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Pluralismo Cultural das Organizações
Sérgio Buarque de Holanda
Sérgio Buarque de Holanda
(São Paulo, 1902 – 1982)
Sérgio Buarque de Holanda nasceu em São Paulo no dia 11 de julho de 1902, era filho de Cristóvão Buarque de Holanda e de Heloísa Buarque de Holanda.
Bacharel em Direito pela Universidade do Brasil em 1925, professor universitário, jornalista e uma das principais referências na História e na Sociologia
Participou do Movimento Modernista, escrevendo para as revistas Klaxon e Estética.
Torna-se em 1929, correspondente dos Diários Associados, em Berlim, onde assiste a ascensão do Nazismo e toma contrato com a obra de historiadores e cientistas sociais germânicos, como Weber e Dilthey. 
Raízes do Brasil é publicado em 1936, logo após a sua volta da Europa e no mesmo ano passa a lecionar História Moderna na Universidade do Brasil (RJ).
Em 1946, volta para São Paulo, para assumir o posto de diretor do Museu Paulista, já no ano seguinte entra para o Partido Socialista e começa a lecionar aulas de História Econômica do Brasil na Escola de Sociologia e Política.
Na década de 50 reside em Roma onde leciona na Universidade de Roma a cadeira de Estudos Brasileiros. 
Em 1962 Sérgio Buarque de Holanda foi eleito o primeiro diretor do Instituto IEB (Instituto de Estudos Brasileiros). 
Durante cinco anos (1963 a 1967) percorreu como professor-visitante as Universidades do Chile e dos Estados Unidos além de fazer parte de algumas missões culturais pela UNESCO no Peru e Costa Rica.
Em 1969 solicitou sua aposentadoria de catedrático da USP e em 1979 ganhou o Prêmio Juca Pato, considerado o intelectual do ano; em 1980 foi membro-fundador do Partido dos Trabalhadores.
No dia 24 de abril de 1982 em São Paulo morre Sérgio Buarque de Holanda, aos 79 anos, vítima de complicações pulmonares.
Principais obras de 
Sérgio Buarque de Holanda 
Monções (1945):
Coletânea de textos sobre as expedições 
bandeirantes feitas pelos rios do Sudeste e do 
Centro-Oeste do Brasil, nos séculos XVIII e XIX. 
Esses rios tinham a vantagem de desaguar no interior do país, como o Rio da Prata e o Rio Paraguai, permitindo a navegação seguindo seu curso. Essas expedições tinham o objetivo de encontrar metais preciosos e outras riquezas. Como consequência das Monções, Reduções e Bandeiras, dá-se a grande dimensão territorial brasileira.
Caminhos e Fronteiras (1956):
Caminhos e Fronteiras relata a história da lenta 
ocupação territorial promovida pelos bandeirantes,
processos e procedimentos da expansão. 
Sérgio Buarque de Holanda descreve técnicas e 
práticas cotidianas de caça e coleta, de lavoura, 
de viagem, de vestimenta. A sobreposição do
conhecimento adquirido na natureza (índios) e das técnicas europeias (homem branco) marcaram a tônica do livro. 
Sérgio Buarque de Holanda recebeu o prêmio Edgard Cavalheiro do Instituto Nacional do Livro, em 1957, pela publicação. 
Raízes do Brasil (1936):
Raízes do Brasil é considerado um dos mais 
importantes clássicos da historiografia e da 
sociologia brasileiras. Foi traduzido e editado 
também em italiano (1954), espanhol (1955) 
e japonês (1971, 1976), bem como em alemão 
e em francês.
A publicação aborda aspectos centrais da história da cultura brasileira. O texto consiste de uma macrointerpretação do processo de formação da sociedade brasileira. 
A tese central é a de que o legado personalista da experiência colonial constituía um obstáculo, a ser vencido, para o estabelecimento da democracia política no Brasil. 
Destaca, nesse sentido, a importância do legado cultural da colonização portuguesa do Brasil e a dinâmica dos arranjos e adaptações que marcaram as transferências culturais de Portugal para a sua colônia americana.
Através de Raízes do Brasil, que para muitos apesar de haver mais de 70 anos desde sua primeira publicação, ainda é considerado uma obra capital para o compreensão da verdade brasileira e de seus desarranjos, que até hoje nos atingem.
Raízes do Brasil e o Homem Cordial
No capitulo V do livro Raízes do Brasil, Sérgio Buarque de Holanda apresenta o “Homem Cordial”. Ali, o mesmo, crítica as “virtudes brasileiras”, ser cordial não quer dizer ser bom. 
Para Sérgio Buarque de Holanda, o estado não é uma continuidade da família. No livro é dado exemplo de tal confusão, com a história de Sófodes sobre Antígona e seu irmão Creonte, onde havia um confronto entre estado e família. A impossibilidade que o brasileiro tem em se desvincular dos laços familiares a partir do momento que esse se torna um cidadão, gera um “homem cordial”.
“ O Homem Cordial ”
Diferente de boas maneiras e bondade.
As relações não são necessariamente profundas e afetivas.
 Cria mecanismos para distanciar-se da formalidade (da impessoalidade, do burocrático): a cordialidade. 
A polidez é um mecanismo de defesa social. 
Oculta a sensibilidade e as emoções reduzindo a individualidade. 
A cordialidade é expansiva.
A cordialidade é uma máscara social. 
Podemos explicá-lo como um ser que constrói suas relações sociais por meio da afetividade, dos motivos do coração em detrimento dos da razão. Ou seja, o homem cordial reprime todo e qualquer tipo de relação movida por interesses ou ideias dessa estirpe; ele só se relaciona com alguém se “gostar ou não” dessa pessoa. Isso inclusive aplica-se a motivos econômicos e políticos.
“Homem Cordial (o que vem do coração): Homens que obedecem ao imperativos do coração e não as normas impessoais e abstratas, sendo, assim, muito difícil de estabelecer ordem pública e democracia.” (Ricupero, p. 115) 
O Homem Cordial nos dias atuais
Um exemplo de “cordialidade” nos dias atuais em poucas palavras é o 07 de setembro de 2015 que está marcado pelo advento da “cordialidade” midiática.
Os panelaços aparentemente se esgotam nos protestos contra os desastres governamentais. Não percebemos que assim contribuímos por um país grande apenas no tamanho.
Conclusão:
Sérgio Buarque de Holanda foi um dos mais 
importantes historiadores brasileiros. Foi também 
crítico literário e um dos fundadores do Partido 
dos Trabalhadores (PT).
Jornalista e sociólogo, é um dos maiores 
intelectuais brasileiros do século XX que tentou 
interpretar o Brasil, sua estrutura social e política,
 a partir das raízes históricas nacionais. 
Dentre as suas obras merecem ainda destaque 
Cobra de Vidro (1934), Visão do Paraíso (1958) 
e Do Império a República (1972) .

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