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DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS amanda almozara

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Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
1
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Direitos fundamentais são direitos subjetivos públicos
indispensáveis à realização da natureza humana e à vida
em sociedade. Por isso são assegurados ou concedidos
pelo Estado e subsidiariamente pela ordem internacional.
Tem proteção especial – chamadas cláusulas pétreas
(embora exista divergência quanto à expressão
“individuais” do artigo 60, §4º, IV da CF)
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de
emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
2
Direitos Fundamentais e a Constituição de 1988:
Foi concebida como Constituição Cidadã (Deputado
Ulisses Guimarães). É o texto constitucional que traz o rol
mais amplo de proteção aos direitos fundamentais,
prevendo direitos de 1ª e 2ª geração (por exemplo, Título II
da CF) e também direitos de 3ª geração (por exemplo,
artigo 4º, 5º, §§3º a 4º, 225 (meio ambiente) etc.).
As gerações ou dimensões dos direitos fundamentais
1. Primeira geração: liberdades públicas (DIREITOS CIVIS
E POLÍTICOS - LIBERDADE
2. Segunda geração: Estado ativo - welfare state –
DIREITOS SOCIAIS E ECONÔMICOS - IGUALDADE
3. Terceira geração: Estado fraternal – solidariedade
internacional – FRATERNIDADE (direitos difusos em geral)
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
3
4. Primeira geração: DIREITOS DECORRENTES DO
PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO – Ex.: engenharia
genética, software, inseminação artificial, alimentos
transgênicos etc. DIREITO DOS POVOS
2. Quinta geração: direitos correspondentes à paz – direito
à vida pacífica – DIREITO À PAZ
3. Sexta geração: direito à democracia, à informação e ao
pluralismo político.
DIREITOS E GARANTIAS
De um lado há os direitos, que correspondem a
prerrogativas indispensáveis ao ser humano e à sociedade
(são bens e vantagens prescritos na norma
constitucional). Disposições meramente declaratórias que
imprimem existência legal aos direitos reconhecidos.
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
4
De outro lado existem as garantias, que são instrumentos
(ferramentas jurídicas) para assegurar a realização desses
direitos a todo e qualquer ser humano,
independentemente de raça, credo, sexo etc., embora
existam restrições razoáveis. Contém disposições
assecuratórias, que defendem os direitos contra os
arbítrios dos Poderes Públicos.
Ex.: VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na
forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
5
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
Destinatários:
O art. 5o caput fala dos destinatários, mencionando os
brasileiros e estrangeiros residentes no País, sendo
estes os destinatários destes direitos.
Pessoa jurídica também tem direitos individuais? Sim.
Pessoa jurídica pode também sofrer danos morais (honra
objetiva somente), conforme súmula 227 do STJ.
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
6
 Estrangeiros não residentes? Alemão que vem ao Brasil
a passeio. Será que não tem direitos individuais?
Segundo JOSÉ AFONSO DA SILVA os estrangeiros NÃO
residentes NÃO podem invocar os direitos do art. 5o,
tendo que invocar os tratados internacionais para ter
assegurado os seus direitos.
A MAIORIA DA DOUTRINA e o STF entendem que todos
que entrem em contato com o território nacional podem
invocar os direitos do art. 5o. O STF faz esta interpretação
extensiva porque os direitos fundamentais existem para
proteger a dignidade da pessoa humana que não é direito
é atributo que toda pessoa humana tem,
independentemente da nacionalidade, não sendo legítimo
excluir os estrangeiros não residentes dos direitos
individuais do art. 5o.
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
7
Características dos Direitos Fundamentais:
historicidade
universalidade
limitabilidade (não são absolutos; máxima observância dos direitos
fundamentais envolvidos, conjugando-a com a mínima restrição)
concorrência (STF – PRINCÍPIO DA CONVIVÊNCIA DAS
LIBERDADES PÚBLICAS – limitações de ordem ético-jurídica)
irrenunciabilidade
inalienabilidade
imprescritibilidade
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
8
TEORIA DOS LIMITES DOS LIMITES
Os direitos fundamentais não são absolutos e são passíveis
de limitação e restrição (por outros direitos ou mesmo
restrição legal). Entretanto, essas restrições também são
limitadas. Trata-se da teoria dos limites dos limites,
segundo a qual é admitida a restrição de direitos fundamentais,
mas essa restrição não pode ser ilimitada, pois ela deve ser
razoável.
Significa dizer que há necessidade de proteção ao núcleo
essencial de um direito fundamental, no que tange à
proporcionalidade das restrições impostas a ele. Com isso,
evita-se que o legislador ordinário consiga esvaziar o
conteúdo daquele direito.
O CRITÉRIO PARA LIMITAR DIREITOS FUNDAMENTAIS
BASEIA-SE NA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE.
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
9
CUIDADO:
O ESTADO DE DEFESA, AUTORIZA, QUANDO DA SUA
DECRETAÇÃO, A RESTRIÇÃO AOS SEGUINTES DIREITOS
FUNDAMENTAIS (art. 136, §1º da CF):
§ 1º - O decreto que instituir o estado de defesa determinará o
tempo de sua duração, especificará as áreas a serem
abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas
coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:
I - restrições aos direitos de:
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
b) sigilo de correspondência;
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
Direito Constitucional
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10
Abrangência dos DIREITOS FUNDAMENTAIS
DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS – art. 5º
DIREITOS E DEVERES COLETIVOS – art. 5º
DIREITOS SOCIAIS – art. 6º
NACIONALIDADE – arts. 12 e 13
DIREITOS POLÍTICOS – arts. 14 e 16
PARTIDOS POLÍTICOS - art. 17
Direito Constitucional
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11
§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias
fundamentais têm aplicação imediata;
Aplicabilidade:
Regra geral: os direitos fundamentais têm aplicação
imediata, ou seja, sem a necessidade de atuação do
legislador, trata-se de regra que se aplica a todos os direitos
fundamentais (sociais, coletivos e outros).
há direitos fundamentais que demandam a atuação do
legislador ordinário (normas de eficácia limitada).
Assim, em regra geral, as normas de direitos fundamentais
são normas de eficácia plena ou contida – proteção MS
Todavia, existem sim, vários direitos fundamentais que são
de eficácia limitada – proteção MI
Portanto, a interpretação desse parágrafo deve ser feita
cum granun salis – aplicação imediata se, e somente se, a
CF não exigir leis para implementá-las.
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
12
§2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não
excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela
adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte.
