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NOÇÕES DE DDIREITO ADMINISTRATIVO 2 amanda almozara

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Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
Noções de Direito Administrativo
AULA 2
3. Organização administrativa da União; administração 
direta e indireta. 
4. Agentes públicos: espécies e classificação; poderes, deveres 
e prerrogativas; cargo, emprego e função públicos; regime 
jurídico único: provimento, vacância, remoção, 
redistribuição e substituição; direitos e vantagens; regime 
disciplinar; responsabilidade civil, criminal e 
administrativa.
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
Tópico 3:
Organização administrativa da União
 Estuda a estrutura interna da Administração Pública (órgãos 
e PJ)
 Decreto 200/67: Dispõe sobre a organização da 
Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma 
Administrativa
 Administração Pública - não detentora de 
personalidade jurídica: a Administração Pública contém um 
conjunto de pessoas jurídicas de Direito Público e de Direito 
Privado, portanto, os sujeitos das relações jurídico-
administrativas não são a Administração Pública, mas uma das 
pessoas que a compõem.
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO
O Estado pode tanto desenvolver por si mesmo as atividades 
administrativas (centralização), como pode prestá-las através 
de outros sujeitos (transfere a particulares o exercício de 
certas atividades que lhes são próprias, ou cria outras 
pessoas, com personalidade de direito público ou de 
direito privado)
Centralização: 
 concentração de toda a função administrativa pública no 
órgão superior do Estado – ÚNICA PESSOA JURÍDICA. 
 exercida por meios dos órgãos das pessoas políticas, 
formando a Administração Pública Direta.
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
Descentralização: é o processo de divisão ou distribuição da 
função administrativa estatal entre os vários órgãos e 
pessoas jurídicas que compõem a Administração 
Pública.
Art. 6º - é princípio fundamental
Conjunto de pessoas jurídicas autônomas: ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA INDIRETA 
 As entidades são dotadas de personalidade jurídica própria, e 
respondem pessoalmente pelos prejuízos causados pelos seus 
agentes – art. 1º, § 2º da Lei 9784/99. 
CONCENTRAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO
Concentração: cumprimento das competências 
administrativas pelos próprios órgãos públicos, sem divisões 
internas (repartições e departamentos)
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
Desconcentração: atribuições repartidas entre órgãos 
públicos, pertencentes a uma ÚNICA PESSOA JURÍDICA, 
mantendo a vinculação hierárquica.
REPARTIÇÃO INTERNA DE COMPETÊNCIA
Exs.: Ministérios da União, Secretarias estaduais, delegacias de 
polícia, subprefeituras, postos de atendimento etc.
OBSERVAÇÕES: 
1) RECEITA FEDERAL É DECORRENTE DA 
DESCONCENTRAÇÃO.
2) Alguns órgãos têm Capacidade Judiciária (CAPACIDADE 
PROCESSUAL ESPECIAL), quer dizer, para figurar em juízo na 
defesa de suas prerrogativas institucionais, como ocorre, por 
exemplo, na impetração pela Câmara de Vereadores de 
Mandado de Segurança contra ato do Prefeito que não repassa 
o duodécimo.
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
Do conceito de concentração e desconcentração é a noção de 
ÓRGÃO PÚBLICO.
Conceito: “centros de competência instituídos para o 
desempenho de funções estatais através de seus agentes, cuja 
atuação é imputada à Pessoa Jurídica a que pertencem”. (Hely)
 Núcleo de competência
 Sem personalidade jurídica – pertencem às pessoas 
jurídicas, mas não são.
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
 Teoria dos órgãos:
 Teoria da Identidade: órgãos público é o próprio agente 
(morte do agente extinção do órgão)
 Teoria da Representação: o agente seria um 
representante do Estado – tratado como incapaz
 Teoria do Mandato: o agente seria um mandatário do 
Estado – contrato de representação
 Teoria do Órgão ou da Imputação: a atuação do agente 
público é imputada, atribuída ao Órgão Público a que ele se 
vincula, e consequentemente à Pessoa Jurídica a que o Órgão 
pertence. 
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
 Portanto, O AGENTE ATUA EM NOME DO ESTADO, 
TITULARIZANDO UM ÓRGÃO PÚBLICO, DE MODO QUE A 
ATUAÇÃO DO AGENTE É ATRIBUÍDA AO ESTADO.
 Idealizador dessa teoria: ALEMÃO OTTO FRIEDRICH VON 
GIERKE (1841-1921) . Baseou a teoria com base na noção de 
imputação volitiva.
ÓRGÃOS PÚBLICOS NÃO SÃO PESSOAS, MAS 
PARTES INTEGRANTES DA PESSOA ESTATAL.
Quanto à posição estatal: 
 Órgãos Independentes: são originários da CF e 
Representativos dos Poderes do Estado.
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
Não se submetem a hierarquia, mas, há Controle de 
Constitucionalidade de um Poder sobre o outro. É o chamado 
Sistema de Freio e Contra Pesos (“Checks and balances”). São: 
Chefias do Executivo, as Casa Legislativas, Juízos e Tribunais 
do Poder Judiciário. Para HLM deve ser acrescentado TCU e 
MP, pois, são Órgãos Independentes. 
 Órgãos Autônomos: localizados na Cúpula da 
Administração imediatamente subordinados a Chefia dos 
Órgãos Independentes. Participam das Decisões de Governo e 
possuem Capacidade de Autoadministração, Técnica e 
Financeira. São: Ministérios de Estado subordinados ao 
Presidente da República, Secretarias de Estados (Subordinadas 
ao Governo do Estado de SP).
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
 Órgãos Superiores: são Órgãos de direção, de controle, 
mas submetidos à hierarquia a uma chefia mais elevada. Eles 
respondem por decisões técnicas, mas não tem capacidade de 
Autoadministração e nem Financeira. Recebem várias 
nomenclaturas, como coordenadorias, departamentos, divisões, 
gabinetes etc. 
 Órgãos Subalternos: caracterizam-se por exercerem 
funções de execução conforme diretrizes dos Órgãos superiores 
de execução. Eles possuem reduzido poder decisório. Exs.: 
Seções de Pessoal, Material, Expediente, Acompanhamento 
processual etc. 
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
Quanto à estrutura: 
 Simples: não possuem órgãos menores dentro da sua 
estrutura; constituem-se por um ÚNICO Centro de Atribuições. 
Ex: Seção de Pessoal. 
 Compostos: são os que possuem em sua estrutura outros 
órgãos menores; desenvolvem a mesma atividade fim do Órgão 
Composto ou atividade meio, para que o Órgão Composto atinja 
seu fim. Ex: Secretaria de Estado.
Quanto à composição: 
 Singular (Unipessoal): são os que atuam e decidem por 
uma só pessoa. Ex: Presidente da República; 
 Coletivo (Pluripessoal): são os que atuam e decidem pela 
vontade majoritária de seus membros. Ex: Tribunal de 
Impostos e Taxas.
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
Entidades da Administração Pública Indireta
1) Autarquias:
 Pessoa jurídica de direito público. 
 É criada por Lei ESPECÍFICA– a pessoa jurídica surge da 
própria Lei, sem necessidade de registro. 
 Desempenham atividades típicas da administração pública e 
não atividades econômicas. 
 Dotadas de autonomia gerencial, orçamentária e 
patrimonial: é a capacidade de autogoverno.
 Nunca exercem atividade econômica
 Seus bens são públicos
 Celebram contratos administrativos
 Regime normal de contratação é estatutário
 Possuem prerrogativas especiais da Fazenda Pública
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
ACOMPANHE O QUADRO ESQUEMÁTICO:
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
 Responsabilidade objetiva e direta
 Podem constituir seus próprios títulos executivos. Através de 
processo administrativo, garantindo o direito de defesa, 
inscrevem os créditos na Dívida Ativa. O título executivo é 
constituído unilateralmente.
Outras características: controle do tribunal de contas, 
vedação à acumulação de cargos e funções públicas, realizar a 
licitação, seus dirigentes ocupam cargo emcomissão.
Exs.: INSS, BACEN, IBAMA, CADE, INCRA, USP.
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
Dec. 200/67 - Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
I – Autarquia: o serviço autônomo, criado por lei, com 
personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para 
executar atividades típicas da Administração Pública, que 
requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão 
administrativa e financeira descentralizada.
Art. 37, XIX - somente por lei específica poderá ser criada 
autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de 
sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua 
atuação.
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
As autarquias gozam das prerrogativas da Fazenda 
Pública:
a) podem constituir seus próprios títulos executivos. Através 
de processo administrativo, garantindo o direito de defesa, 
inscrevem os créditos na Dívida Ativa. O título executivo é 
constituído unilateralmente.
b) Gozam da prerrogativa da impenhorabilidade de seus 
bens. O processo de execução contra a autarquia é o mesmo 
previsto contra a Fazenda Pública – não se faz citação para 
pagar, faz-se para Embargos. O pagamento é realizado através 
de precatório.
c) Imprescritibilidade – impossibilidade de aquisição dos 
bens por usucapião.
d) Privilégios Processuais da Fazenda Pública: Prazos 
quádruplos para contestar e duplo para recorrer, duplo grau de 
jurisdição obrigatório. 
 
