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04/02/2015 1 Curso de Graduação em Engenharia Mecânica Disciplina: Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 1 Máquinas Hidráulicas • Ementa: • Introdução à Hidrodinâmica; • Definição, classificação e aplicações das máquinas de fluxo na engenharia; • Classificação das máquinas de deslocamento; • Bombas hidráulicas; • Bombas centrífugas; • Bombas volumétricas ou de deslocamento positivo; • Sistemas de recalque; • Cavitação em bombas centrífugas; • Turbinas hidráulicas; • Semelhança em máquinas hidráulicas. 2 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 2 • Bibliografia • Bibliografia Básica Padrão: Macintyre, Archibald Joseph. Bombas e Instalações de Bombeamento. 2ª Edição Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos, 2010. • Bibliografia Básica Unidade: Centro Universitário Anhanguera de São Paulo. Azevedo Netto, José M. de. Manual de Hidráulica. 8ª Edição. Edgard Blucher, 2007. 3 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Introdução à Hidrodinâmica • Principais conceitos: • No estudo das máquinas hidráulicas considera-se quase sempre o líquido, no caso a água, como um líquido perfeito, isto é, um fluido ideal: incompressível (variações da massa específica desprezíveis) e invíscido (não- viscoso). 4 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 3 Introdução à Hidrodinâmica • Principais conceitos: • Escoamento Permanente: Diz-se que o líquido escoa em regime permanente quando, para qualquer ponto fixo do espaço tomado no seu interior, as grandezas características das partículas que por ele passam (peso específico, temperatura) e suas condições de escoamento (velocidade, aceleração e pressão) são constantes no tempo. 5 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Introdução à Hidrodinâmica • Principais conceitos: • Equação de Continuidade em regime permanente: P/ϒ = Q = S.V = Constante P: peso escoado na unidade de tempo [N/s]; ϒ: peso específico do líquido [N/m³]; S: seção normal do canal [m²]; V: velocidade do fluido na seção considerada [m/s]; Q: volume escoado na unidade de tempo [m³/s]. 6 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 4 Introdução à Hidrodinâmica 7 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Introdução à Hidrodinâmica • Principais conceitos: • Equação de Bernoulli: p + ρgz + ½ ρv² = Constante Energia de Posição Energia Cinética Energia de Pressão 8 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 5 Introdução à Hidrodinâmica • Principais conceitos: • Perda de Carga (devido ao atrito) 9 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Máquinas de Fluido • É o equipamento que promove a troca de energia entre um sistema mecânico e um fluido, transformando energia mecânica (trabalho) em energia de fluido (hidráulica) ou energia de fluido em energia mecânica. 10 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 6 Classificação das Máquinas de Fluido 11 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Classificação das Máquinas Hidráulicas 12 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 7 Classificação das Máquinas Hidráulicas �Quanto ao sentido da transmissão da energia: • Geradora (operatriz): a máquina transforma energia mecânica em energia de fluido (bombas hidráulicas e ventiladores). • Motora (motriz): a máquina transforma energia de fluido em energia mecânica (turbina, gerador eólico, moinho de vento e rodas d’água). 13 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Classificação das Máquinas Hidráulicas • Operatrizes: São aquelas que recebem trabalho mecânico, geralmente fornecido por uma máquina motriz, e o transforma em energia hidráulica, comunicando ao líquido um acréscimo de energia sob as formas de energia potencial de pressão e cinética. Exemplos: Bombas hidráulicas, ventiladores. 14 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 8 Classificação das Máquinas Hidráulicas • Motrizes: São as que transformam a energia hidráulica em trabalho mecânico, fornecido, geralmente, sob a forma de conjugado (torque). Pode-se dizer que, se destinam a acionar outras máquinas, principalmente geradores de energia elétrica. Exemplos: Turbinas Hidráulicas, turbinas eólicas. 15 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves �Quanto ao tipo de energia envolvido no processo: • Máquinas de deslocamento positivo: nestes equipamentos uma quantidade fixa de fluido de trabalho é confinada durante sua passagem através da máquina, sendo submetido a trocas de pressão em razão da variação no volume do recipiente em que se encontra contido. Exemplo: bombas de engrenagens. 16 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 9 • Turbomáquinas: são dispositivos fluidomecânicos que direcionam o fluxo com lâminas ou pás fixadas em um elemento rotativo. O fluido não se encontra em momento algum confinado dentro da carcaça da máquina, mas sim num fluxo continuo através dela, estando sujeito a variações de energia devido aos efeitos dinâmicos da corrente fluida. Ex. turbinas hidráulicas e ventiladores centrífugos. 