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toxicologia - 1 - Inseticidas Organoclorados - Organofosforados Colinesterases eritrocitária e plasmática 1. Introdução Cerca de 1,5 milhão de toneladas de pesticidas são produzidas anualmente em todo o mundo, sendo utilizados, principalmente, na agricultura. O uso de inseticidas permitiu enormes ganhos na produtividade de alimentos, entretanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) os classifica como nocivos aos humanos (1). Abordaremos abaixo a monitorização biológica da exposição aos organoclorados e organofosforados, largamente utilizados como inseticidas, raticidas, fungicidas e herbicidas. 2. ORGANOCLORADOS Constituem o grupo pioneiro dos praguicidas sintéticos, sendo o DDT (diclorodifeniltricloroetano) o seu protótipo. Foram largamente usados como defensivos agrícolas, inseticidas domiciliares e como medicamentos. Devido ao fato de persistirem por longo tempo no meio ambiente e em organismos vivos, seu uso está proibido na maioria dos países desenvolvidos (1). No Brasil, uma portaria do Ministério da Agricultura (1985) proibiu a comercialização e uso dos produtos organoclorados destinados à agropecuária. Entretanto, ficaram como exceções: o uso de iscas formicidas à base de aldrin e dodecacloro; uso de cumpicidas à base de Aldrin; uso de organoclorados no combate de vetores por órgãos públicos (2). Atualmente, são comercializadas fórmulas para tratamento de pediculose e escabiose (ex.: Lindano) que contêm organoclorados (3,4). 2.1. Características e Produtos A estrutura molecular dos organoclorados corresponde à dos hidrocarbonetos clorados, ainda que, além do cloro, alguns deles possuam oxigênio. São compostos de estruturas cíclicas, lipofílicos e altamente resistentes aos mecanismos de decomposição dos sistemas biológicos. Os principais compostos organoclorados com atividade inseticida são divididos nos seguintes grupos (5): 1) Hexaclorocicloexano (BHC) e isômeros; 2) DDT e análogos; 3) Ciclodienos; 4) Dodecacloro e clordecone. A Tabela 1 mostra os principais organoclorados e seus nomes comerciais. A maioria dos produtos organoclorados é constituída de um percentual de produto puro associado a diversos isômeros. No DDT predominam os isômeros pp’-DDT (65 a 85%) e op’-DDT (15 a 20%). Todos os organoclorados são insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos (5). Apresentam longa permanência no solo (até 30 anos) e na cadeia alimentar. Como inseticidas, atuam bloqueando a transmissão dos impulsos nervosos (6). toxicologia - 2 - Tabela 1: Principais compostos organoclorados e seus nomes comerciais (3). Compostos Nomes Comerciais Hexaclorocicloexano e isômeros BHC, Lindano, Aficide, Agrocide, Agronexit, Aparasin, Arbitex, BBX, Bexol, Chloran, Forlin, Gamacid, Gamahexa, Lentox, Lindagranox, Novigam, Omnitox, Silvanol, Mentox 400 DDT e análogos DDT, Anofex, Cesarex, Neocid, TDE. DDD. Composto 338, Mitigan, Rothane, Etilan, Perthane, Metoxicloro, DMDT, Marlate, Clorobenzilato, Acar, Acaraben, Benzilan, Dicofol, Kelthane, Acarin Heptacloro Heptacloro, Kitasin granular Heptagram, Ceresol, Dinox, Arbinex, 30 TN, Basaklor, Heptaclorane, Heptasol, Heptox, Rhodiaclor, Velsicol 104 Clordano Clordano, Octacloro, Chloridan, Chlortox, Aspon, Belt, Tophichol, Sydane, Termex, Synclor Aldrin Aldrin, Aldrex, Toxadrin, HHDN Dieldrin Dieldrin, HEOD Endrin Endrin, Endrex, Hexadrin Endosulfan Endosulfan, Tiodan, Malixm, Ciclodan Dodecacloro (Mirex) Dodecacloro Clordecone Clordecone, Kepone Toxafeno Toxafeno 2.2. Toxicocinética São absorvidos por via digestiva, respiratória e