Rol exemplificativo – numerus apertus. Esse dispositivo consagra o
princípio da não tipicidade constitucional, ou seja, as liberdades
públicas logram uma aberturamaterial. Propicia a entrada de normas
materialmente constitucionais, com base no princípio da dignidade
da pessoa humana.
§3º - Os tratados e convenções internacionais sobre direitos
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso
Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Atos aprovados na forma
deste parágrafo) (chamados blocos de constitucionalidade)
Essa adquiriu status de NORMA CONSTITUCIONAL.
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
13
Correntes acerca do tema:
1ª) status supraconstitucional dos tratados e convenções
internacionais de direitos humanos: sustenta-se uma supremacia
supraconstitucional (corrente adotada pelo STF entre 1940 a 1977)
2ª) status supralegal dos tratados e convenções internacionais de
direitos humanos: sujeitam-se à supremacia das normas, mas
ocupam posto de destaque no ordenamento jurídico (corrente
adotada pelo STF atualmente)
3ª) status de lei ordinária dos tratados e convenções internacionais
de direitos humanos: tem a mesma hierarquia jurídica. É a tese da
paridade hierárquica entre tratados e leis ordinárias (corrente
adotada pelo STF entre 1977 a 2008)
4ª) status constitucional dos tratados e convenções internacionais de
direitos humanos: são consideradas normas constitucionais, seja
pelo aspecto material (antes da EC/45), seja pelo aspecto formal (art.
5º, §2º). Sob essa égide, a noção conceitual de BLOCO DE
CONSTITUCIONALIDADE.
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
14
§4º - O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional
a cuja criação tenha manifestado adesão. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
Estatuto de Roma de 1988, do qual o Brasil é signatário (Decreto
Legislativo 112, de 2002 e Decreto Presidencial 4338 de 25/09/2002).
O TPI existe para complementar as jurisdições penais nacionais.
O acionamento se dá:
 para apreciar e julgar crimes de genocídio, de guerra ou agressão,
os quais são imprescritíveis – arts. 5º e 29
 em virtude de colapso total ou substancial da respectiva
administração da Justiça, onde ocorreu o deito ou de onde seja
proveniente o agente criminoso – art. 17,§3º.
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
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Eficácia horizontal dos direitos fundamentais
Os direitos fundamentais a princípio são direitos subjetivos
perante o Estado e, como tradicionalmente é concebido,
teriam efeitos diretos apenas na relação particular-Estado,
enquanto que nas relações entre particulares teriam efeitos
apenas indiretos. A teoria da eficácia horizontal dos direitos
fundamentais (em alemão: Drittwirkung) propõe a incidência
destes nas relações entre particulares também de
maneira direta. Portanto, a palavra eficácia é empregada no
sentido de “âmbito”, “extensão”, “alcance”.
Portanto, é a aplicação das liberdades públicas nas
relações travadas somente entre particulares.
Tal teoria se baseia nos seguintes princípios:
Direito Constitucional
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 Princípio da eficácia direta ou imediata das liberdades
públicas. Ex.: direito à privacidade – art. 5º, X
 Princípio da eficácia irradiante das liberdades públicas.
Ex.: devido processo legal – art. 5º, LIV
 Princípio da eficácia indireta ou mediata positiva das
liberdades públicas. Ex.: liberdade de trabalho – art. 5º,
XIII
 Princípio da eficácia indireta ou mediata negativa das
liberdades públicas. Ex.: proibição do tratamento
desumano ou degradante – art. 5º, III.
Alguns precedentes jurisprudenciais no STF:
RE 175.161-4
RE 161.2443-6
RE 160.222-8
RE 201.819
Direito Constitucional
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DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS –
espécies: VILISEPRO!!
1) Direito à vida:
Inviolabilidade do direito à vida. NÃO significa apenas
direito de sobreviver, de continuar vivo, mas é um direito
à vida digna, tendo que conjugar com art. 1o, III.
O direito à vida não é direito absoluto, aliás todo direito é
relativo, porque encontram limites em outros direitos que
também estão consagrados na CR. (principio da
convivência das liberdades públicas).
NEM o direito à vida, que é o valor jurídico mais
importante, é absoluto, inclusive o art. 5o, XLVII da CF...
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
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... prevê a possibilidade de pena de morte em caso de
guerra declarada. Assim para o legislador constituinte, a
soberania/segurança nacional é mais importante que o
direito à vida de algumas pessoas.
Há outras hipóteses de violação de direito à vida, quando
confrontado com liberdade religiosa, por exemplo,
(testemunhas de Jeová). Em todos conflito de interesses,
sempre levar em consideração o caso concreto, por isso
que principio tem peso relativo, porque o peso do
principio vai depender sempre do caso concreto.
Aborto. O CP traz aborto como crime doloso contra a
vida. Mas o próprio CP, no art. 128, I e II exclui a punição
em dois casos:
Direito Constitucional
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(a) Aborto Necessário – ocorre quando a má formação
genética do feto implica em risco à vida da gestante,
havendo confronto de dois direitos à vida (do feto e da
gestante) – não é justo aqui exigir que mãe morra, nem
razoável. Se ela quiser pode fazer aborto neste caso.
(b) Aborto Sentimental – é o decorrente de gravidez por
estupro. A jurisprudência confronta o direito à vida do
feto e o principio da liberdade sexual da mãe conjugado
com o principio da dignidade da pessoa humana.
- Desacordo Moral Razoável – é válvula de escape em
questões difíceis. É uma ausência de consenso entre
duas posições racionalmente defensáveis.
Direito Constitucional
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Eutanásia ou Morte Doce (ou Por Piedade): é forma de
abreviar sofrimento de uma pessoa que não quer
continuar vivendo, por meio de injeção letal. Existe
eutanásia ativa (aplicação de injeção) e eutanásia passiva
ou Ortotanásia (quando pessoa sobrevive a base de
aparelhos e interrompe o funcionamento/medicamento
desta pessoa).
Não existe previsão de excludente no caso de eutanásia,
nem tipo penal consagrando este instituto. A
jurisprudência classifica como homicídio privilegiado. No
entanto, será que toda hipótese de ortotanásia devem ser
punidas como crime de homicídio? Tem que ver o caso
concreto, porque o direito à vida, é o direito à vida digna.
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 DIREITO À IGUALDADE
Diferenciação entre igualdade formal (artigo 5º, caput) e
material:
Igualdade racial (art. 4º, VIII), igualdade entre sexos (art.