 
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
Espécies de autarquias:
 Autarquias administrativas ou de serviços: comuns, 
ex.: INSS, Ibama
 Autarquias especiais: tem mais autonomia – 
independência administrativa, ex.: SADAM, SUDENE, 
ANATEL, ANCINE
 Autarquias corporativas: chamadas de corporações 
profissionais, ex.: CREA, CRM
 Autarquias fundacionais: afetação de determinado 
patrimônio público, ex.: PROCON, FUNASA, FUNAI
 Autarquias territoriais: departamentos geográficos - 
territórios federais – art. 33 da CF.
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
 Extinção da Autarquia:
 A extinção da autarquia depende de lei, da mesma forma que a 
sua criação. 
Agências reguladoras e executivas 
A figura da autarquia foi utilizada pelo governo na criação das 
agências reguladoras, no entanto, essas agências não são 
simples autarquias, são autarquias de regime especial, pois 
possuem maiores privilégios em relação à autarquia comum, 
pela necessidade de maior independência.
Hely Lopes Meirelles esclarece em seus ensinamentos o 
conceito de autarquia de regime especial: 
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
“É toda aquela que a lei instituidora conferir privilégios 
específicos e aumentar sua autonomia comparativamente com 
as autarquias comuns, sem infringir os preceitos 
constitucionais pertinentes a essas entidades de personalidade 
pública”.
Dentre os privilégios inerentes às autarquias de regime 
especial estão o da estabilidade de seus dirigentes, 
autonomia financeira e o poder normativo. A outorga 
desses amplos poderes que lhes foi concedida, tem como 
objetivo primordial a execução satisfatória dos serviços 
públicos, dada a grande importância apresentada por esses no 
desenvolvimento do país.
As autarquias especiais, apesar de todas essas regalias, não 
gozam de plena independência e autonomia, sendo, portanto, 
relativamente dependente dos Poderes Executivo, Legislativo e 
Judiciário. 
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
Diogo de Figueiredo Moreira Neto entende que essa relativa 
independência se dá em relação a quatro aspectos básicos:
 Independência política dos gestores, investidos de mandatos 
e com estabilidade nos cargos durante um tempo fixo;
 Independência técnica decisional, predominando as 
motivações apolíticas para seus atos, preferentemente em 
recursos hierárquicos impróprios;
 Independência normativa, necessária para o exercício de 
competência reguladora dos setores de atividade do interesse 
público a seu cargo;
 Independência gerencial orçamentária e financeira ampliada, 
inclusive com a atribuição legal de fonte de recursos 
próprios, como, por exemplo, as impropriamente 
denominadas taxas de fiscalização das entidades privadas 
executoras de serviços públicos sob contrato”.
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
As agências executivas são apenas uma qualificação a ser 
reconhecida, mediante decreto, a um órgão da administração 
direta, uma autarquia ou fundação responsável por serviço ou 
atividade exclusiva do Estado, sendo seus dirigentes de livre 
nomeação e exoneração pelo Presidente da República. A Lei nº 
9.649, de 27/05/98, nos artigos 51 e 52, dispõe que a 
qualificação de uma instituição como agência exige que ela 
tenha um plano estratégico de reestruturação e 
desenvolvimento institucional em andamento e um contrato de 
gestão com Ministério superior. 
Determina a Constituição no seu art. 37, § 8º, de acordo com a 
redação da Emenda Constitucional nº 19, que é necessário um 
contrato de gestão com alguns elementos específicos para que a 
entidade ou órgão se transforme em agência executiva. 
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
Esses elementos são: 
 objetivos estratégicos
 metas
 indicadores de desempenho
 condições de execução
 gestão de recursos humanos 
 gestão de orçamento
 gestão de compras e contratos. 
 prazo de duração do contrato
 remuneração de pessoal
Portanto, Agência Executiva é um título jurídico atribuído a um 
órgão ou entidade, que depende de adesão voluntária, com 
metas negociadas, compatíveis com os recursos, e não 
impostas, obedecendo à algumas etapas.
 
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
Fundações Públicas
Conceito: 
A conceituação de fundação pública mais encontrada é a 
disposta no art. 5º, IV do Decreto-Lei nº 200/67, com redação 
dada pela Lei nº 7.596/87, in verbis:
"Fundação pública – a entidade dotada de personalidade 
jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em 
virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de 
atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades 
de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio 
próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e 
funcionamento custeado por recursos da União e de outras 
fontes"
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
O entendimento tido como predominante é o de que o ente 
público instituidor pode atribuir à fundação personalidade de 
direito público ou de direito privado (Di Pietro, Diógenes 
Gasparini, Miguel Reale, Cretella Jr.), há ainda a posição de 
Celso A. Bandeira de Melo que adota a tese de que todas as 
fundações públicas são pessoas jurídicas de direito público, e, 
por fim, o entendimento de Hely Lopes Meireles, Carvalho 
Filho e Marçal Justen Filho, dentre outros [01], de que todas as 
fundações são de Direito Privado, independentemente de serem 
instituídas pela Administração Direta.
 
