no estágio A, no estágio B, no primeiro segmento, no segundo segmento. O que hoje existe de mais rico são essas lutas coletivas, essas lutas pelos direitos coletivos,essa cultura coletiva. (ARROYO, 2007, pag 17-18) A afirmação dos coletivos diversos - Diversidade Há muita reflexão que poderá fundamentar projetos de EJA que reconheçam, respeitem e incorporem a diversidade sócio-educacional de gênero, território dos jovens e adultos populares. (ARROYO, 2007, pag 18) O Movimentos dos jovens Os coletivos diversos, diferentes, desiguais se manifestam Apesar de toda essa negatividade, são os jovens que reagem enquanto jovens (...)Hoje os agentes culturais mais presentes nos lugares mais degradados em termos econômicos, sociais e culturais são adolescentes e jovens.(...) Se alguns traços são negativos, pela precarização da vida com que se defrontam, há também, os horizontes que vêm dos movimentos sociais, dos movimentos jovens, da luta pela diversidade, dos movimentos culturais. (ARROYO, 2007, pag 19) Balanço: A EJA hoje é plural, para a emancipação, transformação e libertação dos jovens e adultos de nosso país? Qual seu currículo? Pergunta Geradora AGRADECIDAS! Seminário de Sociologia e Educação II 14 de outubro de 2016 Construído por Dilce Schüeroff Elisa de São Thiago Cunha Jéssica da Rosa Pires Kyanny Onofre Pompilio Maria Eduarda Daniel da Costa Raquel Gesser Maximiano Mainardes Acadêmicas do curso de Graduação em Pedagogia 3⁰ FASE 2016