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NUTRIÇÃO E SAÚDE

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INTRODUÇÃO
A relação entre alimentação, estado nutricional e a condição bucal ainda não está bem esclarecida, apresentando, muitas vezes, versões controversas e conhecimento limitado. Há certa concordância em que o estado nutricional e a condição bucal estão inter-relacionados, porém há poucos dados disponibilizados na literatura para confirmar esta afirmação e para estabelecer qual seria a natureza de qualquer relação possível.
Uma alimentação balanceada capaz de proporcionar um adequado estado nutricional, certamente, contribui para uma desejável condição bucal do indivíduo. Dessa forma, alguns estados carenciais, ou mesmo a ingestão de alguns componentes alimentares específicos, podem influenciar os processos de odontogênese (formação dental), erupção e desenvolvimento da cárie dentária. A cárie dentária é uma das doenças de maior incidência na infância e a alimentação do hospedeiro pode ser vista como um fator primário de determinação da susceptibilidade para a doença. A alimentação inadequada afeta os dentes durante sua pré e pós-erupção, duas fases distintas no desenvolvimento dentário.
De acordo com Lessard, a alimentação e a nutrição, por intermédio de uma série de inter-relações complexas, são importantes no desenvolvimento dental. A nutrição, por outro lado, implica na ingestão e absorção dos nutrientes, bem como nos seus efeitos sobre os processos metabólicos e está relacionada ao equilíbrio entre o aporte e o consumo fisiológico de energia e nutrientes, ambas participando do processo de determinação do estado nutricional dos indivíduos.
De acordo com o exposto, este trabalho tem como objetivo apresentar possíveis relações entre alimentação, estadas nutricionais e a condição bucal do indivíduo.
NUTRIÇÃO E SAÚDE
A nutrição é essencial na manutenção da saúde. Os hábitos alimentares variam muito de um povo para outro. Encontramos essa variedade até dentro de um mesmo país, que pode apresentar diferenças regionais quanto à alimentação. Apesar disso, é indispensável que os nutrientes essenciais sejam ingeridos diariamente em quantidades adequadas.
Os nutrientes presentes nos alimentos podem ser enquadrados em três grupos, de acordo com suas funções: energéticos extras ou estruturais que são representados principalmente pelas proteínas, pois entram na construção de diversas partes da célula, os energéticos conservadores fornecedores de energia, açúcares (carboidratos) e as gorduras (lipídios) e os reguladores que desempenham tanto funções reguladoras quanto funções plásticas exemplo disso são os sais minerais.
Quem tem uma dieta equilibrada entre carnes, vegetais, ovos e leite não precisa se preocupar com a falta desses ingredientes químicos. Alguns estão presentes em maior quantidade nos vegetais verdes, outros na carne, mas todos são comuns na maioria dos alimentos.
O homem necessita de cerca de 21 elementos químicos diferentes. Desses, a matéria viva se constitui principalmente de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. Por isso, os quatro são chamados de elementos de constituição. O carbono forma a estrutura básica de todas as moléculas orgânicas.
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E DIETA
O nosso organismo gasta energia constantemente ao manter todas as suas atividades vitais. Essa energia provém da respiração celular, processos no qual moléculas orgânicas são oxidadas, liberando energia. Um grama de gordura libera, na respiração celular, aproximadamente 9,5 kcal de energia, sendo que um grama de carboidrato ou proteína libera cerca de cinco kcal. Chamamos de quilocalorias (kcal) a medida de energia que os alimentos contêm. Um indivíduo adulto necessita de aproximadamente 3.000 kcal por dia e a sua alimentação deve ser balanceada, de forma que essa pessoa consuma entre 50% e 60% de carboidratos, 25% e 35% de gorduras e 15% e 25% de proteínas.
Conseguiremos manter o nosso peso estável se a quantidade de calorias ingeridas for aproximadamente igual à quantidade de calorias que o nosso corpo gasta. Se a ingestão de calorias for maior do que o corpo necessita, haverá aumento de peso, ou seja, a pessoa engordará; mas se essa ingestão for menor do que o corpo necessita, haverá perda de peso e a pessoa emagrecerá.
Para manter o peso ideal e ainda obter todos os nutrientes de que o corpo necessita é imprescindível ter uma dieta variada, na qual a deficiência de um nutriente em certos alimentos seja compensada por sua presença em outros. Por isso, é muito importante consumir alimentos dos quatro grupos básicos (verduras, legumes e frutas; cereais; leite e derivados; carne). Uma dieta balanceada consiste em combinar variedade e quantidade adequadas de alimentos à idade e ao grau de atividade física de cada um
O consumo de verduras, legumes e frutas fornece grande parte das vitaminas e sais minerais de que o nosso organismo necessita, além de fibras e pouca quantidade de carboidratos. É importante que a cada refeição haja o consumo de uma hortaliça e que pelo menos uma vez ao dia uma fruta seja consumida, de preferência fresca.
O consumo de cereais (como arroz, pães, massas, batata, mandioca, milho, etc.) fornece ao organismo carboidratos (responsáveis pela grande parte da energia necessária às atividades do corpo), além de minerais, algumas vitaminas e fibras. As fibras são alguns carboidratos que não são digeridos pelo organismo, mas que estimulam o funcionamento do intestino. Os cereais integrais ou enriquecidos contêm mais fibras, vitaminas e sais minerais do que os cereais comuns; e o arroz malequisado (arroz que passa por um processo diferente, onde não há perda de sais minerais e vitaminas) também é mais saudável do que os outros tipos de arroz. O consumo de leguminosas (feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico, amendoim), castanhas e nozes é importante para o fornecimento de proteínas, lipídeos, minerais e algumas vitaminas do complexo B.
O consumo de leite e derivados (como queijo, iogurte, entre outros) fornece cálcio, proteína, vitamina D e gordura, além de alguns sais minerais. É preciso ter muito cuidado ao consumir a manteiga, pois ela é rica em gordura e pobre em proteína.
O consumo de carnes (carne de vaca, aves e peixe) e ovos abastece o organismo com minerais (principalmente o ferro), proteínas, lipídeos e algumas vitaminas. O consumo de carnes deve ser feito com moderação, já que a ingestão em excesso de gorduras animais pode trazer prejuízos.
Alimentos fritos e que contêm açúcar comum (balas, sorvetes, bolos, doces, chocolates, etc.) devem ser evitados ou consumidos em pequenas quantidades, já que eles não fornecem nutrientes e são ricos em calorias. O consumo frequente desses alimentos e também das refeições tipo fast food levam ao aumento de peso e ao desenvolvimento de problemas circulatórios.
