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RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL II

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RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL
Organização do Estado
1 - ESTADO UNITÁRIO - Composto por estrutura única ( ex.: Portugal). Não tem municípios, estados, 
2 - ESTADO COMPOSTO - Estrutura baseada na multiplicidade, pois pertencem ao Estado Composto a UNIÃO, os ESTADOS, o DISTRITO FEDERAL e os MUNICIPIOS. TODOS AUTÔNOMOS, mas SOMENTE a UNIÃO é dotada de SOBERANIA.
2.1 - CONFEDERAÇÃO - É a junção dos estados(países) soberanos com intenção de alcançar algum objetivo, usualmente formada por tratados. Ex.: Mercosul
2.2 - FEDERAÇÃO - É a junção dos entes federados autônomos (UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS) com o fim de formar uma unidade soberana formando uma pessoal jurídica de direito internacional.
ENTE FEDERAL - República Federativa do Brasil - UNIÃO, é soberana internacionalmente.
ENTES FEDERADOS - São pessoas jurídicas de direito interno, sem soberania internacional, mas com autonomia interna. São eles: Estados, municípios e o Distrito Federal.
TODOS os entes federados tem autonomia entre si, sendo essas: ADMINISTRATIVA, LEGISLATIVA E TRIBUTÁRIA.
Os MUNICÍPIOS arrecadam: IPTU e ISS
Os ESTADOS arrecadam: IPVA e ICMS
A UNIÃO: IRRF
Obs.: NÃO HÁ FORÇAS MAIORES ENTRE OS ENTES FEDERADOS.
DIREITO DE SECESSÃO (ato de separar do que está unido; separação): Os entes federados não possuem direito de secessão, somente a UNIÃO tem direito de secessão para entrar e sair de uma confederação. A junção dos entes federados é indissolúvel. Art. 60° § 4, I - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: a forma federativa de Estado.
AUTO-ORGANIZAÇÃO - ART 25
Os entes federados são auto-organizados, conforme descrito no artigo 25.
Art. 25 - Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
UNIÃO - Constituição Federal (C.R - Constituição da República)
ESTADOS - Constituição Estadual
MUNICÍPIOS - Lei orgânica municipal - LOM
DISTRITO FEDERAL - Lei orgânica distrital
ADCT - ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 11. Cada Assembléia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da promulgação da Constituição Federal, obedecidos os princípios desta. Parágrafo único. Promulgada a Constituição do Estado, caberá à Câmara Municipal, no prazo de seis meses, votar a lei orgânica respectiva, em dois turnos de discussão e votação, respeitado o disposto na Constituição Federal e na Constituição estadual.
GOVERNABILIDADE
UNIÃO:
EXECUTIVO: Presidente, vice-presidente
LEGISLATIVO: Dep. Federais, Senadores
ESTADOS :
EXECUTIVO: Governador, vice governador
LEGISLATIVO: Dep. Estaduais
MUNICÍPIO :
EXECUTVO: Prefeito, vice-prefeito,
LEGISLATIVO: Vereadores
DISTRITO FEDERAL:
EXECUTIVO: Governador 
LEGISLATIVO: Deputados distritais - Câmara Legislativa.
VEDAÇÕES FEDERATIVAS
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I- estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. 
*Exceto art.12º § 3º da CF
São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
*E no artigo 89º eleger membros do Conselho da República
*Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.
Obs.: Caso o Estado não tenha condições de atender todas as necessidades de seus cidadãos, aquele poderá usufruir das práticas cidadãs exercidas por igrejas.
Ex: Casas de recuperação de drogas, escolas, clinicas... (por meio de convênios)
BENS DA UNIÃO
 - Os bens de uso comum do povo - As ruas, praças, praias...
- Os bens especiais para a realização dos serviços públicos - Prédios públicos em geral e seus equipamentos.
- Os bens dominiais/dominicais - Agregados ao Patrimônio público mas não tem finalidade especifica - Bens para leilão p/ angariar recursos e loteamentos abertos ou fechados (terras devolutas).