5º, I), igualdade religiosa (art. 5º, VIII), igualdade de armas
(art. 5º, LV), igualdade jurisdicional (art. 5º, XXXVII),
igualdade de idade (art. 7º, XXXX), igualdade de trabalho
(art. 7º, XXXXII), igualdade política (art. 14) e igualdade
tributária (art. 150, II)
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
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Todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer
natureza.
O que CF não quer é que legislador trate situações iguais
de maneira diferente. O elemento discriminador não
determina necessariamente a inconstitucionalidade, mas
sim fatores que levam à inconstitucionalidade ou não da
norma.
I) O elemento discriminador tem que estar a serviço de
um valor constitucionalmente protegido.
II) É necessário haver justificativa racional para a
utilização do critério, para que este não seja considerado
inconstitucional.
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
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A doutrina diferencia:
i) Igualdade Formal. É a igualdadeperante a lei. É a que
está no caput do art. 5o.
Para JOSÉ AFONSO DA SILVA, Igualdade Formal remonta
ao critério de justiça formado por Aristóteles: Igualdade é
tratar os iguais de forma igual e os desiguais de forma
desigual, na medida de sua desigualdade. O principio da
proporcionalidade está implícito no Principio da
Igualdade.
ii) Igualdade Material. Busca efetiva igualdade perante os
bens da vida. Exige atuações positivas por parte do
Estado. Ex: Ações Afirmativas, também chamadas de
Discriminações Positivas é outra prova da existência da
igualdade material.
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
24
Para que lei seja constitucional o critério utilizado pela lei
deve ser:
I) Objetivo. Restaurante pode impedir que pessoa entre
com bermuda. Se pessoa não está vestida
adequadamente para o ambiente, não pode entrar. Agora
se falar que não entra quem estiver mal-vestido, fere a
igualdade, porque é critério subjetivo.
II) Razoável. Criação de cotas para deficiente é razoável,
em razão das dificuldade maiores que esta pessoa
enfrenta.
III) Proporcional. Se reservo 80% para pessoas deficiente,
não é razoável, porque não há 80% da população
deficiente.
IV) NÃO discriminatório
V) NÃO arbitrário.
VI) NÃO preconceituoso.
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
25
Princípio da Igualdade nos concurso públicos.
Tem que verificar se elemento discriminador está a
serviço de um constitucionalmente consagrado. Se for
utilizado para este serviço, estando em harmonia com
valores constitucionais, em principio, esta discriminação
é constitucional.
O STF admite limitações no edital em relação ao sexo,
altura, idade etc., mas desde que observados os
seguintes requisitos:
1) Previsão Legal. O edital só pode estabelecer limites se
embasado na lei.
2) Distinção tem que ser decorrente da natureza das
atribuições a serem exercidas. É o mais importante.
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
26
Na CF temos art. 7o, XXX, que prevê proibição para
algumas distinções. Este dispositivo apesar de estar
dentro dos trabalhadores urbanos e rurais, não se aplica
apenas à iniciativa privada, mas a todos os trabalhadores,
inclusive os servidores públicos, salvo no caso de
militares, que possuem regramento constitucional
próprio.
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de
funções e de critério de admissão por motivo de sexo,
idade, cor ou estado civil;
Igualdade entre homens e mulheres.
Art. 5o, I da CF. Fala que homens e mulheres são iguais
em direitos e obrigações nos termos desta CF.
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
27
Em princípio, somente a CF poderia estabelecer
distinções entre homens e mulheres.
Mas a lei poderia estabelecer diferença entre homens e
mulheres, ou somente a CF é que pode diferenciar?
A resposta é positiva, a lei PODE SIM estabelecer
diferenças de tratamento entre homens e mulheres, desde
que seja com a finalidade de reduzir desigualdades ou
atenuar desníveis.
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
28
Ações afirmativas ou discriminantes positivas
(affirmatives actions).
Igualdade em concursos públicos.
 DIREITO À LIBERDADE
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato;
Conforme entendimento do STF com base no princípio da
vedação do anonimato, os escritos apócrifos não podem
justificar, por si sós, desde que isoladamente considerados, a
imediata instauração da persecutio criminis, salvo quando
forem produzidos pelo acusado, ou, ainda, quando
constituírem eles próprios o corpo de delito. (DPU – 2010)
Exceção do STF: exemplo de carta evidenciando a prática de
crimes contra a honra
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
29
JULIO FABBRINI MIRABETE ("Código de Processo Penal
Interpretado", p. 95, item n. 5.4, 7ª ed., 2000, Atlas):
"(...) Não obstante o art. 5º, IV, da CF, que proíbe o anonimato
na manifestação do pensamento, e de opiniões diversas,
nada impede a notícia anônima do crime (notitia criminis
inqualificada), mas, nessa hipótese, constitui dever
funcional da autoridade pública destinatária,
preliminarmente, proceder com a máxima cautela e
discrição a investigações preliminares no sentido de
apurar a verossimilhança das informações recebidas.
Somente com a certeza da existência de indícios da
ocorrência do ilícito é que deve instaurar o procedimento
regular.“
STF: admite medidas investigativas informais.
Ler informativo 393 do STF.
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
30
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao
agravo, além da indenização por dano material, moral ou à
imagem;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença,
sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e
garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e
a suas liturgias;
Brasil: pais laico, leigo ou não confessional – não adota
religião oficial.
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença
religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se
as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa,
fixada em lei;
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
31
Chamada ESCUSA DE CONSCIÊNCIA.
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística,
científica e de comunicação, independentemente de
censura ou licença;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em
caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei
estabelecer;
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
32
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e
resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao
exercício profissional;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em
locais abertos ao público, independentemente de
autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas
exigido prévio aviso à autoridade competente;
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos,
vedada a de caráter paramilitar;
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
33
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de
cooperativas independem de autorização, sendo vedada a
interferência estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente
dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão
judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
ATENÇÃO: cláusula de reserva de jurisdição.
XXI - as entidades associativas, quando expressamente
autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados
judicial ou extrajudicialmente;
Representação judicial ou em contencioso administrativo.
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
34
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse particular, ou de interesse
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
CUIDADO:
O STF FIRMOU ENTENDIMENTO QUE O RACISMO NÃO
ESTÁ ADSTRITO ÀS DISCRIMINAÇÕES LIGADAS
PROPRIAMENTE ÀS DIFERENTES RAÇAS, MAS TAMBÉM
A OUTRAS DISCRIMINAÇÕES, COMO A DE ÍNDOLE
RELIGIOSA!