cutânea. Depois de absorvidos são distribuídos e armazenados em todos os tecidos, mas em maior quantidade no tecido adiposo. Sofrem metabolização hepática, podendo os metabólitos apresentarem toxicidade superior ao produto absorvido. Estima-se a eliminação dos organoclorados em aproximadamente 1% ao dia, podendo, entretanto, serem detectados anos após a exposição (6). O mecanismo da toxicidade em humanos não está completamente definido. Modificam o fluxo de Na e K na membrana axonal, alterando a transmissão dos estímulos nervosos. Além disso o DDT reduz a taxa de repolarização axonal através da inibição da Na/K ATPase. No caso dos ciclodienos, hexaclorociclohexano e toxafeno há diminuição da atividade gabaérgica no sistema nervoso central. A dose tóxica de DDT para o homem é de 10 mg/kg e a letal se encontra entre 150 e 800 mg/kg (3). 2.3. Toxicidade O quadro clínico da intoxicação depende do grau e duração da exposição, da via de contato e tipo de composto organoclorado. Os sinais e sintomas mais freqüentes são náuseas, vômitos, cefaléia, vertigens, hiperexcitabilidade, tremores, convulsões, anorexia, perda de peso, fraqueza, dor muscular, alteração de reflexos, dispnéia, salivação, dor abdominal, arritmias, distúrbios da memória e hipertemia. Nas exposições crônicas pode haver hepatomegalia (5,6). toxicologia - 3 - Toxicidade crônica tem sido descrita com acometimento do neurônio motor. Trabalhos que avaliam o potencial de carcinogênese dos organoclorados em humanos não são conclusivos, havendo, entretanto, evidências claras em animais (5,19). 2.4. Monitorização Biológica Os organoclorados podem ser dosados no sangue e urina através da Cromatografia Gasosa. No entanto, a dosagem pode não apresentar correlação direta com o quadro clínico. Ressalta-se que, ao contrário dos organofosforados e carbamatos, os organoclorados não alteram a colinesterase plasmática (3,19). Nas exposições ao Dieldrin há evidências que sua síndrome tóxica se manifesta quando a concentração sangüínea se encontra entre 150 e 250 mcg/l. O Endrin promove intoxicação ao atingir concentração de 50 a 100 mcg/l. Na biomonitorização das exposições ocupacionais ao DDT, é sempre aconselhável a quantificação dos isômeros pp’-DDT, DDE e DDA, ao final da jornada semanal de trabalho (5, 7). Atualmente, a NR-7 não aborda valores de referência e índice biológico máximo permitido (IBMP) para os organoclorados. Anteriormente, a Portaria nº 12 de 06 de junho de 1983, do Ministério do Trabalho, abordava índices biológicos de exposição para alguns organoclorados (vide tabela 2) (8). Tabela 2 – Valores anteriormente citados para organoclorados pela legislação. Índice Biológico de ExposiçãoOrganoclorados Material biológico Análise Valor normal Limite de tolerância biológica DDT Soro DDT Até 3 mcg/dl 50 mcg/dl Dieldrin Sangue Dieldrin Até 0,2 mcg/dl 15 mcg/dl Endrin Sangue Endrin Até 0,2 mcg/dl 5 mcg/dl Lindano Sangue Lindano Até 0,04 mcg/dl 2 mcg/dl Pentaclorofenol Urina Pentaclorofenol Até 0,015 mg/l 3 mg/l O Instituto de Patologia Clínica Hermes Pardini realiza a detecção dos organoclorados abaixo descritos: op-DDE, pp-DDE, op-DDD, pp-DDD, op-DDT, pp-DDT, Mirex, alfa-BHC, beta-BHC, gama-BHC, delta-BHC, Heptacloro, Heptacloro-epoxi, Aldrin, Dieldrin, Endrin, Endo I, Endo II, Endo-sulfato, Metoxicloro. Material: Sangue total; urina recente e de 24h. Método: Cromatografia Gasosa. Valor de referência: não detectável. 