LER ARTIGO 20º
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS SENSÍVEIS
Os referidos princípios representam conteúdos direcionados aos Estados e ao Distrito Federal que não podem ser desrespeitados de forma alguma, sob pena de provocar a ocorrência da sanção mais grave no Direito Constitucional: a decretação de uma intervenção federal.
Artigo 34° A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
 VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
 - Modelo de política
b) direitos da pessoa humana;
 - Art. 5º, 7º da CF
c) autonomia municipal;
 - LOM - Lei orgânica municipal
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
 - Tribunal de Contas Estadual
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
 - Cota mínima para investimento em saúde e educação. 
Portanto, a Constituição Federal consagra os princípios constitucionais sensíveis como determinações tão sérias que, em caso de sua inobservância, a União pode suspender, temporariamente, a autonomia política do ente da Federação (Estado ou DF) que tenha praticado a violação.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXTENSÍVEIS
Princípios que são extensíveis a todos os entes federados.
Ex.: Art. 3º, III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; 
Art. 1º, IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
Art. 37º - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
São aqueles princípios que consagram normas organizatórias destinadas à União, mas que se estendem aos estados e municípios. Ex: normas sobre eleição para governador e Vice-governador (art. 28 observado o art. 77); normas sobre a organização, composição e fiscalização do TCU aos Tribunais de contas estaduais (art. 75);
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ESTABELECIDOS
Serve para estabelecer e identificar as competências de cada ente federado limitando sua capacidade organizatória. Para identificá-los, necessária uma interpretação sistemática. Ex: art. 37 a 41 (norma de limitação expressa mandatória); art. 19 (norma de limitação expressa vedatória)
OS ENTES FEDERADOS
ART 27 - Nº DE DEPUTADOS ESTADUAIS - O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.
EX.: Para cada deputado federal eleito pelo estado, este terá o triplo para deputado estadual. Ao atingir 36 deputados estaduais, começaremos a contar um por um.
ART 27 § 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.
ART 27 § 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, nomáximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
ART 28 - ELEIÇÃO DE GOVERNADOR - A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77.
§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V.
§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de1997)
III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subseqüente ao da eleição;
IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)   (Produção de efeito)  (Vide ADIN 4307)
a) 9 vereadores, até 15.000 mil habitantes
b) 11 vereadores, mais de 15.000 até 30.000
c) 13 vereadores, mais de 30.000 até 50.000
d) 15 vereadores, mas de 50.000 até 80.000 
e) 17 vereadores, mais de 80.000 de até 120.000 
f) 19 vereadores, mais de 120.000 até 160.000
g) 21 vereadores, mais de 160.000 até 300.000 
h) 23 vereadores, mais de 300.000 até 450.000 
i) 25 vereadores, mais de 450.000 até 600.000
j) 27 vereadores, mais de 600.000 até 750.000 
k) 29 vereadores, mais de 750.000 até 900.000 
l) 31 vereadores, mais de 900.000 até 1.050.000 
m) 33 vereadores, mais de 1.050.000 até 1.200.000
n) 35 vereadores, mais de 1.200.000 até 1.350.000 
o) 37 vereadores, mais de 1.350.000 até 1.500.000
p) 39 vereadores, mais de 1.500.000 até 1.800.000
q) 41 vereadores, mais de 1.800.000 até 2.400.000 
r) 43 vereadores, mais de 2.400.000 até 3.000.000
s) 45 vereadores, mais de 3.000.000 até 4.000.000 
t) 47 vereadores, mais de 4.000.000 até 5.000.000
u) 49 vereadores, mais de 5.000.000 até 6.000.000 
v) 51 vereadores, mais de 6.000.000 até 7.000.000
w) 53 vereadores, mais de 7.000.000 até 8.000.000
x) 55 vereadores, mais de 8.000.000
Os salários dos prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e secretários municipais serão definidos por lei orgânica municipal.
Art. 29 § VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município.
Art. 29 § X - X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça e o vereador tem foro privilegiado. O Prefeito mesmo sendo crime penal não responderá ao tribunal de Jurí.
TERRITÓRIO
O governador territorial será nomeado pela presidência da república. O território não é um ente federado, mas é uma região controlada pela União.
Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.
§ 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV deste Título.
