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REVISÃO - TSP3 - AV1 - Fenomenologia

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REVISÃO 
TEORIAS E SISTEMAS 3 
JACQUELINE NUNES DE MENEZES 
1) HISTORIA DA PSICOLOGIA (WUNDT) 
OBJETO DE ESTUDO: consciência 
• A consciência possui estruturas que podem ser estudadas pelo método de análise ou 
redução/algo da consciência que pode ser medido empiricamente 
• Concordava com Stuart Mill que a consciência era ativa na organização de seus conteúdos, e 
que neste processo influenciava a volição. 
• Acreditava, no entanto, que sem as estruturas/elementos da consciência, nada haveria para a 
mente organizar. 
• Para ele, são as experiências básicas e imediatas que formam as estruturas da consciência que 
a mente organiza ativamente e sintetiza. 
• A consciência é vista como um objeto/aqui mundo é objeto 
 
IDEIA DE WUNDT: 
• Sua ideia, portanto, era decompor a experiência até chegar aos elementos da consciência 
(proposta positivista – comprovação – de ciência em psicologia) 
 
PROPOSTA: 
• Sua proposta era do exame do próprio estado mental do sujeito (o observador vai com todos os 
seus conceitos a priori) 
 
PROBLEMA DA PSICOLOGIA: 
• Definiu, então, que o problema da psicologia seria: analisar os processos conscientes até chegar 
aos seus elementos básicos, descobrir como esses elementos são sintetizados ou organizados 
pela consciência e determinar as leis de conexão que governam tal organização. 
 
A). Quais são as críticas da fenomenologia feitas ao experimentalismo de Wundt? 
 
• É possível fazer experimentos com processos mentais superiores como memória e 
aprendizagem (Ebbinghaus) 
• Empirismo ao invés de Experimentalismo (experimentos em laboratórios) 
• O principal método da psicologia deveria ser a observação e não a experimentação (Brentano: 
foi padre, filósofo e psicólogo/vai contra a psicologia da época) 
• A psicologia deveria criar seus métodos e não pegar emprestado o método das ciências 
naturais 
• O objeto de estudo da psicologia deveria ser a atividade mental e não o conteúdo da 
experiência consciente (Brentano). 
 
Por exemplo, o ato mental de ver e não o conteúdo (elementos) mental do que é visto 
 
B). Qual o método de Wundt? 
 
A Introspecção: 
• Wundt recorre aos métodos experimentais das ciências naturais (o que pode ser provado pelo 
experimento - cientificamente) 
• O método utilizado foi a Introspecção formal (o que achar, tenho que universalizar) 
• O foco era que apenas a pessoa que tem a experiência do objeto pode observá-la: sua 
• Wundt variava as condições da situação-estímulo e observava as modificações resultantes nas 
experiências do sujeito 
 
HISTORIA DA PSICOLOGIA - FRANZ BRENTANO 
RESUMO: 
• Objeto de estudo: A atividade mental 
• Conceito de intencionalidade 
 
• Foco na psicologia do ato e não na psicologia do conteúdo (ato: vivência, o que fica quando o 
sujeito se coloca frente ao objeto) 
Por exemplo, o ato de perceber a cor vermelha é o verdadeiro objeto de estudo da psicologia e não o 
conteúdo, os elementos sensoriais do objeto vermelho, embora façam parte do ato de ver 
• Aqui o mais relevante é examinar vivências e não conteúdo/é o que a consciência vive e não o 
que forma 
“Uma cor não é uma qualidade mental, mas estritamente uma qualidade física; o ato de ver a cor, é 
uma qualidade mental” 
• A consciência é dotada de um ato: o ato intencional 
 
HISTORIA DA PSICOLOGIA - CARL STUMPF 
RESUMO: 
 
• Stumpf (músico, psicólogo) se interessa pelos estudos de Brentano e chega a ser considerado o 
maior rival de Wundt 
• Acreditava que os fenômenos são os dados mais importantes para a psicologia 
• Defende a fenomenologia, sendo um método de introspecção, a qual se refere ao 
exame/descrição da experiência imparcial, ou seja, tal como ocorre. 
• Para ele decompor a experiência em elementos é torná-la artificial, abstrata e não natural 
 
2) FENOMENOLOGIA 
RESUMO: 
Husserl vai desenvolver seu pensamento fenomenológico a partir da palavra retorno as coisas 
mesmas 
 Fenômenos reais e imaginários 
Com o objetivo de aprender a essência de determinada espécie de eventos 
 
Contra o psicologismo, empirismo e historicismo. 
 
