Buscar

TCC Unopar 6º Sem GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

�PAGE \* MERGEFORMAT�5�
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
ciências contábeis
	
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL
“Gestão Financeira e Orçamento Empresarial”
	
Juazeiro BA
2015
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL
“Gestão Financeira e Orçamento Empresarial”
Trabalho apresentado ao Curso de Ciências Contábeis da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, Produção Textual Individual.
Orientador: Equipe de Professores do 6º Semestre.
Juazeiro BA
2015
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................................	06
 
1. GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTO EMPRESARIAL..............................	07
1.1.CONCEITO DE GESTÃO FINANCEIRA.............................................................	07
1.1.1 PLANEJAMENTOS FINANCEIROS................................................................. 08
1.2.GESTÃO FINANCEIRA E FLUXO DE CAIXA.....................................................	11
1.3 PRINCIPAIS DECISÕES DE INVESTIMENTOS............................................... 13
1.4 RISCO E RETORNO........................................................................................... 16
1.4.1 INDICADORES PARA MEDIR RETORNO DOS INVESTIMENTOS. ............. 18
1.4.2 RETORNO SOBRE O ATIVO (ROA)............................................................... 19
1.4.3 RETORNO S/ PATRIMONIO LIQUIDO (ROE)................................................ 20
1.5 PRINCIPAIS TIPOS DE ORÇAMENTO...............................................................21
1.5.1 ORÇAMENTO DE VENDAS.............................................................................22
1.5.2 ORÇAMENTO DE PRODUÇÃO ..................................................................... 24
1.5.3 ORÇAMENTO DE MATÉRIA PRIMA................................................................24
1.5.4 ORÇAMENTO DE MÃO DE OBRA DIRETA.....................................................25
1.5.5.ORÇAMENTO DE CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO..........................25
1.5.6 ORÇAMENTO DE DESPEAS DE VENDAS E ADMINISTRATIVAS................25
1.5.7 ORÇAMENTO DAS DESPESAS TRIBUTARIAS E FINANCEIRAS.................26
1.5.8 PROJEÇÕES DOS ORÇAMENTOS FINANCEIROS.......................................26
1.5.9 ORÇAMENTO DE CAIXA.................................................................................26
1.6 PONTOS POSITIVOS DO ORÇAMENTO PARA GESTÃO...............................27
2 NOÇÕES DE ATUÁRIA..........................................................................................29
2.1 CONCEITOS DE ATUÁRIA..................................................................................29
2.2 PREVIDENCIA DO BRASIL.................................................................................28
3 DIREITO EMPRESARIAL.......................................................................................30
3.1 SOCIEDADES EMPRESARIAIS E SOCIEDADES SIMPLES.............................33
3.2 OBRIGAÇÕES DOS EMPRESÁRIOS E SOCIEDADES EMPRESARIAIS.........35
 CONCLUSÃO...........................................................................................................36
 REFERÊNCIAS.........................................................................................................37
1 INTRODUÇÃO
O presente estudo tem a finalidade de aperfeiçoar e expandir conhecimentos a cerca de da gestão financeira explanando que as finanças estão direcionadas ao gerenciamento de uma organização, levando à análise de dados financeiros e tendo como objetivo a elevação da organização, através da tomada de decisões eficaz, as decisões financeiras de uma empresa inseridas em economia em desenvolvimento requerem uma reflexão mais critica de seus aspectos conflitantes, exigindo uma adaptação á realidade dos negócios.
Uma empresa pode estabelecer visões para produzir com qualidade, ou oferecer um ótimo atendimento, e ter uma maior participação no mercado, isto torna a empresa competitiva, mais não garante sua lucratividade e é pensando em lucro que se vê a necessidade de um eficiente planejamento orçamentário financeiro, munindo-a de ferramentas essenciais para tomada de decisões de toda estrutura de capital da empresa, tanto para o presente como para um planejamento futuro. Assim este artigo objetiva mostrar como o orçamento pode dar este suporte, e como as particularidades dessas empresas podem interferir no desenvolvimento do orçamento. Visa esclarecer também as vantagens e riscos de determinados investimentos e formas de medir a lucratividade dos mesmos.
A relevância do atuário no mercado financeiro e os conceitos de atuária são abordados neste breve relato, tratando de dissipar as dúvidas sobre Previdência no Brasil e seus benefícios.
Abordaremos de forma sucinta O Direito Empresarial, antigo Direito Comercial, cujo objetivo é estudar as relações privatistas que envolvem a empresa e o empresário. Analisando as Sociedades Simples e Empresariais, bem como, as obrigações do empresário.
GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTO EMPRESARIAL
No atual cenário brasileiro a administração de empresas é uma tarefa que exige muito esforço e conhecimento dos seus gestores. Inúmeras são as dificuldades enfrentadas, tais como: uma carga tributária muito pesada, competição direta com as grandes empresas internacionais, relações econômicas em constante transformação e os altos encargos trabalhistas são alguns dos obstáculos enfrentados.
O planejamento se faz necessário em todas as atividades da empresa, mas principalmente nas atividades da área financeira, o
onde os recursos são escassos e os riscos são grandes. Uma gestão financeira eficaz tornou-se atualmente um fator crítico de sucesso. Os gestores das pequenas e médias empresas precisam aprender que as finanças de uma empresa não podem ser administradas de forma intuitiva nem empírica. Ao fazer isso o empresário pode perder dinheiro sem nem saber onde.
Com o grande número de empresas que fracassam em suas operações por problemas financeiros, fica claro que o planejamento e controle financeiro são fundamentais para a sustentabilidade e crescimento de todas as organizações. Empresas de pequeno e médio porte estão mais suscetíveis a tais problemas, visto que as tarefas e responsabilidades são geridas por poucas pessoas e o volume de recursos pode ser mais escasso. Essas dificuldades financeiras podem estar associadas à falta de um planejamento e controle operacional e pela não utilização de ferramentas administrativas.
A gestão financeira de uma empresa deve envolver um conjunto de ações e procedimentos administrativos que visam maximizar os resultados econômico-financeiros através da eficiência operacional e do controle das atividades financeiras. E isso não é tarefa fácil, por isso que o gestor deve se municiar de todas as ferramentas disponíveis que lhe auxiliem nessa tarefa.
O planejamento financeiro também não deve ser desconexo do resto da organização, seu propósito fundamental deve ser o de dar vida à estratégia da organização. Muitas empresas ainda geram o seu planejamento como um número apenas, baseado em um incremento sobre o ano anterior, com pouca ou nenhuma ligação com as definições estratégicas para o futuro da empresa.
 1.1.1 PLANEJAMENTOS FINANCEIROS
O planejamento financeiro é a forma pela qual a empresa estabelece, antecipadamente, as ações necessárias e o modo de agir para alcançar seus objetivos e metas estratégicas. 