3. ORGANOFOSFORADOS Desenvolvidos na década de 40, foram os primeiros a substituírem os organoclorados, aos quais alguns insetos já mostravam resistência. Incluem uma ampla gama de produtos agrícolas e sanitários, desde os extremamente tóxicos (ex.: phorate) até aqueles com baixa toxicidade (ex.: temephos). Estima-se 3 milhões de envenenamentos e 220 mil óbitos, anualmente, causados pelo organofosforados em todo o mundo. Com as crescentes preocupações de guerras químicas, vale ressaltar que muitos agentes, como o gás Sarin, são organofosforados (9,10). toxicologia - 4 - 3.1. Características e Produtos Os organofosforados são derivados das estruturas fundamentais dos ácidos fosfórico, tiofosfórico e ditiofosfórico. Quanto a sua solubilidade, são insolúveisem água e solúveis na maioria dos solventes orgânicos.. A tabela 3 contém alguns produtos organofosforados. Uma lista completa dos produtos agrotóxicos comercializados pode ser obtida no sítio da ANVISA, no seguinte endereço: http://www.anvisa.gov.br/scriptsweb/agrotox/agrotox.htm Tabela 3: Alguns compostos organofosforados e seus nomes comerciais (11). Nome comercial Princípio ativo Nome comercial Princípio ativo Anthio Formothion Granutox Phorato Azinon Diazinon Gution Abate, azinofos-metil Azodrin Monocrotophos Kilval Vamidothion Basudin Diazinon Lebaycid Fenthion Baytex Fenthion Lorsban Chorpyrifos Bidrin Dicrotophos Malation Leptophos, malation Cigon Dimethoate Malatol Leptophos, malation Cistion Leptophos, malation Meta-sistox Metil-demeton DDVP Dichlorvos Mintacol Paraoxon Delnav Dioxation Neguvon Trichlophon Dibrom Mipafox, naled Nexion Bromophos Di-captan Dacapton Nialato EPN, ethion Dimecron Phophfamidon Nuvacron Monocrotophus Dimetol Dimethoate Pestox Scradan Dipterex Trichlophon Phosdrin Metilparation, menvinphos Disyston Disulfoton Sitam Scradan Dursban Chorpyrifos Tamaron Metamidofos Ekatox Parathion Tetron TEPP Etionate EPN, etion Thimet Phorato Folex Menazon, merphos Trition Carbophenothion Folidol etílico Parathion Tugon Trichlophon Fosfolino Ecotiofato Vapona Dichlorvos Frumin Disulfoton 3.2. Toxicocinética Os inseticidas organofosforados são absorvidos por todas as vias, mas, principalmente, através das membranas mucosas. A absorção pelo trato gastrintestinal normalmente ocorre em intoxicações acidentais ou intencionais. O fígado é o principal local de biotransformação dos inseticidas organofosforados. Não são acumulados no corpo humano, sendo facilmente degradados e excretados, principalmente, através da urina, quase sempre nas primeiras 24 horas (5). 3.3. Toxicidade O mecanismo fundamental da toxicidade dos organofosforados é a sua ligação de forma irreversível com a acetilcolinesterase, enzima responsável pela hidrólise da acetilcolina. Resulta, assim, no acúmulo desse neurotransmissor nas sinapses nervosas e placas motoras, ocasionando hiperestimulação e, consequentemente, toda a síndrome clínica (5,7,9,10). O quadro neurológico é bastante variável, dependente do grau de exposição e do tipo de composto, podendo iniciar-se horas a semanas após contato (20). Quadro clínico trifásico é descrito: a) intoxicação aguda; b) síndrome neurotóxica intermediária; c) polineuropatia tardia (9). toxicologia - 5 - A intoxicação aguda manifesta-se com hálito de alho, alterações do sono, dificuldade de concentração e memória, convulsões, tremores, disartria, marcha atáxica, incoordenação motora, náuseas, vômitos, dores abdominais, diarréia, diurese e sudorese excessivas, rinorréia, hipersecreção brônquica, dispnéia, miose, bradicardia, bloqueio átrio-ventricular, fadiga muscular, contrações involuntárias, câimbras e fasciculações. Comumente, o óbito decorre de insuficiência respiratória (5). A síndrome neurotóxica intermediária pode ocorrer 24 a 96 horas após a primeira manifestação e é caracterizada por fraqueza muscular que acomete a musculatura respiratória, podendo ser necessário suporte respiratório mecânico. A polineuropatia tardia pode ocorrer na intoxicação por alguns organofosforados em conseqüência de degradação neuronal, manifestando-se com fraqueza muscular de membros e hiporreflexia, seguida de hipertonia (12). Não existem evidências conclusivas do potencial carcinogênico ou teratogênico dos organofosforados (18,19,20). 