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ÓRGÃO DA AUDIÇÃO SISTEMA ENDÓCRINO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI
CAMPUS MINISTRO PETRÔNIO PORTELA 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS – CCA 
DEPARTAMENTO DE MORFOFISIOLOGIA VETERINÁRIA – DMV
CURSO: BACHARELADO EM MEDICINA VETERINÁRIA
DISCIPLINA: ANATOMIA DESCRITIVA ANIMAL II
PROFESSORA: MARIA ACELINA MARTINS DE CARVALHO
ÓRGÃO DA AUDIÇÃO E SISTEMA ENDÓCRINO
CAIO JOSÉ GOMES LEAL
Teresina – PI
Novembro de 2014
ÓRGÃO DA AUDIÇÃO
A orelha é o órgão da audição. Lá, as ondas sonoras serão recebidas e transformadas em sinais elétricos. A orelha, além de ser órgão da audição, também é o órgão de equilíbrio (esses dois órgãos são conectados funcional e anatomicamente). A orelha é dividida em três partes, a Orelha Externa, a Orelha Média e a Orelha Interna.
A Orelha Externa, que serve para ajudar a captar, direcionar e transmitir as ondas sonoras para a Orelha Média, é composta pela Aurícula (que possui a Cartilagem Auricular, os músculos auriculares), o Meato Acústico Externo (canal que transmite os sons capitados à Membrana Timpânica e que contêm grande número de glândulas sebáceas, que secretam cerume), e a Membrana Timpânica (lâmina fina e transparente que separa a Orelha Externa da Orelha Média e que tem a função de transmitir as ondas sonoras aos ossículos da audição).
O Pavilhão Auricular é bastante variado de espécie para espécie e apresenta variações específicas que se destacam nas raças nos cães. As glândulas sebáceas do Meato Acústico Externo se localizam mais externamente em ruminantes e equinos. A Membrana Timpânica é inclinada e tem formato inclinado no cão. No gato, ela é pontuda, no suíno é circular, e no equino e no bovino é oval.
A Orelha Média é formada pela Cavidade Timpânica (ocupa o osso petroso temporal, é a cavidade que comporta as outras estruturas da Orelha Média), pelos Ossículos da Audição (Martelo, Bigorna e Estribo, estruturas que farão a transmissão das ondas sonoras da Membrana Timpânica pela Cavidade Timpânica até a Orelha Interna, além de ampliar essas ondas em até 20 vezes) e a Tuba Auditiva (conecta a Cavidade Timpânica à Nasofaringe e serve para equilibrar a pressão atmosférica nos dois lados da Membrana Timpânica).
Os Ossículos da Audição (que têm esse nome por causa de suas formas) em animais jovens têm outro pequeno osso, o osso lenticular, que fica entre a Bigorna e o Estribo, mas que depois se funde à Bigorna. A Tuba Auditiva forma em equinos divertículos chamados de Bolsas Guturais, que têm capacidade de cerca de 500 mL e se localizam entre a base do crânio, o atlas e a faringe.
A Orelha Interna é um órgão que possui o Labirinto Membranáceo, é um conjunto de câmaras e ductos preenchidos pela Endolinfa. Divide-se em Labirinto Vestibular (que é a parte do Órgão do Equilíbrio) e o Labirinto Coclear (que contém o Órgão de Corti, o Órgão da Audição propriamente dito, que possui as células receptoras da audição). 
O Labirinto Membranáceo é cercado pelo Labirinto Ósseo, que é semelhante ao Membranáceo, porém é composto pelo Vestíbulo (câmara central do Labirinto Ósseo), Canais Semicirculares e Cóclea (que tem formato de concha e que possui três ductos membranosos). O número de espirais na Cóclea varia, sendo 3 em carnívoros, 2,5 em equinos, 4 nos suínos e 3,5 em ruminantes.
Na Audição, os sons são recebidos pela Orelha Externa e provocam vibrações na Membrana Timpânica, que serão transmitidas pelos Ossículos para a Orelha Interna, mais precisamente até o Órgão de Corti, cujas células ciliadas serão estimuladas gerando impulsos para o gânglio espiral, que serão destinados para o cérebro.
SISTEMA ENDÓCRINO
O Sistema Endócrino é composto de várias glândulas que servem para ajudar no controle do nosso corpo. Essas glândulas são os órgãos que produzem os hormônios, que são produzidos pelas células parenquimais presentes nessas estruturas e se ligam a receptores específicos encontrados nos seus locais de destino. O Sistema Endócrino interage com o Sistema Nervoso, tanto que os órgãos endócrinos complementam e multiplicam a função Sistema Nervoso Central.
Essas células parenquimais podem sem encontradas isoladas (como no epitélio do trato gastrointestinal, nos brônquios, rins, etc.), em grupos (como as células de Leydig nos testículos ou células de Langerhans no pâncreas), ou se organizarem em órgãos endócrinos (caso da hipófise, tireoide, epífise, glândula adrenal, etc.).
A Hipófise tem uma função reguladora tão importante no Sistema Endócrino que é chamada de “glândula magna”. Ela se localiza suspensa na fossa hipofisária do osso esfenoide entre o quiasma óptico e o corpo papilar, e divide-se em duas partes, a Neuro-hipófise e a Adeno-hipófise. Como há uma grande ligação anatômica e funcional entre Hipófise e Hipotálamo, eles são estudados juntos. O Hipotálamo possui sua própria circulação portal, que serve para transportar os hormônios. 
