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PLANO DE AULA 01 a 11 AV'S Jurisdição

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PLANO DE AULA 01
Questão objetiva:
Quando se tem uma norma ao mesmo tempo material e formalmente inconstitucional? (c) Quando o conteúdo da norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição da República e também contém vício com relação a sua formação.
QUESTAO DISCURSSIVA
O Estado do Rio de Janeiro, diante das crescentes taxas de violência, decide elaborar uma lei ordinária estadual que prevê a majoração das penas de diversos crimes e a redução da maioridade penal para 16 anos. Robson Braga, deputado estadual de oposição, decide consultá-lo(a), na qualidade de advogado(a), acerca da constitucionalidade da referida lei. Formule a resposta a ser dada a Robson, destacando se há vício de inconstitucionalidade e, em caso afirmativo, como ele pode ser classificado.
Há inconstitucionalidade, pois se trata de matéria da união pois ofende o art. 22, I CRFB/88 que estabelece a competência privativa da união e a lei foi elaborada pelo Estado caracterizando vicio material e formal. Isso vicio formal orgânico, há também vicio material por ofensa ao art. 228, além disso, pode-se dizer que o referido vicio e total por ação. 
PLANO DE AULA 02
Questão objetiva
São exemplos de modalidades de controle político e preventivo de constitucionalidade:
I - O exame pelas Comissões de Constituição e Justiça das casas parlamentares.
II - O veto presidencial.
III - A recusa do Chefe do Executivo em aplicar uma norma que ele entenda inconstitucional.
IV - A rejeição de Medida Provisória pelo Congresso Nacional por falta de relevância e urgência.
a) I e II
Questão discursiva
O deputado federal Alfredo Rodrigues apresentou projeto de lei prevendo o estabelecimento de penas de prisão perpétua e de trabalhos forçados para os condenados pela prática de crimes considerados hediondos pela legislação brasileira. Outro deputado, Silmar Correa, decide consultá-lo(a) acerca da possibilidade de questionar perante o Poder Judiciário uma suposta inconstitucionalidade do referido projeto de lei antes mesmo que ele venha a ser submetido a votação pelo Congresso Nacional. Como deverá ser respondida a consulta?
TRATA-SE DE INCONSTITUCIONALIDADE DE PROJETO DE LEI POR VIOLAÇÃO AO ART. 60 DA CRFB/88, IV QUE DEVE SER COMBATIDA ATRAVES DO MANDADO DE SEGURANÇA IMPETRANDO POR PARLAMENTAR. É UMA HIPOTESE DE CONTROLE PREVENTIVO JURISDICIONAL.
PLANO DE AULA 03
Questão objetiva
A obrigatoriedade ou necessidade de deliberação plenária dos tribunais, no sistema de controle de constitucionalidade brasileiro, significa que:
(A) somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
Questão discursiva:
O Ministério Público Federal ajuizou Ação Civil Pública em face do INSS, visando obrigar a autarquia a emitir aos segurados certidão parcial de tempo de serviço, com base nos direitos constitucionalmente assegurados de petição e de obtenção de certidão em repartições públicas (CF, art. 5º, XXXIV, b). O INSS alega, por sua vez, que o Decreto 3048/99, em seu art. 130, justifica a recusa. Sustenta, ainda, que a Ação Civil Pública não seria a via adequada para a defesa de um direito individual homogêneo, além de sua utilização consubstanciar usurpação da competência do STF para conhecer, em abstrato, da constitucionalidade dos atos normativos brasileiros. Como deverá ser decidida a ação?
AÇÃO PODERA SER JULGADA PROVEDENTE POIS TRATA-SE DE DIREITO INDIVIDUAIS HOMOGENEOS E A ACP PODE NESTE CASO SERVIR DE INSTRUMENTO OU CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO POIS TRATA-SE DE REALÇÃO JURIDICA COMBASE SITUAÇÃO CONCRETA.
PLANO DE AULA 04
Questão objetiva
Ocorre o controle judicial difuso da constitucionalidade de uma lei quando
 a) o plenário de um Tribunal, pelo quórum mínimo de dois terços de seus membros, acolhe arguição de inconstitucionalidade.
 b) uma turma julgadora, por maioria absoluta, acolhe arguição de inconstitucionalidade.
 c) qualquer juiz, em primeira instância, acolhe arguição incidental de inconstitucionalidade.