ORIGEM DO TERMO FENOMENOLOGIA 
• Fenomenon: deriva do verbo fainestai (mostrar-se a si mesmo, aparecer, tornar-se 
manifesto, visível em si mesmo. 
 
PROPOSTA DA FENOMENOLOGIA 
• Recuperar o significado autêntico do próprio filosofar, o sentido originário do 
conhecimento humano 
• “Retornar às coisas mesmas”: convida a uma nova leitura da realidade, que se 
manifesta como fenômeno (RIBEIRO JR, 1991). 
• Sujeito e objeto do conhecimento elevam-se ao nível da transcendentalidade (a 
consciência, enquanto sujeito, saí de si e alcança os objetos do mundo, dando sentido, 
significado, aos mesmos). 
 
O CONTEXTO DE HUSSERL 
• Crise das ciências: questionamento das verdades 
• Falência do projeto da modernidade (necessidade de querer quantificar, medir, 
universalizar a experiência) 
• Husserl critica a filosofia especulativa 
• Propõe um corte epistemológico: fornece caráter científico à filosofia 
AS CONCEPÇÕES DE HUSSERL 
 
• Tentativa de Husserl: dar caráter de cientificidade à filosofia – filosofia como ciência rigorosa 
• Crítica à psicologia por ter tomado os métodos da ciência da natureza sem discernir a 
especificidade de seu objeto de estudo: A CONSCIÊNCIA 
• Um positivismo superior: conhecimento que vem da experiência 
• A vida psíquica é um dado imediato que exige apenas a descrição da experiência 
• Não se pode reduzir a consciência a um simples fenômeno natural 
 
ENTÃO, O QUE É A FENOMENOLOGIA? 
 
• É o estudo daquilo, daquela coisa, daquele algo, daquele objeto que é dado à consciência, 
que nos faz pensar nele (a) e do (a) qual falamos... 
• É o estudo do fenômeno, da experiência, seja sua ou do outro. 
• É uma filosofia que reflete sobre o conhecimento do conhecimento, e que pretende 
substituir a abordagem empírica e sensualista do psicologismo através da análise dos 
processos subjetivos em que se moldam os fenômenos externos (RIBEIRO JR, 1991)/ 
• (Análise como compreensão da experiência como um todo). 
 
TAREFA DA FENOMENOLOGIA 
 
• “Analisar as vivências intencionais da consciência para perceber como aí se produz o sentido dos 
fenômenos” (DARTIGUES, 1992: p.22). 
• Jamais abandonar a experiência (ela vai elaborar o sentido de mundo/mundo não é objeto, é 
fenômeno). 
• Será a análise da vida do sujeito, no qual e para o qual se constitui o sentido do 
mundo/ciência: como o mundo se revela? /pela experiência é que chego ao mundo). 
• Resgate da subjetividade pela análise intencional (caráter intencional da consciência: é uma 
particularidade fundamental da consciência, de ser consciência de alguma coisa/consciência 
ser intencional ao que vai ver) 
• REDUÇÃO EIDÉTICA (epoché): com o objetivo de chegar nas essências (significado) 
• Fenômenos são vividos na experiência, na relação da consciência com o mundo; o que os 
difere dos fatos (objeto da ciência), que são ocorridos, especulados e inferidos (ex: 
árvore/concretude) 
• Propõe ir-se às “coisas mesmas”, a partir de participação e envolvimento 
• Os fenômenos são alcançados pela INTUIÇÃO DAS ESSÊNCIAS: sentido, significado) 
 
Relação consciência-objeto: a consciência é sempre consciência de um objeto, pois o objeto é 
sempre objeto-para-um-sujeito 
 
