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AD2 HISTORIA ANTIGA

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH
Licenciatura em História - EAD
UNIRIO/CEDERJ
AD2 – SEGUNDA AVALIAÇÃO À DISTÂNCIA – 2016.2
DISCIPLINA: HISTÓRIA ANTIGA
	NOME: JULIO CESAR DE ALMEIDA DUARTE
	MATRÍCULA: 16116090109
	POLO: DUQUE DE CAXIAS
O USO DE FILMES COMO RECURSO PEDAGÓGICO EM SALA DE AULA
	Um desafio que se apresenta aos educadores, atualmente, é: como motivar os alunos a estudar e apreender o conteúdo da disciplina História? Quais alternativas, ou melhor, quais recursos poderiam ser usados para despertar o interesse dos alunos para aprender História, em sala de aula? 
	O ensino de História, em um passado recente, consistia em o professor passar um conteúdo maçante, com datas e fatos que precisavam ser decorados pelos alunos, para logo em seguida (após as provas) serem completamente esquecidos. Com o Projeto de Autonomia, o modelo didático-pedagógico sofreu uma transformação positiva, pela qual a sala de aula passou a ser um local onde se transmite, e principalmente, onde se produz conhecimento, por meio de discussões e o desenvolvimento de pensamentos críticos. 
	A historiadora e professora da rede estadual de educação básica do Estado do Paraná, Maria Lucia Lopes Santos, diz que um dos problemas apresentados e que deve ser superado pela escola, e pelos professores, é a inclusão do próprio aluno nas aulas de História, e afirma que: “Esse desafio é interessante na construção de uma prática de ensino reflexivo e dinâmico, podendo-se afirmar que ensinar História é levar o aluno a compreender e explicar historicamente, a realidade em que vive”.[1: O USO DOS FILMES NO ENSINO DE HISTÓRIA. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1994-8.pdf. Artigo produzido como requisito parcial para conclusão do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, Secretaria de Estado da Educação, Governo do Estado do Paraná.]
	O projeto de autonomia proporciona ao professor ir além dos métodos e técnicas para transmitir os conteúdos didáticos, possibilitando que seus alunos se tornem indivíduos conscientes de si, de suas necessidades e aspirações, e conscientes do papel que desempenharão, no futuro, como cidadãos em um estado democrático. Para tanto, é importante que o professor auxilie seus alunos no desenvolvimento do pensamento crítico, através do diálogo, do confronto de ideias e da capacidade de criticar a si mesmo, em um processo permanente de autocriação.
	Pela prática da pedagogia da autonomia o professor deixa de ser um mero transmissor de conteúdo para ser um mediador do conhecimento, despertando no aluno a motivação para apreender e buscar o conhecimento por si próprio. E, para isso deve utilizar todos os recursos didáticos disponíveis: livros, filmes, fotografias, pinturas, músicas, dentre outros. 
	Circe Bittencourt, no livro “O Saber Histórico na Sala de Aula” (2004, p. 69) relata que:[2: Dra. Circe Maria Fernandes Bitencourt, Professora do curso de Pós-graduação da Faculdade de Educação da USP e da PUC de São Paulo (https://uspdigital.usp.br/tycho/CurriculoLattesMostrar?codpub=57A0B77BAA85. Acesso em 13/10/2016).][3: BITTENCOURT, Circe (org.) O saber histórico em sala de aula. 9. ed. São Paulo. Contexto, 2004.]
Gravuras, fotos, filmes, mapas e ilustrações diversas têm sido utilizados, há algum tempo, como recurso pedagógico no ensino de História. Os livros didáticos de História, em meados do século XIX, possuíam litogravuras de cenas históricas intercaladas aos textos escritos, além de mapas históricos. Nas primeiras décadas do século XX, os filmes foram apontados pelo professor Jonathas Serrano, do Colégio Pedro II do Rio de Janeiro, como instrumento didático importante, considerando-o material fundamental do “método intuitivo” (...).
	
