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MAPEAMENTO DE COBERTURA E USO DO SOLO

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MAPEAMENTO DE COBERTURA E USO DO SOLO 
DE UMA AREA RURAL COM VANT 
 
RUTE DANIELA CHAVES1; VIVIANE SANTOS SILVA TERRA2; 
GILBERTO LOGUERCIO COLLARES3; 
 
1PPG Recursos Hídricos, Universidade Federal de Pelotas – rutedanielachaves@gmai.com 
2Engenharia Hídrica, Universidade Federal de Pelotas - vssterra@yahoo.com.br 
3 Engenharia Hídrica, Universidade Federal de Pelotas - collares@ufpel.edu.br 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
As consequências do uso e cobertura do solo sobre os recursos hídricos têm 
afetado o equilíbrio ambiental das áreas drenadas pelas bacias hidrográficas, as-
sim sendo o monitoramento da mudança do uso de solo é de suma importância 
para o manejo da bacia hidrográfica. 
O uso de imagens aéreas adquiridas de Veículos Aéreo Não Tripulados 
(VANT) tem auxiliado no mapeamento da cobertura e uso o solo de forma auto-
matizada vem ganhando muito espaço e servindo de grande auxilio na identifica-
ção de áreas com potencial de risco de erosão e conflitos de uso do solo. 
Há uma diversidade de aplicações do Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT), 
na agricultura de precisão (EISENBEISS, 2007) , monitoramento florestal Vieira, 
Nunes e Fernandes (2015), aporte de sedimento Roig et al. (2013), controle de 
erosão (GONÇALVES; HENRIQUES, 2015), além do uso comum de mapeamento 
de áreas e objetos (ALMEIDA, 2014; LONGHITANO, 2010). 
Observou-se então a possibilidade de utilização de fotografias para geração 
direta de um mapa, isto é, quando devidamente tratada e com a adição de algu-
mas informações que são relevantes na confecção do mapa, porém esse proce-
dimento não é tão simples, sendo que o relevo da superfície terrestre é descontí-
nuo. 
O uso de técnicas de sensoriamento remoto para interpretação de fotografi-
as aéreas, como também técnicas de geoprocessamento, na qual o avanço da 
tecnologia espacial iniciou uma nova fase, pois ao mesmo tempo que lhe dá uma 
nova metodologia de pesquisa, revela a concepção teórica que orienta a apreen-
são espacial e temporal do uso da terra (IBGE, 2013). 
Com isto o objetivo deste trabalho é o mapeamento dos usos e coberturas 
do solo de uma área rural utilizando imagens adquiridas com um VANT. 
 
 
2. METODOLOGIA 
 
 
O trabalho foi realizado numa área de 42.5 ha pertencente a bacia hidrográ-
fica do Arroio do Ouro, localizada entre os munícipios de Morro Redondo e Pelo-
tas/RS, conforme Figura 1. 
 
 
 
 
Figura 1. Localização da área de estudo. 
 
 
Para o levantamento foi utilizado o microVANT Zangão V, sendo este um 
micro veículo aéreo remotamente pilotado de plataforma modular, acoplado com 
uma câmera Canon PowerShot modelo ELPH110 HS, com sensor Complemen-
tary Metal Oxide Semiconductor (CMOS) (Figura 2). 
 
 
 
Figura 2. MicroSARP Zangão V. 
 
 
A classificação da imagem foi realizada de forma manual utilizando o sof-
tware ArcGis® e levando em consideração a influência das áreas no escoamento 
e infiltração da agua no solo, assim então determinadas 9 classes de uso e ocu-
pação do solo, distinguíveis a olho nu a variação textural dos píxeis. 
 
 
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 
Como resultado da classificação pode-se observar na figura 1 que existem 
diversos tipos de uso e ocupação do solo, esses usos foram quantificados e tabe-
lados (Tabela 1) 
 
 
 
 
Figura 3 - Área de estudo classificada 
 
A classificação e identificação da cobertura e uso do solo permite observar 
como os agricultores trabalham com as formas do relevo. (CUNHA, 
2016)descreve que o grau de estabilidade que a cobertura vegetal garante ao so-
lo e as atividades antrópicas realizadas são parâmetros a serem considerado, 
pois contribui para a defesa de uma unidade de paisagem frente às consequên-
cias de processos erosivos que modificam as formas de relevo. 
As classes de cobertura e uso do solo (tabela 2) foram definidas a partir da 
sua influência na infiltração e no escoamento superficial da agua, consequente-
mente o potencial erosivo das mesmas. 
 
