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TRAUMA DE FACE Sinais vitais Pressao: 120/80 Temperatura: 36,5 C Pulos carotídeos, radias: 60 a 80 bpm Respiração: 15 vezes por mim A.T.L.S. (ADVANCED TRAUMA LIFE SUPORT) A = obtenção e manutenção das vias aéreas. B= Ventilação proporcionada por métodos auxiliares. C= circulação sanguínea proporcionada por compressões cardíacas externas. D= estado neurológico ( glasgow) E= fraturas expostas Vias AereasVias Aereas Ventilação Ventilação boca a boca ou boca a máscara AMBU Cânulas de Guedell Intubação oro/naso traqueal Circulação sanguínea Massagem Cardíaca: 2 pessoas: 5 compressoes/1ventilação 1 Pessoa: 15 compresões/ 5 ventilações Tratamento das feridas da face - Primeiro controlar os sinais vitais e observar o ABC do Trauma e avaliação da Consciência. - Hemorragia facial ou bucal: Interna / Externa - compressão carótida externa, facial,temporal superficial, lingual. - Meio adequado para crescimento bacteriano . - Menor defesa contra bactérias – septicemia. - Transtornos mecânicos: Bloqueio das vias respiratórias, hemotórax, pneumotórax, bloqueio cardíaco, aumento da pressão intracraniana. - Uso de aspirado é importante para diagnóstico. Feridas em tecidos moles Classificação: Contusão: sem descontinuidade dos tecidos. Abrasão: lesão por desgaste superficial dos tecidos. Laceração: - incisa: bordas limpa, margens bem delineadas / - contusa: rasgada Feridas penetrantes: perfuração dos tecidos. Feridas por arma de fogo: Perfurante, laceradas Presença de corpos estranhos Queimaduras Contusões Necrose: raro Contaminação: raro Tratamento: Conservador; Anti-inflamatorio e analgésicos; Pomada (equimose) Gelo nas primeiras 12hs. Abrasões Hemorragia: rar Necrose: superficial Contaminação: superficial Tratamento: Anestesia Limpar completamente: - Remover escaras / - Tatuagens traumáticas Curativo inicial com gaze lubrificada Lacerações Tratamento: Sutura primaria precoce: feridas com menos de 6hs de exposição Limpeza completa das feridas Debridamento adequado Hemostasia completa Sutura da ferida: Pontos de referencia anatômicos Planos profundos (suturas com fio absorvíveis: categute, categute cromado, vicryl, monocryl), pele (nylon) e mucosa (seda ou nylon). Redução de fraturas ósseas. Terapêutica de sustentação adequada Sutura primaria tardia: Feridas edemaciadas, infectadas e endurecidas debridamento Redução da fratura Curativos Verificar diariamente Remover áreas necrosadas Restringir alimentos de difícil mastigação Tratamento de suporte: Drenagem: superficiais ou profundas Curativos Gaze ou curativo compressivo Troca em 48hs, remoção de suturas 6 a 10 dias; Prevenção de infecções Profilaxia do tétano Feridas penetrantes Tratamento: Profilaxia do tétano e infecções Limpeza completa Sutura Plástica secundariamente Feridas por arma de fogo – FAF Tratamento: Controle hemorrágico Suturas após limpeza do ferimento Sutura de “dentro para fora” (reduzir fratura e depois fechar tecidos moles) Perda de substancia tecidual Retirada dos projeteis: risco ou beneficio “quando uma bala para de se mover, para de causar danos”. Corpos estranhos Dentes / Fragmentos ósseos / Vidro / Pedras / Roupa / Terra / Madeira / Materiais restauradores Tratamento: Remover corpo estranho para evitar infecção e atraso na cicatrização. Antibioticoterapia até que a cicatrização primária tenha terminado. Profilaxia do tétano Queimaduras Graus: 1 / 2 Superficial / 2 profundo / 3 / 4 Toda a face 3% da superfície do corpo Tratamento local: Limpeza absoluta da superfcie; Cobrir com gaze furacinada ou deixar aberta com PVP-I tópico; Enxerto de pele. Tratamento suporte: Controle da infecção; Prevenção do choque; Prevenção do tétano; Diminuição da dor. Urgência em fraturas faciais Limpeza e manutenção das vias aéreas superiores livre; Controle da hemorragia; Estabilização das partes: -Bandagens / -Amarrias / -Arco de Erich Diagnóstico das fraturas do complexo zigomático-orbitário Causa de traumas: - Agressão física - Acidentes de trânsito - Esporte de contato - Quedas - Acidentes de trabalho Pilar central superficial - (pilar fronto-naso-maxilar) - Glabela; - Processo nasal do osso frontal; - Ossos nasais; - Processo frontal do osso maxilar; -Termina ao nível da fossa canina (processo alveolar da maxila) Pilar central profundo -Vômer; -Lâmina perpendicular do osso etmóide; - Lâmina horizontal do osso palatino; Pilar lateral superficial: (pilar fronto-zigomatico-maxilar) -Processo frontal do osso zigomático; - Corpo do osso zigomático; -Processo zigomático do osso maxilar; -Processo temporal do osso zigomático. Pilar lateral profundo: (pilar fronto-esfeno-maxilar) -Processo pterigóide