§ 2º As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União.
§ 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.
FORMAÇÃO DOS ESTADOS
ART. 18º § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
FUSÃO OU INCORPORAÇÃO: Quando 2 ou mais estados se unem geograficamente, formando um terceiro e novo Estado ou Território. 
Ex: Minas Gerais + Espírito Santo = Minas Santas
Obs.: Na fusão os dois estados se extiguem na união (fusão) e dão nascimento a um novo Estado, nova PJ, com novo CNPJ
SUBDIVISÃO OU CISÃO: Um estado se subdivide em 2 ou mais estados novos, podendo haver territórios. Ex= Minas gerais/2 = Estado de Minas e Estado de Minerais.
Obs.: O Estado se subdivide, extinguindo o Estado atual e formando novos Estados PJ, novo CNPJ
DESMEMBRAMENTO: Consiste em separar uma ou mais partes de um Estado, sem que ocorra extinção do ente estatal originário.
Obs.: Separa uma ou mais partes, mas o estado originário continua existindo o que acontece é a perca de território e população para formação de novo ente federado com novas características. 
1ª FASE DA FORMAÇÃO DOS ESTADOS: 
 - Congresso Nacional analisa a viabilidade da nova formação, população e economia.
- O CN define o mapa e nomeia os novos Estados, definindo o território.
 - CN consulta as A.L (precisa haver concordância)
 - Decreto legislativo para realização de plebiscito.
2ª FASE DA FORMAÇÃO DOS ESTADOS:
- Realização do plebiscito pela justiça eleitoral (consulta ao povo)
obs.: SE NÃO: acaba, encerra aqui;
SE SIM: segue o fluxo.
3ª FASE VOLTA AO CN
- Criação da lei procedimental p/ recebimento de verbas p/ manutenção.
REPARTIÇÕES DE COMPETÊNCIAS
Mesma coisa que repartição do poder (descentralização) determinada pela CF
1º PARÂMETRO: Predominância do Interesse.
UNIÃO - geral/nacional
ESTADOS-MEMBROS - regional
MUNICÍPIO - local
DF - regional/local
2º PARÂMETRO: Enumeração - Indicar os artigos por competência
Art. 21 - compete a UNIÃO
Art. 22 - compete privativamente a UNIÃO
Art. 23 - É competência comum da UNIÂO, dos Estados e ao DF e municípios.
Art. 24 - Compete a UNIÃO, aos Estados e DF legislar concorrentemente
Art. 30 - Compete aos municípios 
- Remanescente/Residual/Reservada 
Art. 25 - § 1 - São reservados aos Estados as competências que não lhe sejam vedadas por esta Constituição.
3º PARÂMETROS - PECULIARES
Competências privativas – - Privativa - Art. 22 - DA UNIÃO (compete a UNIÃO, mas pode ser delegado ao Estados) - art. 22 da CRFB/88 – são competências de um único ente, mas que podem ser delegadas se houver autorização legal. No caso brasileiro, são competências legislativas que cabem à União, mas que poderão ser delegadas aos Estados por lei complementar
§ Único: Sobre as matérias elencadas no artigo 22, há possibilidade do estado por lei complementar legislar sobre estas questões.
 - FORMAIS: 
1) Lei complementar federal
2) Só é delegável um ponto específico das matérias contidas no art. 22. Ex.: Não pode delegar todo o direito penal. Mas a UNIÃO pode escolher um ponto específico e delegar aos Estados.
3) A união não é obrigado a delegar, só delega se quiser.
4) Se delegar deverá dar tratamento igual para os entes federados.
5) Os Estados e DF não são obrigados a legislarem a delegação.
 - MATERIAIS:
Inciso 17 do artigo 22 - É indelegável, pois versa sobrea matéria específica do DF.
 Competências exclusivas – - Exclusiva: Art. 21 - (compete somente a UNIÃO, não podendo ser delegado) - art. 21 da CRFB/88 - são exclusivas porque são de um único ente e de mais ninguém, ou seja, não são passíveis de delegação. No caso brasileiro, são competências administrativas da União.