 Questão discursiva:
Sebastião contratou um plano de minutos com a operadora de telefonia fixa da região em que mora, no Distrito Federal. Ocorre que ao pedir o detalhamento das contas, ficou surpreso com o valor, já que a empresa alegava o consumo de pulsos além da franquia contratada, sem esclarecer o tempo gasto nas ligações excedentes. Sentindo-se lesado, procurou seu advogado para propor uma ação visando anular aquela cobrança, além de exigir o detalhamento do consumo, sob pena de multa. Fundamentou seu pedido na lei distrital 3426/2004, que obriga as concessionárias prestadoras de telefonia o detalhamento sob pena de multa.
Pergunta-se:
a) Poderia a empresa ré arguir na contestação, a inconstitucionalidade do referido diploma? Poderia, já que o controle difuso, pode se manifestar solicitado tanto pelo autor quanto pelo réu, por via incidental ou por via de exceção;
b) Qual a espécie de controle referido no caso? Controle difuso
c) Poderá o juiz decidir acerca da inconstitucionalidade da lei? Sim, pois no controle difuso os órgãos com competência jurisdicional podem faze-lo
d) Suponha que o juiz entenda que a lei é constitucional, poderá então obrigar a empresa a detalhar todas as contas que emitir aos consumidores? A resposta seria diferente caso o caso de Sebastião chegasse ao STF através de um eventual recurso extraordinário? Justifique. Não, pois obrigar a empresa a detalhar todas as contas dos demais consumidores pois os efeitos são interpostos. Sim, seria diferente pois havendo repercussão geral o R.E. seria examinado e a decisão produziria efeitos para todos que se encontra-se na mesma situação jurídica, podendo ainda o STF editar uma sumula vinculante conf. Art. 103-A CRFB/88.
Plano de aula 05
Questão objetiva
Para fins de propositura da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade, são legitimados universais e especiais, respectivamente:
d) Procurador Geral da República e Conselho Federal da OAB.
Questão discursiva:
O Procurador Geral da República ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade em face da Lei distrital n. 3.669/2005, que cria a carreira de atividades penitenciárias e respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal. Alega, em síntese, que o DF teria usurpado competência da União (arts. 21, XIV c/c 32, § 4°, CRFB/88), que atribui a responsabilidade pelas funções exercidas por tal carreira aos agentes penitenciários integrantes da carreira da polícia civil. 
Citado na forma do art. 103, § 3°, CRFB/88, o Advogado Geral da União manifestou-se pela procedência da ação, pedindo, consequentemente, a declaração de inconstitucionalidade da referida lei distrital. Diante de tal situação, responda, justificadamente:
Poderia o AGU ter deixado de proceder à defesa do ato normativo impugnado?
O AGU tem por função o controle de constitucionalidade, contestar a ADI. Todavia em duas situações poderá o advogado da União defender a inconstitucionalidade do ato impugnado quais sejam, quando o STF controle difuso, houver decidido 2/3 dos votos pela inconstitucionalidade dessa lei ou quando o ato impugnado estiver violando interesses da União, conforme art. 1321 CRFB/88.
Plano de aula 06
Questão objetiva:
Sustentando que os Estados do Sul e do Sudeste têm 57,7% da população do País, mas somente 45% de representantes no Poder Legislativo federal, circunstância que fere o princípio da isonomia e a cláusula "voto com valor igual para todos", partidos políticos do bloco de oposição, todos com representação no Congresso Nacional, ajuizaram, perante o Supremo Tribunal Federal, ação direta de inconstitucionalidade a fim de obter provimento judicial declaratório da inconstitucionalidade da expressão "para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados"e da palavra "quatro", constantes dos §§ 1o e 2º do art. 45 da Constituição Federal. Referida ação
e) não pode ser admitida, pois a rigidez constitucional não se coaduna com o estabelecimento de hierarquia entre normas postas pelo Poder Constituinte originário.
Questão discursiva:
Em decorrência de aparente inconstitucionalidade encontrada em norma legal integrante do ordenamento jurídico do Distrito Federal, decidiu o Governador do Estado de Tocantins pela propositura de ação direta de inconstitucionalidade ao Supremo Tribunal Federal. Tendo em consideração o balizamento do instituto à luz da dogmática constitucional bem como da jurisprudência da Corte Suprema, discorra acerca dos limites e das possibilidades concernentes ao objeto da ação e à legitimação para a sua propositura. A resposta deverá ser integralmente fundamentada.