 
Tabela 1 - Distribuição da área de ocupação e da porcentagem de cada uso do 
solo da área de estudo 
Tipo Área (ha) Área (%) 
Solo Exposto 0.07 0.17% 
Construção 0.09 0.22% 
Água 0.11 0.25% 
Rocha 0.22 0.52% 
Estrada 0.35 0.83% 
Banhado 1.17 2.75% 
Mata Nativa 12.91 30.39% 
Lavoura 13.52 31.80% 
Campo 14.05 33.06% 
 
 
Observa-se que os campos que cobrem 33.06% da bacia são utilizados pa-
ra a bovinocultura leiteira, sendo que algumas dessas áreas são provenientes de 
lavouras em fase de pousio, ou ainda, de antigas áreas de silvicultura. As matas 
nativas em sua maioria foram desmatadas sendo mantidas próximas aos cursos 
d’água. As lavouras são destinadas, no verão, principalmente para a cultura do 
milho (Zea mays), do fumo (Nicotiana tabacum) e, no inverno, com pastagens 
 
 
anuais. As áreas de construção e rocha foram diferencias por ter um escoamento 
direto da agua, sem absorção, em contrapartida as áreas de solo exposto foram 
evidenciadas que o escoamento sobre a mesma varia da intensidade da chuva. 
A classificação automática exige que a imagem de entrada tenha formatos 
específicos, que nem sempre é possível e aumenta o custo operacional de um 
levantamento aéreo, sendo necessário ser feita a classificação manual das ima-
gens, o que de contrapartida demanda um tempo maior e treinamento especiali-
zado para identificação textural dos pixels das imagens, pois alguns tipos de ve-
getação quando vistas do alto se confundem facilmente, exigindo também a con-
ferência em campo de algumas áreas. 
 
4. CONCLUSÕES 
 
Conclui-se que o mapeamento com o uso de VANT permite um nível de de-
talhe importante para estudos que necessitem dos mesmos. 
A classificação manual da cobertura e uso do solo é dispendiosa no tempo, 
entretanto traz como benefício a correta identificação de usos sem influencias de 
sombras de vegetação. 
Os resultados podem ser utilizados em estudos futuros de potencial erosivo 
do solo, possibilitando um estudo de ação no manejo de bacia hidrográficas. 
 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ALMEIDA, I. De C. Estudo sobre o uso de veículo aéreo não tripulado (vant) 
para mapeamento aéreo com fins de elaboração de projetos viários. Recife: 
Universidade Católica de Pernambuco, 2014. 
CUNHA, H. N. Da. Avaliação da suscetibilidade à erosão da bacia 
hidrográfica do alto camaquã - rs. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul, 2016. ISBN 9788578110796. 
EISENBEISS, H. Applications of photogrammetric processing using an 
autonomous model helicopter. Revue francaise de photogrammetrie et de 
teledetection, 2007. n. 185, p. 51–56. 
GONÇALVES, J. A.; HENRIQUES, R. Uav photogrammetry for topographic 
monitoring of coastal areas. Isprs journal of photogrammetry and remote 
sensing, 2015. v. 104, p. 101–111. 
IBGE. Manual técnico de uso da terra. 3. ed. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística, 2013. 
LONGHITANO, G. A. Vants para sensoriamento remoto: aplicabilidade na 
avaliação e monitoramento de impactos ambientais causados por acidentes 
com cargas perigosas. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2010. 
ROIG, H. L. et al. Uso de câmeras de baixo custo acopladas a veículos aéreos 
leves no estudo do aporte de sedimentos no lago paranoá. Foz do Iguaçu, PR, 
Brasil: In: anais xvi simpósio brasileiro de sensoriamento remoto - sbsr, 
2013. p. 9332–9339. 
 
 
VIEIRA, D. J. E.; NUNES, G. M.; FERNANDES, A. T. Utilização de ortomosaico 
com dados do infravermelho próximo adquirido por vant no mapeamento de 
fitofisionomias em área do pantanal norte de mato grosso. In: anais vii simpósio 
brasileiro de sensoriamento remoto - sbsr, 2015. n. 1, p. 5201–5208.

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