Podemos definir planejamento como a tomada antecipada de decisões sobre o que fazer, antes da ação ser necessária. Planejar significa traçar as linhas gerais das coisas que devem ser feitas e dos métodos de fazê-los, a fim de atingir certos objetivos.
Conforme CHIAVENATO (1999), As empresas não trabalham na basedo improviso. Quase tudo nelas é planejado antecipadamente. O planejamento figura como a primeira função administrativa, por ser exatamente aquela que serve de base para as demais funções. O planejamento é função administrativa que determina antecipadamente quais são os objetivos que devem ser atingidos e como 
se deve fazer para atingi-los da melhor maneira possível.
HALLORAN (1994, p. 22), sobre o planejamento financeiro, presume a sua elaboração e resume: 
“embora as projeções financeiras sejam apenas uma estimativa, elas tornam-se mais concretas à medida que você colhe um número maior de informações”.
O planejamento financeiro estabelece diretrizes de mudança e crescimento numa empresa, preocupando-se com uma visão global, com os principais elementos de políticas de investimento e financiamento da empresa. Com relação ao crescimento da empresa, ele está diretamente ligado à política financeira adotada pela empresa. Assim, o planejamento financeiro estabelece o modo pelo qual os objetivos financeiros podem ser alcançados; é, portanto, um plano para o futuro. O planejamento auxilia ainda na implantação de projetos que exijam estudos com antecedência de todas as variáveis a serem analisadas e a situação de incerteza. (TELÓ, 2001). 
GITMAN (1997) afirma: “Os planos financeiros e orçamentos fornecem roteiros para atingir os objetivos da empresa. Além disso, esses veículos oferecem uma estrutura para coordenar as diversas atividades da empresa e atuam como mecanismo de controle estabelecendo um padrão de desempenho contra o qual é possível avaliar os eventos reais.” 
Ele divide o planejamento em dois planos:
a) plano financeiro de longo prazo; 
b) plano financeiro de curto prazo.
 
PLANEJAMENTO FINANCEIRO DE LONGO PRAZO
 O processo de planejamento financeiro inicia-se com a elaboração de um planejamento de longo prazo. Esse planejamento, como o nome diz, é um conjunto de planos de ação que visam um espaço de tempo maior. Fazem parte do plano estratégico da empresa e irão direcionar a formulação dos planos de curto prazo. 
Os planos financeiros de longo prazo em geral refletem o impacto antecipado da implantação de ações planejadas sobre a situação financeira da empresa. 
Tais planos tendem a cobrir períodos que vão de dois e dez anos; em alguns casos se tem o emprego de planos quinquenais, que são continuamente revistos à chegada de novas informações. Geralmente empresas, sujeitas a elevados graus de incerteza operacional ou ciclos de produção relativamente curtos, ou ambos, tenderão a empregar horizontes de planejamento mais curtos. Os planos financeiros de longo prazo tendem a focalizar a implementação de dispêndios de capital propostos, atividades de pesquisa e desenvolvimento, ações de marketing e relacionadas com o desenvolvimento de produtos, e importantes fontes de financiamento.
PLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO
Este tipo de planejamento possui uma curta duração (de um a dois anos). Ele reflete os resultados esperados de ações de curto prazo. Tem caráter operacional e seus principais insumos são: projeções de vendas, dados operacionais e financeiros. O resultado serão os orçamentos operacionais e as projeções financeiras. 
Usando a previsão de vendas como insumo básico, desenvolve-se um plano de produção que leva em conta o tempo necessário para converter matéria prima em produto acabado. Os tipos e quantidades de matéria prima necessárias durante o período de previsão podem ser estimados a partir do plano de produção. Com base nestas estimativas de consumo de matéria prima, pode-se programar quando e quanto comprar de matéria prima. Pode-se estimar o montante de mão de obra necessária, seja em homens-horas ou em dinheiro. Os custos indiretos de fabricação podem ser estimados, e finalmente as despesas operacionais, especificamente as despesas com vendas e administrativas, podem ser estimadas com base no nível de operações necessário para sustentar as vendas previstas. 
(GITMAN, 1997).
1.2 GESTÃO FINANCEIRA E FLUXO DE CAIXA
A gestão das necessidades de caixa nas organizações, nos dias de hoje, é de suma importância, visto que as mudanças são cada vez mais rápidas em face a globalização e também muitas empresas vêm perdendo sua continuidade por falta de administração de caixa. 
O fluxo de caixa é um relatório que trabalha com informações atuais e não com dados passados, é dinâmico, portanto evidencia de forma transparente e verdadeira situação financeira da empresa. Com a nova conjuntura econômica mundial, é indispensável que o 
administrador financeiro da empresa esteja preparado para os novos desafios. Atualmente, é preciso gerenciar com competência todos os recursos financeiros disponíveis na empresa e o fluxo de caixa é uma ferramenta indispensável à boa gestão das organizações. A análise da aplicação do Fluxo de Caixa nas empresas e a avaliação da capacidade informativa do Fluxo de Caixa frente à Demonstração do Resultado do Exercício, comparando as informações geradas por essa no que se reporta a gestão empresarial, reforça a ideia de que o fluxo de caixa é imprescindível à administração, pois é o mecanismo mais adequado para a obtenção das informações pertencentes aos seus ingressos e desembolsos por meio dos relatórios geridos por essa prática, servindo como ferramenta de gestão financeira e estratégica.
O Fluxo de Caixa é um Instrumento de gestão financeira que projeta para períodos futuros todas as entradas e as saídas de recursos financeiros da empresa, indicando como será o saldo de caixa para o período projetado. 
De fácil elaboração para as empresas que possuem os controles financeiros bem organizados, ele deve ser utilizado para controle e, principalmente como instrumento na tomada de decisões. 
O Fluxo de Caixa deve ser considerado como uma estrutura flexível, no qual o gestor deve inserir informações de entradas e saídas conforme as necessidades da empresa.
Com as informações do Fluxo de Caixa, o gestor financeiro pode elaborar a Estrutura Gerencial de Resultados, a Análise de Sensibilidade, calcular a Rentabilidade, a Lucratividade, o Ponto de Equilíbrio e o Prazo de retorno do investimento. 
O objetivo é verificar a saúde financeira do negócio a partir de análise e obter uma resposta clara sobre as possibilidades de sucesso do investimento e do estágio atual da empresa. 
PRINCIPAIS DECISÕES DE INVESTIMENTO
O investimento é a força motriz básica da atividade empresarial. É a fonte de crescimento que sustenta as estratégias competitivas explícitas da administração e, normalmente, está baseado em planos (orçamentos de capital) comprometidos com fundos novos ou já existentes, destinados a três áreas principais:
•Capital de giro (saldos de caixa, de duplicatas a receber e de estoques, menos duplicatas a pagar e outras obrigações circulantes). 