Critérios diferenciadores dos regimes público e 
privado:
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
Para definir se a fundação é pública ou privada a análise da lei 
instituidora é imprescindível, tendo os doutrinadores fixado 
alguns critérios de diferenciação que nela podem ser 
identificados:
a) inexigibilidade de inscrição de seus atos constitutivos no 
Registro Civil das Pessoas Jurídicas para as de direito público, 
porque a sua personalidade já decorre da lei (Di Pietro);
b) titularidade de poderes públicos e não meramente o exercício 
deles (Bandeira de Melo);
c) origem dos recursos, serão de direito público aquelas cujos 
recursos tiverem previsão própria no orçamento da pessoa 
federativa e que, por isso mesmo, sejam mantidas por tais 
verbas, sendo de direito privadoaquelas que sobreviverem 
basicamente com as rendas dos serviços que prestem e com 
outras rendas e doações oriundas de terceiros (Carvalho Filho);
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
d) natureza das atividades, para Justen Filho se a 
fundação "envolver um processo de descentralização de 
competências próprias e inerentes à Administração direta, o 
único regime jurídico admissível será o público".
e) regime jurídico, titularidade de poderes e natureza dos 
serviços prestados (STF – ADI 191/RS: "A distinção entre 
fundações públicas e privadas decorre da forma como foram 
criadas, da opção legal pelo regime jurídico a que se 
submetem, da titularidade de poderes e também da natureza 
dos serviços por elas prestados ).
Portanto, se se a fundação pública obedece ao regime jurídico 
público ou ao regime jurídico privado, a despeito da celeuma 
que envolve o tema, depende da análise da lei instituidora, 
todavia....
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
Gozam das prerrogativas da Fazenda Pública:
a) execução fiscal de seus créditos
b) direito de regresso contra os seus servidores
c) gozam da prerrogativa da impenhorabilidade de seus bens. 
O pagamento é realizado através de precatório.
d) imprescritibilidade e impenhorabilidade – 
impossibilidade de aquisição dos bens por usucapião.
e) privilégios Processuais da Fazenda Pública: Prazos 
quádruplos para contestar e duplo para recorrer, duplo grau de 
jurisdição obrigatório. 
f) prescrição quinquenal das suas dívidas – 5 anos – Decreto-lei 
4597/42
g) imunidade tributária de impostos (patrimônio, renda e 
serviços)
 
 
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
EMPRESAS PÚBLICAS:
Características:
- Têm personalidade jurídica de direito privado;
- Formadas com capital exclusivamente público;
- Possibilidade de penhora dos bens;
- Inexistência das prerrogativas da Fazenda Pública.
 
 As empresas públicas têm criação autorizada por lei.
 A autarquia adquire a personalidade jurídica diretamente da 
lei que a criou, inexistindo necessidade de registro. As 
empresas públicas necessitam, para adquirir a personalidade 
jurídica, na forma do direito privado, de registro dos seus 
atos constitutivos perante o órgão competente.
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
Outra diferença das empresas públicas em relação às 
autarquias é que estas têm personalidade jurídica de direito 
público, enquanto aquelas são pessoas jurídicas de direito 
privado.
Os contratos que celebram as empresas públicas podem ser 
de direito administrativo, se forem prestadoras de serviços 
públicos, no entanto, se explorarem atividades econômicas, 
os contratos que celebrarem estarão regidos pelo direito 
privado e, nesse caso, elas não poderão gozar de nenhum 
privilégio(próprio dos contatos de direito público), devendo 
concorrer em igualdade de condições.
 Em qualquer caso, mesmo as que prestam serviços públicos, 
terão em seus quadros servidores regidos pela CLT, 
submetidos ao regime trabalhista
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
 Pode, a empresa pública, revestir-se de qualquer das formas 
societárias admitidas em direito: S/A, Sociedade Por Cotas, 
Forma Societária Específica.
 
 Forma Societária Específica : criada exclusivamente para 
ela, como acontece com as empresas públicas federais, uma 
vez que compete à União legislar em matéria comercial, 
podendo, portanto, criar uma empresa pública com uma 
peculiar forma societária. Ex.: CEF.
O capital da empresa pública é exclusivamente público, não 
há participação de particulares na formação do capital. Será 
o capital integralmente subscrito por entidades ligadas à 
administração pública.
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
 Em consequência da personalidade jurídica de direito 
privado, não gozam das prerrogativas da Administração 
Pública. Os seus bens podem ser penhorados para a 
satisfação das suas dívidas. Enquanto as pessoas jurídicas de 
direito público submetem-se a um procedimento específico 
(art. 730, do CPC), a pessoa jurídica de direito privado – 
Empresas Públicas – respondem como qualquer devedor 
particular, ao processo de execução comum. 
 É possível também adquirir-se, por usucapião, os bens da 
empresa pública.
 Em relação à penhora dos bens, vale ressaltar que existe um 
Decreto-Lei que estabelece a impenhorabilidade dos bens 
dos Correios, que é uma empresa pública.
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
Esse privilégio é combatido, mas se explica por se tratar de uma 
empresa exclusivamente de prestação de serviços públicos, 
diferente daquelas que têm como finalidade a exploração de 
atividades econômicas. Existem decisões do STF, no sentido da 
incompatibilidade do referido Decreto-Lei com a Constituição 
de 1988.
 
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA: 
Características:
 Necessidade de lei autorizando sua criação;
 Conjugação de capitais públicos e privados;
 Forma societária: sempre Sociedade Anônima;
 
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
 Personalidade jurídica de direito privado; 
 Ausência das prerrogativas do poder público;
 Possibilidade de penhora dos bens.
Aspectos comuns às Sociedades de Economia Mista e 
às Empresas Públicas:
 A necessidade de lei autorizando a sua criação;
 Personalidade jurídica de direito privado;
 Ausência das prerrogativas do Poder Público;
 Possibilidade de penhora dos bens.
 
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
 A principal diferença entre sociedades de economia mista e 
as empresas públicas está na formação do capital social que, 
no caso das sociedades de economia mista, é subscrito por 
entidades vinculadas à administração pública e por 
particulares, devendo, no entanto, haver o controle acionário 
pela entidade vinculada à administração pública.
Uma outra distinção básica é a forma societária que, no caso 
da sociedade de economia mista, só pode ser a sociedade 
anônima.
 As sociedades de economia mista não estão sujeitas à 
falência.
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
 A Lei das S/A, n 6404/76 exclui expressamente a 
possibilidade da falência das sociedades de economia mista, 
pelo pressuposto de existir uma responsabilidade subsidiária 
da entidade controladora. Esse é um aspecto que tem sido 
questionado, principalmente para aquelas sociedades de 
economia mista que exploram atividade econômica, por 
representar um privilégio.
 A execução segue o mesmo procedimento usado para as 
pessoas de direito privados. São exemplos de sociedades de 
economia mista: Banco do Brasil, PETROBRAS, TELEBRAS. 
Porém, as sociedades de economia mista estão sujeitas à 
Justiça Estadual, enquanto que as empresas públicas federais 
litigam na Justiça Federal.
 