PIRÂMIDE ALIMENTAR
De acordo com dados do Ministério da Saúde, a pirâmide dos alimentos foi criada para promover o bem-estar nutricional da população, servindo como um guia para a boa alimentação com alimentos e porções indispensáveis para o dia a dia. A pirâmide alimentar brasileira foi criada em 1999, pela pesquisadora Sonia Tucunduva Philippi, do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo).
	
MICRONUTRIENTES
São nutrientes necessários para a manutenção do organismo, embora sejam requeridos em pequenas quantidades, de miligramas a microgramas. Fazem parte deste grupo as vitaminas e os minerais. São nutrientes essenciais e devem estar presentes na alimentação diariamente. O déficit pode provocar doenças ou disfunções e o excesso, intoxicações. Por isso, a dieta deve ser sempre equilibrada e variada.
MICRONUTRIENTES- MINERAIS
  FLÚOR: combina-se com o fosfato de cálcio presente nos dentes, formando fluoropatita, muito mais resistente. Com isso os dentes ficam protegidos da ação corrosiva dos ácidos produzidos pela fermentação de bactérias da boca, evitando a cárie. É encontrado na água fluorada. A ingestão excessiva favorece o aparecimento de manchas nos dentes, que na qual denominamos de fluorose.
POTÁSSIO:influencia a contração muscular e a atividade dos nervos, sendo o principal cátion (íon positivo) intracelular. Participa, juntamente com o sódio e o cloro, da manutenção do equilíbrio osmótico celular, ajudando a eliminar água em excesso do corpo e regulando o pH do sangue. Atua no metabolismo de carboidratos e proteínas.  É encontrado em carnes, leite e muitos tipos de frutas, verduras e legumes. Estudos demonstram que dietas ricas em potássio previnem a hipertensão e doenças cardiovasculares; sua deficiência ou excesso pode levar a problemas cardíacos.
SÓDIO: principal cátion do líquido extracelular. Importante no balanço de líquidos do corpo essencial para a condução do impulso nervoso. É encontrado no sal de cozinha, em alimentos marinhos, os de origem animal e industrializados. O consumo excessivo predispõe à hipertensão e sobrecarrega os rins.
	
	
MANGANÊS: necessário para a ativação de diversas enzimas; importante no mecanismo de amadurecimento celular; ajuda o selênio a eliminar os radicais livres. Encontrado em cereais integrais, gema de ovo e vegetais verdes.
COBRE: Atua na integridade cardiovascular e na saúde do SNC, funcionando em equilíbrio com o zinco e a vitamina C na formação da elastina, uma proteína da pele. Componente de muitas enzimas, dentre elas, enzimas respiratórias e enzimas que participam da síntese da hemoglobina. Encontrado no fígado, ovos, peixe, mariscos, chocolate, trigo integral e feijão. Se o consumo de vitamina C ou ferro for muito alto, há interferência no metabolismo do cobre.
 CÁLCIO: é o mineral mais abundante no corpo humano, sendo componente importante dos ossos e dos dentes. É essencial para a coagulação do sangue e necessário ao funcionamento normal de nervos e músculos, inclusive o cardíaco, bem como a permeabilidade seletiva.
 
MICRONUTRIENTES - VITAMINAS
São compostos orgânicos, que não podem ser sintetizados pelo organismo. Encontram-se em pequenas quantidades na maioria dos alimentos. São essenciais para o bom funcionamento de processos fisiológicos do corpo.  São substâncias extremamente frágeis, podendo ser destruídas pelo calor, ácidos, luz e certos metais. Suas principais propriedades envolvem dois mecanismos importantes: o de coenzima (substância necessária para o funcionamento de certas enzimas que catalisam reações no organismo) e o de antioxidante (substâncias que neutralizam radicais livres).
Hipovitaminose: Carência parcial de vitaminas.
Avitaminose: Carência extrema ou total de vitaminais.
Hipervitaminose: Excesso de ingestão de vitaminas.
Pró-vitaminas: Substâncias a partir das quais, o organismo é capaz de sintetizar vitaminas. Ex: carotenos (pró-vitamina A) e esteróis (pró-vitamina D).
Complexo vitamínico: Conjunto de diversas vitaminas.
 Classificação:
Vitaminas lipossolúveis: São as vitaminas A, D, E e K, solúveis em gorduras. São encontradas em alimentos essencialmente lipídicos. Necessitam da bile para sua absorção e são transportadas via circulação linfática. Podem ser armazenadas e suas funções são geralmente estruturais.
Vitaminas hidrossolúveis: São as vitaminas solúveis em água. Fazendo parte deste grupo as vitaminas do complexo B e a vitamina C. Apresentam menos problemas de absorção e transporte. São conduzidas via circulação sistêmica e excretadas pelas vias urinárias. Não podem ser armazenadas, exceto no sentido geral de saturação tecidual. As vitaminas do complexo B funcionam principalmente como coenzimas no metabolismo celular. Já a vitamina C é um agente estrutural vital e antioxidante.
O ritmo da vida moderna é um notório ladrão de nutrientes. Em primeiro lugar, porque quase ninguém tem tempo para fazer uma refeição adequada. Em segundo, porque o estressante corre-corre se traduz no corpo como uma descarga de hormônios que atrapalham a ação das vitaminas; sem contar outros hábitos que prejudicam essas substâncias. Um comprimido de aspirina faz com que a vitamina C de um suco de laranja tenha um prazo três vezes menor para agir, antes de ser eliminada pela urina. Os componentes das pílulas anticoncepcionais acabam com boa parte das moléculas de vitamina B disponíveis no sangue.
As refeições do nosso dia-a-dia já são desvitaminadas: na preparação dos alimentos são perdidas muitas vitaminas: algumas vitaminas dissolvem-se rapidamente na água, usada na preparação de ensopados e vegetais cozidos, como as vitaminas do complexo B e vitamina C.
VITAMINA A
Pode ser encontrada na forma de retinol (pré-formada), que é a sua forma natural. Sendo encontrada apenas em alimentos de origem animal e usualmente associada ás gorduras. Ou na forma de betacaroteno (pró-vitamina A). É o precursor da vitamina A, encontrado nos alimentos de origem vegetal. 
Funções: Crescimento e desenvolvimento dos tecidos, capacidade antioxidante, funções reprodutivas, integridade dos epitélios e importante para a visão.