•Ativos físicos (terrenos, edifícios, maquinaria e equipamentos, móveis de escritório, equipamentos de laboratório). 
•Programas de gastos principais (pesquisa e desenvolvimento, desenvolvimento de produto ou serviços, programas de promoção, aquisições, etc.).Helfert (2000).
Ainda de acordo com as ideias de Helfert (2000), realizar opções adequadas de investimento e programa-la com sucesso é uma responsabilidade-chave para a administração que leva à geração de riqueza. O novo investimento é o direcionador-chave para as estratégias de crescimento, mas somente se as expectativas são atingidas ou excedidas. Ao mesmo tempo, as empresas prósperas fazem avaliações críticas periódicas sobre como sua base de investimento (carteira de títulos) existente é diversificada, de modo a verificar se o desempenho e a perspectiva futura dos produtos, dos serviços e do segmento empresarialespecífico garantem um compromisso continuado. 
“As decisões de investimento do administrador financeiro determinam a combinação e o tipo de ativos constantes do balanço patrimonial da empresa. Deve também decidir quais são os melhores ativos permanentes a adquirir, e saber quando os ativos existentes precisam ser modificados, substituídos ou liquidados.” Gitman (2002, pag. 14).
ASPECTOS ESTRATEGICOS NAS DECISÕES DE INVESTIMENTOS
Pode-se afirmar que um dos aspectos intangíveis mais importantes de serem considerados quando da avaliação de investimentos é o relacionado às implicações estratégicas decorrentes da implantação de um projeto. Este aspecto torna-se mais significativo quando o volume de recursos destinados ao investimento é elevado e quando o período de influência do mesmo é longo.
As alterações que possam vir a ocorrer em virtude de um investimento, podem influenciar de forma decisiva as oportunidades que surgirão a partir deste. Por exemplo, a implantação de um projeto que tenha como consequência um aumento na flexibilidade da linha de produção, possibilitará à empresa competir com maior velocidade e diversidade em relação aos seus concorrentes. Esta oportunidade surgida a partir do investimento inicial poderá gerar receitas extras que não estão relacionadas a atividade atual da empresa.
GALESNE (1999), reforça esta ideia ao afirmar que “uma tarefa crucial ligada ao investimento estratégico é criar e gerir um conjunto de oportunidades futuras de investimentos lucrativos”.
Segundo Galesne (1999), o valor de qualquer investimento produtivo que uma empresa venha a realizar será formado por dois componentes: o primeiro, representado pelo VPL dos fluxos de caixa esperados para o investimento, e o segundo, representado pelas oportunidades futuras de investimentos proporcionadas pelo projeto em análise.
Segundo os mesmos autores, estas oportunidades podem ser em grande parte atribuível à aprendizagem que o projeto propicia à empresa. Neste sentido, percebe-se que muitas destas opções para investimentos futuros poderão não ser identificadas no momento de análise do investimento, vindo a ser conhecidas somente após a implementação do mesmo.
A consideração destes aspectos no momento da análise do investimento é bastante dificultada pelo fato de desconhecer-se, a priori, quais são as futuras 26 oportunidades de investimento decorrentes deste e, principalmente, os valores de receitas ou despesas relacionados a estas oportunidades.
Apesar da avaliação destes aspectos ser de difícil quantificação, pode-se fazer uma analogia, com fins principalmente qualitativos, entre as opções de investimentos criadas pelo projeto em análise com a teoria de opções financeiras utilizada no mercado de capitais. Uma das contribuições possíveis através desta consideração é a avaliação do comportamento ambíguo em relação à incerteza que caracteriza o investimento. Para os valores de fluxo de caixa, tais como: investimento inicial, custos operacionais, demanda, entre outros; a incerteza acarreta uma diminuição no valor do retorno do investimento, relacionada ao aumento da taxa de desconto. No entanto, com relação às oportunidades de investimentos futuros, quanto maior for a incerteza presente no projeto maior será o valor associado a estas opções, aumentando o retorno sobre o investimento.
Desta forma, o retorno total do investimento poderia ser dividido em retorno atual (vinculado aos valores colocados no fluxo de caixa) e retorno futuro (possibilidades de novos investimentos em razão deste que está sendo analisado).
Apesar da inquestionável importância que apresenta o aspecto estratégico nas decisões de investimento, este trabalho não aborda diretamente esta questão, restringido a sua contribuição à avaliação dos aspectos relacionados às atividades atuais desempenhadas pela empresa, sem levar em consideração oportunidades futuras de investimentos que possam resultar do projeto em análise.
RISCO E RETORNO
Os estudos de investimentos em projetos, normalmente, pressupõem a existência de riscos, os quais podem se apresentar de várias formas e maneiras, podendo-se distinguir em: econômicos, financeiros, tecnológicos, administrativos, legais e naturais. Os riscos supõem o entendimento e análise de que há possibilidade de algo não dar certo, dentro de uma distribuição de probabilidades previstas.
Hirschfeld (1989) define risco como a probabilidade de insucesso de uma decisão. Já Pindyck (2002) considera como risco a situação de poder arrolar os resultados possíveis. O risco caracteriza-se pelo conhecimento de uma probabilidade de que o evento venha a ocorrer no futuro.
Gitman (2001) entende risco como a possibilidade de o resultado real diferir do esperado, geralmente aliado a uma perda financeira, e associa o risco à probabilidade de ocorrer fracasso em um evento.
Para Bernstein (1997), o risco e o tempo estão intimamente relacionados, pois a natureza do horizonte de tempo é que estabelece a medida do risco. Considera como risco a “possibilidade de estar em perigo”, sob pena da perda de algo; quanto mais valioso o bem, maior o risco e a probabilidade de perda. Por outro lado, em determinados tipos de projetos de exploração mineral, como o de petróleo, três tipos de riscos se distinguem: os naturais, os econômicos e os financeiros.
Os riscos naturais estão associados às perdas pelos fenômenos relativos à natureza, como a geologia, a geografia, o relevo, a água, o solo e os seres vivos, dentro de uma distribuição de probabilidades de ocorrência dos eventos. Em se tratando de distribuição de probabilidades, ao se referir aos riscos econômicos, estes representam a possibilidade de perda de valores relativos aos recursos decorrentes dos fatores de produção. Ao se tratar de recursos financeiros, estes estão associados à perda de valores monetários.
