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FACULDADE ESTÁCIO DE CURITIBA MATHEUS ROBERT - 0000.00.00.00.0-0 DIREITO CIVIL I - TURMA 0000 Teoria Geral da Relação Jurídica O homem é um ser social. Por viver em sociedade, ele precisa estar em contato com os outros, é daí que vêm as relações sociais. O Direito, dentre muitas de suas funções, tem a função de disciplinar essas relações sociais. Quando uma relação social for disciplinada e, pelo legislador, positivada, isto é, quando estiver escrita no ordenamento jurídico, essa relação social tornar-se-á em uma relação jurídica. Para uma relação social obter a segurança do Estado, transformar-se numa relação jurídica, ela obrigatoriamente precisará constituir 4 elementos, sendo eles: sujeito ativo, sujeito passivo, vínculo de atributividade e objeto. Como citado, o homem precisa estar em contato com os outros, logo, uma relação é sempre entre dois indivíduos ou mais. Na relação jurídica, os dois indivíduos, sujeitos, são caracterizados como ativo ou passivo na relação, o sujeito ativo tem a faculdade de agir, tem o poder de exigir uma conduta, enquanto o sujeito passivo tem o dever de fazer algo. Em outras palavras, o sujeito ativo tem a capacidade de agir em defesa de seus interesses, teria este o direito subjetivo, o sujeito passivo tem a obrigação de prestar uma conduta em favor do sujeito ativo. O ponto principal que difere uma relação jurídica de uma relação social é o vínculo de atributividade, que seria o poder que o Estado concede aos sujeitos de exigir algo, este poder é dado a ambos os sujeitos, no caso do sujeito passivo é de defender-se. Este vínculo de atributividade só existe em função de um objeto, este objeto é o elemento que dá o motivo da existência da relação. Pode ser uma coisa (um carro, por exemplo) ou uma prestação ou a própria pessoa. Sem o objeto não existe um vínculo entre as partes, sem o vínculo entre as partes não existe uma relação. Como exemplo de uma relação jurídica, podemos citar a relação entre um cidadão X que, parado no sinal de trânsito, teve seu carro danificado por outro cidadão, cidadão Y, que não conseguiu frear a tempo e bateu no carro da frente. Os sujeitos, que antes nunca tinham se conhecido, agora têm um vínculo entre si, este vínculo é o vínculo de atributividade, eles agora têm uma relação jurídica, onde o objeto será a reparação do veículo danificado. O cidadão X tornou-se o sujeito ativo da relação, recebeu o direito de exigir uma reparação de danos causada pelo cidadão Y. O cidadão Y tornou-se, então, o sujeito passivo, ele terá a obrigação de reparar os danos causados por ele. NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. p.297-303.38ªed.- Rio de Janeiro: Forense, 2016 REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. p.198-211.25ªed.- São Paulo: Saraiva, 2001 HOGEMANN, Edna Raquel; MENDONÇA, Paulo Roberto; SCHAFFEAR, Fernanda Rivabem. Livro Didático de Introdução ao Estudo do Direito. p.100-105.1ªed.-Rio de Janeiro: Estácio, 2014
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