Carência: Queratinização das membranas de mucosas que revestem o trato respiratório, tubo digestivo e trato urinário. Queratinização da pele e do epitélio do olho. Alterações na pele, insônia, acne, pele seca com descamações, diminuição do paladar e apetite, cegueira noturna, úlceras na córnea, perda de apetite, inibição do crescimento, fadiga, anormalidades ósseas, perda de peso nos últimos três meses e aumenta a incidência de infecções.
E ainda, a deficiência de Vitamina A produz alterações nos desenvolvimentos dos dentes: os ameloblastos não estimulam os odontoblastos, formando dentina atípica e sobrevindo hipoplasia do esmalte.
Excesso: Dores nas articulações, afinamento de ossos longos, perda de cabelo e icterícia.
Fontes alimentares: Disponível em retinol no fígado, rim, nata, manteiga, leite integral, gema de ovo, queijo e peixes oleosos. Fontes de carotenos presentes na cenoura, abobrinha, moranga, batata doce, manga, melão, mamão, pimentão vermelho, brócolis, vegetais verdes folhosos, agrião, espinafre e etc.
Necessidades diárias: 900µg RAE para homens e 700µg RAE para mulheres.
VITAMINA D
A vitamina D encontra-se sob a forma de duas moléculas: o colecalciferol (vitamina D3 e principal forma) e o ergocalciferol (vitamina D2). A principal fonte desta vitamina é a radiação ultravioleta, que é essencial para a sua produção a partir do 7-dehidrocolesterol. As formas D2 e D3 são biologicamente inativas. Uma parte da vitamina D absorvida é convertida em 25-hdroxivitamina D no fígado, uma forma biologicamente pouco ativa, sendo que é nos rins que vai ser produzida a principal forma ativa de vitamina D: 1,25-diidroxivitamina D (calcitriol).
Funções: A vitamina D desempenha funções ao nível da imunidade, reprodução, secreção de insulina e diferenciação dos queratócitos (células que integram a epiderme, uma das camadas da pele). Está também envolvida no transporte ativo de fosfato no intestino e na homeostase do cálcio (em conjunto com o hormônio paratiroidéia pode provocar perda de cálcio nos ossos e aumentar a reabsorção renal de cálcio e fosfato).
O papel mais conhecido da vitamina D é sua atuação na absorção dos minerais cálcio e fósforo, relacionados à formação óssea. "A vitamina D aumenta a eficiência da absorção intestinal de cálcio em até 40% e a de fósforo em 80%", afirma a nutricionista Thais Souza, da rede Mundo Verde. Essa influencia também aparece na arcada dentária, onde a vitamina D ajuda na fixação do cálcio nas bases ósseas e dentárias. 
Fontes alimentares: Creme vegetal, Gema de ovo, Fígado, Natas, Leite.
Carência: O risco de carência de vitamina D pode ocorrer em indivíduos que estão expostos o suficiente à radiação solar, ou cuja capacidade de conversão da vitamina D está reduzida, como é o caso de indivíduos de pele escura, que contêm níveis elevados de melanina (pigmento), em idosos, ou em indivíduos cujas necessidades de vitamina D se encontram elevadas, como é o caso das crianças ou durante a gravidez.
Os sintomas de deficiência são: malformações ósseas, fraqueza e sudorese excessiva (muito suor). A deficiência em vitamina D origina: raquitismo nas crianças e osteomalácianos adultos podendo também originar osteoporose.
A deficiência de Vitamina D na criança está associada à:
Erupção dental retardada;
Implantação defeituosa dos dentes;
Esmalte e Dentina mal calcificados;
Estreitamento do espaço periodontal. 
Na Osteomalácia, o osso esponjoso desaparece, a medula óssea transforma-se em tecido vascular e as corticais ficam porosas. Os ossos maxilares e mandibulares são alvos de alterações bucais principais (a mobilidade dental).
Essas alterações são decorrentes ao desequilíbrio de Cálcio e Fósforo no organismo.
VITAMINA E
A Vitamina E apresenta-se sob a forma de tocoferóis - alfa (α), beta (β), gama (γ) e delta (δ) - e tocotrienóis - alfa (α), beta (β), gama (γ) e delta (δ). O α-tocoferol é a única forma que é armazenada no organismo na sua forma ativa e é a forma que apresenta maior importância a nível nutricional. 
Funções: A vitamina E desempenha função antioxidante: previne a peroxidação dos ácidos gordos polissaturados e protege as membranas celulares da ação prejudicial dos radicais livres. 
Fontes alimentares: Creme vegetal, Óleo de milho, Avelã, Amêndoa, Margarina, Óleo de soja, Óleo de amendoim, Azeite, Pinhão, Amendoim, Noz.
Carência: A carência não ocorre frequentemente, no entanto se tal se verificar, pode ocorrer o aparecimento de neuropatia periférica (disfunção dos nervos periféricos).
VITAMINA K
A vitamina K ocorre naturalmente sob duas formas: vitamina K1 (filoquinona, fitonadiona), que é encontrada principalmente nos vegetais, e vitamina K2 (menaquinona), sintetizada por bactérias no trato intestinal dos seres humanos e de vários animais.
Funções: A vitamina K é cofator da enzima carboxilase e desempenha um papel fundamental na coagulação sanguínea através da formação de protrombina e outros fatores indispensáveis para o processo de coagulação. 
Fontes alimentares: Espinafres, Óleo de soja, Brócolos, Couves de Bruxelas, Couve, Alface, Espargos, Azeite, Manteiga.
Carência: A carência de Vitamina K é rara, no entanto está normalmente associada à má absorção lipídica ou destruição da flora intestinal, originando perdas hemáticas (sanguíneas) elevadas.
VITAMINAS DO COMPLEXO B
As vitaminas do complexo B são hidrossolúveis e não são produzidas em quantidades suficientes pelo corpo humano, por isso devem ser adquiridas por meio da alimentação. As vitaminas B1, B2, B3, B5 e B6 contam com funções similares e necessitam uma da outra para que realizem suas funções no organismo. Já as vitaminas B12 e a B9 não necessitam da presença das outras. Veja os benefícios, problemas causados pela falta e as fontes de cada vitamina do complexo B. 
Vitaminas do complexo B é um conjunto de oito vitaminas hidrossolúveis com importante ação no metabolismo celular
São responsáveis pela manutenção da saúde emocional e mental do ser humano. Ajudam na manutenção dos nervos, pele, olhos e cabelo, fígado, boca e tonicidade muscular do aparelho gastrintestinal. Facilitam a digestão e absorção dos carboidratos, das proteínas e da gordura. No estômago estimulam a liberação e controle do suco gástrico. Ajuda na absorção e digestão dos nutrientes da dieta.