Os riscos dividem-se em sistemáticos (risco não diversificável), aqueles que são derivados do mercado, e em não sistemáticos (risco diversificável), aqueles que são originados da própria organização. Para Pindyck (2002) o risco diversificável pode ser reduzido por meio da elaboração de diversos projetos ou investimentos em carteira de ativos; já o risco não diversificável não pode ser eliminado dessa forma.
Um bom modelo de risco e retorno deve possuir as seguintes características:
- oferecer uma medida para risco que seja universal;
- especificar que tipos de risco são recompensados e quais não o são;
- padronizar medidas de risco, permitindo análise e comparação;
- traduzir a medida de risco em retorno esperado; e
- funcionar.
Os investidores são pessoas que possuem condições de conviver com os riscos e as incertezas, tendo como objetivo principal a aplicação de recursos de capital na expectativa de obter retornos favoráveis num horizonte de tempo predeterminado. Os riscos para os investidores normalmente representam perdas dentro de patamares aceitáveis no ambiente dos negócios. Pode ocorrer que na elaboração da ponderação dos riscos haja variações entre um projeto e outro, em função da quantidade e qualidade das informações obtidas.
Para Copeland e Antikarov (2001), a possibilidade de estimar o valor de um projeto é tomar os fluxos de caixa livres, futuros esperados, e descontar ao custo médio ponderado de capital ajustado ao risco, ou, por outro lado, tomar os fluxos de caixa ajustado ao risco e descontar a uma taxa livre de risco. A resposta deve ser a mesma nos dois casos, no que se refere à equivalência das abordagens do ajustamento ao risco e da equivalente certa.
O investidor possui as suas preferências e entre as combinações de investimento com o mesmo nível de risco, sempre escolherá aquela que oferecer a máxima rentabilidade. E entre as combinações de investimento com a mesma rentabilidade esperada, sempre optará por aquela que oferecer o menor risco. Por outro lado, todas as decisões de investimentos giram em torno de duas opções, uma ou outra, podendo serresumida em investir ou não investir. Gitman (2001), no entanto, pondera que novos investimentos devem ser considerados à luz do impacto dos riscos e retornos do portfólio de ativos. E o administrador financeiro deve ter como meta criar um portfólio eficiente, que maximize o retorno para um dado nível de risco ou minimize o risco para um dado nível de retorno. Sendo que, nenhum investidor desejaria ter uma carteira esperada com um retorno inferior ao da carteira de mínima variância.
Deve-se salientar que a existência de riscos e a sua ponderação fazem parte da natureza humana e, como margem de segurança, reserva-se uma parcela de risco para aquilo que não se consegue avaliar. São variáveis que, eventualmente, podem interferir na economia, tais como: catástrofes, calamidades ou eventos com probabilidades de baixa ocorrência, mas que, de uma forma ou outra, podem esporadicamente acontecer e prejudicar a análise.
INDICADORES PARA MEDIR RETORNO DOS INVESTIMENTOS
O ROI é uma das medidas de rentabilidade mais utilizadas pelos gestores das empresas, sendo uma medida bastante eficiente, pois seu cálculo relaciona os rendimentos obtidos por um investimento com o valor total dele, possibilitando a comparação entre investimentos, contribuindo muito para o processo de gestão dos administradores.
Segundo HOJI (2001) é o modelo mais utilizado. Relaciona os investimentos efetuados na divisão com o lucro anual obtido por esta mesma divisão. O ROI permite avaliar o investimento na mesma linha de avaliação que é feita pela Análise de Balanço, através dos conceitos de Rentabilidade do Ativo e Rentabilidade do Patrimônio Líquido.
Assim sendo, o ROI é uma simples e eficiente medida de rentabilidade, relacionando os lucros obtidos com o valor dos investimentos realizados, dando ênfase que essa medida segue o mesmo padrão dos quocientes da Análise de Balanços, é tanto que é sua taxa é considerada como quociente ou índice de rentabilidade.
Como dito antes, o cálculo do ROI é considerado de fácil entendimento, sua base consiste nas informações gerenciais extraídas dos demonstrativos contábeis. Ataxa de retorno sobre o Investimento é calculada da seguinte forma:
ROI = Resultado Líquido / Investimento
O Retorno sobre o investimento (Return on Investiment, da Sigla, ROI) é considerado por muitos analistas como a melhor medida de eficiência operacional.
Mas, na prática esse indicador tem limitações e deve, portanto ser utilizado juntamente com outros indicadores, tais como padrões e orçamentos.
Por mais que o ROI seja considerado uma medida bastante eficiente no processo operacional, nele existem limitações, isto é, falhas encontradas no decorrer da utilização dessa medida. Os motivos para ela não ser de inteira eficiência são decorrentes da aplicação de diferentes critérios contábeis. Um bom exemplo é a depreciação, ela pode ter tratamentos diferentes pela contabilidade, influenciando a avaliação e decisões.
RETORNO SOBRE O ATIVO (ROA)
O retorno sobre o ativo é considerado como um dos quocientes individuais mais importantes da análise de balanços, ele mostra o desempenho da empresa de uma forma global. Essa medida deveria ser usada amplamente pelas empresas como teste geral de desempenho, comparando os resultados encontrados e o retorno esperado. A medida de retorno sobre o ativo representa o potencial de geração de lucros da empresa, isto é, o quanto a empresa obteve de lucro líquido em relação aos investimentos totais.
ROA = (Lucro Líquido / Ativo Total)
RETORNO SOBRE O PATRIMONIO LIQUIDO (ROE)
O ROE é considerado o principal quociente de rentabilidade utilizado pelos analistas, representa a medida geral de desempenho da empresa. O índice do Retorno Sobre o Patrimônio Líquido (ROE) mede a taxa de retorno para os acionistas. Os analistas de mercado de capitais, tanto quanto os acionistas, estão especialmente interessados nesse índice. Em geral, maior o retorno, mais atrativa é a ação. A taxa de retorno sobre o Patrimônio Líquido é uma medida de muita importância para os analistas financeiros, pois demonstra a rentabilidade em torno dos recursos dos acionistas em relação aos recursos totais da empresa.
O ROE é calculado de acordo com a seguinte expressão:
ROE = (Lucro Líquido/ Patrimônio Líquido)
PRINCIPAIS TIPOS DE ORÇAMENTO
Segundo o dicionário Michaelis, orçamento é a ação ou efeito de orçar. Cálculo dos gastos com a realização de qualquer obra ou empresa. Cálculo prévio da receita e despesa. 
WELSCH (1983) define orçamento como um plano administrativo que abrange todas as fases das operações para um período futuro definido. É a expressão formal das políticas, planos, objetivos e metas estabelecidas pela alta administração para a empresa como um todo, bem como para uma de suas subdivisões. 