Art. 25 § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
Competências concorrentes – art. 24 c/c art. 30, III da CRFB/88 – são competências legislativas que atribuem segundo as regras dos parágrafos do art. 24 um papel legislativo à União e aos estados-membros e, aos Municípios, em caráter suplementar, naquilo que couber, por força do art. 30, II da CRFB/88.
Competências comuns – art. 23 da CRFB/88 – são competências administrativas que cabem a todos os entes federativos.
Competência residual ou remanescente – art. 25 da CRFB/88 – as competências remanescentes ou residuais são competências exclusivas, administrativas, legislativas, dos estados-membros, ou seja, os assuntos das competências remanescentes são dos estados-membros. Serão todos aqueles assuntos que não são da competência exclusiva e privativa da União nem do Município, é o que remanesce;
Competências locais/suplementar – art. 30, II da CRFB/88 – são competências legislativas e exclusivas dos Municípios. Quando não há norma geral para determinado assunto (CF), o Estado não pode prever normas. Os entes federados são reféns da união. Só que diante da lacuna poderia gerar normas gerais por si próprio. Em caso de suplementação, a nova lei estadual não será revogada, mas somente alterada no que for contraria a nova lei federal, jamais revogação.
INTERVENÇAO FEDERAL - ART 34 A 36 DA CF
A intervenção é uma anormalidade. É um remédio. É a suspensão de autonomia do ente federado, com a intenção de evitar um mal maior. Acontece somente de forma excepcional, pois a regra é nunca intervir visto que cada ente tem sua autonomia. As hipóteses para intervenção estão descritas na CF. A intervenção é temporária, tempo suficiente para a resolução do problema. A doutrina brasileira sobre a intervenção federal:
a) Conceituar a intervenção federal como o último remédio ou ratio para se manter a integridade nacional e da ordem jurídica constitucional;
b) Apresentar as espécies de intervenção federal: a espontânea e a provocada.
Segundo a doutrina brasileira, como já mencionado, a intervenção federal nada mais é do que o afastamento temporário da autonomia de um ente federal que tem por objetivo a preservação da própria federação. Assim sendo, trata-se de instrumento de direito constitucional de exceção, pois priva o ente federado de sua característica essencial: a autonomia.
A intervenção federal, vale repetir, trata de exceção no equilíbrio federativo da autonomia política dos entes, a partir da ingerência de uma entidade em assuntos próprios de outra, quando diante de uma das circunstâncias taxativas extremas que atentam ao pacto federativo e a supremacia constitucional.
Por ser forte medida coercitiva, só pode ser usada estritamente nas situações determinadas taxativamente pelo constituinte originário, nos arts. 34 a 36 da CRFB/88. Nos termos do art. 34:
Já a intervenção dos estados-membros (ou Estados Federados) nos municípios está prevista no art. 35.
Observe-se que nos casos em que o pedido de intervenção federal se fundamenta em descumprimento de ordem judicial ou decisão judiciária, na maior parte das vezes, está envolvido grave desrespeito aos direitos de cidadania, uma vez que tais ordens judiciais, no mais das vezes protegem direitos do cidadão.
Nestes casos a intervenção deixa de ser ato discricionário do Presidente da República, pois fica o tribunal prolator da ordem desobedecida obrigado a comunicar a desobediência ao Supremo Tribunal Federal (tratando-se de matéria constitucional), ao Superior Tribunal de Justiça (para o descumprimento de lei federal) ou ao Tribunal Superior Eleitoral (tratando-se de matéria eleitoral) que requisitará a intervenção se julgar conveniente.
 
- TIPOS DE INTERVENÇÃO - ESPONTÂNEA OU PROVOCADA.
ESPONTÂNEA: É uma discricionariedade, juízo de oportunidade e conveniência, do presidente da República, ou seja, ato exclusivo da vontade do chefe do Poder Executivo que deverá obter posterior aprovação por parte do Congresso Nacional, e que na atualidade constitucional, está prevista no art. 34, inc. I, II, III e V da CRFB/88.