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
35
XXI - as entidadesassociativas, quando expressamente
autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados
judicial ou extrajudicialmente;
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse particular, ou de interesse
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
 DIREITO À SEGURANÇA
A segurança pode ser classificada em: geral (legalidade e
irretroatividade); vida íntima; judiciária; penal; segurança
pública (poder de polícia, policiamento civil e militar e
forças armadas).
Direito Constitucional
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36
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer
alguma coisa senão em virtude de lei;
Não confundir:
LEGALIDADE (QUALQUER ATO NORMATIVO,
EXPEDIDOS COM FUNDAMENTO NA LEI, COMO
DECRETO REGULAMENTAR, POR EXEMPLO) COM
RESERVA LEGAL (SOMENTE LEI FORMAL OU ATO
HIERARQUICAMENTE EQUIVALENTE).
O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE DO ART. 5º, II, REFERE-SE
À LEGALIDADE EM SENTIDO AMPLO.
Mas CUIDADO! Não confundir reserva legal absoluta
(matéria que não poderá ser regulamentada pelo
Executivo), com reserva legal relativa (matéria que poder
ser regulamentada – complementação por ato infralegal)
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
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X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das
comunicações telegráficas, de dados e das
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por
ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei
estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução
processual penal;
Só penal: civel e administrativa NÃO PODE!
STF: CASOS QUE ADMITEM QUEBRA DE SIGILO
BANCÁRIO
1. DETERMINAÇÃO JUDICIAL
2. DETERMINAÇÃO DO PLENÁRIO DA CÂMARA DOS
DEPUTADOS E SENADO FEDERAL
3. DETERMINAÇÃO DE CPI
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O STF EM 2010 (RE 389.808) NEGOU A POSSIBILIDADE DE
QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO POR AUTORIDADE
FISCAL SEM ORDEM JUDICIAL, MESMO QUE HAJA
PROCEDIMENTO FISCAL EM CURSO, E A
CONSIDERAÇÃO PELA AUTORIDADE ADMINISTRATIVA
COMPETENTE DE QUE OS DADOS SEJAM
INDISPENSÁVEIS. O STF disse que tal conduta não é
possível, nem com base na LC 105/2001 (Pet 3898 de 2009)
Ocorre que em 2010, o STF decidiu o seguinte (Inq 2593
AgR):
EMENTA: PENAL E PROCESSUAL PENAL.
INQUÉRITO. QUEBRA DE SIGILO
BANCÁRIO.COMPARTILHAMENTO DAS INFORMAÇÕES
COM A RECEITA FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO
IMPROVIDO.
Direito Constitucional
Professora Amanda Almozara
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I - Não é cabível, em sede de inquérito, encaminhar à
Receita Federal informações bancárias obtidas por meio
de requisição judicial quando o delito investigado for de
natureza diversa daquele apurado pelo fisco. II - Ademais,
a autoridade fiscal, em sede de procedimento
administrativo, pode utilizar-se da faculdade insculpida
no art. 6º da LC 105/2001, do que resulta desnecessário o
compartilhamento in casu. III - Agravo regimental
desprovido.
“O entendimento desta Suprema Corte consolidou-se no
sentido de não possuir caráter absoluto a garantia
dos sigilos bancário e fiscal, sendo facultado ao juiz
decidir acerca da conveniência da sua quebra em caso de
interesse público relevante e suspeita razoável de
infração penal”. AI 541265 AgR
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40
PROVA. Criminal. Escuta ambiental e exploração de local.
Captação de sinais óticos e acústicos. Escritório de
advocacia. Ingresso da autoridade policial, no período
noturno, para instalação de equipamento. Medidas
autorizadas por decisão judicial. Invasão de domicílio.
Não caracterização. Suspeita grave da prática de crime
por advogado, no escritório, sob pretexto de exercício da
profissão. Situação não acobertada pela inviolabilidade
constitucional. Inteligência do art. 5º, X e XI, da CF, art.
150, § 4º, III, do CP, e art. 7º, II, da Lei nº 8.906/94.
Preliminar rejeitada. Votos vencidos. Não opera a
inviolabilidade do escritório de advocacia, quando o
próprio advogado seja suspeito da prática de crime,
sobretudo concebido e consumado no âmbito desse local
de trabalho, sob pretexto de exercício da profissão.
Inq 2424 - STF
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41
A administração penitenciaria, com fundamento em
razoes de segurança pública, de disciplina prisional ou de
preservação da ordem jurídica, pode, sempre
excepcionalmente, e desde que respeitada a norma
inscrita no art. 41, paragrafo único, da Lei n. 7.210/84,
proceder a interceptação da correspondência remetida
pelos sentenciados, eis que a cláusula tutelar da
inviolabilidade do sigilo epistolar não pode constituir
instrumento de salvaguarda de praticas ilícitas. HC 70814
– STF (1994)
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato
jurídico perfeito e a coisa julgada;
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
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42
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e
aos acusados em geral são assegurados o contraditório e
ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Jurisprudência pacífica STF: não vigora o princípio do
contraditório e da ampla defesa na fase de inquérito policial.
EMENTA: HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL.
IRREGULARIDADE NO RECONHECIMENTO PESSOAL E
FOTOGRÁFICO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. AÇÃO
PENAL NÃO CONTAMINADA POR EVENTUAIS VÍCIOS
OCORRIDOS NO INQUÉRIO POLICIAL. CONDENAÇÃO
ARRIMADA EM PROVAS PRODUZIDAS NA AÇÃO PENAL.
NEGLIGÊNCIA DE DEFESA. AUSÊNCIA DE
COMPROVAÇÃO. 1. Irregularidade no reconhecimento
pessoal e fotográfico do paciente. Apuração que demanda
reexame de fatos e provas.