O sistema orçamentário global, na concepção de ZDANOWICZ (2003, p.135) corresponde à projeção e à operacionalização das ações descritas nas etapas de planejamento financeiro, [...]. A proposta orçamentária deve contemplar as estimativas de receitas, custos, despesas e investimentos necessários para a consecução das atividades econômicas projetadas, a partir da definição dos objetivos, das metas e das estratégias da empresa. 
O orçamento é instrumento integrante do processo de planejamento e controle operacionais de qualquer empresa, independente do porte ou da atividade econômica. Em geral, as empresas procuram planejar e controlar suas atividades operacionais através da técnica orçamentária. As tarefas são formalizadas e sistematizadas para que possam ser executadas normalmente, durante o processo de implementação.
Portanto, o orçamento fundamenta-se na elaboração de um plano geral de ação da empresa, de acordo com os objetivos, as metas e as políticas de ação a curto e longo prazos. O sistema orçamentário fornece à direção as instruções para a execução de planos, enquanto a avaliação e o controle permitem a comparação dos valores realizados pela empresa, aos projetados para o período. (ZDANOWICZ, 2003).
1.5.1 ORÇAMENTO DE VENDAS 
 Segundo MOREIRA (2002), o orçamento de vendas é uma peça básica para o desenvolvimento do planejamento, pois condiciona as demais fases do processo global. Para ZDANOWICZ (2003, p.149) o orçamento de vendas: “é o instrumento que relacionará produtos e linhas de produtos a serem distribuídos logisticamente pela empresa nos diversos segmentos mercadológicos, considerando a quantidade, o preço unitário e a receita total”. 
No processo de elaboração deste tipo de orçamento, alguns fatores devem ser levados em consideração: a partir da visão e da missão, a empresa irá estabelecer uma estratégia de vendas que irá definir o comportamento da organização. Informações internas e externas também constituem o corpo do orçamento de vendas. Informações internas referem-se à: precificação, estratégia e negociação de vendas, programação, etc. As informações externas pertencem ao ambiente no qual a organização está inserida. Exemplos: renda per capita, PIB, câmbio, inflação, entre outros. A estimativa dos mercados consumidores e dos potenciais, mais as expectativas do setor, constituem as premissas básicas para estabelecer um planejamento das vendas. 
A precificação de vendas não pode ser feita ao acaso, para isso segundo SOBANSKI (1994) existem seis métodos de previsão de vendas. A primeira é a apuração de tendências de vendas, nela é importante reconhecer se haverá aumento, declínio ou estabilidade nas vendas. Neste método é considerado o ciclo de vida do produto e, também, as questões sazonais, assim como a expansão ou a contração dos negócios. 
O segundo é o método das opiniões da equipe de vendas, é realizada uma análise das opiniões dos vendedores e dos chefes de cada região, com o intuito de compor uma previsão de como serão as vendas da empresa. Todavia, podem ocorrer distorções acerca de indicadoresmacroeconômicos que são difíceis de serem notados pela equipe de vendas. 
O terceiro é o método da opinião dos executivos, este é formado pelo conhecimento que cada componente possui sobre o mercado. Realizam-se os cruzamentos das opiniões formadas e, assim, é construída uma previsão. 
O quarto é o método da análise da indústria sendo realizada uma previsão da demanda total a ser atendida por todas as empresas que compõe o setor e, com o conhecimento da atual fatia de mercado da organização, realiza-se uma previsão futura para ela. No entanto, este método pode conduzir a resultados inexatos, pois pode haver erro no levantamento da participação atual da empresa. 
O quinto a análise correlacional aborda uma série de variáveis que, por sua vez, condicionam outras. Exemplo: para a indústria de materiais de construções, a variável a ser analisada é a quantidade de imóveis sendo feitos; para lojas de departamento, a capacidade de compra da população. 
Com a série histórica destes fatores e uma projeção futura, é possível aplicar algumas ferramentas estatísticas, tais como: regressões lineares simples ou múltiplas, entre outros. 
Enfim, o método de abordagens múltiplas faz uma combinação das outras técnicas acima comentadas, visto que as organizações acabam não optando por apenas um método específico. 
1.5.2 ORÇAMENTO DE PRODUÇÃO
 
O orçamento de produção é feito após o orçamento de vendas estar pronto, pois ele usa o orçamento de vendas como base. Nele se determina as quantidades de produtos que deverão ser fabricados, levando em conta o volume de vendas projetado para cada período assim como a política de estoques e projetando também os custos e as despesas envolvidas no processo produtivo. 
Esse orçamento provê a base para se determinar os orçamentos de custos de cada elemento. Após as estimativas de materiais 
que são exigidos para atender ao nível de fabricação, definem-se os custos relacionados à fabricação: matéria-prima, mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação. O próximo passo é fazer orçamento de cada um desses itens.
 
1.5.3 ORÇAMENTO DE MATÉRIA PRIMA
 
 Com base no orçamento de produção e na composição de cada produto podem-se orçar então as necessidades de matéria-prima do período. O orçamento de matérias-primas está relacionado assim, diretamente com a logística da empresa, já que é ele que determina as quantidades previstas de cada matéria-prima para o que foi planejado. 
A preocupação fundamental no momento da compra da matéria-prima, adverte Zdanowicz (2003), diz respeito à qualidade, à entrega e aos custos da mesma, de forma que não ocorra descontinuidade do processo produtivo e a imagem da empresa não saia deturpada, além da necessidade da manutenção dos preços competitivos. LUNKES (2008) completa que “O objetivo é comprar estes materiais no momento certo e ao preço planejado.” 
1.5.4 ORÇAMENTO DE MÃO-DE-OBRA DIRETA
 
 O orçamento da mão-de-obra é basicamente estimar a necessidade de mão-de-obra para a fabricação dos produtos orçados, e de que forma vai ser composta essa mão-de-obra, se vai haver horas extras, contratações ou dispensas, assim como os custos nisso incorridos. Nesse orçamento é muito importante a participação dos gerentes dos departamentos envolvidos na produção. 
LUNKES (2008) afirmou que o objetivo macro do orçamento de mão-de-obra direta é estimar a necessidade de recursos humanos, recrutamento, treinamento, avaliação e especificação de tarefas, avaliação de desempenhos, negociação com sindicatos e administração salarial. 
1.5.5 ORÇAMENTO DE CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO
 
 Os custos indiretos de fabricação abrangem todos os itens de produção, que não foram classificados como matéria-prima ou mão-de-obra direta, mas que correm durante o processo produtivo. Em geral esses custos não agregam valor ao produto, por isso também podem ser chamados de despesas indiretas de fabricação. São normalmente divididos em custos fixos e custos variáveis, e a diferença entre eles é bem clara, enquanto o primeiro não muda o segundo varia conforme a demanda, o período do ano ou outros fatores . Exemplos de custos variáveis são: energia elétrica, manutenção, material indireto e mão-de-obra indireta. Vale ressaltar que um custo pode ser fixo até certo nível de produção e depois se tornar variável e vice-versa. 