*Defesa da Unidade Nacional - art. 34, I e II
*Defesa da Ordem Pública - art. 34, III
*Defesa das Finanças Públicas - art. 34, V
PROVOCADA: A intervenção federal será provocada, hodiernamente, nos casos descritos no art. 34, inc. IV, VI e VII por solicitação do Executivo e do Legislativo estaduais, e, por requisição, por parte dos órgãos do Judiciário.
Solicitação:
*Defesa dos Poderes Executivos ou Legislativos - art. 34, IV
Requisição:
STF - Defesa do Poder Judiciário - art. 34, IV
STF, STJ ou TSE - Defesa da Ordem Judicial - art. 34, IV
STF - Defesa da Execução da Lei Federal - art. 34 VII
STF - Defesa dos Princípios Constitucionais sensíveis - art. 34, VII
Em ambas as espécies deve ser expedido um decreto presidencial interventivo especificando a abrangência (os estados-membros que serão atingidos pela medida); a amplitude (os poderes que serão cerceados); e o tempo (prazo de duração da medida especificado).
Deve o presidente, segundo os art. 90, I (em caso de intervenção) e 91 §1º (em caso de estado de defesa e estado de sitio) da CRFB/88 ouvir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional para decretação. “Havendo a omissão do tempo determinado para a sua realização, a falta de indicação de cláusula suspensiva, a intervenção deverá ser considerada inconstitucional pelo Poder Judiciário” (AGRA, 2007:300). O decreto deve, ainda, justificar as razões de sua amplitude, abrangência e tempo. Após a sua redação pelo presidente da República o decreto será publicado gerando automaticamente os seus efeitos e remetido a apreciação do Congresso Nacional.
Quanto à função do Poder Legislativo ao controle do ato interventivo não lhe é permitido emendar o direito expedido, mas tão somente rejeitá-lo ou aprová-lo integralmente por decreto legislativo. Não cabe apreciação do Legislativo quando for de acinte aos princípios sensíveis e para prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial – arts. 34, incisos VI e VII. Nesses casos, descabe apreciação por parte do Legislativo porque os critérios são essencialmente técnico-jurídicos, ocorrendo o controle jurídico do processo interventivo.
No caso de descumprimento de lei federal, o pedido partirá do Supremo Tribunal Federal; nos casos de descumprimento de ordem ou decisão judicial, os pedidos poderão partir do Tribunal Superior Eleitoral, do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal; no caso de quebra dos princípios sensíveis, o pedido será encaminhado pelo STF. Portanto, nos casos de acinte aos princípios sensíveis e para prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial, não há necessidade de apreciação pelo Poder Legislativo. Entretanto, se o pedido partir do STF para assegurar o livre exercício das funções do Poder Judiciário de quaisquer das unidades judiciárias estaduais, segundo o art. 34, inciso IV, terá de haver aprovação por parte do Poder Legislativo.
A intervenção não precisa ser em todo o Estado de modo geral, mas pode ser parcial. 
 
INTERVENÇÃO FEDERAL - ART 34
INTERVENÇÃO ESTADUAL - ART 35 (EXCEÇÃO DE TERRITORIO E MUNICÍPIO)
A intervenção é hierárquica:
UNIÃO - ESTADO
ESTADO - MUNICÍPIO
UNIÃO - MUNICÍPIO - TERRITÓRIO
O Procurador Geral da República que promove ação de executoriedade de lei federal.
Segundo a doutrina, já citada, as formas de controle da intervenção são de duas espécies: política e jurídica. A primeira refere-se àquele realizado pelo Poder Legislativo dos atos interventivos postos a sua apreciação. A segunda, efetuada pelo Poder Judiciário,ocorre pela verificação do respeito à autonomia federativa e aos mandamentos constitucionais.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA ( ADIN Interventiva)
(ADI) Ação que tem por finalidade declarar que uma lei ou parte dela é inconstitucional, ou seja, contraria a Constituição Federal. A ADI é um dos instrumentos daquilo que os juristas chamam de “controle concentrado de constitucionalidade das leis”. Em outras palavras, é a contestação direta da própria norma em tese. A ação direta de inconstitucionalidade interventiva (art. 36, III da CRFB/88 ) é uma modalidade de controle de constitucionalidade para um conflito federativo, proposta no nível federal pelo chefe do Ministério Público Federal, o procurador-geral da República, quando um dos estados membros desrespeita lei federal ou um dos princípios constitucionais sensíveis (art. 34, VII da CRFB/88). (MENDES, 2008)
DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS
ESTADO DE DEFESA E ESTADO DE SÍTIO: Medidas excepcionais somente decretadas pela união, na pessoa do Presidente da República. (decreto presidencial)
Art. 136 - Estado de Defesa
Art. 137 a 141- Estado de Sítio
Art. 60 § 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
O estado de sítio se divide em repressivo (que surge como sucedâneo à ineficácia do estado de defesa) e defensivo (que provém de declaração formal de guerra ou de agressão armada estrangeira).
