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* ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS Sergian Vianna Cardozo * Congestão e Hiperemia A congestão e hiperemia está relacionada ao aumento da quantidade de sangue dentro do sistema vascular. Hiperemia ativa; Congestão passiva. * Hiperemia ativa Inflamação aguda Corte histológico que se observa uma arteríola completamente congestionada pela presença de hemáceas. * Congestão passiva Alteração do órgão central da circulação (insuficiência cardíaca congestiva); Hiperemia passiva em fígado. Note a grande quantidade de hemáceas dentro e ao redor da veia centro-lobular, indicativo do grande aporte sanguíneo sem suporte venoso (HE, 200X). * Congestão passiva Mecanismo localizado, com perturbação da circulação venosa por causas intrínsecas do vaso (ex: trombose); * Trombos bem aderidos à parede vascular. Note que essa artéria já possuía placas de ateroma, as quais, por provocarem lesões no endotélio, predispõem ao desencadeamento de uma reação de hemostasia exacerbada e à instalação do processo de trombose. Essas massas podem se desprender e desencadear embolias (são as chamadas tromboembolias). * Congestão passiva Compressão extrínseca das veias; * Hemorragia É a saída de sangue dos vasos e do coração e ocorre em conseqüência de inúmeras causas: Causa vascular localizada; Fatores extrínsecos (trauma); Fatores intrínsecos ao vaso (arterioesclerose, aneurisma, hipertensão arterial); Deficiência de plaquetas; Deficiência fatores da coagulação. * Formas de hemorragia (Macro) Petéquias (1 a 2 mm) (hemorragias puntiformes); Pele; mucosas; superfícies séricas. plaquetas * Formas de hemorragia (Macro) Equimoses (> 1 a 2 cm) subcutânea; * Formas de hemorragia (Macro) Púrpuras (> 3 mm); trauma e vasculite; * Formas de hemorragia (Macro) Hematomas (acúmulo de sg dentro de tecido); * Cavidades corpóreas Hemotórax (cavidades pleurais); * Cavidades corpóreas Hemopericárdio (saco pericárdio); * Cavidades corpóreas Hemoperitônio (cavidade peritoneal). * Controle do sangramento - hemostasia O sistema hemostático é composto por uma seqüência de eventos integrados que envolvem parede vascular, plaquetas, cascata da coagulação. O objetivo da hemostasia é manter o sangue num estado líquido livre de coágulos nos vasos normais; e induzir um tampão hemostático rápido e localizado no vaso lesado. * Controle do sangramento - hemostasia VASOCONSTRIÇÃO (Mec. neurogênicos reflexos / lib. endotelina) HEMOSTASIA PRIMÁRIA (MEC-colágeno e vWF; adesão plaquetária; alteração de forma; liberação granular; recrutamento; agregação) HEMOSTASIA SECUNDÁRIA (fator tecidual + fatores plaquetários ativam a casc. coag.; ativando a trombina; fibrinogênio passa a fibrina) TROMBO E EVENTOS ANTITROMBÓTICOS (lib. de ativador tecidual de plasminogênio (t-PA) para limitar o tampão ao local da lesão) * Células endoteliais O subendotélio é uma matriz extracelular composta por uma série de proteínas sintetizadas pelas cél. endoteliais que funcionam como proteínas adesivas: colágeno, laminina, fibronectina, fator de von Willebrand, vitronectina e trombospondina. * Células endoteliais (sem lesão) Efeitos antiplaquetários – prostaciclina endotelial e óxido nítrico previnem a adesão das plaquetas no endotelio intacto. Efeitos anticoagulantes – moléculas semelhantes a heparina e trombomodulina (receptor de trombina que ativa a ptn C inibindo os fatores Va e VIIIa). Efeitos fibrinolíticos – ativação do fator tecidual de plasminogênio (t-PA) que é fibrinolítico. * Adesão plaquetária As plaquetas circulantes não interagem com o endotélio íntegro. Na presença de lesão vascular, o endotélio é um importante componente no processo de coagulação do sangue, pois favorece a adesão e ativação plaquetária. No processo de formação do trombo plaquetário o endotélio é a principal fonte de produção do fvW. * Adesão plaquetária A adesão desencadeia a ativação plaquetária com o recrutamento de mais plaquetas para junto da lesão vascular. A ativação plaquetária é modulada por agonistas que ao se ligarem em seus receptores, desencadeiam a liberação de constituintes dos grânulos plaquetários e a