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SUMÁRIO: Resumo Introdução 1.0 Levantamento de Campo 1.1 Dados da Empresa 1.2 Razões para a Escolha do Nome 1.3 Qualificação do Proprietário 1.4 Lista dos Pontos Fracos e Fortes 1.5 Breve Histórico 1.6 Fundamentos da Organização 2.0 Produtos e Serviços 2.1 Açougue 2.1.1 Entrada de Produtos 2.1.2 Armazenamento dos Produtos 2.1.3 Corte e Desossa 2.1.4 Exposição dos Produtos 2.1.5 Limpeza 2.1.6 Fluxograma do Processo de Produção 2.2 Localização do Estabelecimento 3.0 Política Ambiental 4.0 Sondagem Ambiental 5.0 Desenvolvendo o SGA 6.0 Considerações Finais Referências Bibliográficas 04 05 06 06 07 07 07 07 08 08 08 09 09 09 10 10 10 11 11 12 12 13 14 RESUMO O presente trabalho tem por finalidade simular a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental em uma empresa do ramo comercial. Nesse estudo aplicaremos os fundamentos da ISO serie 14000, mais especificamente a ISO 14001, especificação do Sistema de Gerenciamento Ambiental (SGA), que será a norma reguladora do sistema de gerenciamento ambiental da empresa aqui apresentada. Este trabalho abordará superficialmente cada passo da implantação do Sistema de Gestão Ambiental, requerendo o envolvimento de toda a organização e demandando um tempo relativamente grande, no caso de uma real implantação do programa e da pretensão de buscar a certificação pela ISO 14001. INTRODUÇÃO As grandes empresas são fontes de geração de emprego e avanços tecnológicos, que impulsionam a economia de todo o país, em meio às inovações, fica claro a necessidade do comprometimento social e ambiental destas empresas, assumindo responsabilidades em relação ao ambiente e a sociedade em que estão inseridas. Uma empresa responsável possui a capacidade de atender aos interesses de diferentes partes incluindo a comunidade, sendo este um grande diferencial das empresas socialmente e ambientalmente responsáveis tendo posturas éticas e o respeito com as pessoas que a cercam gerando resultados positivos, pois com o reconhecimento destes fatores pelos consumidores e o apoio de seus colaboradores criam-se vantagens competitivas e, consequentemente, níveis de reconhecimento expressivo. “Além do volume impressionante de bens e serviços, a industrialização baseada em progresso técnico e abundância de matérias primas produziu um número infinito de problemas ambientais e sociais referidos como “custos sociais”. Apenas durante as últimas décadas, a sociedade civil começou a resistir e a exigir a internalização dos custos ambientais causados pelas atividades econômicas”. (RATTNER, Henrique. Sustentabilidade–uma visão humanista.). Compreender essa mudança de paradigma é vital para a competitividade, pois o mercado está, a cada dia, mais amplo e competitivo, fazendo com que as empresas tenham que se preocupar com o controle dos impactos ambientais e sociais. Este cenário que, a princípio assusta no que diz respeito às suas relações com a natureza, deve ser encarado como uma oportunidade para que elas passem a implementar práticas sustentáveis de gerenciamento, não apenas como uma reação as exigências legais ou pressões de grupos ambientalistas, mas sim com a intenção de obter vantagens competitivas e qualitativas, o que agregará resultados positivos e valor à empresa e aos produtos e serviços comercializados. 1.0 LEVANTAMENTO DE CAMPO 1.1 Dados da Empresa: Nome fantasia: Açougue Branchini Razão social: Maria Bambina Ziotti Branchini - ME CNPJ: 94.212.826/0001-68 Inscrição Estadual: 048/0016054 Data da abertura: 10/09/1991 Endereço: Rua Barros Cassal, nº 356 Bairro Centro, Flores da Cunha RS, CEP 95270-000 Brasil. Telefone: (54) 3032-0031 Natureza jurídica: Empresário Individual Enquadramento: Simples Nacional Status da empresa: Ativa Atividade econômica principal: Comércio varejista de bebidas e alimentos. Nomes dos Responsáveis: Antenor Branchini e Maria Bambina Ziotti Branchini. 1.2 Razões para a escolha do nome: A razão principal para escolha do nome se deve ao fato de que todos os clientes e moradores da pequena cidade de Flores da Cunha sempre se referiram ao esposo da proprietária, Sr. Antenor, pelo sobrenome Branchini, e assim se segue desde a abertura da empresa até os dias de hoje. 1.3 Nome e qualificação do proprietário: Maria Bambina Ziotti Branchini - Proprietária e Administradora. Antenor e Maria Bambina são conhecidos por serem pessoas simples, humildes, carismáticas, atenciosas e muito exigentes com a qualidade e agilidade no atendimento aos clientes, além de se preocuparem muito com a higiene e organização do local de trabalho. Ambos são nascidos e criados aqui nessa cidade e são figuras conhecidas pela grande maioria da população local. 