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43
Eventuais vícios ocorridos no inquérito policial não
contaminam a ação penal. 2. Condenação arrimada em
provas produzidas na ação penal, sob o crivo
do contraditório e da ampla defesa. 3. Ausência de
comprovação de negligência da defesa. Ordem denegada
HC 96086 - STF/2009
Habeas Corpus. 2. Alegada nulidade do processo, aos
seguintes argumentos: a) ilegalidade do
interrogatório policial, efetivado no curso da ação penal,
meses após o recebimento da denúncia; b) Elaboração,
pelo instituto de criminalística, de laudo contendo a
reprodução simulada dos fatos, sem qualquer solicitação
da Defesa ou determinação do Ministério Público ou do
Juízo, quando já havia sido concluído o inquérito e a ação
penal encontrava-se em estado adiantado. 3. Não
ocorrência. 4. Ordem denegada. HC 98660 – STF/ 2011
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44
I - O acesso aos autos de ações penais ou inquéritos
policiais, ainda que classificados como sigilosos, por
meio de seus defensores, configura direito dos
investigados. II - A oponibilidade do sigilo ao defensor
constituído tornaria sem efeito a garantia do indiciado,
abrigada no art. 5º, LXIII, da Constituição Federal, que lhe
assegura a assistência técnica do advogado. III -
Ademais, o art. 7º, XIV, do Estatuto da OAB estabelece
que o advogado tem, dentre outros, o direito de
"examinar em qualquer repartição policial, mesmo sem
procuração, autos de flagrante e de inquérito, findos ou
em andamento, ainda que conclusos à autoridade,
podendo copiar peças e tomar apontamentos". IV -
Caracterizada, no caso, a flagrante ilegalidade, que
autoriza a superação da Súmula 691 do Supremo TribunalFederal. HC 94387
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45
SÚMULA VINCULANTE Nº 5: A FALTA DE DEFESA
TÉCNICA POR ADVOGADO NO PROCESSO
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR NÃO OFENDE A
CONSTITUIÇÃO.
SÚMULA VINCULANTE Nº 11: SÓ É LÍCITO O USO DE
ALGEMAS EM CASOS DE RESISTÊNCIA E DE FUNDADO
RECEIO DE FUGA OU DE PERIGO À INTEGRIDADE
FÍSICA PRÓPRIA OU ALHEIA, POR PARTE DO PRESO OU
DE TERCEIROS, JUSTIFICADA A EXCEPCIONALIDADE
POR ESCRITO, SOB PENA DE RESPONSABILIDADE
DISCIPLINAR, CIVIL E PENAL DO AGENTE OU DA
AUTORIDADE E DE NULIDADE DA PRISÃO OU DO ATO
PROCESSUAL A QUE SE REFERE, SEM PREJUÍZO DA
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO.
.
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46
 DIREITO À PROPRIEDADE
Regime Jurídico do direito de propriedade. Segundo
JOSÉ AFONSO DA SILVA o direito de propriedade
pertence ao direito público. É regime jurídico de direito
público. Foi o entendimento adotado no CESPE. JOSÉ
AFONSO DA SILVA diz que direito civil regula relações
civis decorrentes do direito de propriedade.
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47
Agora a estrutura do direito de propriedade tem sede
constitucional, porque ela é regulada na própria CF, daí
ser de direito público, tendo vários dispositivos
constitucionais que versem sobre o direito propriedade.
Função social da propriedade. A CF, no artigo 5o, XXII, fala
que é garantido o direito de propriedade e no inciso XXIII
fala que propriedade atenderá a sua função social.
O que é função social da propriedade? Aquela que atende
às finalidades constitucionais.
Limitações ao direito de propriedade são:
1) Desapropriação (artigo 5o, XXIV)
2) Requisição (art. 5o, XXV): INDENIZA SE HOUVER
DANO
3) Confisco (art. 243, caput e §1o)
4) Usucapião Constitucional (art. 183)
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48
 REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS:
 conceder-se-á HABEAS CORPUS sempre que alguém
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou
coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade
ou abuso de poder;
Cabe a impetração de HC para impugnar decisão judicial
que autoriza a quebra de sigilo bancário ou fiscal, desde
que essa medida implique ofensa indireta, potencial ou
reflexa ao direito de locomoção.
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49
Acompanhe a ementa: HC 85455 – 2005. SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL - HABEAS CORPUS - INTEGRANTE
DE TRIBUNAL SUPERIOR - ATO MONOCRÁTICO.
Consoante dispõe a alínea "i" do inciso I do artigo 102 da
Constituição Federal, a competência do Supremo
Tribunal Federal para processar e julgar habeas
corpus abrange ato de colegiado de tribunal superior e
individual dos que o integram. HABEAS CORPUS - ATO
IMPUGNÁVEL MEDIANTE RECURSO. O fato de o ato
reputado ilegal desafiar recurso não é óbice
à impetração de habeas. PRISÃO PREVENTIVA -
EXCEPCIONALIDADE.
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50
Em face do princípio constitucional da não-culpabilidade,
a custódia acauteladora há de ser tomada como exceção,
cumprindo interpretar os preceitos que a regem de forma
estrita, reservando-a a situações em que a liberdade do
acusado coloque em risco os cidadãos, especialmente
aqueles prontos a colaborarem com o Estado na
elucidação de crime. PRISÃO PREVENTIVA -
FUNDAMENTAÇÃO. O pronunciamento judicial em que
implementada a prisão preventiva ou negada a liberdade
provisória há de estar individualizado ante o caso
concreto e fundamentado, mostrando-se imprópria a
alusão genérica aos artigos que a
disciplinam. SIGILO BANCÁRIO - QUEBRA -
FUNDAMENTAÇÃO DO ATO. A excepcionalidade que
marca a quebra do sigilo bancário exacerba a exigência
constitucional de os pronunciamentos judiciais se fazerem
suficientemente fundamentados.
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51
E M E N T A: "HABEAS CORPUS" - IMPETRAÇÃO
CONTRA DECISÃO COLEGIADA DE TURMA DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL - INADMISSIBILIDADE - EXTINÇÃO
LIMINAR DO PROCESSO DE "HABEAS CORPUS"
POR DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR DA CAUSA -
LEGITIMIDADE - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. -
Não cabe, para o Plenário, impetração de "habeas corpus"
contra decisão colegiada de qualquer das Turmas (ou do
próprio Pleno) do Supremo Tribunal Federal, ainda que
resultante do julgamento de outros processos de "habeas
corpus" (Súmula 606/STF) ou proferida em sede de
recursos em geral, inclusive aqueles de natureza penal
(RTJ 88/108 - RTJ 95/1053 - RTJ 126/175). Precedentes. -
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52
Não se mostram admissíveis embargos infringentes
contra decisão majoritária do Plenário (ou das Turmas) do
Supremo Tribunal Federal, se tal decisão vem a ser
proferida em causa diversa daquelas enunciadas,
taxativamente, em rol exaustivo ("numerus clausus"), no
art. 333 do RISTF. Precedentes. - Não se revela viável a
interposição de embargos de divergência contra acórdãos
proferidos, pelo Supremo Tribunal Federal, quer em sede
originária de "habeas corpus", quer, ainda, no âmbito de
recurso ordinário em "habeas corpus". HC 88247 AgR-AgR
– STF/2009
CUIDADO: NÃO CABE HC PARA TUTELAR A PERDA DE
DIREITOS POLÍTICOS – NÃO AMEAÇA A LIBERDADE DE
LOCOMOÇÃO, NEM INDIRETAMENTE.