1.5.6 ORÇAMENTO DE DESPEAS DE VENDAS E ADMINISTRATIVAS
 Esse orçamento como o nome já diz é voltado para as despesas administrativas da empresa. Segundo LUNKES (2008) as despesas administrativa, de vendas, financeiras e de pessoal incluem todos os gastos necessários para a gestão das operações da empresa e também os relativos à pessoal, viagens, telefone, correio, fax, material de escritório, depreciação dos bens de escritório, seguros, taxas, energia elétrica, entre outros. Estas despesas estão ligadas a alta administração incluindo ainda custos comerciais, marketing, custos financeiros e tributários. 
 Nesse orçamento entram ainda gastos com comissão de vendas ao vendedores e custos com frete. Na prática esse orçamento costuma ser preparado por diferentes gestores das áreas de sua abrangência.
1.5.7 ORÇAMENTO DAS DESPESAS TRIBUTARIAS E FINANCEIRAS
 O orçamento das despesas tributárias tem o objetivo de relacionar todos os tributos que a empresa está exposta. Impostos, taxas e contribuições de melhorias são despesas tributárias. A projeção desse orçamento pode ser dificultada, pois cada região da federação apresenta alíquotas de impostos diferenciadas. 
 O orçamento de despesas financeiras está vinculado aos gastos gerados pela captação de recursos financeiros para fins de capital de giro ou ativo fixo. (ZDANOWICZ, 2003). São exemplos: juros, comissões bancárias, fianças, avais, etc. Contemplarão os financiamentos e empréstimos contratados no período anterior e aqueles obtidos no exercício projetado. 
1.5.8 PROJEÇÕES DOS ORÇAMENTOS FINANCEIROS
Quando todas as peças dos orçamentos citados anteriormente estiverem prontas pode-se juntar elas para a construção de um orçamento geral da empresa. 
Esse orçamento pode ser usado para uma avaliação das receitas e despesas estimadas no período para cada setor da empresa e projetar resultados para futura análise dos resultados alcançados através do planejamento. 
1.5.9 ORÇAMENTO DE CAIXA
 
 Orçamento de caixa é um demonstrativo das entradas e saídas de recursos. 
É usado para projetar uma possível falta de caixa, onde deverá obter financiamentos, ou aplicação caso tenha tido excedentes. (GITMAN, 1997). Logo o orçamento de caixa é uma ferramenta importantíssima para o administrador financeiro. É através dele que se consegue estabelecer um equilíbrio financeiro entre entradas e saídas financeiras. 
LUNKES (2008) ressalta que o objetivo do orçamento de caixa é assegurar recursos monetários suficientes para atender às operações da empresa estabelecidas nas outras peças orçamentárias. Segundo ele ainda, o orçamento de caixa está sujeito a incertezas e falhas, sendo necessário ter uma margem de segurança quer permita, assim, atender a um eventual erro da previsão. Tal afirmação é compartilhada por ZDANOWICZ (2003) quando descreve que o objetivo do orçamento de caixa é proporcionar o levantamento dos recursos financeiros necessários para a execução do plano geral de operações e, também, da realização das transações monetárias da empresa. 
 O orçamento de caixa possibilita ao administrador, segundo Gitman (1997) planejar suas necessidades de caixa a curto prazo. Geralmente, dá-se atenção ao planejamento dos excessos e faltas de caixa. Uma empresa que espera um excesso 
de caixa pode planejar aplicações a curto prazo, enquanto que outra com déficit de caixa deve providenciar financiamento a curto prazo.O orçamento de caixa dá ao administrador financeiro uma visão clara da época em que ocorrerão recebimentos e pagamentos previstos durante um determinado período. 
 A elaboração do orçamento de caixa é tarefa fundamental, e o grau de complexidade varia de acordo com a estrutura de negócios da organização. Explica, Zdanowicz (2003): Na elaboração do orçamento de caixa serão utilizados as projeções de vendas, produção e despesas operacionais, considerando os prazos médios de vendas e compras com as prováveis datas de recebimentos e pagamentos no período orçado, bem como as futuras aquisições de itens do ativo imobilizado, os aumentos de capital social da empresa e as participações em empresas coligadas e/ou controladas. 
Embora o orçamento de caixa possa ser desenvolvido para qualquer período o comum é que ele cubra o período de um ano. Geralmente dividido em intervalo, pode ser meses, bimestres, trimestres ou até semestres, variando conforme a natureza do negócio.
PONTOS POSITIVOS DO ORÇAMENTO PARA GESTÃO
O orçamento é uma ferramenta a serviço do gestor, que deve saber adaptá-la às suas próprias necessidades, bem como ao contexto particular da empresa. Em se tratando de gestão empresarial, pode-se destacar como pontos positivos, a motivação e o controle das estratégias, possibilitando a avaliação do desempenho em tempo real e fazendo com que os administradores pensem no futuro, ajudando a coordenar seus esforços para que possa enfim, possam atingir seus objetivos.
Sendo assim, o orçamento é uma ferramenta de gestão empresarial que permite avaliar a aplicação dos recursos institucionais, financeiros e materiais, bem como na avaliação do desempenho, uma vez que permite analisar as variações entre o previsto e o realizado. No caso das variações negativas, estas se referem a uma realização que excedeu o que constava no orçamento e devem ser justificadas pelo gestor. Por isso que o controle orçamentário é útil, pois este fornece informações importantes que servem para realimentar o sistema de planejamento. Uma vez alcançada uma etapa, é possível redirecionar, enfatizar, ajustar as ações para atingir os objetivos previamente traçados. 
 O orçamento é importante por trazer a informação necessária para conseguir analisar a situação financeira da organização a longo prazo, bem como no curto prazo para algum projeto ou programa específico. Quando se detém a informação financeira, pode-se avaliar a viabilidade de programas ou projetos e também analisar a sustentabilidade financeira da organização para o longo prazo. O orçamento também é primordial no tocante à transparência, pois a divulgação das metas propostas no orçamento e o grau de atingimento das mesmas são úteis no processo de prestação de contas, gerando credibilidade da organização junto à população.
NOÇÕES DE ATUARIA
As ciências atuariais ou atuária caracterizam a área do conhecimento que analisa os riscos e expectativas financeiras e econômicas, principalmente na administração de seguros e pensões (previdência social ou privada).