1.4 Listas dos pontos fracos e fortes da organização: Pontos Fracos: Localização; funciona no térreo da casa dos proprietários. Estrutura física pequena e necessitando de melhorias. Poucos recursos financeiros para investimentos. Pontos Fortes: Possibilidade de oferecer serviços personalizados de acordo com a necessidade do cliente. Capacidade de manter promoções semanais locais. Experiência no setor e interesse em adquirir novos conhecimentos. 1.5 Breve Históricos: O Açougue Branchini iniciou suas atividades no dia 10 de setembro de 1991, na Rua Barros Cassal, nº 356, no centro de Flores da Cunha. Vendo um cenário de crescimento, Maria e Antenor abriram seu pequeno comercio na garagem da casa onde vivem até hoje. Era ainda um estabelecimento pequeno e modesto conhecido como “mercadinho”, mas que já se destacava pela qualidade e atendimento, buscando sempre atender às necessidades de seus clientes e amigos desde uma atenção especial durante as compras, até a excelência na qualidade dos produtos. Hoje o Açougue Branchini cresce junto com a cidade para atender às necessidades de seus clientes. 1.6 Fundamentos da Organização: Missão: Nossa missão é oferecer aos nossos clientes produtos e serviços de alta qualidade, variedade, atendimento diferenciado e excelência em alimentação, proporcionando bem-estar em um ambiente agradável, fazendo o melhor para você, o melhor para sua família. Visão: Nosso objetivo é ser a referência no segmento de supermercados da cidade, atuando no comércio varejista com uma loja moderna e agradável, priorizando sempre qualidade, variedade e excelência no atendimento aos clientes. Valores e Princípios: Honestidade; Solidariedade; Respeito ao ser humano; Responsabilidade Social; Confiança; Flexibilidade; Integridade; Progresso; Higiene; Organização. Objetivos: Ser politicamente, socialmente e ambientalmente corretos, buscando sempre a melhoria em nosso processo de atendimento para atingir a satisfação dos nossos clientes. Fatores Críticos (chaves) de sucesso: Temos uma rede de bons relacionamentos e contatos com nossos fornecedores e clientes, o que consiste em algo que é essencial para a visibilidade da empresa. 2.0 PRODUTOS E SERVIÇOS: Para promover uma melhor compreensão da implantação do Sistema de Gerenciamento Ambiental (SGA), o empreendimento aqui apresentado foi dividido em dois setores e atividades, sendo eles: açougue, e escritório/administração. Abaixo seguem as especificações relacionadas ao açougue, que será o foco principal do projeto em questão. 2.1 Açougue: Este espaço é construído em alvenaria, com piso, teto e paredes brancos. Possui uma altura de três metros. Apresenta boa ventilação e iluminação natural, contando também com luminárias de lâmpadas fluorescentes. Atualmente conta com um quadro de três funcionários que trabalham de segunda a sábado das 08h00min às 19h00min horas, com um dia de folga por semana. A seguir segue a descrição das atividades realizadas: 2.1.1 Entrada de Produtos: As mercadorias são adquiridas de diversos fornecedores que residem no entorno da cidade. Os produtos citados possuem o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF). Estes são descarregados e conduzidos através de um elevador para o açougue. Neste processo os funcionários carregam produtos com peso de aproximadamente 80 a 90 quilos. Os produtos comercializados estão descritos na Tabela 01, logo abaixo: Tabela 01: Produtos comercializados pelo açougue: CORTES SUÍNIOS CORTES BOVÍNOS PEIXES E FRANGO Bisteca Copa-lombo Coxão-duro Filé-mignon Pancetta Pé dianteiro Suã Pernil Fraldinha Lombo Ossobuco Costela Maminha Alcatra Picanha Paleta Focinho Rabo Papada Joelho Fraldinha Picanha Fígado Coxão Duro Ponta de Peito Costela Músculo Cupim Filé Mignon Lagarto Alcatra Patinho Contra Filé Coxão Mole Acém Carne Moída Merluza Tilápia Salmão Cação Camarão Bacalhau Frango Inteiro Filé de Peito Coxa e Sobrecoxa Fonte: Elaborado pelo Autor. 2.1.2 Armazenamento dos produtos: Os produtos são armazenados em duas Câmaras Frias de propriedade do estabelecimento. Estas variam suas temperaturas ente -12ºC à 0ºC. As mesmas são limpas aproximadamente uma vez por semana. Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) utilizados neste procedimento são o avental e as botas. Uma observação importante é que o local não possui um gerador de energia reserva, para inconvenientes. 