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53
 conceder-se-á MANDADO DE SEGURANÇA para
proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas
corpus ou habeas data, quando o responsável pela
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do
Poder Público;
 o MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO pode ser
impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso
Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou
associação legalmente constituída e em funcionamento
há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de
seus membros ou associados;
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54
 conceder-se-á MANDADO DE INJUNÇÃO sempre que
a falta de norma regulamentadora torne inviável o
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à
cidadania;
STF: adota, atualmente, corrente concretista, que dispõe
ser possível, a própria decisão viabilizar o exercício de
direito e afastar a lesividade da inércia do legislador.
INJUSTA FRUSTRAÇÃO DESSE DIREITO EM
DECORRÊNCIA DE INCONSTITUCIONAL, PROLONGADA
E LESIVA OMISSÃO IMPUTÁVEL A ÓRGÃOS ESTATAIS
DA UNIÃO FEDERAL - CORRELAÇÃO ENTRE A
IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL DE LEGISLAR E O
RECONHECIMENTO DO DIREITO SUBJETIVO À
LEGISLAÇÃO -
Direito Constitucional
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55
DESCUMPRIMENTO DE IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL
LEGIFERANTE E DESVALORIZAÇÃO FUNCIONAL DA
CONSTITUIÇÃO ESCRITA - A INÉRCIA DO PODER
PÚBLICO COMO ELEMENTO REVELADOR DO
DESRESPEITO ESTATAL AO DEVER DE LEGISLAR
IMPOSTO PELA CONSTITUIÇÃO - OMISSÕES
NORMATIVAS INCONSTITUCIONAIS: UMA PRÁTICA
GOVERNAMENTAL QUE SÓ FAZ REVELAR O DESPREZO
DAS INSTITUIÇÕES OFICIAIS PELA AUTORIDADE
SUPREMA DA LEI FUNDAMENTAL DO ESTADO - A
COLMATAÇÃO JURISDICIONAL DE OMISSÕES
INCONSTITUCIONAIS: UM GESTO DE FIDELIDADE, POR
PARTE DO PODER JUDICIÁRIO, À SUPREMACIA
HIERÁRQUICO--NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA - A VOCAÇÃO PROTETIVA
DO MANDADO DE INJUNÇÃO -
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56
LEGITIMIDADE DOS PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO
NORMATIVA (DENTRE ELES, O RECURSO À ANALOGIA)
COMO FORMA DE SUPLEMENTAÇÃO DA “INERTIA
AGENDI VEL DELIBERANDI” - PRECEDENTES DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. MI 1394 AgR - STF/2011.
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57
 conceder-se-á HABEAS DATA:
a) para assegurar o conhecimento de informações
relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros
ou bancos de dados de entidades governamentais ou de
caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira
fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
TEM CARÁTER PERSONALÍSSIMO – NÃO CABE PARA O
CONHECIMENTO DE INFORMAÇÕES DE TERCEIROS.
CABÍVEL CONTRA PJDPRIVADO, QUE POSSUA
INFORMAÇÕES DE CARÁTER PÚBLICO. EX.: SPC
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58
 qualquer cidadão é parte legítima para propor AÇÃO
POPULAR que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus
da sucumbência;
CUIDADO: NÃO SE APLICA NA AÇÃO POPULAR A
REGRA DO FORO PRIVILEGIADO. PORTANTO, A AÇÃO
POPULAR CONTRA O PRESIDENTE DA REPÚBLICA NÃO
SERÁ JULGADA PELO STF.
 direito de petição: são a todos assegurados,
independentemente do pagamento de taxas:
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59
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de
direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para
defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse
pessoal;
Atenção: não depende de advogado para o seu exercício!
Observações:
 são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data,
e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da
cidadania.
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60
REMÉDIOS 
CONSTITUCIONAIS
Conceito Considerações
HABEAS CORPUS  sempre que alguém sofrer
(HC Repressivo) ou se achar
ameaçado de sofrer (HC
Preventivo) violência ou coação
em sua LIBERDADE DE
LOCOMOÇÃO, por ilegalidade
ou abuso de poder.
 pode sem impetrado
pela própria pessoa, por
menor ou por estrangeiro.
HABEAS DATA  para assegurar o
conhecimento de informações
relativas à pessoa do
impetrante, constante de
registro ou banco de dados de
entidades governamentais ou de
caráter público;
 serve também para
retificação de dados, quando
NÃO se prefira fazê-lo por
processo sigiloso, judicial ou
administrativo.
 a propositura da ação
é gratuita;
 é uma ação
personalíssima
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61
MANDADO DE 
SEGURANÇA
 para proteger direito líquido
e certo não amparado por HC ou
HD, quando o responsável pela
ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de
pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público.
 Líquido e Certo: o
direito não desperta
dúvidas, está isento de
obscuridades.
 qualquer pessoa física
ou jurídica pode impetrar,
mas somente através de
advogado
MANDADO DE 
SEGURANÇA
COLETIVO
 instrumento que visa proteger
direito líquido e certo de uma
coletividade, quando o
responsável pela ilegalidade ou
abuso de poder for autoridade
pública ou agente de pessoa
jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público.
 Legitimidade para
impetrar MS Coletivo:
Organização Sindical,
entidade de classe ou
associa legalmente
constituída a pelo menos
1 ano, assim como
partidos políticos com
representação no
Congresso Nacional.
 OBJETIVO: defesa
do interesse dos seus
membros ou associados.
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62
MANDADO DE 
INJUNÇÃO
 sempre que a falta de norma
regulamentadora que torne
inviável o exercício dos direitos e
liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à
cidadania.
 qualquer pessoa
(física ou jurídica) pode
impetrar, sempre através
de advogado.
AÇÃO 
POPULAR
 visa a anulação ou à
declaração de nulidade de atos
lesivos ao: Patrimônio Público, à
moralidade Administrativa, ao Meio
Ambiente, ao Patrimônio Histórico
e Cultural.
 a propositura cabe a
qualquer cidadão
(brasileiro) no exercício de
seus direitos políticos.