VITAMINA B1 (TIAMINA)
 É importante para produção de ácido clorídrico e para a formação do sangue. Tem importante função no metabolismo dos carboidratos. Não se acumula no organismo (é eliminada pelas fezes). A absorção fica prejudicada com o consumo de álcool.
Carência: Sintomas principais: fadiga, depressão, ansiedade e instabilidade emocional; sintomas gastrointestinas e insuficiência cardíaca.
As manifestações bucais dessa carência nutricional são: inflamações, lesões e feridas na mucosa da boca, assoalho da boca e palato (céu da boca).
VITAMINA B2 (RIBOFLAVINA)
 São fundamental no processo metabólico de proteínas, carboidratos e gorduras. Processos de manutenção da integridade cutânea e necessária para a formação de hemácias, produção de anticorpos. Respiração celular e para o crescimento de forma geral. Alivia a fadiga ocular (vista cansada). Prevenção e tratamento da catarata. Participa do metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas.
Sua carência no organismo está associada à queilite angular, uma infecção fúngica, causada por cândida nos cantos da boca (Queilose - É uma inflamação em um ou dois cantos da boca que podem levar à infecção e rachaduras profundas, caracterizado por discreto edema, descamação, erosão e fissuras), glossite (inflamação na língua), ulcerações da mucosa bucal e dermatite seborreica (descamação e vermelhidão em algumas áreas da face).
Carência: Os sintomas mais frequentes são as feridas nas comissuras da boca, seguidas por gretas nos lábios que podem deixar cicatrizes. Caso se desenvolva Candidíase (uma infecção por fungos) nessas zonas, podem aparecer manchas branco-acinzentadas. A língua torna-se vermelho-púrpura e gordurosa (saburrosa) e por vezes aparecem manchas na zona que se encontra entre o nariz e os lábios. Em certas ocasiões, crescem vasos sanguíneos no interior da córnea, provocando queixas quando há exposição à luz (fotofobia). Nos homens, inflama-se a pele do escroto.
Os sintomas desaparecem rapidamente quando se trata com suplementos de vitamina B2 até 10 vezes a quantidade diária recomendada.
VITAMINA B3 (NIACINA, ÁCIDO NICOTÍNICO e NICOTINAMIDA)
 	É necessária para a circulação e pele e Ajuda no funcionamento do sistema nervoso, no metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas. Produção de ácido clorídrico. A niacina reduz o colesterol e melhora a circulação.
A sua ausência no organismo causa entre outros problemas, a pelagra, doença que se caracteriza pelos sintomas gastrointestinais como perda de apetite, náusea, vômito e diarreia. Os sinais bucais são glossite, estomatite, ulceração da mucosa e gengivite necrosante.
Deficiência: Pelagra, dermatites, diarreias. Pode afetar o SNC e causar demência no portador.
VITAMINA B5 (ÁCIDO PANTOTÊNICO)
Essa vitamina vai atuar na produção dos hormônios das adrenais e na formação de anticorpos e vai atuar também atuar no metabolismo de lipídeos, carboidratos e proteínas. É necessária para produzir esteroides (cortisol). É um elemento essencial da Coenzima A.
Deficiência: A deficiência de vitamina b5 pode levar o indivíduo a Fadiga, má produção de anticorpos, sentir muitas cãibras musculares, dores e cólicas abdominais.Insônia, mal estar geral, fraqueza de unhas e cabelo.
VITAMINA B6 (PIRIDOXINA)
É importante tanto para a saúde física quanto mental. É uma coenzima e interfere no metabolismo das proteínas, gorduras e triptofano. Ela vai atuar na produção de hormônios. É estimulante das funções defensivas das células e participa do crescimento corpóreo.
A Vitamina B6 (piridoxina), quando está em falta em nosso organismo faz surgir alguns sintomas como a presença de aftas, maior dificuldade para cicatrização de feridas na boca e maior predisposição aos quadros de gengivite (que pode evoluir para a periodontite). Em quadros mais severos pode gerar também glossite (inflamação na língua) e estomatite.
Deficiência: Dermatite, anemia, gengivite, lesões bucais, náusea e nervosismo.
VITAMINA B7 (BIOTINA)
Participa do crescimento celular, produção de ácidos graxos e metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas.
Deficiência: Furunculose, seborréia do couro cabeludo e eczema.
VITAMINA B9 (ÁCIDO FÓLICO)
 Atua no SNC é necessário para a produção de ATP e formação das hemácias.
Deficiência: Anemias, anorexia, apatia, distúrbios digestivos, cansaço, dores de cabeça. Problemas de crescimento, insônia, dificuldade de memorização, aflição das pernas e fraqueza.
VITAMINA B12 (COBALAMINA)
 É necessária na prevenção da anemia; Auxilia na formação e estabilidade celular; Manutenção dos nervos e da fertilidade. Promove o crescimento e desenvolvimento do organismo; Funcionamento celular, do trato gastrointestinal, medula óssea e tecido nervoso.
Deficiência: Anemia Perniciosa Sintomas - Diarreia, fadiga, falta de energia ou tontura leve ao ficar de pé ou fazer exercícios. Perda de apetite, pele pálida, problemasde concentração. Falta de ar, língua inchada. Perda de equilíbrio, confusão mental.
As manifestações bucais são queilite angular, estomatite e glossite, com ulcerações da língua.
A sua importância para a saúde bucal é tão grande que têm sido realizados estudos com tratamentos de doença periodontal e administração de ácido fólico para os pacientes, com o objetivo de reduzir a inflamação gengival.
Os resultados dessas suplementações para a cura de pacientes com a doença periodontal têm sido bastante positivos, mas é sempre bom lembrar que a ingestão de nutrientes através da alimentação balanceada é sempre a primeira e melhor alternativa.
 VITAMINA C – ÁCIDO ASCÓRBICO
 Ácido instável e facilmente oxidado. Pode ser destruída pelo oxigênio, álcalis e altas temperaturas.
Funções: Antioxidante, cicatrizante, crescimento e manutenção dos tecidos corporais, incluindo matriz óssea, cartilagem, colágeno e o tecido conjuntivo.
Carência: Pontos hemorrágicos na pele e ossos, capilares fracos, articulações frágeis, dificuldade de cicatrização de feridas e sangramento de gengivas. A falta de vitamina C causa sangramento das gengivas e diminuição da massa óssea, o que pode levar a perda dos dentes. Mas é bom não exagerar no consumo de alimentos muito ácidos - como a laranja e o abacaxi, ricos em vitamina C - que causam desmineralização e deixam o dente mais poroso. E, ao tomá-los, use canudinhos, impedindo o contato direto com os dentes. Outra opção é fazer um bochecho com água pura ou mesmo tomar um copo de água para neutralizar o ácido logo após sua ingestão. Não se aconselha a escovação dos dentes nesta hora, pois o atrito da escova com o esmalte descalcificado faz com que ele se desgaste ainda mais.
