Buscar

União Ibérica e Invasões Holandesas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 4:
Objetivos:
Conhecer as motivações da União Ibérica; 
Discutir as motivações das invasões holandesas; 
Conhecer como aconteceu a expulsão dos holandeses do nordeste brasileiro.
A Península Ibérica compreende os países Portugal e Espanha. Até o século XII era conhecida como Ibéria, onde esses países formavam um só reino. Portugal se configura como Estado no século XII e o mesmo ocorre com a Espanha no século XV.
No século XVI inicia-se uma crise de sucessão do trono Português. O então reo D. Sebastião procurou fazer uma verdadeira cruzada no Marrocos, no entanto, na batalha de Alcácer-Quibir em 1578, o rei de Portugal desapareceu, dando origem à crise sucessória no trono de Portugal e também ao movimento conhecido como Sebastianismo.[2: 	Sebastianismo foi um movimento místico-secular que ocorreu em Portugal como consequência do desaparecimento de D. Sebastião. O movimento é representativo de uma inconformidade com a situação política da época e a expectativa de salvação através da ressurreição do rei. O Sebastianismo chegou ao Brasil e fez parte de vários movimentos e revoltas. Para saber mais acesse http://www.historia.uff.br/tempo/artigos_dossie/artg11-9.pdf]
Não possuindo descendentes diretos, o trono é ocupado por seu tio-avô, o cardeal D. Henrique, que acaba falecendo dois anos depois, também sem descendentes, e assim a dinastia de Avis chega a sua extinção. Diversos pretendentes se candidataram então ao trono, como D. Antonio, D. Catarina, duquesa de Bragança, e também Filipe II, rei da Espanha.
A pessoa mais próxima de D. Sebastião era Filipe II, descendente direto, por parte de mãe, do rei D. Manuel, que governou Portugal na época de Cabral. Filipe II governava a Espanha e era membro de uma das mais poderosas dinastias europeias: os Habsburgos (ou Casa d'Áustria). Além da Espanha, o rei obtinha o controle do Sacro-Império Romano-Germânico, com sede na Áustria, e suas influências também alcançavam a Itália e a Alemanha.
Durante o reinado de Filipe II na Espanha, uma das principais atividades econômicas em ascensão era a exploração das minas de prata localizadas na América espanhola, a prata proveniente do Peru e do México. A Espanha tomou a posição de mais poderosa nação da Europa. Aliado ao privilégio no campo econômico, o rei Filipe II tomou intensas medidas em sua política internacional.
Em Portugal, o povo ansiava por um monarca de seu próprio país. Após a morte de D. Henrique, o único real opositor a Filipe II foi D. Antonio, que acabou se proclamando rei. Porém, o monarca espanhol enviou tropas para retirá-lo do poder, obtendo sucesso. E mesmo diante dessas condições ele conseguiu os apoios da nobreza e do clero nas Cortes de Ameirim.
Aos 15 de Abril de 1581 Filipe II foi declarado rei de Portugal, sob o juramento de manter todos os privilégios, usos, liberdades e foros existentes no país. Então, no período de 1580 até 1640, Portugal e Espanha, por possuírem o mesmo rei, configuraram o período conhecido como “União Ibérica”, ou seja, o poder do rei de Espanha aumentou para mais um país e, além disso, os inimigos de um passaram a ser também os inimigos do outro.
Filipe II se estabeleceu em Portugal por dois anos, logo depois desse período voltou para Madrid. Embora continuasse rei, deixou seu sobrinho, o cardeal Alberto da Áustria, governando em seu lugar e tendo que se reportar diretamente a ele.
Por estar agora diretamente ligado a Espanha, Portugal viveu um equilíbrio instável, entre a pressão continental e a procura de uma alternativa marítima.
Até o momento da União Ibérica, o país havia adotado uma política internacional muito prudente, evitando, tanto quanto possível, atritos nessa área, ciente de sua própria fragilidade. Com a anexação pela Espanha, essa situação foi alterada completamente. Portugal acabou herdando inimigos espanhóis e sofrendo sérias consequências desde a junção dos reinos.
Em relação a Inglaterra, por exemplo, sofreu diversos ataques de corsários ingleses como retaliação a medidas tomadas pela Espanha para prejudicar o comércio Inglês. Podemos destacar ainda o episódio da Invencível Armada em 1588, no qual Filipe II enviou esquadras espanholas e portuguesas para invadir a Inglaterra. Tendo a Inglaterra tido uma inquestionável vitória, Portugal sofreu as consequências de estar ao lado da Espanha.
Além dos atritos com a Inglaterra, Filipe II tinha como principais inimigos os holandeses. Ao final de sua vida foi incapaz de impedir os progressos da Inglaterra e dos Países Baixos na competição marítima e comercial.
A Holanda encontra-se em uma região conhecida como Países Baixos (atuais Bélgica, Holanda e Luxemburgo). Para saber mais leia o texto aula_4_holandeses_no_brasil.pdf.
A história do Boi Voador é bastante conhecida, tanto que virou música na voz de Chico Buarque. Conta-se que no dia 28 de fevereiro de 1644, Maurício de Nassau, que estava de partida para Recife para inauguração de uma ponte e, desejando um grande público quando chegasse, mobilizou a população com a notícia de que “faria um boi voar” sobre a ponte.
Utilizando-se de couro de boi moldado em forma de um balão inflável, amarrado em cordas finas, sobre roldanas fez o espetáculo acontecer na presença de grande público. A inauguração da ponte foi um grande sucesso.

Outros materiais