DIREITO DE 
PETIÇÃO
 Objetivo: Defender direito ou
noticiar ilegalidade ou abuso de
autoridade pública.
 qualquer pessoa pode
propor, brasileira ou
estrangeira
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63
DOS DIREITOS SOCIAIS – art. 6º ao 11 da CF
 São DIREITOS SOCIAIS: a educação, a saúde, a
alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança,
a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma
desta Constituição. (Atenção, cai no concurso!)
 Cabe, primariamente, aos Poderes Legislativo e Executivo
a prerrogativa de formular e executar políticas públicas, no
entanto, revela-se possível ao Poder Judiciário,
excepcionalmente, determinar a implementação de tais
políticas. Delegado/RN/2008.
Isso é possível, em razão da necessidade de concretização
dos DIREITOS SOCIAIS
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64
 Princípio da RESERVA DO POSSÍVEL
QUESTÃO DPU/2010: Os direitos sociais previstos na
Constituição, por estarem submetidos ao princípio da reserva
do possível, não podem ser caracterizados como verdadeiros
direitos subjetivos, mas, sim, como normas programáticas.
Dessa forma, esses direitos devem ser tutelados pelo poder
público, quando este, em sua análise discricionária, julgar
favoráveis as condições econômicas e
administrativas. INCORRETA
EMENTA: A CONTROVÉRSIA PERTINENTE À “RESERVA
DO POSSÍVEL” E A INTANGIBILIDADE DO MÍNIMO
EXISTENCIAL: A QUESTÃO DAS “ESCOLHAS
TRÁGICAS”...A cláusula da reserva do possível - que não
pode ser invocada, pelo Poder Público, com o propósito
de fraudar, de frustrar e de inviabilizar a implementação
de políticas públicas definidas na própria Constituição...
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65
... encontra insuperável limitação na garantia
constitucional do mínimo existencial, que representa, no
contexto de nosso ordenamento positivo, emanação
direta do postulado da essencial dignidade da pessoa
humana. Doutrina. Precedentes. - A noção de “mínimo
existencial”, que resulta, por implicitude, de determinados
preceitos constitucionais (CF, art. 1º, III, e art. 3º, III),
compreende um complexo de prerrogativas cuja
concretização revela-se capaz de garantir condições
adequadas de existência digna, em ordem a assegurar, à
pessoa, acesso efetivo ao direito geral de liberdade e,
também, a prestações positivas originárias do Estado,
viabilizadoras da plena fruição de direitos sociais básicos,
tais como o direito à educação, o direito à proteção
integral da criança e do adolescente, o direito à saúde, o
direito à assistência social, o direito à moradia...
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66
... o direito à alimentação e o direito à segurança.
Declaração Universal dos Direitos da Pessoa Humana, de
1948 (Artigo XXV). A PROIBIÇÃO DO RETROCESSO
SOCIAL COMO OBSTÁCULO CONSTITUCIONAL À
FRUSTRAÇÃO E AO INADIMPLEMENTO, PELO PODER
PÚBLICO, DE DIREITOS PRESTACIONAIS. ARE 639337
AgR - STF/2011
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67
DOS DIREITOS SOCIAIS – art. 6º ao 11 da CF
 São DIREITOS SOCIAIS: a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
(Atenção, cai no concurso!)
DOS DIREITOS DOS TRABAHADORES
 São DIREITOS dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condiçãosocial:
 A relação de emprego É PROTEGIDA contra despedida arbitrária ou sem
justa causa, nos termos de LEI COMPLEMENTAR;
 Seguro-Desemprego: em caso de DESEMPREGO INVOLUNTÁRIO;
 SALÁRIO:
 salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, sendo vedada sua
vinculação para qualquer fim;
 piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
 irredutibilidade do salário, SALVO o disposto em convenção ou acordo
coletivo;
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68
 garantia de salário nunca inferior ao mínimo, para os que percebem
remuneração variável;
 13º salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria;
 proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção
dolosa;
 salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa
renda;
 REMUNERAÇÃO:
 remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
 remuneração do serviço extraordinário superior, NO MÍNIMO, em 50 % à
do normal;
 DURAÇÃO E JORNADA DE TRABALHO:
 duração do trabalho normal NÃO SUPERIOR a 8 HORAS DIÁRIAS e
44 SEMANAIS, facultada a compensação de horários e a redução da jornada,
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
 jornada de 6 horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva;
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69
 CONQUISTAS:
 gozo de férias anuais remuneradas com 1/3 a mais do que o salário
normal;
 licença à gestante, sem prejuízo do emprego e salário, com a duração de
120 dias;
 licença-paternidade, com 5 dias consecutivos;
 ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de 5 anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite
de 2 anos após a extinção do contrato de trabalho;
 adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou
perigosas;
 fundo de garantia do tempo de serviço;
 participação nos lucros, ou resultados, DESVINCULADA DA
REMUNERAÇÃO, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa;
 repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
 aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de 30
dias;
 aposentadoria;
 assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 6
anos de idade em creches e pré-escolas;
Direito Constitucional
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70
 PROIBIÇÕES:
 de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão
por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
 de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência;
 de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os
profissionais respectivos;
 aos menores de 18 anos: de trabalho noturno, perigoso ou insalubre;
 aos menores de 16 anos: a de qualquer trabalho a, SALVO na condição de
aprendiz, a partir de 14 anos
 PROTEÇÃO QUANTO À:
 mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos
termos da lei;
 em face da automação, na forma da lei;
igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício
permanente e o trabalhador avulso;
 redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
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71
 seguro contra acidentes de trabalho, a CARGO DO EMPREGADOR, sem
excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou
culpa;
 reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
 São assegurados aos TRABALHADORES DOMÉSTICOS:
 integração à Previdência Social;
 Salário Mínimo;
 Irredutibilidade do Salário;
 13º salário;
 repouso semanal remunerado;
 Férias + 1/3;
 Licença maternidade de 120 dias;
 Licença paternidade;
 Aviso prévio;
 Aposentadoria;
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72
 É livre a ASSOCIAÇÃO PROFISSIONAL OU SINDICAL, observado o
seguinte:
 a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato;
 vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na
ORGANIZAÇÃO SINDICAL;
 É VEDADA a criação de mais de uma organização sindical, representativa
da mesma categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial,
base esta não podendo ser inferior à área de um Município;
 cabe ao SINDICATO a defesa dos direitos e interesses coletivos ou
individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;
 a ASSEMBLÉIA GERAL fixará a contribuição que, em se tratando de
categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema;
 NINGUÉM SERÁ OBRIGADO A FILIAR-SE OU A MANTER-SE FILIADO A
SINDICATO;
 é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de
trabalho;
 o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações
sindicais;
Direito Constitucional
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73
 é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da
candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda
que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta
grave nos termos da lei.