Fontes alimentares: Frutas cítricas, tomate, batata inglesa, batata doce, repolho, brócolis e ouro vegetais e frutas amarelas e verdes.
Necessidades diárias: 90mg para homens e 75mg para mulheres.
FORTE CONEXÃO ENTRE ALIMENTO E SAÚDE BUCAL
O que você põe na boca impacta não somente a saúde geral, mas também a saúde dos dentes e gengivas. Agora, a maior organização mundial de profissionais de alimentos e nutrição publicou um trabalho enfatizando ainda mais a ligação alimento-saúde bucal. Existe uma forte conexão entre os alimentos que as pessoas ingerem e a Saúde bucal, diz a Academia de Nutrição e Dietética.
De acordo com o trabalho da academia, a cárie dentária "é a doença bucal infecciosa mais comum e transmissível entre os seres humanos". Além disso, a saúde geral de uma pessoa pode ser afetada pela perda dental, uma vez que a saúde periodontal afetada pode levar à diminuição da qualidade da alimentação decorrente da falta de elementos nutricionais na dieta do individuo.
O trabalho enfatiza o fato de os problemas de saúde bucal poderem ser prevenidos por meio de:                                           
Ingestão de uma dieta balanceada com frutas, vegetais, proteína magra, derivados do leite desnatado e grãos integrais que fornecem nutrientes essenciais para a ótima saúde bucal e geral.
Prática de uma boa higiene bucal, como escovar os dentes com creme dental fluoretado pelo menos três vezes ao dia, após as refeições, ingerir água fluoretada e buscar regularmente tratamento odontológico regularmente. "Os esforços colaborativos entre profissionais da nutrição, odontologia, medicina e aliados na pesquisa são necessários para garantir a assistência à saúde da população", dizem os autores.
Por meio de materiais educativos e website, MouthHealthy.org, a Associação Dental Americana, informa aos pacientes que ingerir uma dieta balanceada e nutritiva é essencial para uma vida saudável. Estudos mostram que pessoas que perderam os dentes ou usam dentaduras não comem tantas frutas e vegetais e tendem a ter uma dieta menos nutritiva.Uma vez que a boca é o ponto inicial de contato com os nutrientes que você consome, o que você põe na boca impacta não somente a saúde geral, mas também a saúde dos dentes e gengivas. Se sua nutrição for ruim, os primeiros sinais geralmente aparecerão em sua saúde bucal.
A ADA apoia as recomendações de MyPlate, um web site do Centro de Política e Promoção da Nutrição do Departamento de Agricultura, ao afirmar que uma dieta balanceada deve incluir:
Frutas e vegetais. Combinados, eles devem constituir metade do que você come todos os dias.
Grãos. Certifique-se de que pelo menos metade dos grãos que você ingere sejam grãos integrais, como aveia, trigo integral e arroz integral.
Derivados do leite. Escolha os desnatados ou semidesnatados.
Proteínas magras. Escolha as proteínas magras, como carnes vermelhas magras, aves sem pele e peixes. Experimente e varie suas opções incluindo ovos, feijões, ervilhas e legumes também. Coma pelo menos 225 g de frutos do mar por semana.
 Além disso, visitar um dentista duas vezes por ano para avaliação de sua saúde bucal ajudará o profissional a monitorar sua saúde bucal e recomendar modificações na dieta.Uma boa higiene bucal diminui o risco de desenvolvimento de problemas bucais e dentários. É importante ressaltar que doenças da boca têm relação direta com o fumo, o consumo de álcool e a má alimentação.
Problemas mais comuns:
- Cárie: desintegração do dente provocada pela higiene inadequada, ingestão de doces e carboidratos ou, ainda, por complicações de outras doenças que diminuem a quantidade de saliva na boca. (Ex.: pessoas em tratamento quimioterápico ou radioterápico para o câncer).
- Lesões bucais e aftas: inchaços, manchas ou feridas na boca, língua ou lábios; podem ser provocadas por herpes labial, candidíase (sapinho) e próteses (dentaduras) mal ajustadas.
- Mau hálito: tem várias causas, dentre elas: higiene bucal inadequada (falta de escovação adequada e falta do uso do fio dental); gengivite; ingestão de certos alimentos como, alho ou cebola; tabaco e produtos alcoólicos; boca seca (causada por certos medicamentos, por distúrbios e por menor produção de saliva durante o sono); doenças sistêmicas como câncer, diabetes, problemas com o fígado e rins.
- Gengivite: inflamação da gengiva provocada pela placa bacteriana.
- Placa bacteriana: é o conjunto de bactérias que coloniza a cavidade bucal. A placa
bacteriana fixa-se principalmente nas regiões de difícil limpeza, como a região entre a gengiva
e os dentes ou a superfície dos dentes de trás, provocando cáries e formação de tártaro.
- Tártaro: é o endurecimento da placa bacteriana na superfície dos dentes.
ALIMENTOS QUE COMBATEM A CÁRIE
 Não é nada agradável ter que se privar de coisas gostosas como biscoitos e doces. Mas quando se trata da cárie, nossas escolhas em matéria de comida têm um papel muito importante. Há alimentos que fazem mal aos dentes, enquanto outros possuem nutrientes essenciais que os conservam fortes e saudáveis. Para combater a cárie, dê preferência aos seguintes alimentos:
CÁLCIO
 Desnutrição, Doenças Infecciosas e o Sistema Imunológico A nutrição é um fator de destaque na infecção e inflamação. Diversos relatos enfatizam a relação sinérgica entre a desnutrição, as doenças infecciosas e o sistema imunológico; por exemplo, infecções favorecem a desnutrição, a desnutrição provoca disfunções no sistema imunológico, e essa imunidade comprometida intensifica a doença infecciosa (ver figura na p. 2). Em saúde bucal, as cáries e a doença periodontal, bem como muitas doenças das membranas mucosas, língua e glândulas salivares, são infecciosas. Como mostrado na figura, essas doenças bucais podem não somente romper a integridade da cavidade oral, mas também afetar a saúde geral por vias diversas.