	Vivemos, nos dias de hoje, em um mundo repleto de informações, de imagens e filmes, seja em outdoor, seja no instagram, no facebook, nos canais do youtube, além do próprio cinema e da televisão. Bittencourt (2004, p.117) afirma, ainda, que vivemos em um mundo midiático, permeado por imagens, um mundo no qual substituímos cada vez mais nossas experiências reais pelas virtuais. Concordando com tal afirmação, a professora Maria Lucia Lopes Santos ratifica que “fazemos parte de uma sociedade eminentemente visual”. 
	Como educadores, devemos buscar todos os recursos disponíveis para trazer o aluno de volta para a sala de aula, auxiliando na formação de cidadãos críticos, capazes de formarem seus próprios juízos de valor, e os filmes são ferramentas importantes para superar tal desafio.
	Para Daniel Rodrigues de Lima, os filmes devem ser vistos “como mais um recurso didático dinamizador que pode possibilitar uma visão a mais de determinados processos históricos”. Ou seja, os filmes possibilitam a quem os assiste elaborar pensamentos críticos a respeito de fatos marcantes da história como, por exemplo, a Guerra de Canudos, as Primeira e Segunda Grandes Guerras Mundiais, a queda do Império Romano, o surgimento de Jerusalém, dentre outros.[4: LIMA, Daniel Rodrigues de. CINEMA E HISTÓRIA: o filme como recurso didático no ensino/aprendizagem da História. Revista Historiador número 07. Ano 07. Janeiro de 2015. Disponível em: http://www.historialivre.com/revistahistoriador/sete/7daniel.pdf.]
	Há um consenso entre os historiadores, que afirmam que Marc Ferro foi pioneiro na utilização dos filmes como documento histórico, devendo ser analisado e estudado em seus mínimos detalhes: como foi escolhido o título do filme, quem o produziu, quem o dirigiu, quais atores atuaram – principais e coadjuvantes, em que época a narrativa se desenvolve, qual o roteiro escolhido, quais cenários e figurinos, etc., ressaltando que o filme não é a expressão fiel da realidade, e sim, uma representação dela na visão de quem o produziu. Assim, a utilização do filme tem por objetivo criar discussões para construção de pensamentos críticos, ao mesmo tempo em que auxilia na compreensão e apreensão dos conteúdos didáticos.[5: Historiador e Professor da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris.]
	Em se tratando de história, segundo Daniel Rodrigues de Lima, os filmes podem ser introduzidos no ensino em suas diversas subdivisões como: História Antiga, História Moderna, História do Brasil, dentre outras.[6: LIMA, Daniel Rodrigues de. CINEMA E HISTÓRIA: o filme como recurso didático no ensino/aprendizagem da História. Revista Historiador número 07. Ano 07. Janeiro de 2015. Disponível em: http://www.historialivre.com/revistahistoriador/sete/7daniel.pdf]
	DIAS Filho afirma que a utilização dos filmes, que retratam a antiguidade, é um recurso lúdico e pedagógico que estimula aos alunos a pesquisar e construir, por seu próprio interesse, o conhecimento sobre as civilizações do passado. Estudar a cultura, a estrutura sócio-política, as relações comerciais, as manifestações religiosas, as relações familiares, dentre outros assuntos, auxilia na compreensão do que somos hoje, como indivíduos e como sociedade. [7: DIAS Filho, José Luciano de A..O filme como ferramenta de ensino em História Antiga. Disponível em: http://simpohis.blogspot.com.br/p/jose-luciano.html.]
	DIAS Filho chama a atenção para que entendamos que a História Antiga conversa com o presente, e vice-versa, e os filmes são uma prova disso uma vez que “as representações do passado, as apropriações dos conceitos” e até mesmo o uso da antiguidade como cenário para o desenrolar das narrativas estabelece a comunicação entre o antigo e o atual.
	Para melhor escrever a história, a escola dos Annales incorporou os saberes de outras disciplinas, tais como a Antropologia e a Filosofia, por exemplo. E, para melhor ensinar história todos os recursos podem e devem ser usados pelo professor, inclusive o cinema. Em uma sociedade visuale virtual, o uso de filmes sobre a Antiguidade auxilia na reflexão sobre as origens da humanidade, na compreensão do mundo contemporâneo e na percepção de que somos responsáveis não só pela construção da sociedade em que vivemos, como também por sua transformação.
	
REFERÊNCIAS
BITTENCOURT, Circe (org.) O saber histórico em sala de aula. 9. ed. São Paulo. Contexto, 2004. Disponível em: file:///E:/Users/Usuario/Desktop/CEDERJ/Hist%20Antiga/O%20Saber%20Hist%C3%B3rico%20na%20Sala%20de%20Aula%20(Org.%20Circe%20Bittencourt).pdf. Acesso em 13/10/2016.
DIAS Filho, José Luciano de A..O filme como ferramenta de ensino em História Antiga. Disponível em: http://simpohis.blogspot.com.br/p/jose-luciano.html. Acesso em 13/10/2016. 
FERRO, Marc. “O Filme: uma contra análise da sociedade?”. Disponível em: http://www.educacaopublica.rj.gov.br/oficinas/historia/reverso/downloads/MarcFerro.pdf. Acesso em 13/0/2016.
LIMA, Daniel Rodrigues de. CINEMA E HISTÓRIA: o filme como recurso didático no ensino/aprendizagem da História. Revista Historiador número 07. Ano 07. Janeiro de 2015. Disponível em: http://www.historialivre.com/revistahistoriador/sete/7daniel.pdf. Acesso em 12/10/2016.
SANTOS, Maria Lucia Lopes. O USO DOS FILMES NO ENSINO DE HISTÓRIA. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1994-8.pdf. Acesso em 12/10/2016.

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