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
 A Emenda Constitucional n 19 previu a edição de Lei, 
estabelecendo o regime jurídico das empresas públicas e 
sociedades de economia mista exploradoras de atividades 
econômicas e prestadoras de serviços públicos. 
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
Tópico 4:
1. Agentes Públicos
Designação genérica. Abrange todas as pessoas que 
mantém uma relação profissional com o Estado, 
mesmo que em caráter temporário ou sem 
remuneração. 
O gênero “agentes públicos” abrange as várias espécies 
a seguir elencadas.
De acordo com Hely Lopes Meirelles, a classificação ou 
espécies de agentes públicos são:
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 Agentes políticos
 Agentes administrativos
 Agentes honoríficos
 Agentes delegados
 Agentes militares
1º) Agentes Políticos: são os membrosde Poder, 
que integram a cúpula diretiva do Estado (Presidente 
da República, Governadores, Prefeitos, seus 
respectivos vices, Ministros de Estado, entre outros).
Em regra, são investidos mediante eleições e 
desempenham mandatos de duração pré-determinada.
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2º) Agentes administrativos: são os ocupantes 
de cargos públicos, emprego públicos e 
funções públicas.
Cargos Públicos. A mais simples unidade de 
atribuições e de responsabilidades conferida a um 
agente público. São criados mediante ato normativo 
(lei ou regulamento), organizados em classes (cargos 
com remuneração e atribuições idênticas) e em 
carreiras (organização hierárquica de cargos), que 
originam o quadro de servidores (conjunto de cargos 
isolados ou carreiras).
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Servidores Públicos Estatutários. São os 
ocupantes dos cargos públicos (conjunto de 
atribuições criado por lei, a ser provido mediante 
aprovação em concurso público). Seu regime jurídico é 
chamado estatutário, pois se encontra disciplinado 
integralmente na lei. 
Em verdade, existem dois regimes jurídicos diversos: 
 Cargos Vitalícios: Após a aprovação no estágio 
probatório (período de dois anos em que o servidor 
público é avaliado periodicamente), o agente público 
adquire vitaliciedade e somente poderá perder o cargo 
por força de sentença judicial transitada em julgado. 
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São os Juízes, Membros dos Ministérios Públicos e 
Membros dos Tribunais de Contas.
Cargos de Provimento Efetivo: todos os demais 
ocupantes de cargos públicos. Após aprovação no 
estágio probatório, que tem duração de três anos, 
adquirem estabilidade. Nessa situação, somente 
perdem o cargo através:
a) de sentença judicial transitada em julgado, 
b) processo administrativo disciplinar, 
c) avaliação de desempenho 
d) para redução das despesas com pessoal da 
administração, na forma da lei. 
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Servidores Públicos Empregados. Pessoas físicas 
que, após aprovadas em concurso publico, vinculam-se 
ao Estado mediante contrato de trabalho, regulado 
pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. O 
regime jurídico que se aplica a eles é essencialmente 
privado, e oferece menor proteção que o regime 
estatutário. Contudo, só podem ser demitidos 
motivadamente, após processo administrativo em que 
se garanta o contraditório e a ampla defesa.
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Ocupantes de Cargos em Comissão: Pessoas que 
exercem os chamados “cargos de confiança”. São 
cargos em que se exercem funções de direção, chefia e 
assessoramento (art. 37, V, da Constituição Federal). 
Exemplos: Subprefeitos e Assessores Parlamentares. A 
investidura no cargo não dependem de concurso, mas 
de nomeação política.
Importante: Não se confundem com funções de 
confiança. Em funções também são exercidas 
exclusivamente atribuições de direção, chefia e 
assessoramento.
Direito Administrativo – Professora Amanda Almozara
Contudo, só podem ser desempenhadas por servidores 
de carreira, previamente aprovados em concurso 
público.
Servidores públicos temporários. Pessoas 
contratadas em caráter temporário, para atenderem 
necessidades temporárias, de excepcional interesse 
público (exemplos: situações de calamidade pública, 
assistência a emergências em saúde pública, admissão 
de professor substituto e professor visitante). Eles 
exercem função pública – art. 37, II e IX da CF (mas, 
não a função de confiança!)
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O rol se encontra no artigo 2º da Lei n. 8.745/93. São 
investidos através de processo seletivo, muito 
mais simples que concurso público. E mesmo o 
processo seletivo simplificado pode ser dispensado nos 
casos de calamidade pública ou emergência ambiental. 
Seu vínculo com o Estado é temporário.
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Acumulação de cargos, empregos e funções 
públicas. 
Em regra, é proibida a acumulação remunerada de 
empregos ou cargos públicos. Abrange também a 
Administração Pública Indireta, as subsidiárias das 
Empresas Públicas e as sociedades que são 
controladas, diretamente ou não, pelo Poder Público.
Exceções: a Constituição Federal criou algumas 
situações em que é possível a acumulação de dois 
cargos, desde que observada à compatibilidade de 
horários. São:
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 Dois cargos de professor;
 Um cargo de professor com outro técnico ou 
científico;
 Dois cargos ou empregos privativos de profissionais 
de saúde;
 Um cargo de vereador com outro cargo, emprego ou 
função pública;
 Um cargo de magistrado ou MP com outro de 
professor;
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3º) Agentes honoríficos ou Particulares em 
colaboração com a Administração Pública 
Pessoas que exercem função pública sem serem 
servidores públicos. Em regra não mantém vínculo 
permanente com o Estado e não recebem 
remuneração.
“São cidadãos convocados, designados ou nomeados para 
prestar, transitoriamente, determinados serviços ao 
Estado em razão de sua condição cívica, de sua 
honorabilidade ou de sua notória capacidade 
profissional, mas sem qualquer vínculo empregatício ou 
estatutário e, normalmente, sem remuneração como 
contraprestação pelo serviço prestado.” (H.L.Meirelles).
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4º) Agentes delegados: particulares que recebem a 
incumbência de exercer determinada atividade, obra 
ou serviço público e o fazem em nome próprio, por sua 
conta e risco, sob a permanente fiscalização dos poder 
delegante. 
 Não são servidores, mas agentes ou 
funcionários.
 São os chamados concessionários e 
permissionários de serviços públicos.
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5ª) Agentes Militares: São os membros das Forças 
Armadas, das Polícias Militares e Corpos de Bombeiro 
Militares. Mantêm vínculo estatutário, e não 
contratual, com o Estado.
Contudo, seu regime jurídico é disciplinado por 
legislação específica, diferente da que é aplicada aos 
servidores civis, e sua carreira organizada com base na 
hierarquia e disciplina. A Constituição Federal proíbe 
que se organizem em sindicatos, façam greve ou se 
filiem a partidos políticos.
 