O Governador do Tocantins é um dos legitimados a propor ADI, porem precisa demonstrar a pertinência temática. No caso em analise o mesmo está impossibilitado de cumprir tal requisito em face de uma norma legal do Distrito Federal. Sendo assim, no caso em tela o governador do Tocantins não poderá ajuizar a ação.
Plano de aula 07
Questão objetiva
Com respeito ao modelo constitucional brasileiro, é correto afirmar:
d) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto de lei, no modelo brasileiro, possui caráter retroativo.
Questão discursiva:
O Estado de Santa Catarina editou a Lei Complementar n. 212, que estabelece a precedência da remoção de juízes às promoções por antiguidade ou merecimento na magistratura daquele estado. No julgamento da ADI 2494, ocorrido em abril de 2006, o STF declarou a referida lei inconstitucional, por violação ao art. 93 da CF.
Em 2007, o Estado de Pernambuco editou uma lei complementar com teor idêntico ao da referida Lei Complementar n. 212/SC, o que levou um magistrado prejudicado com o novo dispositivo legal pernambucano a ingressar com uma Reclamação dirigida ao STF, com fundamento no art. 102, inciso I, alínea “l”, alegando que o legislador pernambucano ofendeu a autoridade da decisão do STF proferida na ADI 2494.
Pergunta-se: é cabível a Reclamação em tela, ajuizada diretamente por terceiro prejudicado no STF, ou seria necessário que a lei pernambucana fosse impugnada pela via da ação direta de inconstitucionalidade?
RESPOSTA: A lei de Pernambuco deve ser impugnada via ADI, pois no caso em tela a reclamação não pode ser usada como instrumento processual sucedâneo (substituto) a ADI contra a Lei Pernambucana.
Plano de aula 08
Questão objetiva
Assinale a opção correta no que diz respeito ao controle das omissões inconstitucionais.
A) A ação direta de inconstitucionalidade por omissão que objetive a regulamentação de norma da CF somente pode ser ajuizada pelos sujeitos enumerados no artigo 103 da CF, sendo a competência para o seu julgamento privativa do STF.
Questão discursiva
Foi promulgada e publicada, pelo presidente da República, lei federal, de iniciativa do Poder Executivo, estabelecendo valor do salário mínimo claramente insuficiente para atender às necessidades vitais básicas e os valores protegidos no art. 7.º, inciso IV, da Constituição Federal, que determina ser direito dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social, salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim estabelecido.
Em face dessa situação hipotética e considerando que o escritório de advocacia em que você trabalhe seja contratado para questionar a constitucionalidade dessa lei, indique, com a devida fundamentação, a ação mais adequada ao caso.
RESPOSTA: Trata-se de uma regulamentação parcial. No caso para tratar da omissão ADIO. No caso em analise está caracterizada a omissão parcial o que enseja o manuseio do mandado de injunção ou ainda da ação direta de inconstitucionalidade por omissão ADIO que visam obrigar o estado a mandar às medidas necessárias as realizações concretas dos preceitos da Constituição, em ordem de torna-los efetivos, operantes e exequíveis.
PRECEDENTE ADI Nº 1458-7
Plano de aula 09
Questão objetiva
Sobre controle de constitucionalidade, assinale a única opção correta.
d) É requisito de admissibilidade da ação declaratória de constitucionalidade a demonstração de existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória.
Questão discursiva
Em 2005, o STF julgou procedente ADC ajuizada pelo Procurador-Geral da República visando à declaração de constitucionalidade de uma lei federal que estava sendo questionada em diversos processos judiciais pelo país, gerando uma controvérsia judicial em torno da sua adequação ao texto constitucional. Nas eleições ocorridas em outubro de 2010, um determinado parti do político conseguiu, pela primeira vez em sua história, eleger um parlamentar, no caso um deputado federal, graças à coligação partidária firmada com um parti do político de maior expressão e base eleitoral.
O diretório nacional do referido parti do político pretende, no próximo ano, após o início da sessão legislativa, ajuizar uma ADI contra a mencionada lei federal, a parti r de argumentos que não foram enfrentados pelos ministros do STF em 2005.
Analise a pretensão do parti do político, considerando os seguintes tópicos:
A legitimidade para a propositura da ação.
RESPOSTA: O PARTIDO TEM LEGITIMIDADE. Com relação a legitimidade não há problemas, já que o partido está devidamente representado no congresso Nacional.