17 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves � Quanto à direção do escoamento do fluido: • Axiais: escoamento predominantemente na direção do eixo. O fluido entra no rotor na direção axial e sai também na direção axial. Recalca grandes vazões em pequenas alturas. • Radiais: escoamento predominante na direção radial. O fluido entra no rotor na direção axial e sai na direção radial. Tem como característica o recalque de pequenas vazões a grandes alturas. Sua força predominante é a centrífuga. • Mista ou diagonal: escoamento predominantemente na direção diagonal, parte axial e parte radial. • Tangencial: escoamento predominantemente tangente ao rotor. 18 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 10 19 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves �Quanto a forma dos canais entre as pás do rotor: • Máquinas de Ação: nesta máquina toda energia do fluido é transformada em energia cinética, antes da transformação em trabalho mecânico processado pela máquina. A pressão do fluido, ao atravessar o rotor, permanece constante. Um exemplo é a turbina Pelton, onde um ou mais bocais (separados do rotor) aceleram o fluido resultando em jatos livres (à pressão atmosférica) de alta velocidade, que transferem movimento para o rotor. O rotor gira mesmo sem estar cheio de fluido. • Exemplo de Turbomáquinas de ação (motoras): turbinas Pelton. 20 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 11 21 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves • Quanto a forma dos canais entre as pás do rotor: • Máquinas de Reação: nesta máquina tanto a energia cinética quanto a de pressão são transformadas em trabalho mecânico e vice-versa. Parte da energia do fluido é transformada em energia cinética antes da entrada do rotor, durante sua passagem por perfis ajustáveis (distribuidor), e o restante da transformação ocorre no próprio rotor. A pressão do fluido varia ao atravessar o rotor. • ExemploTurbomáquinas de reação (motoras): turbinas Francis e Kaplan. • ExemploTurbomáquinas de reação (geradoras): bombas e ventiladores. 22 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 12 Turbina Francis 23 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves �Definição das máquinas de deslocamento positivo: • Uma bomba de deslocamento positivo é caracterizada pela admissão de uma dada quantidade de fluido, que é retido no seu interior, comprimido até a pressão de descargae deslocado por completo através da tubulação de descarga. Nas bombas alternativas, a ação de bombeamento é feita através do movimento alternativo do pistão, êmbolo ou diafragma. 24 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 13 • Classificação das máquinas de deslocamento positivo 25 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves � Bombas Alternativas • Simples efeito: Quando apenas uma face do êmbolo atua sobre o líquido. • Duplo efeito: Quando as duas faces do êmbolo atuam sobre o líquido. • Simplex: Quando existe apenas um pistão ou êmbolo. • Duplex: Quando são dois os pistões ou êmbolos. • Triplex: Quando são três os pistões ou êmbolos. • Multiplex: Quando são quatro ou mais pistões ou êmbolos. 26 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 14 � Bombas Alternativas: � Vantagens: • Elevada eficiência mecânica (power end): De 85 a 92%; • Permite pressões elevadas de descarga, quando comparada a bomba centrífuga; • Bombeia praticamente a mesma vazão com pressões de descarga diferentes. � Desvantagens: • Vazão pulsante; • Vedação com vida útil baixa, quando comparada à vedação (selo mecânico) de uma bomba centrífuga. 27 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves �Bombas Alternativas • Bomba de pistão: Bomba de pistão de simples efeito – simplex. 28 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 15 �Bombas Alternativas • Bomba de êmbolo: Bomba de êmbolo de duplo efeito – simplex. 29 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves �Bombas Rotativas • Mais de um rotor Lobos triplos 30 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 16 �Bombas Rotativas • Com um rotor Palhetas flexíveis Pistão radial 31 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves � Aplicações das Bombas de Deslocamento Positivo: • Em projetos onde são requeridas altas pressões e baixas vazões; • Sistemas hidráulicos de acionamento; • Bombear fluidos de elevadas viscosidade e abrasividade. (Bomba alternativa). 32 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 17 • Bombas Hidráulicas � Bombas são máquinas geratrizes cuja a finalidade é realizar o deslocamento de um líquido por escoamento. • Turbobombas: também chamadas de rotodinâmicas são caracterizadas por possuírem um órgão rotatório dotado de pás, chamado rotor, que exerce sobre o líquido forças que resultam da aceleração que lhe imprime. As forças geradas são as de inércia e do tipo µ.v = [(ϒ . Q)/g] . v • A finalidade do rotor ou impelidor é comunicar à massa líquida aceleração, para que adquira energia cinética. 