 O cálcio é um ingrediente nobre na prevenção da cárie, principalmente para crianças em fase de crescimento. Uma grande fonte de cálcio são o leite e seus derivados, como iogurte e queijo, e ele não fica depositado na gordura do alimento, o que faz do leite desnatado e do iogurte light ótimas opções. Outras opções são verduras verdes, como brócolis e couve chinesa, peixe, amêndoa, castanha-do-pará e feijão. Estes alimentos também ajudam a reduzira acumulação de ácido na saliva, que pode causar a degradação do esmalte dental. Depois dos 20 anos, as mulheres e os homens perdem mais massa óssea da que formam, por isso é importante restabelecer o cálcio perdido com um suplemento diário.
FRUTAS, FIBRAS E HORTALIÇAS
 A ingestão de alimentos ricos em fibras aumenta o fluxo de saliva, o que por sua vez aumenta a produção de defesas minerais que combatem a cárie. Grandes fontes de fibra são as frutas secas, como damasco, uva passa e figo, e as frutas frescas, como banana, maçã e laranja. Outras opções são leguminosas e verduras, como feijão, couve de bruxelas, ervilha, amendoim, amêndoa e farelo de trigo.
GRÃOS INTEGRAIS
 São ricos em vitamina B e ferro, importantes para a saúde da gengiva. Os grãos integrais também possuem magnésio, um ingrediente muito importante para os ossos e dentes, fora o fato de serem muito ricos em fibra. Farelo de trigo, arroz integral e cereais integrais e massas feitas com cereal integral são excelentes fontes de grãos integrais.
DOCES
 Quando dá aquela vontade de comer, pense em alimentos saudáveis, como os mencionados acima. Tente afastar-se dos doces, porque o açúcar se associa à placa e enfraquece o esmalte do dente, deixando-o mais vulnerável à formação de cáries. Na verdade, toda vez que comemos alguma coisa doce, nossos dentes passam os 20 minutos seguintes sob estado de sítio.
A PIRÂMIDE ALIMENTAR
 Ao procurar uma dieta saudável para seguir, que faça bem aos dentes e ao corpo todo, procure ater-se à pirâmide alimentar. Sua estrutura indica as proporções de todos os grupos alimentares que ingerimos ao longo do que precisamos ingerir ao longo do dia.
TOME UMA DOSE DIÁRIA DE VITAMINAS C E D
 Estas vitaminas ajudam a sustentar a absorção dos minerais para a boca saudável, tais como o cálcio e o fósforo, que sustentam o tecido ósseo e das gengivas, e os mantém saudáveis. Esta é uma forma simples de manter a higiene dental e combater a doença das gengivas.
APAGUE O CIGARRO
 O hábito de fumar cigarros é um dos maiores contribuintes ao envelhecimento da boca. De acordo com os Centro de Controle de Doenças, mais de 22 milhões de mulheres nos Estados Unidos fumam cigarros. Um dos maiores problemas causado pelo cigarro são as manchas dos dentes. Quanto mais a pessoa fuma, mais manchas esses dentes vai ter. O hábito de fumar interrompe a absorção do cálcio no organismo e também pode causar doenças que podem colocar a vida em perigo, tais como câncer oral. Portanto, deixe de fumar e desfrute dos benefícios da saúde, além de um sorriso bonito e saudável.
RESTRINJA OS REFRIGERANTES, O CAFÉ E O ÁLCOOL
 Embora estas bebidas contenham elevada concentração de fósforo, que é um mineral necessário para a boca sadia, muito fósforo pode esgotar a concentração de cálcio do organismo. Isto gera problemas na higiene dental, tais como cárie e doença das gengivas. As bebidas que contêm aditivos tais como xarope de milho e corantes alimentícios, podem fazer aparecer os dentes brancos nacarados como opacos e descolorados. Portanto, é melhor escolher bebidas como o leite, que ajuda a fortalecer os dentes e a construir um esmalte mais forte, para dar um sorriso sadio e formoso.
NUTRIÇÃO E PERIODONTITE
 A doença periodontal, caracterizada por inflamação crônica e perda de osso e tecidos moles que envolvem o dente, constitui uma das infecções crônicas mais comuns em seres humanos. Especialmente predominante e grave em comunidades socioeconômicas carentes do Terceiro Mundo. Em crianças com desnutrição energético-protéica severa, por exemplo, a susceptibilidade a infecções raras, agressivas e, muitas vezes, fatais é maior. Uma dieta nutritiva, incluindo quantidades adequadas de proteínas, vitaminas, ácidos graxos essenciais e micronutrientes, pode ter papel fundamental na resistência contra condições infecciosas, incluindo a periodontite. Por exemplo: Antioxidantes, vitamina A, zinco, ferro e óleos provenientes de peixes melhoram a resistência do hospedeiro a infecções; Zinco, cobre, selênio, N-acetilcisteína, vitamina E e óleos de peixes reduzem a inflamação; As vitaminas C, D, E e ácidos graxos n-3 de peixes reduzem a destruição tecidual, estimulam a cicatrização e aumentam a resistência óssea e velocidade de formação do osso; Cálcio e vitamina D têm efeito benéfico sobre os ossos e sobre a retenção dos dentes. Embora não esteja disponível para todos, uma dieta bem balanceada, a partir de uma mistura complexa de macronutrientes. (ex. carboidratos, lipídeos e proteínas) e micronutrientes (ex. vitaminas e minerais) de boa qualidade, é necessária para a manutenção da boa saúde geral e bucal.
NUTRIÇÃO, SALIVA E SAÚDE BUCAL. 
 A ingestão de nutrientes influencia os tecidos orais aos quais as bactérias se ligam (ex. epitélio, colágeno, osso, dentes) e também a saliva. Proteínas secretoras (mucinas) encontradas na saliva formam uma barreira eficaz contra desidratação, penetração de irritantes físicos e químicos e bactérias. O conteúdo da saliva é provavelmente influenciado por nutrientes consumidos diariamente, com consequências à saúde bucal.
.• A síntese de glicoproteicas, como a mucina, requer vitamina A. Na desnutrição energético-protéica, a deficiência de retinol pode reduzir a produção de mucina, levando ao comprometimento do fluxo salivar, enfraquecimento da integridade dos dentes e aumento acentuado no risco de cárie. 
• A presença de sistemas antibacterianos imunológicos e nãoimunológicos dentro da saliva, além dos componentes neutralizantes e de tamponamento, podem neutralizar os ácidos formados na placa bacteriana quando bactérias cariogênicas fermentam açúcares e amidos solúveis.
 • A saliva é saturada com sais de cálcio e fosfato que podem remineralizar defeitos submicroscópicos nos minerais do dente, que se formam quando ácidos da placa iniciam o processo de cárie. 