síntese de novos agonistas, amplificando o fenômeno de ativação. Os principais agonistas fisiológicos da ativação plaquetária são representados pelo ADP e tromboxano A2. * Coagulação A formação do coágulo de fibrina envolve complexas interações entre proteases plasmáticas e seus co-fatores, que culminam na gênese da enzima trombina, que por proteólise converte o fibrinogênio solúvel em fibrina insolúvel. Este esquema divide a coagulação em uma via extrínseca (envolvendo componentes do sangue, e elementos que usualmente não estão presentes no espaço intravascular) e uma via intrínseca (iniciada por componentes presentes no vaso), que convergem no ponto de ativação do fator X (via final comum) * * * * * * As reações bioquímicas da coagulação do sangue devem ser estritamente reguladas de modo a evitar ativação excessiva do sistema, a formação inadequada de fibrina e a oclusão vascular. A atividade das proteases operantes na ativação da coagulação é regulada por numerosas proteínas inibitórias que atuam como anticoagulantes naturais. As que apresentam maior relevância biológica atuando como inibidores fisiológicos da coagulação são: o TFPI (inibidor da via do fator tecidual), a proteína C e S, e a antitrombina. Mecanismos Reguladores da Coagulação Sanguínea * Fibrinólise pode ser definida como a degradação da fibrina mediada pela plasmina. O sistema fibrinolítico é composto por diversas proteínas que regulam a geração da plasmina, uma enzima ativa produzida a partir de uma pró-enzima inativa, plasminogênio, que tem por função degradar a fibrina. São conhecidos 2 ativadores fisiológicos do plasminogênio: o ativador do plasminogênio do tipo tecidual (t-PA) e o ativador do plasminogênio do tipo uroquinase (u-PA). Os 2 têm alta especificidade de ligação com seu substrato que resulta na formação da plasmina. Sistema Plasminogênio/Plasmina (Sistema Fibrinolítico) * Sistema Plasminogênio/Plasmina (Sistema Fibrinolítico) * Trombose - Etiopatogenia Lesão endotelial; Placas de ateroma; bactérias; neoplasias. Alterações do fluxo sanguíneo; Retardamento – Insuficiência cardíaca, dilatação vascular Aceleração e turbulência – defeito de forame oval, aneurisma Alterações na composição do sg (hipercoagulabilidade); Aumento do número ou mudança funcional Pqt; Alterações dos fatores pró ou anticoagulantes. * Tríade de Virchow Hipercoagu-labilidade Alterações no Fluxo Sanguíneo Lesão Endotelial TROMBOSE * Lesão Endotelial Causas Consequências Exposição do colágeno sub-endotelial; Adesão plaquetárias e Liberação de fatores pró-coagulantes. * Trombogênese Deposição de plaquetas; Fibrina; Apreensão de hemácias e leucócitos. * Aspecto macroscópico Arterial (arteriotrombose); Venoso (flebotrombose); Cardíaco Valvular mural * * Trombo (T) em veia. Observe a aderência entre a massa trombótica a parede vascular (P). A constituição do trombo é predominantemente de hemáceas, plaquetas e fibrina. Desenvolvimento de pequenos vasos (setas) no corpo trombótico (T). A vascularização do trombo indica uma organização dessa massa, que tende a se recanalizar para permitir o estabelecimento do fluxo sangüíneo. Aspecto Microscópico * Destino do Trombo Fibrinólise; Propagação; Organização e recanalização; Embolização * Embolia Presença de substância estranha ao sangue caminhando na circulação, levando à oclusão parcial ou completa da luz do vaso em algum ponto do sistema circulatório * * Tipos de Êmbolos Trombo-embolia; Neoplásico; Séptico, parasitário, micótico; de gordura;Gasoso. * * Isquemia Conceito Causas Obstruções vasculares parciais Vasoconstrição arteriolar prolongada * Isquemia Consequências Restauração do fluxo Infarto * Infarto Conceito Tipos de Infarto Infartos anêmicos (branco); Infartos hemorrágicos (vermelho); Infartos séptico ou asséptico. * * Infarto cerebral padrão da lesão * Infarto Renal - Canino * Infarto Renal - Bovino * * * Infarto Renal - Bovino * Fatores que condicionam o desenvolvimento de um infarto Natureza da irrigação vascular; Circulação colateral; Pulmão e coração Velocidade de desenvolvimento da oclusão; Vulnerabilidade do tecido à hipóxia.
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