Ciência Atuarial- É o ramo do conhecimento que lida com matemática de seguros, incluindo probabilidades. É usada para garantir que os riscos sejam cuidadosamente avaliados, que os prêmios sejam estabelecidos adequadamente pelos classificadores de riscos e para que se faça a adequada provisão para os pagamentos futuros de benefícios. (Dictionary of Insurance Terms – Copyright 1995 by Barron’s Educantional Series, Inc).
O Atuário é o profissional preparado para mensurar e administrar riscos, uma vez que a profissão exige conhecimentos em teorias e aplicações matemáticas, estatística, economia, probabilidade e finanças, transformando-o em um verdadeiro arquiteto financeiro e matemático social, capaz de analisar concomitantemente as mudanças financeiras e sociais no mundo.
(DECRETO-LEI Nº 806 – DE 04 DE SETEMBRO DE 1969)
O Atuário atua principalmente nos segmentos de:
Seguros e Capitalização;
Previdência Social e Privada
Resseguro; e
Instituições Financeiras.
  
Como ciência multidisciplinar, a Atuária se utiliza, basicamente, de conhecimentos oriundos de outros ramos do conhecimento, como:
 Principais:
Demografia;
Matemática Financeira;
Probabilidade Estatística.
 Adicionais:
Direito;
Economia;
Finanças.
O trabalho do atuário é rigorosamente técnico.
Cuida da investigação das leis da mortalidade, invalidez, doença, fecundidade e natalidade e de outros fenômenos biológicos e demográficos em geral;Das probabilidades de ocorrências necessárias ao estabelecimento de planos de seguros e de cálculo de reservas; Da seleção e aceitação dos riscos, do ponto de vista médico atuarial e da elaboração das cláusulas e condições gerais das apólices de todos os ramos, seus aditivos e anexos, dos títulos de capitalização; Dos planos técnicos de seguros e resseguros; Das formas de participação dos segurados nos lucros; Da cobertura e exclusão de riscos especiais.
2.2 PREVIDENCIA DO BRASIL
O que significa Previdência?
Previdência vem do latim pré videre, que é a antecipação das contingências sociais para procurar compô-las. Também é relacionada com praevidentia: prever, antever.
A previdência social é um seguro social, mediante contribuições previdenciárias, com a finalidade de prover subsistência ao trabalhador, em caso de perda de sua capacidade laborativa por motivo de doença, acidente de trabalho, maternidade, reclusão, morte e velhice.
Quem administra o sistema da previdência social é o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), autarquia do Governo Federal do Brasil que recebe as contribuições para a manutenção do Regime Geral da Previdência e é o responsável pelo pagamento dos benefícios previstos pela Previdência Social. O INSS está subordinado ao Ministério da Previdência Social.
O regime geral de Previdência Social caracteriza-se, principalmente, pela filiação obrigatória e pelo caráter contributivo. Desse modo, só terão direito à percepção das prestações previdenciárias as pessoas que se filiarem ao regime e que contribuírem para esse sistema. Os beneficiários do regime geral da previdência social são classificados em segurados e dependentes. Os segurados dividem-se em obrigatórios e facultativos.
Os segurados são todos os trabalhadores que exercem atividade laborativa, não se limitando ao empregado, pois abrange quem quer que exerça atividade remunerada efetiva ou eventual, permanente ou temporária, com ou sem vínculo empregatício.
Todo trabalhador com carteira assinada é automaticamente filiado à Previdência Social.
São segurados da Previdência Social os empregados, os empregados domésticos, os trabalhadores avulsos, os contribuintes individuais (pessoas que trabalham por conta própria, autônomos) e os trabalhadores rurais. Até mesmo quem não tem renda própria, como as donas-de-casa e os estudantes, pode se inscrever na Previdência Social.
Os benefícios do Regime Geral de Previdência Social - RGPS financiados pelo Regime de Repartição Simples
Nesse regime, a arrecadação se dá pela cobrança de contribuição das pessoas que estão em atividade para o financiamento daqueles que estão em gozo de um benefício pela Previdência Social.
A Previdência Social oferece os seguintes benefícios:
Aposentadoria por idade
Aposentadoria por invalidez
Aposentadoria por tempo de contribuição
Aposentadoria especial
Auxílio-acidente
Auxílio-doença
Auxílio-reclusão
Pensão por morte
Salário-Maternidade
Salário- Família
DIREITO EMPRESARIAL
O Direito Empresarial, antigo Direito Comercial, é o ramo do direito que estuda as relações privatistas que envolvem a empresa e o empresário. Nessas relações estão o estudo da empresa, o direito societário, as relações de título de crédito, as relações de direito concorrencial, as relações de direito intelectual e industrial e oscontratos mercantis. 
É o conjunto de normas jurídicas (direito privado) que disciplinam as atividades das empresas e dos empresários comerciais (atividade econômica daqueles que atuam na circulação ou produção de bens e a prestação de serviços), bem como os atos considerados comerciais, ainda que não diretamente relacionados às atividades das empresas, conforme MAMEDE 2007.
SOCIEDADES EMPRESARIAIS E SOCIEDADES SIMPLES
Abrange a teoria geral da empresa; sociedades empresariais; títulos de crédito; contratos mercantis; propriedade intelectual; relação jurídica de consumo; relação concorrencial; locação empresarial; falência e recuperação de empresas.
Portanto, o Direito de Empresa passa a ser regulado pela codificação civil na Parte Especial do Livro II (arts. 966 a 1.195). Este livro, por sua vez, é assim dividido: Título I - Do empresário; Título II - Da Sociedade; Título III - Do Estabelecimento; e Título IV - Dos Institutos Complementares.
Este é o período correspondente ao Direito Empresarial contemplado no Código Civil. Leva em conta a organização e efetivo desenvolvimento de atividade econômica organizada.
Os empresários individuais e as sociedades empresárias são considerados agentes econômicos fundamentais, pois geram empregos, tributos, além da produção e circulação de certos bens essenciais à sociedade, por isso, a legislação garante a estes uma série de vantagens. Assim é que são deferidos institutos que dão efetividade ao princípio da preservação da empresa, de origem eminentemente neoliberal em razão da necessidade de proteção ao mercado, relevante para o desenvolvimento da sociedade em inúmeras searas, a exemplo da falência, da possibilidade de produção de provas em seu favor por meio de livros comerciais regularmente escriturados e demais medidas protetivas.
Com a entrada em vigor do novo Código Civil (Lei 10.406/2002) em 11.01.2.003, desapareceram, juntamente com o anterior de 1916, as sociedades civis e comerciais, eliminando-se também com elas a necessidade de distingui-las através do objeto social (civil ou comercial).
Em substituição, o novo Código Civil criou as figuras das sociedades simples a serem registradas no Registro Civil das Pessoas Jurídicas e as empresárias, para registro na Junta Comercial. (Código Civil, art. 1.150).
