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CODIFICAÇÃO E CONSTITUCIONALISMO

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Centro Universitário Ritter dos Reis (Uniritter- Canoas) Teoria Geral do Direito Civil Aluna: Carolina Rodrigues Diniz Turma: CMC -200C
Constituição e Codificação: Primórdios do binômio.
Em um Estado Moderno que adota como suprema a Constituição passa, em sua maioria, por uma Revolução, depois reconhecem e declaram direitos, em seguida constitucionalizam esses direitos. E, em alguns Estados, surge o processo de Codificação.
Codificação, nada mais é do que um processo de organização que reduz a um único diploma, diferentes regras jurídicas da mesma natureza e agrupadas segundo um critério sistemático. É a expressão do Direito Privado e surgem a partir dos textos constitucionais (Direito Público). 
O Constitucionalismo surge no século XVIII, como arma ideológica para servir a nova classe em ascensão- a Burguesia. Muito embora, os textos constitucionais tenham existido muito antes na história. No o Absolutismo Monárquico, o rei detinha o total poder: ele legislava, administrava e nomeava juízes. Em um dado momento a burguesia, que eram os comerciantes, passaram a criticar a poder do rei, pois o mesmo causava insegurança fiscal- no aumento e na cobrança de impostos; e insegurança pessoal, onde poderia mandar matar a quem quisesse. Daí surge o Constitucionalismo Liberal com a ideologia de limitar o poder Estatal através da separação de poderes, segundo Montesquieu, dividia os entre o Executivo, Legislativo e Judiciário; e garantir aos burgueses direito à vida, liberdade e bens, não mais ficando a mercê da arbitrariedade do soberano, mas tendo direitos invioláveis. 
No feudalismo, havia uma pluralidade de fontes jurídicas, visto que, cada feudo, tinha sua lei interna. Com o constitucionalismo houve uma unificação dessas leis, já que todos eram iguais perante a lei, não poderia haver esse particularismo jurídico, a lei também tinha que ser una e igualmente válida para todos. As constituições garantiam a liberdade política dos indivíduos em face do Estado, e os códigos davam aos indivíduos liberdade na sua vida privada onde o estado não ingeria. A burguesia tomou para si todo o poder de legislar, com o objetivo de consolidar suas conquistas. Com os Direitos Fundamentais declarados e o poder do Estado limitado, entrou em cena os códigos. 
Para uma Constituição existir, não precisa, necessariamente, passar por um Constitucionalismo, a exemplo disso temos a Constituição das cidades-estados gregas analisadas por Aristóteles em sua obra A política. Qualquer Estado que se estabelecia como tal, tinha normas fundamentais que formavam seu Ordenamento.
Da mesma forma, Estados que passaram pelo constitucionalismo não tiveram Constituições, como exemplo a Inglaterra que realizou uma das primeiras Revoluções Liberais, a Revolução Gloriosa em 1688 e, mesmo assim, até hoje não tem uma constituição escrita.
Também não podemos dizer que de uma Constituição se dará o processo de codificação, visto que, nos EUA há uma constituição escrita, porém não tem códigos. Isso se deu por dois motivos: o primeiro é que mesmo com a independência, ainda mantinha contato com instituições privadas da Inglaterra e, essas relações, eram regidas pela Common Law Inglesa, tornando desnecessária a codificação do direito privado. Para eles a constituição bastava. O segundo motivo para os EUA não codificar o direito privado era pelo Júri- influência também da Common Law Inglesa. O Júri teve e tem um papel importante para o Direito norte-americano, é tido como a expressão do Direito. O povo exerce um direito e participa da política através do voto e também integram o Tribunal do Júri
Os códigos que surgiram no século XIX, também conhecidas de Oitocentista, foram o Code Francês, influenciado pelo Código de Napoleão, e o Código Alemão, influenciado pelo Direito Romano. 
No código francês, o Direito é reduzido à lei e, mesmo tendo uma constituição, o código, que traduz os valores capitalistas, é quem vai assumir a supremacia que deveria pertencer à constituição, pois a lei era a encarregada de realizar os Direitos Fundamentais expressos nela.

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