• Com a presença de fluoretos no ambiente bucal, a função remineralizadora da saliva pode potencialmente reverter o processo carioso.Por exemplo, nos Estados Unidos, o consumo per capita de flúor aumentou nos últimos 25 anos com a ampla exposição aos fluoretos presentes na água, alimentos industrializados, bebidas e cremes dentais, com um declínio correspondente na incidência de cáries na dentição permanente.
NUTRIÇÃO, HORMÔNIOS DO ESTRESSE E SAÚDE BUCAL. 
 A desnutrição também é caracterizada pelo aumento da produção e secreção dos hormônios do estresse (glicocorticoides) e diminuição da secreção de insulina (entre outras alterações hormonais). Níveis elevados de cortisol circulante na desnutrição implicam em uma alteração similar no conteúdo desse hormônio na saliva e fluido gengival. • Níveis elevados de glicocorticoides circulantes, mesmo em concentrações fisiológicas, provocam disfunção nos macrófagos e reduzem a produção de citocinas em resposta ao estímulo inflamatório.
 • As citocinas desempenham papel fundamental no crescimento, diferenciação, defesas do hospedeiro e danos teciduais.
 • As citocinas também inibem as quimiocinas e outras células responsáveis pela atração de células inflamatórias para a área da inflamação que, por fim, exercem forte influência sobre o processo de cicatrização tecidual.
 A maioria dos estudos relacionando perda dentária e nutrição sugere que a ingestão de nutrientes apresenta pior qualidade quando há menos dentes.
NUTRIÇÃO E A DOENÇA CÁRIE
O que é cárie dental? 
A cárie dentária é definida como doença infectocontagiosa de caráter multifatorial e é usualmente crônica. Resulta na destruição dos tecidos dentais causada pela ação de microorganismos cariogênicos existentes na flora bacteriana bucal. Seu aparecimento depende da interação de três fatores essenciais: o hospedeiro representado pelos dentes e saliva; a microbiota da região, e a ingestão de carboidratos fermentáveis. Para que a cárie ocorra, estes três fatores devem não apenas estar presentes, mas interagir em condições críticas: um hospedeiro com tecidos dentários suscetíveis ou problemas de qualidade e/ou fluxosalivar, colonizados por um biofilme bacteriano com potencial cariogênico, consumindo com frequência uma dieta rica em sacarose (BARATIERI, 1998). Fatores sociais, comportamentais e psicológicos também estão envolvidos na etiologia da doença cárie. BOLAN et al(2007), verificaram que o açúcar não é somente fonte de alimento, mas também atua em outras fontes para mostrar amor e afeto. Ao se utilizar a mamadeira, em especial a noturna, com estes objetivos, pode-se levar à prática de ingestão alimentar, além de propiciar consumo de alimentos açucarados, contribuindo para o aparecimento de cárie dentária já nos primeiros anos de vida. 
Como deficiências nutricionais podem influenciar no processo saúde/doença cárie dental?
A alimentação exerce um importante papel tanto na saúde geral quanto na saúde bucal dos indivíduos, devendo ser realizada de modo adequado para instalação e manutenção de hábitos saudáveis que perpetuarão ao longo da vida. Já a nutrição envolve um conjunto de processos que vão desde a ingestão de alimentos até a sua assimilação pelas células. Substâncias nutritivas são convertidas em energia útil, calor e trabalho de síntese de novos compostos vitais para a estruturação das funções celulares, que visam à construção e destruição dos tecidos. Assim as células formativas do órgão dental requerem energia e nutrientes para a sua fisiologia normal. Existem vários trabalhos que relatam os efeitos sistêmicos de uma inadequada nutrição sobre a erupção e desenvolvimento dentário (BATISTA et al.2007, GUIMARÃES et al. 2002, VANTINE et al. 2007, MENOLI , 2003). 
As deficiências nutricionais que ocorrem durante o período de desenvolvimento dos dentes podem influenciar a suscetibilidade à cárie dentária por três prováveis mecanismos: defeitos na formação dentária (odontogênese), retardo na erupção dos dentes e alterações das glândulas salivares (BATISTA, MOREIRA & CORSO, 2007). Estudos experimentais suportam a hipótese de que em seres humanos, os distúrbios da nutrição têm um efeito significante na formação dental, devido à interferência no desenvolvimento celular, resultando em um esmalte hipoplásico, estrutura esta mais suscetível à cárie (FERRINI et al. 2007, GONÇALVES & FERREIRA 2000, RIBAS et al. 2004). Com relação à erupção dentária, VANTINE et al.(2007), relataram que os fatores nutricionais podem atuar nos dentes alterando a sequencia ou mesmo a cronologia de erupção, modificando assim o momento em que estes surgem na boca. MENOLI (2003), em estudo em ratos, demonstrou que a nutrição indevida reduz o fluxo e a composição salivar e altera o sistema imunológico, tornando o esmalte dentário mais suscetível à cárie. 
A frequência alimentar também é outro aspecto importante a ser considerado. Indivíduos que consomem um maior número de pequenas refeições ao longo do dia apresentam peso maior do que aqueles que consomem menor número de grandes refeições. Os hábitos alimentares relacionados à obesidade podem também estar relacionados com a cárie dentária, pois tanto a quantidade de sacarose ingerida quanto a frequência de ingestão são importantes fatores envolvidos na etiologia da doença (TRAEBERT et al. 2004). A obesidade e a cárie dentária tendem a aumentar conjuntamente, principalmente devido ao aumento de consumo de açúcar estar relacionado a ambas as situações.
A dieta primitiva dos seres humanos mostra baixos índices de cáries dentárias. Porém, isso mudou com a introdução do açúcar e grãos de cereais processados em suas dietas. Pode-se observar que, com a modernização no mundo e o elevado padrão de vida, ocorreu uma mudança também nos padrões alimentares, sendo evidenciado grande aumento no índice de lesões cariosas ao ser adotada uma dieta com alto consumo de produtos vendidos em lanchonetes, padarias e com grande conteúdo de açúcares.
A cárie está diretamente relacionada à introdução dos carboidratos refinados na dieta da população, principalmente a sacarose, que é considerada o dissacarídeo mais cariogênico, sendo este o mais presente na dieta familiar em quase todo o mundo.
A sacarose, como outros açúcares (glicose, frutose, maltose e lactose) estimula a atividade bacteriana. Todas as formas dietéticas de açúcar, inclusive o mel, melaço, açúcar mascavo possuem potencial cariogênico e podem ser usadas pelas bactérias para produzir subprodutos ácidos orgânicos do metabolismo.