33 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves • Bombas Hidráulicas � Classificação das turbobombas: � Segundo a trajetória do líquido no rotor: • Bomba centrífuga pura ou radial: O líquido penetra no rotor paralelamente ao eixo, sendo dirigido pelas pás para a periferia. • Bomba de fluxo misto ou diagonal: Escoamento predominantemente na direção diagonal, parte axial e parte radial. • Bomba axial ou propulsora: escoamento predominantemente na direção do eixo. O fluido entra no rotor na direção axial e sai também na direção axial. Recalca grandes vazões em pequenas alturas. 34 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 18 • Bombas Hidráulicas � Classificação das turbobombas: � Segundo o número de rotores empregados: • Bomba de simples estágio: Existe apenas um rotor. • Bomba de múltiplos estágios: Dois ou mais rotores fixados no mesmo eixo. 35 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves • Bombas Hidráulicas � Classificação das turbobombas: � Segundo o número de entradas para a aspiração: • Bomba de aspiração simples: A entrada do líquido se faz de um lado e pela abertura circular da coroa do rotor. • Bomba de aspiração dupla: O rotor é de forma tal que permite receber o líquido por dois sentido opostos, paralelamente ao eixo de rotação. 36 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 19 • Bombas Centrífugas � Princípio básico de funcionamento: As palhetas ou impulsores que giram no interior de uma carcaça estanque puxam o líquido para dentro da bomba através de uma abertura central de entrada, e por meio da força centrífuga o líquido é atirado para fora através da abertura de descarga localizada na periferia da carcaça. � A bomba centrífuga necessita ser previamente enchida com o líquido a bombear,ou seja, escorvada. Ela, portanto, não é auto-aspirante ou auto-escorvante. 37 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves • Bomba Centrífuga 38 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 20 • Bomba Centrífuga 39 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves • Bomba Centrífuga 40 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 21 • Bombas Centrífugas β1 = Ângulo de entrada na pá, relativo à direção tangencial. β2 = Ângulo de saída na pá, relativo à direção tangencial. U1 = Velocidade do rotor na entrada = ω.r1 é portanto, especificada pela geometria do rotor e pela velocidade de operação da máquina. V1 = Velocidade de entrada absoluta do fluido. É a soma vetorial entre a velocidade tangencial do rotor e a velocidade do escoamento relativa à pá (Vrb1). U2 = Velocidade do rotor na saída = ω.r2 é portanto, especificada pela geometria do rotor e pela velocidade de operação da máquina. V2 = Velocidade de saída absoluta do fluido. É a soma vetorial entre a velocidade tangencial do rotor e a velocidade do escoamento relativa à pá (Vrb2). 41 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves • Bombas Centrífugas Equação de Euler: Teixo = (r2.Vt2 – r1.Vt1)ṁ Ẇm = ω . Teixo H = Ẇm / ṁg Teixo = Torque [N.m] Ẇm = Potência mecânica [W] ṁ = Vazão mássica [Kg/s] = ρ.Q ω = Rotação da máquina [rad/s] H = Carga teórica = energia adicionada por unidade de peso [m] 42 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 22 • Bomba Centrífuga Idealizada Considerações: � Entrada axial (Vt1 = 0). � Saída radial (Vt2 = r2.ω). Teixo = ω.(r2)².ρ.Q 43 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves • Exercício 1: Uma bomba centrífuga é utilizada para bombear 34,069 m³/h de água. A água entra no rotor axialmente. O diâmetro de saída do rotor é de 101,6 mm. O escoamento sai do rotor a 3,048 m/s em relação às pás, que são radiais na saída. A velocidade do rotor é 3450 RPM. Determine o torque de entrada, em N.m, e a potência requerida em KW. 44 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 23 • Exercício 1: Solução: Vazão = 0,00946353 m³/s r2 = 0,0508 m ω = 361,28 rad/s Teixo = ω.(r2)².ρ.Q Teixo = 361,28 x (0,0508)² x 1000 x 0,00946353 Teixo = 8,82 N.m Ẇm = 361,28 x 8,82 = 3,186 KW 45 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Alturas Estáticas (Desníveis Topográficos) Altura estática de aspiração (ha): é a diferença de cotas entre os níveis do centro da bomba e o da superfície livre do reservatório de captação. Altura estática de recalque (hr): é a diferença de cotas entre os níveis onde o líquido é abandonado e o do centro da bomba. Altura estática de elevação (he): é a diferença de cotas entre os níveis onde o líquido é abandonado e o da superfície livre do reservatório de captação. he = ha + hr 46 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 24 47 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves hr ha 48 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 25 Alturas Totais ou Dinâmicas Altura total de aspiração ou alturamanométrica de aspiração: Ha = Hb – (P0/ϒ) [mca] Instalação (vacuômetro) Onde: Hb = pressão atmosférica local [mca] P0 = pressão na entrada da bomba [N/m²] ϒ = peso específico do líquido [N/m³] 49 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Alturas Totais ou Dinâmicas Altura total de aspiração ou altura manométrica de aspiração: Ha = ha + (V0²/2g) + Ja [mca] Projeto Onde: ha = altura estática de aspiração [m] V0 = velocidade do líquido