RETORNO ÀS COISAS MESMAS 
 
• Encontro com a realidade 
• Importância da intuição (intuir o que já está em você) 
• Pela intuição, os fenômenos estão dotados de um sentido – essência das coisas 
• O sentido do fenômeno lhe é imanente (está presente nele) e pode ser percebido 
• A intuição das essências se distingue da percepção dos fatos: é a visão do sentido que 
atribuímos ao fato materialmente percebido (exemplo do mar, rio, árvore) 
• Dimensão das possibilidades: haverá tantas essênciasquantos significados nosso espírito for 
capaz de produzir 
• A intuição originária vem antes de qualquer conceito (ex: criança que não sabe ler, mas já 
tem nela mesma a capacidade para) 
 
ANÁLISE INTENCIONAL 
 
● Intenção: sentido diferente do comum, significa referência, isto é, tem um fim a que se 
dirige/toda consciência é consciência de algo) 
• É pela experiência sensível que alcançamos a intuição das essências (o sentido, 
significado) 
• O sujeito, portanto, atribui significados ao objeto 
• Não existe realidade objetiva 
 
Noesis: Ato de Perceber (atividade da consciência: o ato de perceber, lembrar, imaginar) 
Noema: Meu modo diferente de Perceber (é o significado, diferente do próprio objeto, que é a coisa/ 
é a descrição das diversas maneiras como o objeto se mostra/significado constituído pela atividade da 
consciência: noesis) 
 
A REDUÇÃO FENOMENOLÓGICA – EPOCHÉ 
 
• Necessidade de eliminar a atitude natural de senso comum 
• Colocar em parênteses realidades previamente concebidas, permitir que o fenômeno se 
revele, se desvele 
• Adotar a atitude fenomenológica a partir da consciência transcendental (saí de si e alcança 
os objetos do mundo, dá sentido aos objetos do mundo) / o mundo como fenômeno que se 
desvela para uma consciência que se volta para ele em intencionalidade/diferente da 
consciência pura de Wundt 
 
Consciência intencional: capacidade de se voltar para as coisas do mundo) 
 
A) EXPLIQUE TRANSCENDENCIA PARA HUSSERL 
 
 Transcendentalidade (a consciência, enquanto sujeito, saí de si e alcança os objetos do mundo, 
dando sentido, significado, aos mesmos). 
 Consciência transcendental (saí de si e alcança os objetos do mundo, dá sentido aos objetos 
do mundo) 
 
B) Para Husserl qual o papel fundamental da fenomenologia? 
 
 Jamais abandonar a experiência 
• Resgate da subjetividade pela análise intencional (caráter intencional da consciência: é uma 
particularidade fundamental da consciência, de ser consciência de alguma coisa/consciência 
ser intencional ao que vai ver) 
• REDUÇÃO EIDÉTICA (epoché): com o objetivo de chegar nas essências (significado) 
• Fenômenos são vividos na experiência, na relação da consciência com o mundo; o que os 
difere dos fatos (objeto da ciência), que são ocorridos, especulados e inferidos (ex: 
árvore/concretude) 
• Os fenômenos são alcançados pela INTUIÇÃO DAS ESSÊNCIAS: sentido, significado) 
3) EXISTENCIALISMO 
RESUMO: 
 
• DIFICULDADES CONTEXTUAIS 
• Visão de conjunto: existem várias nomenclaturas para o existencialismo 
• Subjetivismo: existem várias concepções filosóficas que formam a doutrina existencialista: 
concepções cristãs e ateias 
Linguagem: todo existencialista tem uma linguagem própria, de difícil compreensão 
 
• CONCEITO: 
• “Conjunto de doutrinas segundo as quais a filosofia tem por objeto a análise e descrição da 
existência concreta, considerada como o ato de uma liberdade que se constitui ao se 
afirmar o que não tem outra origem nem outro fundamento além dessa afirmação em si 
mesma” (JOLIVER, apud GIORDANI, 1997, p. 19/20). 
 