ALIMENTOS CARIOGÊNICOS, CARIOESTÁTICOS E ANTICARIOGÊNICOS
Os alimentos podem ser considerados como cariogênicos, cariostáticos e anticariogênicos. 
Os alimentos cariogênicos estimulam o desenvolvimento de cárie dentária. É o caso do pão branco, bolos, bolachas e doces, por serem ricos em hidratos de carbono fermentáveis, também chamados de açúcares livres.
Na placa dentária existem várias estirpes de bactérias cariogênicas. A mais comum é o streptococcus mutans. Quando se ingere um alimento rico em hidratos de carbono fermentáveis as bactérias metabolizam esses hidratos de carbono formando ácidos orgânicos, o que diminui o pH da boca. Se o pH da boca for inferior a 5,5 (pH crítico) durante mais de 30 minutos, tem início a desmineralização dentária. Se este processo for frequente irá culminar com uma cárie dentária. 
Por outro lado, os alimentos cariostáticos são alimentos que quando ingeridos não são metabolizados pelos microrganismos da placa pelo que não provocam uma descida significativa do pH. Estes alimentos são pobres em hidratos de carbono fermentáveis, como é o caso da carne, peixe, ovos, legumes e fruta fresca. 
Por último temos os alimentos anticariogênicos que são alimentos que têm, para além de um efeito cariostático, uma ação protetora em relação à cárie dentária. São o caso das pastilhas elásticas sem açúcar (que estimulam a produção de saliva), queijos como cheddar e emmental (cujo sabor intenso também estimula a produção de saliva, para além de serem ricos em cálcio), alimentos ricos em fibra (que estimulam a mastigação), leite (rico em cálcio) e chá (rico em flúor e catequinas, que têm uma ação antibacteriana). Estes alimentos têm um efeito protetor quando associados a um alimento cariogênico. Por exemplo, se comermos um pão branco com queijo, o queijo vai impedir o processo de desmineralização associado à presença de hidratos de carbono fermentáveis no pão. O mesmo acontece se mastigarmos uma pastilha elástica sem açúcar depois de tomarmos um café açucarado.
Fatores nutricionais relacionados à cariogenicidade:
Alimentos cariogênicos: alimentos ricos em carboidratos, principalmente refinados (açúcar e doces);
Alimentos cariostáticos: não contribuem para a cárie. Proteínas: peixes, carnes, frango, ovos. As gorduras também não contribuem para o aparecimento de cáries, pois formam um película oleosa nos dentes;
Água: a ingestão de água, além de ser necessária para as funções vitais do organismo, é importante para o mecanismo de limpeza dos dentes;
Fibras: são importantes para a limpeza e pelo favorecimento da irrigação dos dentes;
Sequencia e combinação dos alimentos. Por exemplo, comer vários biscoitos doces de uma só vez é mais cariogênico do que comer vários biscoitos ao longo do dia;
Vitaminas: são importantes, já que a Vitamina A, por exemplo, é necessária para o tecido epitelial e reepitelização e ativação da ceratina-dentina responsável pelo esmalte dos dentes. A Vitamina D é importante para absorção de cálcio e fósforo - importantes para a dentina e síntese dos ossos. Evitando a desmineralização do esmalte, pode-se prevenir a formação de cárie.
 Os programas de prevenção de cáries se concentram em uma dieta balanceada, modificação das fontes e quantidades de carboidratos fermentáveis e integração de práticas de higiene oral no estilo de vida das pessoas.
O aconselhamento dietético é fundamental para qualquer programa de prevenção e manutenção de saúde bucal, tendo como objetivo central a utilização racional de açúcar.
TRANSTORNOS ALIMENTARES E A SAÚDE BUCAL
Os transtornos alimentares como bulimia nervosa, anorexia nervosa e compulsão alimentar, normalmente surgemem situações de maior vulnerabilidade emocional, ou seja, nos momentos de crise ou transição e podem desencadear problemas de saúde 
Para o diagnóstico e tratamento dessas doenças, o papel do dentista é fundamental. Isso porque alguns sintomas dos transtornos alimentares manifestam-se na boca
Sintomas
Dentre as manifestações relacionadas aos transtornos alimentares na boca estão a cárie, doença periodontal , xerostomia, halitose, fratura dentária, bruxismo, hipersensibilidade e úlceras.
Quando a pessoa sofre de compulsão alimentar, anorexia ou bulimia há períodos de grande ingestão de carboidratos que elevam a acidez bucal. É aí que a cárie pode aparecer. Da mesma forma, a diminuição do pH salivar devido ao vômito, que ocorre na bulimia, propicia a erosão dental. Outros problemas ocorrem porque, geralmente, o portador de transtornos alimentares tende a descuidar da higiene bucal.
O primeiro passo a ser tomado pelo cirurgião dentista é preservar a saúde bucal do paciente para minimizar os danos que ocorrem na cavidade bucal. Ainda, encaminhar o paciente para o tratamento adequado, uma vez que, se as lesões odontológicas forem tratadas sem que suas verdadeiras causas recebam a atenção devida, o paciente ainda vai estar doente, e as alterações continuarão provocando prejuízos à saúde bucal.
Segundo a ABO, casos extremos de transtornos alimentares podem levar a exposição da polpa do dente – conjunto de nervos e vasos internos –, que resulta em infecção e na necessidade de tratamento de canal ou extração.
CONCLUSÃO
A alimentação de acordo com padrões adequados exerce um importante papel na determinação da saúde bucal, e pode, assim, auxiliar na preservação da saúde do indivíduo ao longo da vida. Tornam-se cada vez mais necessários programas de intervenção educacional à população e aos indivíduos em particular, para incentivo à adoção de hábitos e práticas alimentares adequadas e, consequentemente, normalidade no estado nutricional.
A ação tópica de açúcares, em especial a sacarose, pode causar cárie dentária, sendo que o consumo de açúcar em geral é iniciado precocemente para as crianças, estando presente com grande frequência durante toda a fase de infância.
As deficiências nutricionais no período de formação dos dentes são causas de defeitos na sua estrutura, podendo alterar a sua forma e atuar na quantidade e qualidade da saliva, influenciando no processo de formação da cárie dentária.
As reflexões desta comunicação sugerem que programas odontológicos individuais ou em grupos, viabilizem abordagens interdisciplinares que enfatizem aos indivíduos a compreensão dos mecanismos biopsicossociais aos quais estão submetidos. A estratégia interdisciplinar vem se mostrando útil na tentativa de bloqueio do ciclo vicioso das doenças bucais, portanto, uma aliada no tratamento da doença cárie e das alterações dentárias.

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