 Com relação ao DIREITO DE GREVE:
 É assegurado o DIREITO DE GREVE, competindo aos trabalhadores
decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam
por meio dele defender.
 Serviços ou atividades essenciais que deverão ser observados pelos
grevistas:
 Tratamento e abastecimento de água, energia elétrica, gás e
combustível;
 Assistência médica e hospitalar;
 Transporte coletivo;
 Telecomunicações;
 Compensação bancária;
 Controle tráfego aéreo;
 Guarda, uso e controle de substância radioativas e equipamentos;
 Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
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74
DA NACIONALIDADE – art. 12 e 13 da CF
 A nacionalidade define o elo que une um indivíduo a um Estado
determinado, ou seja, é a norma que tem que indicar o Estado de que
depende cada um.
 Não se deve confundir nacionalidade com naturalidade, pois esta é o
local físico onde se nasce e não necessariamente coincide com a
nacionalidade. Por exemplo, o indivíduo pode ser londrino, por ter nascido
em Londres, mas ser brasileiro nato, por ser filho de diplomata brasileiro
que lá se encontra em serviço.
 Espécies de nacionalidade e peculiaridades:
1) primária, de origem ou originária: vinculada ao fato natural do
nascimento. Adotam-se dois critérios:
a) Da territorialidade: ius solis – atribui a nacionalidade a quem nasce no
território do Estado de que se trata;
b) Da consangüinidade: ius sanguinis – são nacionais os descendentes de
nacionais – chamado de vínculo de sangue.
No caso da nacionalidade primária, teremos o brasileiro nato.
Direito Constitucional
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75
2) Secundária o adquirida: é a nacionalidade que se adquire pela vontade do
indivíduo ou do Estado por meio de naturalização (fato artificial). Nesse caso
teremos o brasileiro naturalizado.
Termos importantes:
 POLIPÁTRIDA: é o indivíduo que possui mais de uma nacionalidade, o
que acontece, por exemplo, quando seu nascimento se vincula aos dois
critérios de determinação da nacionalidade primária. É o caso dos filhos
cujos pais são oriundos de Estado que adota o critério do ius sanguinis e
nascem num Estado que adota o ius solis.
 APÁTRIDA OU HEIMATLOS: significa sem pátria, ou seja, indica que um
indivíduo e é desprovido de nacionalidade. É o caso dos filhos cujos pais
são oriundos de Estado que adota o critério do ius solis e que nascem num
Estado que adota o do ius sanguinis.
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 São BRASILEIROS:I - NATOS:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais
estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira,
desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa
do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira,
desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou
venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade
brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)
TABELIÃO - TJDF – 2008. Considere a seguinte situação hipotética.
Júlio, filho de brasileiro casado com estrangeira, nasceu na Europa,
onde seu pai estava, por conta própria, cursando doutorado. Dois
anos depois, quando seu pai concluiu o curso, a família veio residir
no Brasil. Nessa situação, para que Júlio obtenha registro civil de
seu nascimento, em seu domicílio no Brasil, terá que requerê-lo em
juízo. CERTO
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II - NATURALIZADOS:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade
brasileira, exigidas aos originários de países de língua
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e
idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes
na República Federativa do Brasil há mais de quinze
anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que
requeiram a nacionalidade brasileira.
 Aos portugueses com residência permanente no País,
se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão
atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os
casos previstos nesta Constituição – CHAMADA DE
QUASE NACIONALIDADE
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A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e
naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
 São privativos de BRASILEIRO NATO os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa.
PERDA DA NACIONALIDADE : do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, POR SENTENÇA JUDICIAL,
em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
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a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei
estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela forma estrangeira, ao
brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condição para
permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.
 A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do
Brasil.
 São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino,
as armas e o selo nacionais.
 Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter
símbolos próprios.
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DIREITOS POLÍTICOS – art. 14 a 16 da CF
 A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - PLEBISCITO;
II - REFERENDO;
III - INICIATIVA POPULAR.
 O ALISTAMENTO ELEITORAL e o VOTO são:
I - obrigatórios para os maiores de 18 anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de 70 anos;
c) os maiores de 16 e menores de 18 anos.
 Não podem alistar-se como ELEITORES: os estrangeiros e, durante o
período do serviço militar obrigatório, os conscritos (enquartelados);
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 São condições de ELEGIBILIDADE, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) 35 anos para Presidente, Vice-Presidente e Senador;
b) 30 anos para Governador e Vice-Governador;
c) 21 anos para Deputado Federal e Estadual ou Distrital, Prefeito,
Vice-Prefeito e Juiz de Paz;
d) 18 anos para Vereador.
 SÃO INELEGÍVEIS os inalistáveis e os analfabetos.
Direitos políticos e eleitorais são de competência da União – art. 22, XIII e I
da CF.
 O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito
Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso
dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período
subseqüente.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)
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 Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os
Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem
renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
 São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os
parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do
Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à
reeleição.
 O militar alistável é ELEGÍVEL, atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da 
atividade;
II - se contar mais de 10 anos de serviço, será agregado pela 
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da 
diplomação, para a inatividade (reserva).
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 O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo
de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de
abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
 A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça,
respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
 É VEDADA A CASSAÇÃO DE DIREITOS POLÍTICOS, cuja perda ou
suspensão só se dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus
efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação
alternativa;
V - improbidade administrativa;
 A lei que alterar o processo eleitoral ENTRARÁ EM VIGOR na data
de sua publicação, NÃO SE APLICANDO À ELEIÇÃO QUE OCORRA ATÉ 1
(UM) ANO DA DATA DE SUA VIGÊNCIA.
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Sistemas eleitorais
O sistema eleitoral é um conjunto de regras que tem por fim organizar as
eleições. No Brasil, atualmente, são dois:
1º) Sistema majoritário: vence quem obtiver a maioria dos votos.
a) Maioria simples: única votação; (Senadores e Prefeitos de cidades com
menos de 200 mil ELEITORES)
b) Maioria absoluta: obtenção de maioria absoluta no 1º turno de votação; se
ninguém conseguir, terá 2º turno com os dois mais votados; (Presidente e
Vice; Governador e Vice; Prefeito e Vice com mais de 200 mil hab.)
2º) Sistema proporcional: eleição se dá na proporção da preferência dos
eleitores. (Deputados Federais, Estaduais e Distritais e Vereadores)