ESSENCIAS DO EXISTENCIALISMO: 
• Método Irracional: primazia dos estados da consciência e não do conhecimento lógico, 
objetivo e teórico. 
• Subjetivismo: preocupação com o sujeito concreto e existente, com o EU, com o mundo da 
consciência, com a reação do sujeito frente à experiência com o mundo. 
• Existência: modo de ser peculiarmente humano. 
 
• APENAS O HOMEM EXISTE: As outras coisas são. Fora do homem não há existência, pois as 
coisas não têm significado fora da consciência humana. 
• A EXISTÊNCIA PRECEDE A ESSÊNCIA: O homem primeiramente existe, surge no mundo, e 
somente depois se define. 
• EXISTÊNCIA AUTÊNTICA x EXISTÊNCIA INAUTÊNTICA: a existência autêntica é inerente 
aos que se escolhem livremente, que se fazem a si mesmos; a existência inautêntica é inerente 
aos que estão perdidos no mundo. 
• LIBERDADE: o domínio da existência é o domínio da liberdade, do projeto, do possível, da 
escolha. “O ser humano é um ser de possibilidades. Fundamento de todos os valores. 
 
• LIMITAÇÃO HUMANA: a vinculação do homem a um contexto de relações com outros 
homens. 
• MORTE: última situação limite do homem. Experiência única, que abre ao homem sua 
condição temporal. 
• SENTIDO DA EXISTÊNCIA: o presente, que transcende passado e futuro 
 
O HUMANISMO É UM EXISTENCIALISMO? 
 
Jean-Paul Charles Aymard Sartre- Representante do Existencialismo 
 
Existencialismo: corrente filosófica e literária surgida entre os séculos XIX E XX que acredita que o homem é 
responsável por seus atos. Por consequência tornando o homem mestre de seu destino. Essa 
responsabilidade traz a liberdade do mesmo fazer suas próprias escolhas, isso gera em muitos indivíduos 
uma paralisação e angustia ao tomar decisões que somente ele deve tomar. Dessa forma os fenômenos da 
mente começaram a ser estudos em si mesmo, ou seja, em sua própria subjetividade, com o objetivo de 
encontrar sua significação. 
 
O humanismo de Sartre é compreendido através de sua mais destacada conferência, intitulada O 
existencialismo é um humanismo. Sartre repensa sua filosofia, explicando por que considera a filosofia 
existencialista um humanismo. Afirma que o homem não nasce com essência alguma. Inicialmente apenas 
existe, aparece, está aí, jogado, e só depois será alguma coisa, dependendo do que faça de si mesmo. A 
existência do homem é uma condição para ele construir-se como homem. E isto não quer dizer apenas o 
desenvolvimento biológico ou psíquico. O homem deve construir-se a partir de seus planos, a partir da 
responsabilidade que tem por si e pelos demais. 
 
 
Esta responsabilidade faz o homem sentir-se em contato com o mundo que o cerca, e ser tocado pelos 
problemas da sociedade. Isto lhe gera angústia, que “não deve levar a um quietismo, e sim à ação”, 
buscando tornar-se útil à sociedade. “O homem está condenado à liberdade”. Tal é a máxima Sartriana, 
inúmeras vezes citada, que se tornou um lugar comum ao se falar em liberdade. Por que condenado? 
Afirma Sartre, que a essência do homem é liberdade. Os homens fazem a partir da liberdade, o que bem 
entendem de si mesmos. 
 
Fonte: UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO- DEPTO DE FILOSOFIA 
PROF. JOSÉ MARIA DE JESUS E SILVA ( Prof. Adjunto do depto de Filosofia da UFMA) 
 
4) KENKERGARD 
RESUMO: 
KIERKEGAARD: O pensador religioso 
• “O importante é encontrar uma verdade que seja verdade para mim” 
• Progenitor intelectual do existencialismo 
• Sua fonte de pensamento: sua própria existência 
• Profundo sentimento religioso em que predominavam a angústia, a inquietação e a melancolia 
• Exigência de interioridade, uma vez que é hostil a tudo que é objetivo, universal e impessoal 
• Essa exigência se manifesta nas três categorias centrais do seu pensamento: a existência, a 
subjetividade e o indivíduo (que é o sujeito em sua singularidade) 
 