A possibilidade de o STF declarar a inconstitucionalidade da lei (com ou sem modulação dos efeitos).
RESPOSTA: Quanto ao questionamento via ADI de uma lei anteriormente declarada Constitucional em julgamento de uma ADC há controvérsias quando a formação da coisa julgada em relação ao próprio STF. Para evitar o engessamento da jurisprudência e também porque o efeito vinculante não é oponível ao próprio STF autores como Luiz Roberto Barroso sustentavam que seria possível a revisão da decisão anterior.
Plano de aula 10
Questão objetiva
Sobre o processo previsto em lei para a Arguição por Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), é incorreto afirmar:
 b) é possível arguir-se o descumprimento de preceito fundamental contido na Constituição, em decorrência de ato normativo federal, estadual ou municipal, salvo se anteriores à Constituição;
 Questão discursiva
A Justiça Federal de 1ª instância proferiu sentença em ação na qual se discutia a guarda de um menor, filho de pai estadunidense e de mãe brasileira, que se casaram e passaram a residir no estado americano de Nova Jérsei. Posteriormente, a mãe veio ilicitamente com o menor para o Brasil, onde conseguiu judicialmente a guarda do filho. Após o falecimento da genitora, seu pai voltou a requerer a devolução do menor para sua guarda, encontrando aqui a oposição da família da mãe, bem como do seu padastro, que pretende mantê-lo sob seus cuidados. O Juiz da 16ª Vara Federal determinou, em sentença, a devolução do menor para seu pai no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, decisão que foi objeto de apelação e de Mandado de Segurança, ambos dirigidos ao TRF da 2ª Região. Ao mesmo tempo, o Partido Progressista – PP ajuizou uma ADPF perante o STF, argumentando lesão a preceitos fundamentais da Constituição brasileira, notadamente ao princípio da dignidade humana e do melhor interesse do menor, que teria manifestado seu desejo de permanecer no Brasil. Comente a admissibilidade desta ADPF à luz da disciplina processual brasileira.
RESPOSTA: O cabimento do ADPF pressupõe a inexistência de outro meio judicial para afastar a lesão decorrente de ato do poder publico. Na hipótese versada tal fato não ocorre. Posto quecabível mandado de segurança.
ADPF 172 
Plano de aula 11
Questão objetiva
A Representação Interventiva, processada junto ao Supremo Tribunal Federal, tem por objetivos tutelar: Assinale a opção correta.
(a) Os princípios sensíveis, previstos no art. 34, VII, da Constituição da República, e dispor sobre a intervenção da União nos Estados ou Distrito Federal. 
Questão discursiva
A Constituição de determinado estado da federação, promulgada em 1989, ao dispor sobre a administração pública estadual, estabelece que a investidura em cargo ou emprego público é assegurada aos cidadãos naturais daquele estado e depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
Em 2009 foi promulgada pela Assembléia Legislativa daquele estado (após a derrubada de veto do Governador), uma lei que permite o ingresso em determinada carreira por meio de livre nomeação, assegurada a estabilidade do servidor nomeado após 3 (três) anos de efetivo exercício.
Considerando-se que a Constituição estadual arrola o Governador como um dos legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade em âmbito estadual (art. 125, §2° da CRFB), e considerando-se que o Governador pretende obter a declaração de inconstitucionalidade da referida lei estadual, responda:
I. o que ocorreria se logo após o ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade de âmbito estadual, ajuizada pelo Governador do Estado junto ao Tribunal de Justiça (nos termos do art. 125, §2° da CRFB) e antes do julgamento, fosse ajuizada pelo Conselho Federal da OAB uma ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF, tendo por objeto esta mesma lei? Explique. RESPOSTA: Na hipótese de controle de constitucionalidade simultâneo tendo por objeto a mesma lei, no TJ e no STF, suspende-se a tramitação da representação de inconstitucionalidade até o desdobramento, conclusão da ADI. Julgada improcedente a ADI prosseguira o julgamento da representação de inconstitucionalidade. A procedência da ADI acarretara a perda do objeto da representação de inconstitucionalidade. 
II. poderia o Presidente da República ajuizar ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF contra o dispositivo da Constituição estadual? Explique.
RESPOSTA: Ele pode ajuizar a ADI, por ser um legitimado universal em face de lei Estadual em caso de lei municipal seria uma ADPF.

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