na entrada da bomba [m/s] Ja = perda de carga na aspiração [m] 50 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 26 Obs.: Se ha for negativa, a bomba irá trabalhar abaixo do nível do líquido, ou seja, “afogada”: 51 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Alturas Totais ou Dinâmicas Altura total de recalque ou altura manométrica de recalque: Hr = (P3/ϒ + i) - Hb [mca] Instalação (manômetro) Onde: Hb = pressão atmosférica local [mca] P3 = pressão na saída da bomba [N/m²] ϒ = peso específico do líquido [N/m³] i = distância entre o P3 e o centro da bomba [m] 52 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 27 Alturas Totais ou Dinâmicas Altura total de recalque ou altura manométrica de recalque (quando a tubulação de recalque abandona livremente o líquido na atmosfera): Hr = Jr + hr + (V4²/2g – V3²/2g) [mca] Projeto Onde: hr = altura estática de recalque [m] V3 = velocidade do líquido na saída da bomba [m/s] Jr = perda de carga no recalque [m] V4 = velocidade do líquido na saída da tubulação de recalque [m/s] g => aceleração da gravidade [m/s²] 53 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Alturas Totais ou Dinâmicas Altura total de recalque ou altura manométrica de recalque (quando acima da boca do tubo de recalque há uma camada de líquido capaz de absorver a energia cinética devida á velocidade V4): Hr = Jr + hr – V3²/2g [mca] Projeto Onde: hr = altura estática de recalque [m] V3 = velocidade do líquido na saída da bomba [m/s] Jr = perda de carga no recalque [m] V4 = velocidade do líquido na saída da tubulação de recalque [m/s] g => aceleração da gravidade [m/s²] 54 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 28 Máquinas Hidráulicas 55 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Alturas Totais ou Dinâmicas Altura Manométrica de Elevação ou Altura Manométrica Total (H): H = Ha + Hr [mca] H = (P’ + P’’/ϒ) + m [mca] Instalação Onde: P’ = a leitura do manômetro P’’ = a leitura do vacuômetro m = a diferença de cotas entre os centros desses instrumentos 56 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 29 Alturas Totais ou Dinâmicas Altura Manométrica de Elevação ou Altura Manométrica Total (H): 57 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Alturas Totais ou Dinâmicas Altura útil de elevação, ou Altura Dinâmica (Hu): É a energia que a unidade de peso de líquido adquire em sua passagem pela bomba. Hu = (P3/ϒ + i + V3²/2g) – (P0/ϒ + V0²/2g) [mca] Onde: P3 = pressão na saída da bomba [N/m²] ϒ = peso específico do líquido [N/m³] i = distância entre o P3 e o centro da bomba [m] V3 = velocidade do líquido na saída da bomba [m/s] V0 = velocidade do líquido na entrada da bomba [m/s] P0 = pressão na entrada da bomba [N/m²] 58 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 30 Alturas Totais ou Dinâmicas Altura útil de elevação, ou Altura Dinâmica (Hu): É a energia que a unidade de peso de líquido adquire em sua passagem pela bomba. 59 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Hu = Alturas Totais ou Dinâmicas Relação entre H e Hu: Hu = H + [(V3² - V0²) / 2g] 60 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 31 Potência motriz N (motor elétrico): N = (ρ . g . Q . H) / (ηmotor . ηbomba) [W] Onde: ρ = Massa específica do líquido [Kg/m³] g = Aceleração da gravidade [m/s²] Q = Vazão [m³/s] H = Altura manométrica total [m] ηmotor = Rendimento do motor elétrico ηbomba = Rendimento da bomba 61 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Potência motriz N (motor elétrico): N = (1000 . Q . H) / 75 . (ηmotor . ηbomba) [CV] Onde: Q = Vazão [m³/s] H = Altura manométrica total [m] ηmotor = Rendimento do motor elétrico ηbomba = Rendimento da bomba Obs.: Considerando a água o líquido a ser bombeado. 62 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 32 Determinação do diâmetro da tubulação: 63 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Determinação do diâmetro da tubulação: Fórmula de Forscheimmer: Onde: D = Diâmetro da tubulação; Q = Vazão; X = Horas de funcionamento da bomba por dia. 64 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 33 Máquinas Hidráulicas Determinação do diâmetro da tubulação: Gráfico de Forscheimmer: 65 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Perda de Carga em Encanamentos Perda de carga unitária (J), expressa em coluna de líquido , por unidade de peso escoado e por unidade de comprimento do encanamento. J = ∆H / L [m/m] J depende do diâmetro do encanamento, da velocidade do escoamento, do número de Reynolds (d . v / ν) e da rugosidade relativa (є / d). Onde: d = diâmetro interno do encanamento; v = velocidade média na seção onde escolheu d; ν = coeficiente de viscosidade cinemática; є = rugosidade absoluta. 