Existir é eleger-se 
A existência é apenas uma fase da vida, é uma eleição de si mesmo e não de bens e de coisas, que não 
pode ser cognoscitível objetivamente 
• A existência é caracterizada por desespero e angústia 
• A verdade é subjetiva: é um ato de liberdade/subjetivo: não é a glorificação de qualquer 
capricho pessoal, é sua condição pessoal, interior com respeito à lei moral e à vida religiosa 
• Necessidade humana de apropriação subjetiva da realidade – DEVIR (processo de 
transformação, possibilidades do ser) 
 
• Singularidade humana: o sujeito concreto, o indivíduo em sua subjetividade 
• Estágios da Vida (formas de vida): Estético, Ético e Religioso 
• Estético: o indivíduo se entrega ao mundo dos prazeres; porém, ao mesmo tempo, sente-se 
frustrado, quer algo mais, o homem vive fora de si 
• Ético: vive segundo os ditames da sociedade, percebendo asregras, as normas e as convenções 
e admitindo seus erros; o homem começa a entrar em si; não dá uma satisfação plena, daí 
necessitar do estágio seguinte 
• Religioso: passa a agir e ser sem a necessidade de si justificar através de uma ordem social; 
entra no relacionamento com o absoluto –Deus- que será sua regra e o único provedor da 
satisfação; o homem volta completamente para si 
 
A) Explique as fases existenciais para kierkegaard 
ESTAGIO ESTETICO= 
O Primeiro estágio no caminho da existência humana é o estético. 
A pessoa que passa por esse estágio é: 
 É incapaz de ser aberto no relacionamento com outras pessoas. 
 Não tem direção própria. 
 É um caçador de sensações e melancólico 
 Sua vida está continuamente voltada ao prazeroso. 
 Vive o momento e busca sempre o prazer. 
 Bom é aquilo que é belo, simpático ou agradável. 
 “Don Juan, Fausto e o Judeu Errante” 
O próprio Kierkegaard experimentou a esteticidade. Torna-se um pensador errante e poeta melancólico: 
Com todos esses acontecimentos, Kierkegaard começou a ter uma vida desenfreada[11] de gozo e de 
prazer, principalmente depois da morte de seu pai, passou a viver apenas da herança e a ter uma vida 
de solidão. 
O segredo da vida do esteta é o desespero. Portanto o esteta é apenas um caçador de sensações, 
escolhe e ao mesmo tempo, angustia-se e desespera-se em suas escolhas. 
ESTAGIO ETICO= 
 
Nesse estágio o indivíduo vive: 
 
 Compromisso, com seriedade e honestidade, pois, pensa eticamente 
 Capaz de construir um laço conjugal com o outro que superou o estágio estético. 
 No casamento, o homem não é apenas responsável por si mesmo, mas o é também por outro e 
diante do outro. A família promove a superação do egocentrismo da prisão narcísica do esteta. 
 O protótipo desse estágio ou esfera ética é: O marido fiel o cumpridor do dever, o responsável, o 
dedicado à família e ao trabalho. 
 A pessoa deixa seus gostos pessoais para adotar leis de moral e de conduta universais. 
 Viver Em Temor e Tremor 
 
O estado ético é infinitamente superior ao estético. Nesse estágio o homem já não vai à caça de 
sensações ou experiências imediatas, mas ordena e coordena sua vida ao cumprimento do dever. . 
 
ESTAGIO RELIGIOSO= 
 
 Este estágio é o da fé, o do risco e o dá incerteza. Em termos kierkegaardianos: a fé é um salto 
no escuro. 
 Neste estágio o homem se relaciona diretamente com o Absoluto. O Absoluto é o único que 
realmente conta. Aqui o homem se coloca ante Deus. 
 No estágio ético como vimos acima, a medida é o próprio eu, é a própria razão; no estado religioso 
a medida é outra, onde tudo perde seu limite, se infinitiza. 
O estágio religioso pode cultivar duas religiosidades: 
 Um está fundamentado na religião natural, na qual se dá uma relação do indivíduo com o seu 
mundo e fundo existencial interiores. 
 A outra religiosidade dá-se mediante uma relação com a historicidade de um Deus sofredor e 
morrente. Esta última coincide com a fé cristã, totalmente inusitada e paradoxal. O estado 
religioso é o âmbito da vivência na eternidade. 
Portanto, o estágio religioso é o maior de todos, somente ele é capaz de realizar no indivíduo um 
verdadeiro plano espiritual, levando cada um e de modo particular reconhecer a sua limitação existencial. 
 
