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Resumo de Histologia Campânula

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ODONTOGÊNESE
CAMPÂNULA 
ONDE INICIAM-SE OS PROCESSOS DE MORFOGÊNESE E DIFERENCIAÇÃO CELULAR
Irá diminuir a proliferação das células epiteliais e, portanto, o crescimento do órgão do esmalte ***************
 A parte epitelial do germe dentário (órgão do esmalte) apresenta o aspecto de um sino com a concavidade mais acentuada e, consequentemente, com suas margens mais aprofundadas. 
 Toda via, quando diminui a divisão celular tanto no órgão do esmalte quanto nas células ectomesenquimais, ocorre a diferenciação das diversas células do germe dentário. Assim sendo, esta fase é também denominada fase de morfo e histodiferenciação.
OS EPITÉLIO EXTERNO E INTERNO FORMAM A ALÇA CERVICAL
Na porção epitelial, a região central correspondente ao retículo estrelado, continua a crescer em volume por causa do aumento da distância entre as células e seus prolongamentos – esse fenômeno é provocado pela maior quantidade de água, associada a outras moléculas como as proteoglicana.
 As células do epitélio externo do órgão do esmalte são achatadas, tornando-se pavimentosas.
 As células do epitélio interno, por sua parte, alongam-se, constituindo células cilíndricas baixas com núcleo central e citoplasma contendo ribossomas livres, poucas cisternas de retículo endoplasmático granular e complexo de Golgi. (este último ocupa o lado oposto à papila dentária.)
 Aparecem entre o epitélio interno e o retículo estrelado, duas ou três camadas de células pavimentosas que constituem o estrato intermediário, que participa na formação do esmalte.
A alça cervical, região onde os epitélios externo e interno do órgão do esmalte se encontram, ao nível da borda do sino, e também, local em que, por volta do final da fase de coroa, tanto as células do epitélio externo quanto as do interno irão proliferar para constituir a Bainha Radicular de Hertwig, que induz a formação da raíz do dente.
 No órgão do esmalte, as células dos diferentes grupos apresentam-se ligadas entre si por junções intercelulares dos tipos comunicante (gap) e desmosomas.
 A lâmina basal rodeia o órgão do esmalte no seu contorno total, separando as células dos epitélios externo e interno, do folículo e da papila, respectivamente. 
 Na papila dentária, as células ectomesenquimais apresentam-se indiferenciadas na sua região central, com finas fibrilas colágenas ocupando a matriz extracelular, junto aos componentes não colágenos (ex: proteoglicanas, glicosaminoglicanas, glicoproteínas)
 Os capilares, inicialmente presentes no folículo dentário, começam também a penetrar, durante esta fase, a papila dentária, aparecendo em grande npumero entre as células
O GERME DENTÁRIO SEPARA-SE DA LÂMINA DENTÁRIA E DO EPITÉLIO ORAL
A presença do folículo dentário torna-se mais evidente, pois ele passa a envolver o gerem dentário na sua totalidade, inclusive na sua extremidade oclusal.
 Nesta ase, a porção da lâmina dentária, entre o órgão do esmalte e o epitélio bucal se desintegra. Além disso, o osso do processo alveolar em formação, geralmente, acaba rodeando completamente o folículo dentário, constituindo a cripta óssea.
 Grupos de células epiteliais da lâmina permanecem presentes nos pertuitos ósseos, nesta região, formando o gubernáculo ou canal gubernacular (que desempenhará um importante papel na erupção)
A FORMAÇÃO DE DOBRAS NO EPITÉLIO INTERNO DETERMINA A FORMA DA COROA DO DENTE
Isso é devido à formação de dobras no epitélio interno do órgão do esmalte nos locais onde as primeiras células cessam sua atividade mitótica, antes da diferenciação em ameloblastos, e também ao fato de que a alça cervical permanece fixa.
Quando a atividade mitótica das células vai terminando, sequencialmente a partir dos vértices das cúspides, em direção à alça cervical, as vertentes das cúspides vão se delineando, estabelecendo, assim, a forma da futura coroa do dente.
A DENTINOGÊNESE INICIA-SE ANTES DA AMELOGÊNESE
Após esses eventos, as células de epitélio interno, localizadas nos vértices das cúspides, até então cilíndricas baixas com núcleo próximo à lamina basal, tornam-se cilíndricas altas. O seu núcleo passa a se localizar do lado oposto à papila dentária. Após esse fenômeno, denominado: inversão da polaridade, essas células se transformam em pré-ameloblastos. 
Sob a influência dos pré-ameloblastos, a papila dentária para de se dividir, aumentam de tamanho e começam sua diferenciação em odontoblastos, passando, assim, a secretar a primeira camada de matriz de dentina – a dentina do manto.
A presença da matriz dentinária (cujo constituinte mais abundante é o colágeno tipo 1) e contatos entre odontoblastos e pré-ameloblastos desencadeiam a diferenciação final destes em ameloblastos, os quais sintetizam e secretam a matriz orgânica do esmalte (que é bastante proteica, porém não é de natureza colágena)
A INDUÇÃO RECÍPROCA RESULTA NA DIFERENCIAÇÃO DE ODONTOBLASTOS E AMELOBLASTOS
Esses eventos começam nos locais correspondentes as futuras cúspides do dente e progridem sequencialmente, descendo pelas vertentes das cúspides até a região da alça cervical.
A diferenciação dos odontoblastos é induzida, com participação da lâmina basal, pelas células do epitélio interno do órgão do esmalte, que após a inversão da sua polaridade denominam-se: pré-ameloblastos.
Em estágio posterior, com a presença da primeira camada de dentina, completa-se a diferenciação dos pré-ameloblastos em ameloblastos.
O fenômeno de indução recíproca é um conjunto de interações epitélio-ectomesênquima (fatores de crescimento, fatores de transcrição, moléculas de adesão, integrinas e elementos da matriz extracelular).

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