66 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 34 Perda de Carga em Encanamentos Fórmula Empírica de Hasen-Williams: J = 10,643 . Q^1,85 . C^-1,85 . D^-4,87 [m/m] Onde: Q = Vazão [m³/s] C = Coeficiente que depende da natureza do material do conduto. D = Diâmetro interno do tubo [m] 67 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Máquinas Hidráulicas Perda de Carga em Encanamentos Fórmula Empírica de Hasen-Williams: Valores de C: 68 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 35 Perda de Carga em Encanamentos Fórmula Universal - Darcy e Weisbach: hf = f(L.v²) / (D.2g) Onde: f = Coeficiente de atrito: f(Re ; e/D) L = Comprimento da tubulação [m] D = Diâmetro interno do tubo [m] v = Velocidade do fluido [m/s] g = Aceleração da gravidade [m/s²] 69 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Máquinas Hidráulicas Perda de Carga em Encanamentos – Diagrama de Moody 70 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 36 Perda de Carga Localizada Onde: K = Coeficiente de perdas localizadas v = Velocidade do fluido [m/s] g = Aceleração da gravidade [m/s2] 71 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Perda de Carga Localizada Valores de K 72 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 37 Máquinas Hidráulicas Perda de Carga em Encanamentos Comprimentos equivalentes a perdas localizadas (em metros de tubulação retilínea) 73 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Máquinas Hidráulicas Perda de Carga em Encanamentos Exercício 2: Na instalação abaixo, determinar a potência do motor da bomba, sabendo-se que a vazão é igual a 5 l/s. O tubo é de aço galvanizado roscado com 15 anos de uso. Considerar: O trecho da tubulação de aspiração: ABCD O trecho da tubulação de recalque: EFG Diâmetro da tubulação de recalque: 63 mm Diâmetro da tubulação de aspiração: 75 mm η total (bomba + motor) = 0,5 Curvas utilizadas: 90° raio médio 74 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 38 75 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da SilvaAlves Máquinas Hidráulicas Exercício 3: Uma bomba de água, conforme a figura abaixo, é movida por um motor elétrico de 18 kW, cuja a eficiência é de 90%. A vazão é de 40 litros por segundo. O diâmetro na tubulação é constante, a diferença das cotas entre os pontos (1) e (2) é desprezível e a perda de carga entre esses pontos corresponde a 5 m. As pressões manométricas na entrada e na saída são, respectivamente, de 150 kPa e 400 kPa. Considerando o peso específico da água δ = 10 000 N/m3 e a aceleração da gravidade g = 10 m/s2, determine a eficiência da bomba hidráulica. 76 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 39 Máquinas Hidráulicas Exercício 3: 77 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Máquinas Hidráulicas Condições de Funcionamento das Bombas Relativamente aos Encanamentos 78 P = Ponto de trabalho da bomba ou ponto de funcionamento da bomba ou ponto de equilíbrio natural do sistema bomba- encanamento. Ponto M = Registro parcialmente fechado: a vazão reduz e a perda de carga aumenta. Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 40 Obs.: Na escolha dos motores elétricos, eles devem ser previstos com uma margem de segurança, que normalmente está computada nas curvas e tabelas elaboradas pelos fabricantes das bombas. Em geral, recomenda-se o seguinte acréscimo, quando faltarem dados dos fabricantes: Até 2 CV: Acréscimo de 50% De 3 a 5 CV: Acréscimo de 30% De 6 a 10 CV: Acréscimo de 25% De 11 a 25 CV: Acréscimo de 15% 79 Fonte: Bombas e Instalações de Bombeamento. Macintyre, A. J. Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Máquinas Hidráulicas Exercício: Considere as curvas abaixo e calcule a potência, em CV, absorvida no eixo da bomba centrífuga. 80 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20A ltu ra [ m ca ] e R en di m en to s (le itu ra x 10 ) [% ] Vazão [ leitura x 10 m3 / h ] Sistema de recalque de água - Rio Itay Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 41 Máquinas Hidráulicas Associação de Bombas Centrífugas Associação de bombas em série: As bombas são atravessadas sucessivamente pela mesma descarga e cada uma fornecerá uma parcela da altura total H. A curva característica, do conjunto de bombas, será obtida somando-se, para cada valor da Q, as coordenadas de H de cada bomba. A associação em série é aplicada quando a elevatória deve atender a reservatórios em níveis ou distâncias diferentes. 81 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Máquinas Hidráulicas Associação de bombas em série 82 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 42 Máquinas Hidráulicas Associação de Bombas Centrífugas Associação de bombas em paralelo: Consiste na ligação em paralelo na disposição das tubulações de recalque de modo tal que, por uma mesma tubulação, passam a descarga de duas ou mais bombas funcionando simultaneamente. Esse tipo de associação é utilizada quando deseja-se aumentar a descarga. Chamando de Q3 a descarga com três bombas instaladas em paralelo, a descarga de cada bomba será Q3 / 3 e não Q1. 83 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Máquinas Hidráulicas Associação de bombas em paralelo 84 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 43 Máquinas Hidráulicas Associação de bombas em paralelo 85 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Máquinas Hidráulicas Escolha do tipo de turbobomba: Velocidade específica nominal (nq): nq: número de RPM da bomba geometricamente semelhante à bomba considerada, capaz de elevar 1 m³ de água por segundo à altura de 1 metro. 