O SALTO DA FÉ= 
 
 A passagem de um estágio para o outro se dá através do desespero e da angústia, 
 o homem é obrigado a escolher, se não escolhe ficará numa descepção sem fim. 
 Deste modo, a profunda desesperação e a angústia são caminhos para que o homem possa se 
dar conta de sua situação existencial, ou seja, é o saltar para um estágio superior, que vem a ser, 
o estágio ‘ético’. 
 A passagem do ético para o religioso se dá através da fé e solidão. 
 
O indivíduo tem plena cosciência de que não é mais força e razão que conta e sim a entrega total de um 
firme fundamento das coisas que não se vê, a fé. Seria impossível para o homem saltar do estágio 
estético para o estágio religioso, pois, quando o esteta resolve mudar de vida e até mesmo querer pular 
para o estágio religioso ele já esta no estágio ético. Os seus pensamentos implicam uma certa moral e 
conduta ética. Por isso, que no estágio religioso a única coisa que conta é a fé na solidão com o Absoluto. 
 
 
5) HEIDGER 
RESUMO: 
 
MARTIN HEIDEGGER: 
filósofo em busca do sentido do Ser 
• Seus pensamentos surgem na época da Iª Guerra Mundial: valores tradicionais questionados; 
• Vocação despertada: Franz Bretano / assistente e sucessor de Husserl; 
• Achava que Husserl não elucidava a questão do Ser, voltava-se para os entes, porém sem a 
investigação daquilo que os permite aparecer; 
• Constrói a Teoria do Ser: o Ser é que permite a aparição dos entes, que faz com que o mundo 
seja e apareça ao homem; 
 
• Para Heidegger, definir o Ser é torná-lo um ente; 
• Ser é a possibilidade do ente, não é a consciência/ente é o que é determinado, concreto; 
 
Angústia fundamental: inospitalidade do mundo (porque é estranho a mim, incompreensível, pouco 
acolhedor, vazio de sentido, só tem sentido quando eu dou); 
• O homem é um ente jogado no mundo/ Facticidade: no momento que este homem dá sentido 
ao passado e se projeta no futuro, ele supera a facticidade; 
 
 
• O homem é um ente especial (Dasein), pois dá sentido ao mundo e a si mesmo; 
• Dasein (palavra alemã; Da=aí/sein=ser): apenas o homem existe; as outras coisas são (fora do 
homem não há existência, é a existência que dá sentido as coisas); 
• Homem: ser-para-a-morte (a morte é algo individual: é sempre minha morte/no horizonte 
existencial está a morte); 
 
• O homem precisa transcender sua condição de finitude: ele tem a possibilidade de tomar a 
iniciativa de dar sentido a sua existência e orientar suas ações em diversas direções, isto se 
caracteriza o seu ultrapassar-se a si mesmo, a transcendência; 
• Trama de Sentido: elaboração de sentidos que leva a nomeação de mundo; 
• Sentido da vida: o homem pode dar sentido a sua existência; 
• Sentido do Ser X ente (tudo que aparece no mundo); 
 
• O Dasein é um ser-no-mundo, o que significa que os vários Dasein coexistem em relação, o que 
o torna um ser-com-os-outros; 
• A problemática do Ser: o ser, por não depender da vontade do homem, não pode ser estudado 
pela ciência; 
• O ôntico: ente e o ontológico: ser; 
 
• O desamparo e a angústia são as estruturas ontológicas do modo de ser do homem(ente): via 
de acesso ao Ser; 
• “No nada da angústia, mostra-se a manifestação original do existente como tal” 
• A ação clínica pautada em Heidegger (ver pp. 44 e 45 de Barreto e Morato, 2009). 
 