3.4. Monitorização Biológica 3.4.1. Atividade das Colinesterases Conforme a NR-7, atualmente as dosagens das colinesterases são os parâmetros para controle biológico da exposição aos organofosforados e carbamatos. Deve-se ressaltar que enquanto os organofosforados provocam uma inibição irreversível das colinesterase, os carbamatos o fazem de forma reversível e mais branda (13). Os organofosforados e carbamatos inibem a atividade dos dois tipos de colinesterases presentes no corpo humano (14): a) colinesterase verdadeira ou acetilcolinesterase: encontrada principalmente nas sinapses do sistema nervoso, pulmões, baço e eritrócitos; b) pseudocolinesterase (benzoilcolinesterase ou colinesterase II): encontrada no plasma, intestino e em outros tecidos. COLINESTERASE PLASMÁTICA (pseudocolinesterase): sua atividade é reduzida de forma mais rápida e intensa que a colinesterase eritrocitária, refletindo a exposição aguda aos organofosforados. Produzida pelo fígado, apresenta meia-vida de 8 dias, tendo pouco valor nas intoxicações crônicas. Considera-se o IBMP a redução da atividade da pseudocolinesterase de 50%, em relação ao valor inicial pré-ocupacional. Existem diferenças na recuperação da atividade da pseudocolinesterase nas intoxicações por carbamatos e organofosforados; na primeira, a recuperação se dá após 24 horas, e na segunda, pode iniciar-se 72 horas após a intoxicação ou levar dias (9,15,20). Mason descreveu que, embora a atividade da colinesterase plasmática mostre melhora rápida em 10 dias, recuperação completa ocorre após 50 dias da exposição ao organofosforado (15). Observa-se ainda, que nas pessoas intoxicadas com carbamatos, a atividade da pseudocolinesterase pode ser normal ou pouco suprimida (20). A atividade da pseudocolinesterase é mais baixa ao nascimento, se equiparando aos níveis dos adultos aos dois meses de vida. As mulheres tendem a resultados mais baixos que os homens. É importante ressaltar que a inibição da pseudocolinesterase pode ocorrer em outras condições além da intoxicação por inseticidas organofosforados e carbamatos. A tabela 4 mostra as causas de alterações na atividade da pseudocolinesterase (14,15,16). Pacientes com formas atípicas da enzima pseudocolinesterase, com baixa atividade enzimática, podem apresentar predisposição à apnéia após uso de relaxantes musculares (14). toxicologia - 6 - Tabela 4 (15,16) Condições que cursam com diminuição da pseudocolinesterase: intoxicação por organofosforados e carbamatos, gravidez (18 a 30% de redução da atividade), hipocolesterolemia, desnutrição, hepatite (30 a 50%), cirrose hepática (até 70%), tuberculose, tromboembolismo pulmonar, choque, distrofia muscular, infecções agudas, pós-operatórios, insuficiência renal crônica, insuficiência cardíaca congestiva, policitemias, artrite reumatóide, hipoproteinemia, plasmaferese, uso de compostos fenotiazídicos, estrógenos, sulfatos, fluoretos, citratos, codeína, morfina, quinidina, borato, aminas terciárias, neostigmina e piridostigmina. Condições que cursam com aumento da pseudocolinesterase: hipercolesterolemia, obesidade, hipertrigliricidemia, hipertireoidismo, diabetes, polineurites, parkinsonismo, transfusão