2.1.3 Corte e Desossa: Os pedaços de carne comprados são cortados e desossados no balcão da sala posterior à câmara fria. Os EPI’s utilizados pelos funcionários, neste processo, são as botas e o avental e quando necessário um luva de aço. Os resíduos gerados neste setor (restos de carne, ossos, vísceras) são revendidos pelo açougue à R$ 0,45 ao quilo. O papelão e plásticos das embalagens são entregues para uma empresa de reciclagem. 2.1.4 Exposição dos produtos: Quando o produto já está pronto para a venda, este é exposto para os clientes em um freezer que possui temperatura de 0ºC a 15ºC. O produto fica exposto de 10 a 12 horas no freezer, ou até ser comercializado. 2.1.5 Limpeza: A máquina utilizada para moer carne é lavada de duas a três vezes ao dia. As bancadas são esterilizadas com cloro uma vez por semana, assim como os freezers e as câmaras frias. Os resíduos líquidos gerados pela limpeza do setor são despejados diretamente na rede de água e esgoto. 2.1.6 Fluxograma do Processo de Produção: Figura 02: Fluxograma das atividades realizadas no setor açougue, envolvendo os agentes internos e externos. Fonte: Elaborado pelo Autor. 2.2 Localização do Estabelecimento: https://goo.gl/maps/1zTassQg7G42 3.0 POLÍTICA AMBIENTAL: O estabelecimento possui diversos aspectos ambientais decorrentes das atividades exercidas no setor do açougue, nos quais os impactos podem causar danos tanto aos colaboradores quanto aos clientes que consomem estes produtos. Dentre os aspectos mais relevantes encontrados estão: a exposição das carnes ao ar quente e frio decorrente do momento da reposição, no ato de atender ao cliente como pela própria higienização e organização podendo gerar a contaminação dos alimentos e causar riscos a saúde dos colaboradores e consumidores que também estão expostos a tais aspectos encontrados no setor do açougue. A geração de resíduos (papel, plástico, perda e restos de alimentos, entre outros); o risco ergonômico por conta de postura e movimentos repetitivos; a não utilização de EPI’s, infraestrutura e manutenção inadequadas são outros aspectos proeminentes que geram ou podem gerar significativos impactos ambientais. Certo de que a preservação do meio ambiente é uma necessidade absoluta, o Açougue Branchini tem os seguintes compromissos: Atuar de acordo com as legislações e normas ambientais aplicáveis as nossas atividades, produtos, serviços. Garantia da qualidade dos processos produtivos através da capacitação dos colaboradores. Buscar melhoria contínua e a redução da poluição através do desempenho ambiental de nossas atividades, produtos e serviços. Desenvolver através de treinamentos e campanhas de conscientização ambiental, as habilidades e competências de todos os funcionários. Promover a integridade física e qualidade de vida dos colaboradores a fim de garantir as melhores condições dos mesmos no ambiente de trabalho. 4.0 SONDAGEM AMBIENTAL: Considerando o cenário econômico brasileiro no que diz respeito ao comércio podemos afirmar que: “O comportamento de compra dos consumidores está modificando com o passar do tempo e advento de novos meios e novas tecnologias que facilitam, cada vez mais, o processo de distribuição dos produtos ao cliente final. Os varejistas estão mais atentos a estas mudanças e buscam oferecer a seus clientes produtos e serviços de acordo com a necessidade e desejo dos mesmos, investindo na criação de valor e buscando a fidelização desses. No entanto, existem fatores que afetam a disposição de compra dos consumidores, tal como as circunstâncias econômicas como renda disponível, endividamento, e capacidade de obter empréstimo que, segundo Kotler e Keller (2013), influenciam no comportamento e na tomada de decisão do comprador.” (RIBEIRO, ALINE MARICATO. Fatores de motivação nas compras em lojas físicas e virtuais no cenário econômico brasileiro atual. 2016.). O Açougue Branchini tem como uma de suas maiores potencialidades o fato de investir pesado em comunicação, tanto a comunicação interna como a externa. A comunicação interna visa a troca de informações entre várias pessoas dentro do empreendimento. É necessário que todos os colaboradores sejam informados sobre o que acontece na empresa, deve-se fazê-los sentir parte da empresa. Já a comunicação externa é uma poderosa ferramenta para o empreendimento dialogar com suas partes interessadas. Trata-se de comunicação de marketing, onde consiste na composição de instrumentos de comunicação como propaganda, promoção de vendas e relações públicas. 