do osso esfenóide; - Asa maior do osso esfenóide; -Asa menor do osso esfenóide; -Fissura orbitária. Relação do Zigoma com outras estruturas faciais Maior parte da parede lateral da órbita: contato intimo com o músculo reto inf. Separa cavidade orbitária do seio maxilar: equimose subconjuntival, diplopia Nervo infraorbital - Atravessa assoalho da orbita, emergindo no forame I.O. Classificação das fraturas (knight e North, 1961) Grupo I Sem deslocamento significativo Fratura visível na radiografia; Neste grupo o tratamento não é necessário; Grupo II Fraturas da arcada zigomática Sem envolver as paredes do seio maxilar ou de órbita; Trismo, mas sem diplopia ; Grupo III Fraturas do corpo sem rotação Com deslocamento para dentro do antro; Achatamento da bochecha, com degrau palpável na margem infraorbitária; Grupo IV Fraturas do corpo com rotação medial Tipo A: deslocamento para fora da proeminência zigomática; Tipo B: deslocamento para dentro da sutura frontozigomática; Grupo V Fraturas do corpo com rotação lateral Tipo A: deslocamento para cima da margem infraorbitária; Tipo B: deslocamento para fora da sutura frontozigomática; Grupo VI Fraturas complexas Estão incluídos todos os casos que apresentarem linhas adicionais de fratura no segmento principal; Diagnóstico das fraturas do complexo zigomático-orbitário Exame físico: Assimetria facial; Equimose subconjuntival; Edema e equimose periórbita; Queixa de dormência na região inervada pelo N. infraorbitário. Diplopia Limitação da abertura bucal; Lesões de fibras do músculo Temporal. Palpação bi-manual: Borda infraorbitária / Sutura fronto-zigomática / intrabucal Exame radiográfico: Rx Waters Rx Hirtz Incidência de hirtz Tomografia computadorizada Classificação das fraturas do osso maxilar: Fratura transversa baixa: Fratura Le Fort I Linha de fratura tangencia a margem inferior da abertura piriforme e dirige-se horizontalmente, através da parede anterior do seio maxilar até a tuberosidade (bilateralmente), comprometendo o processo pterigoide do osso esfenoide e causando a fratura ou disjunção ptérigo-maxilar. Fratura piramidal: Fratura Le Fort II Caracterizada por uma linha de fratura que se inicia na região dos ossos nasais, descendo pelo processo frontal do ossos lacrimais ao assoalho da órbita, rebordo infraorbitário e sutura zigomático-maxilar. A linha atinge então a parede lateral da maxila e estende-se até o processo pterigoide do osso esfenoide, no qual causa a fratura ptérigo-maxilar. Disjunção crâniofacial Fratura Le Fort III: Caracteriza-se por uma linha de fratura que estende-se desde a região da sutura front-nasal, passando pelas paredes mediais e do assoalhos das órbitas, alcançando as suturas zigomático-frontal e zigomático-temporal. Completa separação do esqueleto facial e crânio; Não é uma fratura crâniofacial Fratura tipo LANNELANGUE: Descrita inicialmente no ano de 1879; Geralmente ocorre em associação à fratura Transversa baixa; Caracteriza-se por uma disjunção ao nível da Região mediana da maxila, entre os processos Horizontais do osso palatino; ¼ diastema traumático entreincisivos centrais; / ¼ laceração da mucosa recobrimento da rafe palatina. Fratura mediana da maxila; Maior prevalência em combinação com outras fraturas. Fratura tipo RICHET: Descrita inicialmente em 1857; Caracteriza-se por uma associação entre uma fratura transversa baixa unilateral e uma fratura mediana da maxila; Movimento posterior causado pelo impacto ântero-lateral; Mal oclusão do tipo mordida cruzada unilateral. Fratura tipo WALTHER: Descrita inicialmente em 1891; Caracteriza-se por uma associação entre uma fratura horizontal transversa completa e uma fratura mediana da maxila; Descrita também como fratura em quatro fragmentos; Grande dificuldade para estabilização dos fragmentos em posição Fraturas complexas do terço médio da face Fratura mandibular Avaliação do paciente: A,B,C... do trauma; Remoção de corpo estranho; Controle da hemorragia; Estabilização da fratura; Cânula de guedel (se necessário); Anamnese completa; Exame fisico; Exame radiográfico. Anamnese completa; Exame clinico (sinais e sintomas); Exame radiográfico. Diagnostico de fratura mandibular Exame radiográfico Waters P. A. de face Perfil e perfil obliquo Hirtz Towne boca aberta Oclusal T.C. Classificação quanto a localização: Condilares De ângulo De Corpo Sinfisária e para-sinfisária Alveolar De ramo De processo coronóide Freqüência Tipos: quanto á extensão da injúria Galho verde Simples Cominutiva Composta ou exposta Quanto ao deslocamento Favorável Desfavorável Tratamento das faturas de face Reabilitação máxima; Rápida reparação óssea; Retorno à função mastigatória e fonação; Retorno