CLINICA FENOMENOLOGIA BASEADA EM HEIDGER 
 
Respeitar a subjetividade o paciente 
Compreender o seu modo de ser no mundo abrindo-lhe possibilidades para novas formas de 
existir 
Devolver-lhe a capacidade de dispor de possibilidades 
Ajudar o paciente a compreender a sua angustia e escolher o que fazer com essa angustia 
 
6) JASPER 
RESUMO: 
 
Para Jaspers, a partir da análise do ser humano, o ser possui quatro diferentes 
dimensões: 
 
1. O Ser-aí (Dasein) 
2. A Consciência 
3. O Espírito 
4. A Existência; 
 
1) Ser-aí (Dasein): 
• É o ser particular e determinado, porém não completamente; 
• Tende a dirigir-se, sem cessar, segundo seus fins; 
• Está ligado a um corpo; 
• É um ser que vive, morre, daí finito, temporal e transitório; 
• Pode ser mais e tendo a sê-lo; 
• O Ser-aí é como o subsolo sobre o qual o homem construirá sua existência, contudo não é 
ainda a existência. 
 
2) A Consciência: 
• Eleva o homem da dimensão do infra-humana do Ser-aí e coloca-o no caminho de ser homem; 
A consciência eleva o homem de apenas um corpo para um homem. 
• É vivência, saber, autoconsciência;• É condição da possibilidade da existência (Só é ser para nós aquilo que entra em nossa 
consciência, o que nela não aparece é como se não existisse.) A consciência é sempre 
consciência de alguma coisa. 
 
3) O Espírito: 
• É real como o Ser-aí (corpo) e interior como o pensamento; 
• Aproxima-se da medula do ser humano; 
• É o todo harmonizador no pensar, sentir, obrar que se chama ideia; 
• Para Jaspers, as ideias são como “substância criadora da unidade do Espírito”; 
• O espírito atua livremente, é inteligência e vontade. 
 
4) A Existência: 
• Aqui o homem é plenamente homem; 
• É auto possessão, auto realização; 
• Consiste no descobrimento do ser humano individual e de suas possibilidades; 
• A Existência não pode converter-se em objeto de uma ciência, ou seja, não pode ser 
investigado, medido; 
• Pode somente chegar a ser realmente ou perder-se; 
• Não podemos concebê-la como objetividade, mas sim como subjetividade; 
• É praticamente indefinível; não é possível emitir um juízo fixo acerca da Existência; não há 
sobre a mesma segurança objetiva, mas só uma segurança imersa sempre na interrogação. 
 
“A Existência aparece no mundo mediante o Ser-aí (Dasein), ilumina-se pela Consciência 
em geral, revela seu conteúdo mediante o Espírito, porém transcende todos esses três 
modos de ser: é o recôndito (desconhecido) de onde livremente saio ao meu encontro, 
aquilo em que me constituo a mim mesmo, ao fazer-me entrega de mim mesmo” 
 
Outros tópicos abordados por Jaspers são: 
 
1. Mundo 
2. Situações Limites 
3. Transcendência; 
 
1) O Mundo: 
 
• EU PRECISO DO MUNDO 
• O ser não pode existir sem o Mundo, do qual somos parte; 
• O Mundo é o fundo e a origem da realidade; 
• É aquilo no qual podemos estar em segurança, como por exemplo o próximo, o familiar, a 
pátria; 
• Porém, também é aquilo que nos pode ser estranho, ou seja, o outro que nos olha com um 
olhar frio, hostil ou indiferente. 
 
2) Situações Limites: 
 
• São absolutas, definitivas, obstáculos insuperáveis que impelem o homem para além dos 
limites do Mundo; 
• Exemplos: a morte, o sofrimento, a luta, a culpa; 
• Nestas situações, o homem é levado à própria fronteira de seu ser intramundano e colocado 
diante do nada; 
• O homem experimenta que lhe é impossível realizar-se em plenitude; 
• O homem que quer fundamentar-se na imanência acaba no naufrágio e é este naufrágio que 
tornará possível chegar na Transcendência. 
 