5.0 Desenvolvendo o SGA: Após a realização do diagnóstico, observou-se que a atividade de maior relevância é o trabalho em ambiente extremamente frio que constitui potencial à saúde dos trabalhadores, podendo causar desconforto, doenças ocupacionais, acidentes e até mesmo morte, se possivelmente o trabalhador ficar preso na Câmara Fria. Recomenda-se que os funcionários que acessem este setor utilizem os EPI’s: luvas, roupa protetora adequada e botas. Além de dever possuir um sistema que permita a abertura das portas internamente, para se caso o operador ficar preso lá dentro, possa sair com segurança do mesmo. Outra atividade com grande significância é a do manuseio dos produtos, pois muitos pesam de 80 a 90 quilos, este risco é denominado ergonômico e deve ser abordado de forma clara, pois os danos causados a saúde do trabalhador pode levá- lo a um longo período de afastamento. Portanto são necessários treinamentos demonstrando a forma correta de locomoção dos produtos. O último risco observado é a manutenção da carne crua, banhas e limpeza dos locais de trabalhos dentro do açougue, este é denominado risco biológico. Os riscos biológicos podem apresentar danos para a saúde do trabalhador através de várias maneiras. A ação mais efetiva e importante contra o risco biológico é, sem dúvida, através da higiene. Algumas medidas que podem evitar o problema dos riscos biológicos são: Manter o ambiente sempre limpo; Higiene pessoal dos trabalhadores; Higiene dos materiais de trabalho, roupas, EPIs e de ferramentas de uso comum; Uso de luvas, máscaras e medidas para evitar contaminação; Trabalhadores doentes devem passar por avaliação médica antes de retornar as suas atividades de trabalho. (NR 15, ANEXO 14 - Agentes e Riscos Biológicos em Segurança e Higiene do Trabalho). 6.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com a implantação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) o empreendimento terá diversos benefícios, pois esta ferramenta possibilita o desenvolvimento de políticas e objetivos de acordo com os aspectos legais e ambientais mais significativos tornando possível a aplicação de medidas preventivas e corretivas na adequação do local. Não se tratam somente de benefícios de cunho financeiro relacionados à economia de matéria-prima, gastos com resíduos sólidos e aumento na eficiência de produção, mas na diminuição de riscos inerentes ao gerenciamento inadequado dos aspectos ambientais, como os ergonômicos, acidentais, entre outros que envolvem tanto os colaboradores como os clientes e no cumprimento das legislações vigentes evitando multas e indenizações. Além disso, a ferramenta proporciona boa reputação junto aos fornecedores e consumidores, representando uma vantagem de mercado. O SGA é uma importante ferramenta de identificação de problemas e soluções ambientais baseadas no conceito de melhoria contínua: “Melhoria contínua é um processo, em toda a empresa, focado na inovação incremental e contínua” (CAFFYN e BESSANT, 1996), tendo em vista que propõe a responsabilidade ambiental, social e legislativa. Portanto, para o sucesso do sistema é fundamental o comprometimento de todos, principalmente da alta direção. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARBONARI, Maria E. E.; PEREIRA, Adriana C.; SILVA, Gibson Z. Sustentabilidade na Prática: Fundamentos, Experiências e Habilidades. São Paulo: Saraiva 2011. DE CICCO, F. ISO 14000, A nova norma de gerenciamento e certificação ambiental. Revista de Administração de Empresas – ERA, São Paulo, 1994. FERNANDEZ, C. P. Uma Análise Exploratória da Estratégia Tecnológica da Indústria Brasileira. – 1996. FRANCO, Décio Henrique; RODRIGUES, Edna de A.; CAZELA, Moisés M. tal. Tecnologias e Ferramentas de Gestão. Campinas: Átomo, 2011. GOMES, Fabio Bellote. Manual de Direito Empresarial. 4º ed. São Paulo: RT, 2013. GORGES, Eduardo. A Lei de Murphy no Gerenciamento de Projetos. Rio de Janeiro: Brasport, 2010. MARCONI, M. A.; LAKATOS, E.M. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo. Ed. Atrás, 6ª edição, 2006. MESQUITA, Melissa; ALLIPRANDINI, Dário Henrique. Competências essenciais para melhoria contínua da produção: estudo de caso em empresas da indústria de autopeças. Gestão & Produção, v. 10, n. 1, p. 17-33, 2003. RATTNER, Henrique. Sustentabilidade-uma visão humanista. Ambiente & sociedade, n. 5, p. 233-240, 1999.
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