de hemácias e plasma, hemocromatose, síndrome nefrótica, doenças psiquiátricas, tireotoxicoses, uso de benzodiazepínicos, andrógenos, antibióticos e insulina. COLINESTERASE ERITROCITÁRIA (verdadeira): é mais usada para avaliar exposição crônica aos organofosforados. É um espelho do acometimento das sinapses nervosas. Sua atividade é suprimida de forma mais lenta e menos intensa que a pseudocolinesterase. Produzida durante a eritropoiese, apresenta meia-vida de 3 meses, tendo, assim, correção mais lenta da sua atividade após exposição. Ao contrário da colinesterase plasmática, a colinesterase eritrocitária tem aumento rápido de sua atividade após tratamento com Pralidoxime (antídoto para organofosforados). Considera-se o IBMP a redução da atividade da colinesterase eritrocitária de 30%, em relação ao valor inicial pré-ocupacional. Na presença de hemólise, pode-se realizar a determinação da atividade da colinesterase plasmática e eritrocitária de forma conjunta, sendo considerado o IBMP, neste caso, a redução da atividade da colinesterase “total” em 25%, em relação ao valor inicial pré-ocupacional (9,15).Enfatiza-se que outras condições podem também alterar a atividade da colinesterase eritrocitária (vide tabela 5) (9, 15,16, 18). Tabela 5 Condições que cursam com diminuição da colinesterase eritrocitária: intoxicação por organofosforados e carbamatos, hemoglobinúria paroxística noturna e anemia megaloblástica. Condições que cursam com aumento da colinesterase eritrocitária: estados hemolíticos como talassemia, esferocitose, hemoglobina SS e anemias hemolíticas adquiridas. O Instituto de Patologia Clínica Hermes Pardini realiza: COLINESTERASE PLASMÁTICA (pseudocolinesterase) Material: soro. Método: enzimático. Valor de referência: 5.000 a 14.000 U/L IBMP (NR-7): redução de 50% em relação à atividade inicial. toxicologia - 7 - COLINESTERASE ERITROCITÁRIA Método: cinético, substrato acetilcolina. Valores de referência: Acetilcolinesterase eritrocitária: 9000 a 16698 U/L. IBMP (NR-7): redução de 30% em relação à atividade inicial. Colinesterase eritrocitária e plasmática: 6021 A 9165 U/L. IBMP (NR-7): redução de 25% em relação à atividade inicial. 3.4.2. Determinação de Organofosforados A Cromatografia Gasosa permite, nos casos onde houver dificuldade diagnóstica da causa da intoxicação, a identificação do composto organofosforado. A correlação da determinação dos organofosforados com a atividade das colinesterases pode ser útil na avaliação da intoxicação (17,18). Entretanto, a correlação entre severidade da toxicidade e quantidade de organofosforado no sangue e urina pode ser imprecisa. Ressaltamos que a dosagem dos organofosforados não é parâmetro indicativo de intoxicação segundo a NR- 7 (7,9,13). Deve-se ter em mente que as determinações de organoclorados e organofosforados somente identificam os agentes descritos no laudo do exame. Assim, um resultado negativo não exclui a possibilidade de intoxicação por outros compostos inseticidas. O Instituto de Patologia Clínica Hermes Pardini realiza a detecção dos organofosforados abaixo descritos: Phorate, Diazinon, Malation, Paration etílico, Paration metílico, Ethion. Material: Sangue total; urina recente e de 24h. Método: Cromatografia Gasosa. Valor de referência: não detectável. 7. Referências 1. Eddleston M, Karalliedde L, Buckley N, et al. Pesticide poisoning in the developing world – a minimum pesticide list. Lancet; 2002: 360: 1163-7. 2. Brasil. Ministério de Estado da Agricultura. 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