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Concurso Público. Procedimento administrativo que 
o Estado utiliza para selecionar as pessoas mais aptas 
para exercerem os cargos e empregos públicos. Sua 
realização é obrigatória, salvo em se tratando de:
 1) cargos em comissão 
2) contratados temporários
3) para contratação de agentes comunitários de saúde e 
agentes para combate as endemias.
No procedimento devem ser observados os princípios 
da legalidade, isonomia, impessoalidade e moralidade.
Possui duas espécies:
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a) concurso de provas. O único critério para estabelecer 
a ordem de classificação dos candidatos aprovados é o 
desempenho nas provas realizadas. 
b) concurso de provas e títulos. A classificação é 
determinada pelo desempenho nas provas realizadas e 
a pontuação que fora atribuída previamente aos títulos 
indicados no edital do certame.
Observação: não existem concursos somente de 
títulos.
Validade do Concurso. Até dois anos, contados da 
data de homologação do concurso, prorrogáveis por 
igual período.
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PODERES, DEVERES E PRERROGATIVAS
 Poderes: Poder-dever: O servidor não pode se omitir. 
Os deveres de eficiência, de probidade e o de 
prestar contas etc.
 Deveres: Normalmente estão previstos nas leis 
estatutárias, abrangendo, entreoutros, os de 
assiduidade, pontualidade, discrição, urbanidade, 
obediência, lealdade. Federal: 8112/90
 Prerrogativa: Privilégios atribuídos a alguém 
por seu cargo; - Férias, licenças, vencimento ou 
remuneração e demais vantagens pecuniárias (= 
dinheiro), assistência, direito de petição, disponibilidade 
e aposentadoria.
.
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NORMAS CONSTITUCIONAIS
 
 Existem normas constitucionais disciplinadoras do 
Funcionalismo Público.
 
1) ESTABILIDADE 
 
Conceito: é a garantia constitucional de 
permanência no serviço púbico, outorgada a funcionário 
que, tendo sido nomeado em caráter efetivo, 
ultrapassou o estágio probatório de 3 (TRÊS) ANOS.
 
É necessário distinguir efetividade e estabilidade 
 
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Efetividade: é uma característica do 
provimento do cargo, os cargos públicos podem 
ser providos em caráter efetivo ou em comissão.
 Efetivo: são aqueles cargos em que se exige 
aprovação em concurso público e pressupõem uma 
situação de permanência.
 Comissão: são os livremente nomeados, mas em 
caráter provisório. São de livre nomeação e 
exoneração.
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A efetividade refere-se ao cargo. É uma característica do 
provimento do cargo.
 
 Estabilidade: é a permanência do Servidor Público, 
nomeado para cargo de provimento efetivo em virtude de 
concurso público, que satisfez o estágio probatório. É 
por isso que se diz que estabilidade se dá no Serviço Público e 
não no cargo – é o direito de permanência no Serviço Público, 
mas não é o direito de permanência no mesmo cargo para o 
qual o Servidor foi nomeado.
Durante o estágio probatório o funcionário pode ser 
exonerado (simples dispensa) ou demitido (se comete falta 
grave). Sempre se exige um procedimento administrativo, 
pois, há necessidade do controle da legalidade, há necessidade 
de se justificar o ato.
 
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O estável não pode ser exonerado, a não ser a pedido. Para ser 
demitido se exige processo administrativo onde se assegure 
ampla defesa, ou por sentença transitado em julgado.
FORMAS DE PROVIMENTO DOS CARGOS PÚBLICOS
 
 O Provimento é o preenchimento do cargo público
São formas de provimento de cargo público todas as 
enumeradas no artigo 8º da Lei 8112/90, sendo uma 
enumeração é exaustiva – numerus clausus. 
Conforme determina o STF Súmula 685 "É inconstitucional 
toda modalidade de provimento que propicie ao servidor 
investir-se, sem prévia aprovação em concurso público 
destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a 
carreira na qual anteriormente investido".
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Art. 8o São formas de provimento de cargo público: 
I - nomeação; 
II - promoção; 
III - ascensão;
(Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
 IV - transferência; 
(Execução suspensa pela RSF nº 46, de 1997) 
(Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 V - readaptação; 
 VI - reversão; 
 VII - aproveitamento; 
 VIII - reintegração; 
 IX - recondução.
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Originária: O provimento originário vincula 
inicialmente o servidor ao cargo, emprego ou função. 
Pode se dar por nomeação ou por contratação, 
conforme o caso. Para cargo, fala-se em nomeação. 
Para emprego e função temporária, fala-se em 
contratação. 
1º) Nomeação: é o ato administrativo, 
consubstanciado em portaria, por meio do qual a 
autoridade competente promove a investidura do 
aprova em concurso público no respectivo cargo. Ela 
apenas se completa com a posse e o exercício, que vem 
a ser o início das atividades do servidor.
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Ela só existe para os cargos públicos, pois para as 
funções de confiança há designação (artigo 15, §3º).
O ato de nomeação, para Doutrinadores de peso, é 
discricionário, os quais entendem haver expectativa de 
direito à convocação, pois o recrutamento do aprovado 
é ato discricionário da administração pública quanto à 
conveniência e oportunidade.
Contudo, o Supremo Tribunal tem mudado seu 
posicionamento e a 1ª Turma decidiu no 
sentido de que o candidato classificado dentro 
do número de vagas previstas em edital, tem o 
direito líquido e certo à nomeação, logo o ato 
de convocação que era discricionário...
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... passa a ser vinculado às regras do edital. 
(vide RE 227.480 – informativo 520)
Art. 9o A nomeação far-se-á: 
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo 
isolado de provimento efetivo ou de carreira; 
II - em comissão, inclusive na condição de interino, 
para cargos de confiança vagos. 
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
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 Derivada: As formas derivadas de provimento dos cargos 
públicos, decorrem de um vínculo anterior entre 
Servidor e Administração.
Promoção
Readaptação
Reversão
Aproveitamento
Reintegração
Recondução
 
O servidor poderá progredir na mesma carreira, nos diversos 
escalões de uma mesma carreira. Diante do entendimento do 
STF, entendeu-se que Ascensão Funcional e a 
Transferência SÃO INCONSTITUCIONAIS.
 