A Neuro-hipófise se situa caudalmente à Adeno-hipófise e armazena e libera hormônios que são produzidos pelas células do Hipotálamo, como a Ocitocina (tem a função de promover as contrações musculares uterinas e reduzir o sangramento durante o parto, para estimular a liberação do leite materno) e o ADH (hormônio antidiurético).
A Adeno-hipófise secreta os hormônios que controlam o funcionamento de outras glândulas endócrinas, quando estimuladas a fazer isso pelos hormônios do hipotálamo (daí o nome de glândula magna). Ele se torna o lobo anterior da Hipófise, que produz o hormônio do crescimento (GH), hormônios gonadotróficos, hormônio estimulador da Tireoide (TSH) e Prolactina. 
A Epífise funciona como um regulador da variação sazonal e diurna da atividade gonadal, produzindo Melatonina, Serotonina e outros hormônios. A Melatonina possui efeitos gonadotróficos importantes sobre os períodos dos ciclos de reprodução de determinadas espécies. No equino, a produção de Melatonina é inibida por estímulos luminosos, porém é antigonadotrófica; no ovino, a produção desse hormônio também é inibida por estímulos luminosos, porém ele é gonadotrófico.
A Glândula Tireoide produz hormônios que controlam a taxa metabólica, o crescimento, a temperatura do corpo, o metabolismo dos carboidratos e os níveis de cálcio do corpo. Ela é regulada pela Tireotropina, que é secretada na Adeno-hipófise. O teor de Iodo na dieta é essencial para a produção dos hormônios tireoides, tanto que a deficiência em Iodo pode causar o Bócio (hipertrofia da Glândula Tireoidea).
A Glândula Tireoidea se localiza ventralmente à Traqueia e a cerca pelos dois lados, com seus dois lobos, direito e esquerdo (exceto no suíno), que se ligam pelo istmo. No gato, os lobos são planos e fusiformes e estão nos primeiros anéis traqueais; no cão, os lobos são ovais e alongados e estão do 5º ao 8º anel traqueal; no suíno, há somente um órgão ímpar compacto; no bovino há dois lobos de formato irregular; nos pequenos ruminantes, são fusiformes ou cilíndricos; e nos equinos os lobos são circulares.
As Glândulas Paratireoides são pequenas estruturas pareadas nos dois lados da Glândula Tireoide (tanto no interior quanto próximas das cápsulas). Elas produzem o paratormônio, que regula as concentrações de Cálcio e Fósforo, controlando o metabolismo ósseo, a absorção do trato gastrointestinal e excreção da urina.
As Glândulas Adrenais têm essa denominação por estar localizado sobre os Rins. Elas apresentam dois tecidos, o córtex e a medula. O córtex produz hormônios corticoides (regulam o equilíbrio mineral e o metabolismo de carboidratos). A medula produz a adrenalina (estimula o Sistema Nervoso Simpático) e a noradrenalina (influencia a pressão sanguínea). A sua atividade é controlada pelo hormônio adrenocorticotrófico, produzido da Adeno-hipófise.
Paragânglios são massas de células epiteliais que contêm adrenalina e noradrenalina. Essas massas se distribuem por todo o corpo, sendo mais encontradas na medula adrenal. Alguns se localizam próximos às grandes artérias, servindo de quimiorreceptores para a regulação da respiração.
O Timo está situado entre os pulmões, próximoao coração. Ele produz um hormônio que atua na defesa do organismo do neonato contra infecções, além de produzir os Linfócitos T. Com o desenvolvimento do animal, ele passa a diminuir de tamanho. Ele pode até ser retirado em animais jovens que apresentarem problemas na maturação dos Linfócitos T (procedimento da Timectomia).
As Ilhas Pancreáticas são a parte endócrina do pâncreas. Em cães e gatos elas estão na ordem de milhares, e em seres humanos na ordem de milhões. As Ilhas possuem células alfa, que produzem Glucagon, e células beta, que produzem Insulina (ambos ajudam no metabolismo de carboidratos). A produção insuficiente de Insulina resulta na D. Melito. 
As Gônadas também podem ser consideradas Glândulas Endócrinas – elas também estão sobre controle hipofisário. Na fêmea, as células da teca do ovário produzem o estrogênio. No óvulo, o Corpo Lúteo ajuda a produzir hormônios que mantêm a gestação. No macho, as células intersticiais no túbulo seminífero do testículo produzem Andrógenos, que maturam os espermatozoides e desenvolvem os órgãos genitais masculinos.
É importante ressaltar que os hormônios são regulados pelo mecanismo de Retroalimentação ou Feedback. Quando a taxa de um determinado hormônio no sangue está alta, a glândula que produz esse hormônio é inibida e para de produzi-lo. Da mesma maneira, quando a tava está abaixo do nível normal, a glândula recebe estímulo para produzir esse hormônio. Graças à Retroalimentação, o funcionamento é ajustado às necessidades do organismo e, assim, um hormônio não é produzido em quantidade excessiva, não havendo desperdício de energia.
REFERÊNCIAS
	
KÖNIG, Horst Erich. Anatomia dos Animais Domésticos. 4. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
WIKIPEDIA, A Enciclopédia Livre. Sistema Endócrino. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_end%C3%B3crino >. Acesso em: 15 de Novembro de 2014.
ABEV, Associação Brasileira de Endocrinologia Veterinária. Glândulas Adrenais Veterinária. Disponível em <http://www.abev.org.br/artigo.php?ntcid=261 >. Acesso em 16 de Novembro de 2014.

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