86 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 44 Máquinas Hidráulicas Velocidade específica real da bomba ou número específico de rotações por minuto (ns): ns = 3,65 x nq ns é o número de rotações por minuto de uma bomba geometricamente semelhante à bomba dada e que eleva 75 litros de água à altura de 1m em 1 segundo. 87 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Máquinas Hidráulicas 88 Fonte: Bombas e Instalações de Bombeamento. Macintyre, A. J. Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 45 Máquinas Hidráulicas Cavitação: é um fenômeno físico que ocorre quando a pressão absoluta na entrada da bomba reduz até a pressão de vapor do líquido na temperatura em que o mesmo se encontra, dessa forma inicia-se o processo de vaporização do líquido. Inicialmente, nas regiões mais rarefeitas, formam-se pequenas bolhas e em seguida, atingem regiões de alta pressão, onde se processa seu colapso com o condensação do vapor e ao retorno ao estado líquido, ocorrendo a “implosão” e consequentemente o arrancamento do material do rotor da bomba. 89 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Máquinas Hidráulicas Efeitos provocados pela cavitação: • Erosões; • Desbalanceamento, vibração; • Queda de rendimento; • Ruído. 90 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 46 Máquinas Hidráulicas Efeitos da cavitação: 91 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Máquinas Hidráulicas NPSH (Net Positive Suction Head) A fim de caracterizar boas condições de aspiração do líquido e de se evitar a ocorrência do fenômeno da cavitação, foi introduzido o conceito de NPSH nas instalações de bombeamento. NPSH: Disponibilidade de energia com que o líquido penetra na boca de entrada da bomba e que a ele permitirá atingir o bordo da pá do rotor. Ou APLS: Altura Positiva Líquida de Sucção. 92 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 47 Máquinas Hidráulicas NPSH disponível (Instalação – linha de aspiração) NPSH disp. = Hb – ha – Ja – hv Onde: Hb = pressão atmosférica [mca] ha = altura estática de aspiração [mca] Ja = perda de carga [mca] hv = pressão de vapor do líquido [mca] 93 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Máquinas Hidráulicas NPSH requerido (Bomba) NPSH req. = Hb – hv – Ha Onde: Hb = pressão atmosférica [mca] Ha = altura manométrica na aspiração [mca] hv = pressão de vapor do líquido [mca] 94 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 48 Máquinas Hidráulicas NPSH requerido (Bomba) NPSH req. = H x σ Onde: H = altura manométrica total [mca] σ = fator de cavitação de Thoma 95 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Máquinas Hidráulicas 96 NPSH requerido (Bomba) Onde: ϕ = fator que depende da própria rotação específica nq: ϕ = 0,0011 para bombas centrífugas radiais, lentas e normais. ϕ = 0,0013 para bombas helicoidais e hélico-axiais. ϕ = 0,00145 para bombas axiais Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 49 Máquinas Hidráulicas Para que não ocorra a cavitação: NPSH disp. > NPSH req. Altura em que a bomba pode ser instalada acima do nível do líquido em um reservatório. Se ha for negativa, a bomba deverá trabalhar abaixo do nível do líquido, ou seja, “afogada”: 97 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves • Referências Bibliográficas • Macintyre, Archibald Joseph. Bombas e Instalações de Bombeamento. 1ª Edição Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1982. • Germer, Eduardo. Apostila Máquinas de Fluxo. Curitiba, 2013. • Fox, Robert W. ; McDonald, Alan T. e Pritchard, Philip J. Mecânica dos Fluidos. Editora LTC. • Silva, Napoleão Fernandes da. Bombas alternativas industriais: Teoria e Prática. Editora Interciência. 98 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábioda Silva Alves 04/02/2015 50 Turbinas Hidráulicas • Turbina hidráulica: máquina motriz hidráulica que transforma a energia hidráulica em energia mecânica, geralmente sob a forma de conjugado (torque). Geralmente são aplicadas para acionar outras máquinas, como por exemplo geradores elétricos. •Referência bibliográfica: Macintyre, Archibald Joseph. Máquinas Motrizes Hidráulicas – ISBN 85-7030-016-6. 99 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 100 Usina Hidrelétrica – Arranjo Típico Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 51 Principais Componentes de Usinas Hidrelétricas 101 Mostrar Documentário – UHE Itaipu Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Turbinas Hidráulicas • A queda hidráulica representa a energia cedida pela unidade de peso do líquido em escoamento entre duas posições. Dessa forma, a potência absorvida pela turbina hidráulica , também chamada de potência disponível nominal, ou ainda potência hidráulica é igual a: Ph = ρ.g.H.Q [W] Onde: ρ = massa específica da água [Kg/m³] g = aceleração da gravidade [m/s²] H = queda disponível [m] Q = descarga [m³/s] 102 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 52 Turbinas Hidráulicas • Potência fornecida pela turbina hidráulica: Pt = ρ.g.