à estética anterior; Minimizar efeitos adversos causados pela dificuldade nutricional do paciente; Minimizar o desconforto. Estabilização Óssea/Dentária: Odontossíntese - Utiliza apenas os dentes como meio de fixação - Manobra na qual utiliza-se de recursos para se fazer a imobilização de elementos dentários e estruturas adjacentes, após um trauma, que pode ou não ter atingido estes dentes. Osteossíntese - Fixa diretamente osso contra osso Fios de aço Placas de champy e A.O. Micro-placas e malhas de aço Princípios cirúrgicos: - Avaliação geral, análise das fraturas e plano de tratamento; - Cirurgia o mais precoce possível; - Redução da fratura; - Fixação, contenção e imobilização dos segmentos ósseos; - Restauração da oclusão original. Avaliação do terço médio da face Mobilidade da maxila, isolada ou combinada a ossos nasais ou zigomáticos; Palpação da região média, superior e nasal; Medição intercantal e Simetria nasal; Visualizar área interna do nariz (espéculo); Intra-oral – lacerações de mucosa, equimose, oclusão e mobilidade dentária; Equimose peri-orbitárias, subconjuntivais. Limitações de abertura bucal; Desvio da linha média e maloclusão; Manipulação do maxilar anterior e posterior bilateral; Observar aspecto facial, maxilares e nariz; Procurar diplopia, enoftalmia, desnívelocular e perda da visão; Hemorragia ótica e nasal; Parestesia ou anestesia infra-orbitária. Tratamento da fratura do zigoma Cirúrgico Anestesia geral Abordagens: - Extra-bucal – supraciliar / palpebral inferior / método de gillies / transcutânea - Intra-bucal Tratamentos das fraturas do complexo maxilozigomatico (fraturas do arco zigomatico) Abordagem temporal ou método de gillies Preparo do local da incisão: raspar o cabelo da região temporal Incisão (2cm) da pele e da aponeurose temporal Desliza-se um instrumento (forte elevador ou espátula de Rowe-Bristow), na fossa temporal, sob a arcada zigomatica; Uma forte ação de alavanca é exercida tendo como fulcro um maço de gaze colocada na reg. parietal e reduz a fratura, quanto a outra mão palpa as estruturas atrás da pele. Há um engrenamento dos fragmentos ósseos, o que mantem a estabilidade da fratura. Abordagem transcutânea Abordagem intra-bucal Incisão da mucosa na região dos molares Divulsão submucosa Introdução alavanca sob a arcada zigomatica e redução dos fragmentos ósseos Corpo: alavanca pros trás da tuberosidade Hemorragia óptica: - fratura fossa craniana média, condilar ou ferida primaria no canal auditivo externo. Rinorréia cérebro-espinhal (epistaxe) - não tentar mobilizar - absorver em lenço de papel e deixar secar, se endurece ao secar: muco - prova da glicose com fitas (+) LCE, (incorreto se houver sangue) - antibióticoterapia profilática Sinais neurológicos importantes: perda de consciência, letargia, cefaléia intensa, vômitos, pupilas dilatadas e fixas, lesão nervos oculomotor e facial, equimose mastoidéia, aumento temperatura, otorragia. Tratamentos de fratura de mandíbula Fixação maxilo-mandibular (casos desfavoráveis ao deslocamento) Osteosíntese com fio de aço Osteossintese com placas de champy Parafusos bi-corticais Fios de kirshner Fixações extra bucais Redução fechada Indicações: Em fraturas favoráveis Onde se possa manter a FIM por 6 ou 7 semanas Fraturas condilares Antes de realizar uma redução aberta Quando não se pode lançar mão de parafusos e placas Redução fechada – tempo de FIM Fraturas condilares: - adultos 2 a 3 semanas - crianças 10 a 14 dias Fisioterapia após Fraturas de corpo e ramo: - 6 a 7 semanas Cirurgia aberta Indicações: Se após a Fim não houve correta redução da fratura Deslocamento ósseo continuo Fraturas desfavoráveis Vantagens da fixação rígida: Maior conforto Diminuição do período de FIM Melhor condição de higiene e nutrição Maior segurança para o paciente com crise convulsiva Melhores condições para p tratamento de pacientes politraumatizados Odontossínteses Horizontais: escada/ ivy simples e continua / em oito / arco de Erich / Goteiras Verticais: ivy / Gilmer / arco de Erich / Goteiras Traqueostomia Prevenir asfixia devido bloqueio da faringe ou laringe Corpos estranhos inalados irremovíveis, edema agudo de laringe, trauma ou feridas na laringe, fraturas cominutivas compostas, que bloqueiam a passagem do ar. Ansiedade, cianose cinza, respiração curta e rápida, afundamentos dos tecidos supra esternais, fossa supra clavicular, espaços intercostais epigástrico. Resposta pupilar e movimento ocular Isocoria Anisocoria Midríase Miose História de drogas Nistagno (movimento pendular do olho) Avaliação da cabeça Cricotiroidectomia Entubação sub-mento-oro-traqueal
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