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LEI 8112/90
1) promoção: é a passagem do servidor, mediante 
processo seletivo, para a classe imediatamente superior 
àquela em que se encontra, dentro da respectiva 
carreira, obedecidos os critérios de antiguidade e 
merecimento (aplicável, somente, aos cargos de 
carreira)
2) readaptação: investidura do servidor em cargo 
mais compatível com a sua capacidade física e ou 
intelectual, respeitada a habilitação profissional 
necessária. Geralmente ocorre quando o servidor se 
acidenta ou adquire alguma moléstia que o incapacite 
para as suas atribuições (não haverá perda total da 
capacidade laborativa)
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LEI 8112/90
Ela não gera aumento de vencimentos; deverá ser 
realizada por perícia médica; ocorrerá só se houver 
vaga disponível.
3) reversão: é o retorno do servidor, após a 
verificação de que não mais subsistem os motivos de 
sua aposentadoria. Pode se dar a pedido ou de ofício. 
A reversão se dará no cargo de mesmo padrão ao 
qual ele se aposentou. Só se dará se ficar plenamente 
comprovada a aptidão para o exercício do cargo. 
Depende de existência de vaga, mas a autoridade 
pode alocar o servidor em outro cargo, desde que 
respeitada a sua habilitação profissional 
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LEI 8112/90
4) aproveitamento: retorno do servidor que tenha 
sido colocado em disponibilidade. Ele será alocado 
em cargo compatível com o que exercia, tanto em 
relação a natureza, quanto vencimentos. Pode se dar 
de ofício ou a requerimento.
5) reintegração: é o reingresso do servidor 
anteriormente demitido, com ressarcimento de 
prejuízos, em virtude de decisão transitada em 
julgado. Deve ser feita obrigatoriamente no cargo 
anteriormente ocupado; se tiver sido extinto, em um 
compatível.
Importante: servidor que ocupou o cargo, como fica?
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LEI 8112/90
Se não estável: exonerado
Estável: reconduzido ao cargo de origem (sem 
direito a qualquer indenização)
6) recondução: ato através do qual o servidor que 
esteja exercendo cargo de nível superior, mediante 
designação para exercê-lo em comissão, é 
reconduzido ao seu cargo de origem.
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Promoção: é a elevação de um Servidor de uma classe para outra 
dentro de uma mesma carreira. Com isso, houve a vacância de um cargo 
inferior e consequentemente o provimento do cargo superior.Carreira: é o agrupamento de classes de cargos de uma mesma atividade
 
Readaptação: é a passagem do Servidor para outro cargo 
compatível com a deficiência física que ele venha a apresentar.
 
Reversão: é o retorno ao Serviço Ativo do Servidor aposentado por 
invalidez quando insubsistentes os motivos da aposentadoria – pode 
acontecer para o mesmo cargo se ele ainda estiver vago ou para um outro 
semelhante. 
Se não houver cargo vago, o Servidor que reverter ficará como 
EXCEDENTE.
 
Aproveitamento: é o retorno ao Serviço Ativo do Servidor que se 
encontrava em disponibilidade e foi aproveitado – deve realizar-se 
em cargo semelhante àquele anteriormente ocupado.
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São consideradas constitucionais:
Transferência: Era a passagem de um Servidor de 
um quadro para outro dentro de um mesmo poder, 
também era uma forma de vacância e de provimento.
Ela implicava em uma mudança de um quadro para 
outro, ferindo uma norma constitucional. Foi 
considerada inconstitucional.
 
Ascensão: foi a modalidade considerada 
inconstitucional – significava a passagem de uma 
carreira para outra
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Capítulo II 
Da Vacância 
Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de: 
I - exoneração; 
II - demissão; 
III - promoção; 
VI - readaptação; 
VII - aposentadoria; 
VIII - posse em outro cargo inacumulável; 
IX - falecimento. 
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I - exoneração: é a primeira modalidade de 
vacância de cargo público, em conformidade com a 
estrutura do art. 33. Pode ocorrer por iniciativa da 
própria administração como a pedido do servidor.
Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a 
pedido do servidor, ou de ofício. 
Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á: 
I - quando não satisfeitas as condições do estágio 
probatório; 
II - quando, tendo tomado posse, o servidor não 
entrar em exercício no prazo estabelecido. 
 
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Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de 
função de confiança dar-se-á: 
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
I - a juízo da autoridade competente; 
II - a pedido do próprio servidor. 
Demissão: Não existe a pedido (exoneração), diferentemente do 
celetista.
 
É sempre punição disciplinar. Pressupõe processo 
administrativo disciplinar no qual se assegura a amplitude 
de defesa.
Relativamente aos cargos em comissão e às funções 
comissionadas o equivalente à demissão é a destituição de 
função ou de cargo, quando houver cometimento de falta pelo 
servidor, devendo ser observado o devido processo legal (defesa).
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II - demissão: prevista pelos artigos 127, inc. 
III e 132 e seguintes, constitui sanção 
administrativa decorrente do cometimento de 
falta grave. 
III - promoção: passagem do servidor, através 
da submissão à processo seletivo para a classe 
superior àquela em que se encontra, dentro 
da carreira, observados os critérios de 
antiguidade e merecimento.
VI - readaptação: ver caput do artigo 24.
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VII - aposentadoria: é a passagem do servidor para a 
inatividade remunerada, após atender aos requisitos 
necessários, exigidos por lei, para a sua concessão. 
Lembre-se que a aposentadoria pode assumir um 
caráter definitivo (tempo de contribuição ou 
compulsória) quanto provisório (invalidez) 
VIII - posse em outro cargo inacumulável: exercício 
de função pública em cargo que a lei não permite ser 
exercido conjuntamente com outro. O cargo de 
origem ficará vacante.
IX - falecimento: ocorre quando do óbito do servidor 
e se processa automaticamente.
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Remoção, redistribuição e substituição
Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou 
de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem 
mudança de sede.
Modalidades de remoção:
 de ofício, no interesse da Administração; 
 a pedido, a critério da Administração; 
 a pedido, para outra localidade, 
independentemente do interesse da 
Administração: 
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a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, 
também servidor público civil ou militar, de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, que foi 
deslocado no interesse da Administração; 
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, 
companheiro ou dependente que viva às suas 
expensas e conste do seu assentamento 
funcional, condicionada à comprovação por 
junta médica oficial; 
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c) em virtude de processo seletivo promovido, na 
hipótese em que o número de interessados for superior 
ao número de vagas, de acordo com normas 
preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que 
aqueles estejam lotados.
Redistribuição: é o deslocamento de cargo de 
provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do 
quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade 
do mesmo Poder.
 Requisitos para sua concessão:
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 prévia apreciação do órgão central do SIPEC 
 observância dos seguintes preceitos: 
I - interesse da administração; 
II - equivalência de vencimentos; 
III - manutenção da essência das atribuições do 
cargo; 
IV - vinculação entre os graus de 
responsabilidade e complexidade das 
atividades; 
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade 
ou habilitação profissional; 
 
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VI - compatibilidade entre as atribuições do 
cargo e as finalidades institucionais do órgão ou 
entidade. 
A redistribuição ocorrerá ex officio para 
ajustamento de lotação e da força de trabalho às 
necessidades dos serviços, inclusive nos casos 
de reorganização, extinção ou criação de órgão 
ou entidade
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Substituição: hipótese legal que regramento 
para ocupação supletiva de cargo ou função de 
confiança.
O substitutos serão:
 indicados no regimento interno ou, no caso 
de omissão, 
 previamente designados pelo dirigente 
máximo do órgão ou entidade.
O substituto deve optar pela remuneração, pois 
continua exercendo seu cargo.
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Sua designação é automática, nas seguintes hipóteses:
 afastamentos
 impedimentos legais 
 impedimentos regulamentares do titular 
 vacância do cargo
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LEI 8112/90
Dos Direitos e Vantagens
São os vencimentos, indenizações, gratificações, diárias, 
adicionais, férias, licenças, concessões e direito de petição.
Do Vencimento e da Remuneração
 
Vencimento é a retribuição pecuniária pelo 
exercício de cargo público, com valor fixado em lei.
 
Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, 
acrescido das vantagens pecuniárias permanentes 
estabelecidas em lei.
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LEI 8112/90
O vencimento do cargo efetivo, acrescido das 
vantagens de caráter permanente, é irredutível.
Cuidado: pode haver redução nos casos de 
adaptação de valores ao teto constitucional ou 
sistema de pagamento por subsídios – art. 37, XV 
da CF
Nenhum servidor receberá remuneração inferior 
ao salário mínimo. 
Súmula vinculante 6: “Não viola a Constituição da 
República o estabelecimento de remuneração inferior ao 
salário mínimo para os praças prestadores de serviço 
militar inicial”.
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LEI 8112/90
Princípio da isonomia:é assegurada a isonomia 
de vencimentos para cargos de atribuições 
iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou 
entre servidores dos três Poderes, 
ressalvadas as vantagens de caráter 
individual e as relativas à natureza ou ao local 
de trabalho.
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LEI 8112/90
A retribuição paga ao servidor pode receber o nome 
de remuneração, vencimento ou subsídio, conforme 
o cargo ocupado.
Sintetizando: 
Vencimento – valor de referência
Remuneração – somatório de todos os 
valores disponibilizados 
(vencimentos+vantagens)
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Penalidades ao servidor
O servidor perderá:
I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem 
motivo justificado; 
II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos 
atrasos, ausências justificadas, e saídas antecipadas, 
salvo na hipótese de compensação de horário, até o 
mês subseqüente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela 
chefia imediata. 
As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de 
força maior poderão ser compensadas a critério da 
chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo 
exercício. 
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Dessas situações podem ocorrer um processo 
administrativo, com a posterior advertência – são 
descumprimentos de deveres funcionais. Também 
pode inclusive ser cabível a imposição de pena de 
suspensão.
IMPORTANTE: a remuneração possui caráter 
alimentar, por isso:
nenhum desconto incidirá sobre a remuneração 
ou provento, salvo:
 imposição legal
 mandado judicial
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LEI 8112/90
Por autorização do próprio servidor, poderá haver 
consignação em folha de pagamento a favor de 
terceiros, mas a critério da administração e com reposição 
de custos.
Obrigação do servidor de indenizar ou reparar o 
erário. 
Serão previamente comunicadas ao servidor ativo, 
aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo 
máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido 
do interessado. 
O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao 
correspondente a dez por cento da remuneração, 
provento ou pensão.
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LEI 8112/90
Assim, se o dano decorreu de ato doloso, diante 
da impossibilidade de indenização no prazo de 30 dias, 
obriga-se a administração a propor ação judicial. 
Todavia, se no processo judicial não se conseguir o 
pagamento dos valores, surge a possibilidade de o 
servidor pagar de forma parcelada, com descontos 
incidentes sobre a remuneração, em patamares não 
inferiores a 10% da remuneração, provento ou pensão.
Se o dano decorreu de ato culposo, diante da 
impossibilidade de indenização no prazo de 30 dias, 
desde já viabiliza a opção pelo parcelamento, não 
sendo necessário esgotar a via judicial.
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Portanto, a opção imediata de parcelamento só para 
o comportamento CULPOSO.
IMPORTANTE: os descontos não podem ser feitos de 
maneira automática, dependem de autorização do 
servidor. 
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Das Vantagens
 São elas: 
 indenizações;
 gratificações;
 adicionais.
 
As indenizações não se incorporam ao 
vencimento ou provento para qualquer efeito. 
NÃO!
As gratificações e os adicionais incorporam-se 
ao vencimento ou provento, nos casos e 
condições indicados em lei. SIM!
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As vantagens pecuniárias não serão 
computadas, nem acumuladas, para efeito de 
concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários 
ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico 
fundamento.
 
Das Indenizações
 Constituem indenizações ao servidor:
 I - ajuda de custo;
 II - diárias
 III - transporte.
 IV - auxílio-moradia
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Das Gratificações e Adicionais
Além do vencimento e das vantagens previstos em 
Lei, serão deferidos aos servidores as seguintes 
retribuições, gratificações e adicionais: 
I - retribuição pelo exercício de função de 
direção, chefia e assessoramento; 
II - gratificação natalina;
IV - adicional pelo exercício de atividades 
insalubres, perigosas ou penosas;
Só pode haver acúmulo do penoso com os outros 
dois!
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LEI 8112/90
V - adicional pela prestação de serviço 
extraordinário;
Art. 73 – são as horas extras – 50% - limite duas horas 
diárias, mas não aplicáveis aos ocupantes de cargos em 
comissão e função de confiança.
VI - adicional noturno;
Horário noturn0: 22/5; valor da hora acrescido de 25%; 
hora noturna: 52 min e 30 seg – art. 75
VII - adicional de férias;
Art. 76 – acresce de 1/3.
VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do 
trabalho.
IX - gratificação por encargo de curso ou concurso. 
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Das Férias
O servidor fará jus a trinta dias de férias, que 
podem ser acumuladas, até o máximo de dois 
períodos, no caso de necessidade do serviço.
 Para o primeiro período aquisitivo de férias 
serão exigidos 12 (doze) meses de 
exercício.
 É vedado levar à conta de férias qualquer 
falta ao serviço.
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LEI 8112/90
As férias poderão ser parceladas em até três 
etapas, desde que assim requeridas pelo 
servidor, e no interesse da administração 
pública. 
O pagamento da remuneração das férias será 
efetuado até 2 (dois) dias antes do início do 
respectivo período.
O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em 
comissão, perceberá indenização relativa ao 
período das férias a que tiver direito e ao 
incompleto, na proporção de um doze avos por 
mês de efetivo exercício, ou fração superior a 
quatorze dias. 
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Das Licenças
O servidores tem direito à licença:
I - por motivo de doença em pessoa da família;
II - por motivo de afastamento do cônjuge ou 
companheiro;
III - para o serviço militar;
IV - para atividade política;
V - para capacitação; 
VI - para tratar de interesses particulares;
VII - para desempenho de mandato classista.
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É vedado o exercício de atividade remunerada 
durante o período da licença prevista no inciso I 
deste artigo. (doença)
A licença concedida dentro de 60 (sessenta) 
dias do término de outra da mesma espécie 
será considerada como prorrogação.
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Dos Afastamentos
São:
Afastamento para Servir a Outro Órgão ou 
Entidade
Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo:
Do Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior
Do Afastamento para Participação em Programa de 
Pós-Graduação Stricto Sensu no País
Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo:
Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as 
seguintes disposições:
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I - tratando-se de mandato federal, estadual ou 
distrital, ficará afastado do cargo;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado 
do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua 
remuneração;
III - investido no mandato de vereador:
a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as 
vantagens de seu cargo, sem prejuízo da 
remuneração do cargo eletivo;
VANTAGENS +REMUNERAÇÃO
b) não havendo compatibilidade de horário, será 
afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua 
remuneração.Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis Federais – 
LEI 8112/90
Das Concessões
 
De acordo com o que dispõe a Lei 8112/90, poderá o 
servidor ausentar-se do serviço, SEM PREJUÍZO 
DA REMUNERAÇÃO:
I - por 1 (um) dia, para doação de sangue;
II - por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor;
III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de:
a) casamento;
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, 
madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor 
sob guarda ou tutela e irmãos. 
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LEI 8112/90
Do Direito de Petição
É assegurado ao servidor o direito de 
requerer aos Poderes Públicos, em defesa de 
direito ou interesse legítimo.
 