ηt.H.Q [W] Onde: ρ = massa específica da água [Kg/m³] g = aceleração da gravidade [m/s²] ηt = rendimento da turbina (em torno de 90%) H = queda disponível [m] Q = descarga [m³/s] 103 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Turbinas Hidráulicas • Principais tipos de turbinas hidráulicas: �Turbina Francis: Criada por volta de 1847 pelo Engenheiro Inglês James Bicheno Francis (1815-1892). O mesmo aperfeiçoou a turbina Dowd. Formada essencialmente pelas seguintes partes: �Uma caixa espiral, que conduz o fluxo de água ao rotor; �Um distribuidor dotado de pás orientáveis, para proporcionar a descarga correspondente à potência demandada; �Um rotor (receptor) dotada de pás de formato especial; �Um tubo de sucção, que conduz a água que sai do receptor ao canal de fuga. 104 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 53 Turbinas Hidráulicas • Principais tipos de turbinas hidráulicas: �Rotor (receptor) Francis: 105 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Curso de Graduação em Engenharia Mecânica 106 Turbina Francis Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 54 Curso de Graduação em Engenharia Mecânica 107 Turbina Francis Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Curso de Graduação em Engenharia Mecânica Turbinas Hidráulicas 108 Turbina Francis - UHE Itaipu Anel de Comando Servomotores Hidráulicos Tampa da Turbina Roda da Turbina Distribuidor Pré- Distribuidor Caixa Espiral Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 55 Curso de Graduação em Engenharia Mecânica Turbinas Hidráulicas - Tipos de Rotores das Turbinas Francis 109 A e B: Turbinas “Lentas”. C e D: Turbinas “Normais”. E: Turbinas “Rápidas”. F: Turbinas “Extra rápidas’. Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Curso de Graduação em Engenharia Mecânica 110 Turbina Francis - Corte Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 56 Curso de Graduação em Engenharia Mecânica 111 Turbina Francis – Distribuidor - Corte Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Turbinas Hidráulicas Turbina Francis 112 Diagrama de Velocidades – Turbina Francis Lenta. Diagrama de Velocidades – Turbina Francis Rápida. Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 57 Turbinas Hidráulicas Turbina Francis Onde: α = Ângulo formado pela direção do vetor velocidade absoluta V com a do vetor velocidade circunferencial U. β = Ângulo formado pela velocidade relativa W, com o prolongamento em sentido oposto, do vetor U. V1 = Vetor velocidade absoluta do fluido. É a soma vetorial de W1 e U1. W1 = Velocidade do escoamento relativo à pá do rotor. U1 = Velocidade do rotor na entrada = ω.r1 é portanto, especificada pela geometria do rotor e pela velocidade de operação da máquina. VU1 = Componente tangencial da velocidade absoluta V1. 113 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Turbina Francis Potência Mecânica: Ẇm = (U1.Vu1 – U2.Vu2).ṁ [W] Onde: U1 = Velocidade periférica do rotor = (ω.r1) [m/s] Vu1 = Componente tangencial da velocidade absoluta [m/s] ṁ = Vazão mássica [Kg/s] Obs.: Fórmula simplificada e usual: Considera Vu2 = 0. 114 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 58 Turbina Francis Energia cedida por unidade de peso (queda motriz) [m]: Hm = (U1² - U2²) / 2g + (W2² - W1²) / 2g + (V1² - V2²) / 2g 1ª 2ª 3ª 1ª: Energia de Pressão = (P1 – P2) / ϒ 2ª: Energia de Pressão = Jξ (perdas) 3ª: Energia Cinética (Variação da velocidade) Obs.: A energia de pressão decorre da variação das velocidades periféricas e relativas. 115 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Turbina Francis A energia cedida pela água ao receptor (rotor), isto é, a queda motriz, é constituída por das seguintes parcelas de energia: Hm = Hc + Hp Onde: Hc (Energia cinética) = (V1² - V2²) / 2g Hp (Energia de pressão) = [(P1-P2)/ϒ] - Jξ (perdas) = [(U1² - U2²) / 2g] + [(W2² - W1²) / 2g] 116 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 59 Turbina Francis Grau de Reação (G) da Turbina: É a relação entre a energia de pressão e a energia motriz. G = Hp / Hm Ou G = P1-P2 / (2g.Hn) [desprezando as perdas] Ou G = 1 – [(V1² - V2²) / (2g . Hn)] Nas turbinas Francis lentas, as velocidades absolutas de entrada V1, que são proporcionais à queda, são elevadas, de modo que a carga dinâmica é alta e o grau de reação é baixo. O oposto acontece nas turbinas Francis rápidas e extra rápidas. 117 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Turbina Francis Velocidade máxima de entrada da água no receptor: V1máxima = (2g.Hm – V2²)^0,5 Velocidade na saída do receptor: V2 = 0,78. (Hn)^0,5 [turbinas Francis lentas] V2 = 1,09. (Hn)^0,5 [turbinas Francis normais] V2 = 1,41. (Hn)^0,5 [turbinas Francis rápidas] V2 = 2,22. (Hn)^0,5 [turbinas Francis extra-rápidas] 118 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 60 Turbina Francis Principais dimensões da turbina Francis: Exemplo: Em uma Usina Hidrelétrica, que possui uma turbina do tipo Francis, as grandezas características possuem os seguintes valores: Q = 339 m³/s N = 260.000 CV n = 112,5 rpm H = 63,3 m Quais as dimensões D1, D2 e b da turbina Francis em questão? 