3) Transcendência: 
 
• PRECISA ACREDITAR EM ALGO MAIOR(DEUS/COSMO/FILOSOFIA) 
• Dois sentidos: um caracteriza o movimento que realizamos sem cessar para ultrapassarmos a 
nós mesmos e o outro caracteriza aquilo que se encontra além do domínio da ciência e do 
domínio da Existência; 
 
 “Assim, além de nós mesmos, descobrimos qualquer coisa pela qual nós existimos, mas a respeito da 
qual nada podemos verdadeiramente dizer a não ser com o auxílio de absurdidades”; 
 
• Não podemos aplicar nenhum predicado à Transcendência, nem mesmo negativo; 
• Ela não pode ser comparada a ser algum, pois não possui forma, está oculta, distante, 
inacessível; (Não é nem isso nem aquilo, nem quantidade, nem qualidade, nem uma nem 
múltipla, nem ser, nem nada) 
• Ela não pode ser conhecida nem pensada, que carece em absoluto de determinação alguma e 
da qual unicamente se pode saber que é, sem saber nunca o que é; 
• A Transcendência nos fala no mundo, no homem, na história, no mito, na arte, na poesia, na 
filosofia, embora por meio de uma linguagem cifrada; 
• Para Jaspers, tudo está condenado ao fracasso: é o fracasso universal; 
• O fracasso de todo o ser finito significa a revelação e a corroboração suprema da infinitude de 
Deus, o único ser verdadeiro; 
 
• Jaspers nos fala que a fé não é o que se entende comumente por fé (adesão a uma verdade 
objetiva, em virtude da autoridade de um testemunho, especialmente de Deus que se revela); 
• A fé jasperiana é indecisa, flutuante: não sei se creio e nem o que creio, não é um estado 
permanente, mas uma realização atual; 
• Não é uma fé teológica, mas sim filosófica; 
• Jaspers, denomina-a fé porque a ciência se move na dimensão do geral e intramundano e a fé, 
ao contrário, eleva-nos acima do intramundano para o verdadeiro ser da Transcendência. 
A). Quais as situações limites para Jaspers? 
 
Resposta: Morte, sofrimento, Luta e culpa. 
 
B). Diferencie Dasein na filosofia heideggeriana e na filosofia de Jaspers: 
 
JASPERS HEIDEGGER 
 
Ser-aí (Dasein): 
 
É o ser particular e determinado, 
porém não completamente; 
O homem existe as coisas são 
Tende a dirigir-se, sem cessar, 
segundo seus fins; 
Dar sentido as coisas do mundo 
Está ligado a um corpo; Homem ser jogado no mundo 
É um ser que vive, morre, daí finito, 
temporal e transitório; 
ENTE especial 
Pode ser mais e tendo a sê-lo; Ser com os outros 
Não se confunde com o ser-aí de Heidegger, pois é presença no mundo, um ser simplesmente 
dado. 
 
7) DEFINA 
 
HUMANISMO: 
 Doutrina que coloca o homem como centro de reflexão; respeito à dignidade humana. 
EXISTENCIALISMO: 
 Sistema filosófico sobre a problemática da existência humana; foca a experiência humana 
vivida num mundo de impasse. 
FENOMENOLOGIA: 
 Método de sistematização e produção de conhecimento sobre o sentido da existência para o 
sujeito. 
1. Quais foram as bases filosóficas que fundamentaram a Gestaltterapia? 
Explique-as 
Humanismo - todo comportamento humano é normal e acentua o desenvolvimento 
do potencial dos indivíduos. 
Existencialismo - a existência humano é singular e intransferível. 
Fenomenologia - a descrição é mais importante que a observação. Ênfase 
na percepção corporal da vivencia imediata e importância no desenvolvimento 
do aqui-agora. 
Holismo - importância do corpo, integração das polaridades opostas, concentração 
no aqui-agora, entre outras. 
 
FONTE: ELISABETH LUCENA

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