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LEI 8112/90
Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à 
autoridade que houver expedido o ato ou 
proferido a primeira decisão, não podendo 
ser renovado. (Vide Lei nº 12.300, de 2010)
Parágrafo único. O requerimento e o pedido de 
reconsideração de que tratam os artigos anteriores 
deverão ser despachados no prazo de 5 
(cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) 
dias. 
Despachado: 5 dias
Decidido: 30 dias
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Art. 108. O prazo para interposição de pedido de 
reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) 
dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo 
interessado, da decisão recorrida. 
(Vide Lei nº 12.300, de 2010)
 
Art. 109. O recurso poderá ser recebido com 
efeito suspensivo, a juízo da autoridade 
competente.
Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido 
de reconsideração ou do recurso, os efeitos da 
decisão retroagirão à data do ato impugnado. 
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Art. 110. O direito de requerer prescreve:
I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de 
demissão e de cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade, ou que afetem interesse 
patrimonial e créditos resultantes das relações 
de trabalho;
II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, 
salvo quando outro prazo for fixado em lei.
Parágrafo único. O prazo de prescrição será 
contado da data da publicação do ato 
impugnado ou da data da ciência pelo 
interessado, quando o ato não for publicado.
 
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Art. 111. O pedido de reconsideração e o 
recurso, quando cabíveis, interrompem a 
prescrição.
 
Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não 
podendo ser relevada pela administração.
 
Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é 
assegurada vista do processo ou documento, na 
repartição, ao servidor ou a procurador por 
ele constituído.
 
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Art. 114. A administração deverá rever seus 
atos, a qualquer tempo, quando eivados de 
ilegalidade.
Princípio da autotutela
 
Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos 
estabelecidos neste Capítulo, salvo motivo de 
força maior.
 
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Do Regime Disciplinar 
São deveres do servidor: 
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do 
cargo; 
 - desde que tenha relação com o cargo, sob pena de 
caracterizar desvio de função
II - ser leal às instituições a que servir; 
III - observar as normas legais e 
regulamentares; 
IV - cumprir as ordens superiores, exceto 
quando manifestamente ilegais; 
 - decorrência do princípio da legalidade
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V - atender com presteza: 
a) ao público em geral, prestando as informações 
requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; 
b) à expedição de certidões requeridas para 
defesa de direito ou esclarecimento de situações de 
interesse pessoal; 
c) às requisições para a defesa da Fazenda 
Pública. 
 - publicidade: artigo 37, §1º
 
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VI - levar ao conhecimento da autoridade 
superior as irregularidades de que tiver 
ciência em razão do cargo; 
VII - zelar pela economia do material e a 
conservação do patrimônio público; 
VIII - guardar sigilo sobre assunto da 
repartição; 
IX - manter conduta compatível com a 
moralidade administrativa; 
X - ser assíduo e pontual ao serviço; 
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XI - tratar com urbanidade as pessoas; 
XII - representar contra ilegalidade, 
omissão ou abuso de poder. 
Parágrafo único. A representação de que 
trata o inciso XII será encaminhada pela 
via hierárquica e apreciada pela 
autoridade superior àquela contra a qual é 
formulada, assegurando-se ao 
representando ampla defesa. 
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Ao servidor é proibido: 
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, 
sem prévia autorização do chefe imediato;
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade 
competente, qualquer documento ou objeto da 
repartição;
III - recusar fé a documentos públicos;
IV - opor resistência injustificada ao 
andamento de documento e processo ou execução de 
serviço;
V - promover manifestação de apreço ou 
desapreço no recinto da repartição; 
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VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos 
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua 
responsabilidade ou de seu subordinado;
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de 
filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a 
partido político;
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função 
de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo 
grau civil;
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de 
outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
X - participar de gerência ou administração de sociedade 
privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, 
exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; 
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XI - atuar, como procurador ou 
intermediário, junto a repartições públicas, 
salvo quando se tratar de benefícios previdenciários 
ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de 
cônjuge ou companheiro;
XII - receber propina, comissão, presente ou 
vantagem de qualquer espécie, em razão de 
suas atribuições;
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de 
estado estrangeiro;
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;
 
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XV - proceder de forma desidiosa;
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da 
repartição em serviços ou atividades particulares;
XVII - cometer a outro servidor atribuições 
estranhas ao cargo que ocupa, exceto em 
situações de emergência e transitórias;
XVIII - exercer quaisquer atividades que 
sejam incompatíveis com o exercício do cargo 
ou função e com o horário de trabalho;
XIX - recusar-se a atualizar seus dados 
cadastrais quando solicitado. 
 
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Das Responsabilidades 
 
O servidor responde civil, penal e administrativamente 
pelo exercício irregular de suas atribuições. 
 
A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou 
comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao 
erário ou a terceiros. 
 A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário 
somente será liquidada na forma prevista no art. 46 da lei 
8112/90, na falta de outros bens que assegurem a execução do 
débito pela via judicial. 
ato omissivo ou comissivo
doloso ou culposoresulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.
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 Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, 
atualizadas até 30 de junho de 1994, serão 
previamente comunicadas ao servidor ativo, 
aposentado ou ao pensionista, para pagamento, 
no prazo máximo de trinta dias, podendo ser 
parceladas, a pedido do interessado. 
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-
45, de 4.9.2001)
§ 1o O valor de cada parcela não poderá ser 
inferior ao correspondente a dez por cento da 
remuneração, provento ou pensão. 
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-
45, de 4.9.2001)
 
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§ 2o Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês 
anterior ao do processamento da folha, a reposição será feita 
imediatamente, em uma única parcela.
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.20
01)
§ 3o Na hipótese de valores recebidos em decorrência de 
cumprimento a decisão liminar, a tutela antecipada ou a 
sentença que venha a ser revogada ou rescindida, serão eles 
atualizados até a data da reposição. 
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.20
01)
 Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o 
servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva. 
 A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores 
e contra eles será executada, até o limite do valor da 
herança recebida.
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 A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções 
imputadas ao servidor, nessa qualidade. 
 A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo 
ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função. 
 As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-
se, sendo independentes entre si. 
 A responsabilidade administrativa do servidor será afastada 
no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato 
ou sua autoria.
Súmula 18 do STF: Pela falta residual, não compreendida na absolvição 
pelo juízo criminal, é admissível a punição administrativa do servidor 
público.
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