119 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Principais dimensões da turbina Francis: 120 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 61 Turbina Francis Principais dimensões da turbina Francis: Solução: Calculemos a velocidade específica (ns): Nos gráficos abaixo, obter os valores de ku1 e ku2, onde: Ku: Coeficiente de velocidade periférica. Ku1 = π.n.D1 / [(2gH)^0,5] 121 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Turbina Francis Principais dimensões da turbina Francis: 122 Ku1 = 0,78 Ku2 = 1,05 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 62 Turbina Francis Principais dimensões da turbina Francis: 123 Para calcular a dimensão b, veja o gráfico abaixo: Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Turbina Francis Principais dimensões da turbina Francis: 124 Para ns = 321 rpm; b/D1 = 0,34; b = 0,34 x4,67 = 1,59 m Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 63 Turbina Francis Número de pás do receptor (Z): Z = 12 + 0,05 x D’1 Onde: D’1 é o diâmetro médio do bordo de entrada da pá no receptor, expresso em centímetros. 125 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Turbina Francis Diâmetro da árvore (sólida - posição vertical) da turbina: D = [m] 126 3 T x 16 Π x τadm Onde: T: Torque em N.m ; τadm: Tensão admissível em N / m² Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 64 Turbina Francis Cálculo do Torque: T = [N.m] 127 N x 9550 n Onde: N: Potência da turbina em kW ; n: Rotação em RPM Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves • Principais tipos de turbinas hidráulicas: �Turbina Pelton Inventada por volta de 1880 pelo Engenheiro norte-americano Lester Allen Pelton (1829-1908). Como toda a turbina hidráulica, a Pelton possui um Distribuidor e um Receptor. O Distribuidor é um bocal, de forma apropriada a guiar a água, proporcionando um jato cilíndrico sobre a pá do receptor, o que é conseguido por meio de uma agulha (agulha de regularização). 128 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 65 Turbina Pelton 129 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Turbina Pelton 130 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 66 Turbina Pelton Cálculo do número de jatos (a): Onde: n = Rotação [RPM] N = Potência [CV] H = Queda [Pés] 131 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Turbina Pelton – Escolha da turbina com o número correspondente de jatos: 132 Gráfico da Hitachi Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 67 Turbina Pelton – Escolha da turbina com o número correspondente de jatos: 133 Gráfico da Th. Bell, Kriens- Lucerna Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Curso de Graduação em Engenharia Mecânica Turbina Pelton – Gráfico de Velocidades 134 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 68 Turbina Pelton Força que impulsiona a pá: Sendo que: W2 = k . W1 = k(V0 – u) – Velocidade relativa (final e inicial) 0 < K < 1 (Depende da rugosidade de superfície da pá) u = 1,952 (H)^0,5 [m/s] – Velocidade da pá V0 = 4,29 (H)^0,5 [m/s] – Velocidade do jato de água µ = (ϒ . Q)/g β2 ~ 10° 135 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Turbina Pelton Potência cedida pela água à pá: Ẇm = F . u = μ.u(V0 – u) (1+K.cos β2) 136 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 69 • Principais tipos de turbinas hidráulicas: �Turbina Kaplan �Criada em 1912 pelo Engenheiro Victor Kaplan (1876 – 1934), turbina axial à hélice, comportando a possibilidade de variar o passo das pás, isto é, hélice de pás orientáveis. 137 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves �Turbina Kaplan 138 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 70 �Turbina Kaplan 139 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves �Turbina Kaplan As turbinas Kaplan necessitam de dois mecanismos de regularização que trabalham sincronizadamente e interconectados: • O primeiro controla as palhetas móveis do Distribuidor e visa manter constante a velocidade de rotação da turbina pela variação da vazão quando a potência demandada varia. • O segundo, alojado na ogiva do rotor, comunica às pás do rotor à inclinação que convém para cada valor da vazão, a fim de que o rendimento seja pouco afetado. 140 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 71 �Turbina Kaplan 141 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Curso de Graduação em Engenharia Mecânica �Turbina Kaplan 142 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 72 • Principais tipos de turbinas hidráulicas: �Turbina Bulbo O rotor possui pás orientáveis semelhantes às das turbinas Kaplan e existe uma espécie de bulbo, colocado no interior do tubo adutor da água. A turbina Bulbo dispensa a caixa em caracol e o trecho vertical do tubo de sucção. 143 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves Curso de Graduação em Engenharia Mecânica �Turbina Bulbo 144 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 04/02/2015 73 �Escolha da turbina hidráulica: 145 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves 146 Máquinas Hidráulicas Prof.: Fábio da Silva Alves
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