Estas não se distinguirão mais pelo objeto, já que ambas podem contribuir, com bens e serviços, para o exercício da atividade econômica (Código Civil, art. 981), com a ressalva de que as sociedades empresárias deverão exercer essa atividade econômica de forma organizada (Código Civil, art. 982).
Sendo assim, as sociedades, doravante, se distinguirão pela maneira com que vierem exercer a atividade econômica – de forma organizada ou não.
Empresárias serão, então, aquelas que exercerem a atividade econômica organizada, através da empresa (forma organizada - organismo), nos termos do art. 982 combinado com o caput do art. 966 do Código Civil. Essa atividade será exercida, então, através dessa forma organizada ou desse organismo, e não diretamente pelos sócios, observando-se um distanciamento com notória aparência entre eles e a atividade. O que ocorre de forma corriqueira nas sociedades de grande porte. Exemplo: sociedades, que prestam serviços médicos através de hospitais, ou, ainda, aquelas que o fazem através das fábricas e indústrias de grande porte.
Já as simples, são as demais. Aquelas em que a atividade econômica é exercida, ordinariamente, pelos próprios sócios, surgindo daí uma vinculação entre eles e a atividade. São sociedades de menor porte em que não se percebe a atuação da empresa, desse organismo que os deixaria distanciados de sua atividade. Exemplos: escritórios de contabilidade, de representação, de corretagem de seguros, clínicas médicas, pequeno comércio, pequena indústria, artesãos, todos, enfim, que se encontrarem vinculados diretamente à sua atividade econômica. Essas são, em princípio, as sociedades simples.
Dessa forma, não faz sentido o entendimento de que as sociedades simples seriam tão somente aquelas cuja atividade venha a corresponder ao exercício de profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, com fundamento no parágrafo único do art. 966 do Código Civil.
Esse entendimento não pode prevalecer por vários motivos. Primeiro, porque o Código não enumera atividades e referido parágrafo se refere a empresário (pessoa física) e não, à sociedade (ente coletivo). Segundo, porque se assim o quisesse, ao legislador teria sido mais fácil enumerar as atividades que caracterizariam as sociedades simples. Não o fez. Terceiro, porque o Código jamais enumerou atividades, nem mesmo o antigo Código Comercial de 1.850, que se esquivou de enumerar os atos de Comércio. Não seria, então, o novo Código Civil, na atualidade, que iria fazê-lo. Quarto, porque procedendo assim, estaria o Código diferenciando as sociedades pela natureza da atividade, o que ele próprio não mais admite.
Há de se concluir, portanto, que a distinção entre elas se dá pela forma com que se exerce a atividade econômica.
As sociedades simples podem, então, dedicar-se a quaisquer atividades relativas a bens e serviços, podendo constituir-se como sociedade simples ou simples limitada (Código Civil, art. 983). E só com o registro no órgão próprio, Registro Civil das Pessoas Jurídicas, serão assim consideradas, livrando-se, então, das exigências estabelecidas para as sociedades empresárias. (Código Civil, art. 1.150).
Quanto à sociedade limitada, vale a observação de que não basta simplesmente a sua constituição sob essa forma, é indispensável que venha caracterizada no contrato como simples ou empresária e se registre no órgão próprio, para que possa adquirir personalidade jurídica. (Código Civil, art. 985).
OBRIGAÇÕES DOS EMPRESÁRIOS E SOCIEDADES EMPRESARIAIS
DEVER DE INSCRIÇÃO NA JUNTA COMERCIAL: A obrigação de arquivamento dos atos constitutivos, é imprescindível à legalidade da atividade empresarial, bem como à aquisição, por parte das sociedades empresárias, de personalidade jurídica. Aquele que não cumprir esse dever será considerado empresário irregular ou de fato e, como consequência, sofrerá severas sanções como:
i. Impossibilidade de recuperação judicial;
ii. Impossibilidade de requerer falência;
iii. Impossibilidade de autenticação dos livros comerciais;
iv. Impossibilidade de participar de licitações públicas nem poder contratar com o Poder Público;
v. Os sócios responderão solidária e ilimitadamente pelas obrigações da empresa (Art. 990 CC);
vi. Impossibilidade de se cadastrar no CNPJ e INSS;
vii. Os bens e dívidas sociais serão patrimônio comum dos sócios; (Art. 988)
viii. Não poderá adotar a forma de microempresa e suas vantagens;
ix. Obs.: As sociedades de advogados, de cunho intelectual e, portanto, sociedades simples, adquirem personalidade jurídica com o registro aprovado de seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB, em cuja base territorial tiver sede (Estatuto da OAB – Lei nº 8.906/994, art. 15,
b) DEVER DE ESCRITURAÇÃO: O segundo dever é o de escriturar os livros, que serão devidamente considerados juntamente com a correspondência e demais papéis concernentes à atividade empresarial, enquanto não ocorrer a prescrição ou decadência dos atos neles consignados (Art. 1.194).
c) LEVANTAMENTO CONTÁBIL PERIÓDICO (Art. 1.179): Serve para demonstrar a situação real da empresa demonstrando seu ativo e seu passivo, ou seja, todos os seus bens, créditos e débitos. Usualmente a periodicidade é anual mas comporta exceção, como no caso das S/A, que é a casa 6 meses. A consequência da falta balanço são:
i. Dificuldade a acesso à crédito bancário;
ii. Impossibilidade de participação em licitação;
iii. Prática de crime (Art. 168, § 1º, II).
CONCLUSÃO
Com base nos assuntos discutidos, é possível observar o quanto é importante e necessário o planejamento, gerenciamento Orçamentário Financeiro.Com a globalização e nos dias atuais, cada vez mais as organizações buscam gerir de forma acertiva seus gastos auxiliando-os nas tomadas de decisões minimizando assim os riscos.
Orçamento empresarial e fluxo de caixa são, sem dúvida, hoje as principais ferramentas de gestão financeira utilizadas pelos empresários de sucesso.
“Existem dois tipos de riscos: Aqueles que não podemos nos dar ao luxo de correr e aqueles que não podemos nos dar ao luxo de não correr.” (Peter Drucker)
REFERÊNCIAS
Site: www.administradores.com.br
Site:www.fapanpr.edu.br/site/docente/arquivos/ApostilaGestaoFinanceiraI.pdfSite: 
Site:www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/26708/000752275.pdf
Site: www.portaldecontabilidade.com.br
Site: tcc.bu.ufsc.br/Economia291808
Site: www.previdencia.gov.br/acesso-a-informacao/institucional/historico/
Site: www.capesesp.com.br/web/pep/previdencia-no-brasil
Site: http://revistadireito.com/direito/o-que-e-o-direito-empresarial/

Outros materiais