Estes dois instrumentos excepcionais estruturam-se pelos seguintes princípios: princípio da necessidade (suas declarações devem preencher as condições fáticas trazidas pela Constituição); 
princípio da temporaridade (esses institutos devem obedecer limites temporais) e princípio da proporcionalidade (essas medidas devem ser adequadas aos fatos que se busca combater). Esses princípios funcionam como limites à exceção.
Nos casos de crise, antes da decretação do estado de defesa ou do estado de sítio, devem ser ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional.
O Conselho da República é o órgão superior de consulta do Presidente da República, sendo que as suas manifestações não terão, em hipótese alguma, caráter vinculatório aos atos a serem tomados pelo Presidente da República (art. 89, caput , da CF). O Conselho da República se reúne quando convocado pelo Presidente da República, sendo por este último presidido (art. 84, XVIII, da CF).
Dele participam:
I. o Vice-Presidente da República;
II. o Presidente da Câmara dos Deputados;
III. o Presidente do Senado Federal;
IV. os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;
V. os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;
VI. o Ministro da Justiça;
VII. seis cidadãos brasileiros natos, com mais de 35 anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federa e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.
O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático (art.91) , e dele participam como membros natos:
I. o Vice-Presidente da República;
II. o Presidente da Câmara dos Deputados;
III. o Presidente do Senado Federal;
IV. o Ministro da Justiça;
V. o Ministro de Estado da Defesa;
VI. o Ministro das Relações Exteriores;
VII. o Ministro do Planejamento;
VIII. os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
Compete ao Conselho de Defesa Nacional opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos da Constituição e opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal. Cabe também ao Conselho de Defesa propor os critérios e as condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo. Ainda estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a independência nacional e a defesa do Estado Democrático.
No que toca ao Congresso Nacional, além de um papel de autorização da decretação de emergência ao mesmo cabe o acompanhamento dessa excepcionalidade. Nos termos do art. 140, a Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará Comissão composta de cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes ao estado de defesa e ao estado de sítio. Logo que cesse o estado de defesa ou o estado de sítio, as medidas aplicadas em sua vigência serão relatadas pelo Presidente da República, em mensagem ao Congresso Nacional, com especificação e justificação das providências adotadas, com relação nominal dos atingidos e indicação das restrições aplicadas (art. 141, parágrafo único).
O ESTADO DE DEFESA
Art. 136 - Preventivo ou Restaurador - Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.
1) Provenientes de microorganismos
2) Origem climática
3) Questões geocísmicas
§ 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.
O ESTADO DE SÍTIO
Art. 137 - Segundo dispõe o art. 137 da Constituição Federal, o Presidente da República
pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio. Isto poderá acontecer nos casos de:
• comoção grave de repercussão nacional.
• ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa.
• declaração de estado de guerra.
• resposta à agressão armada estrangeira.
Do dispositivo constitucional, percebe-se que o estado de sítio é mais severo do que o estado de defesa, implicando situações de maior gravosidade e que se desdobra em três níveis: a comoção grave; a ineficácia das medidas do estado de defesa e ameaça bélica.
Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.
Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as normas necessárias a sua execução e as garantias constitucionais que ficarão suspensas, e, depois de publicado, o Presidente da República designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas.
§ 1º - O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá ser decretado por mais de trinta dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá ser decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira.
Cessado o estado de sítio, cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes, ou seja, poderá o Poder Judiciário verificar eventuais abusos e aplicar as sanções previstas.
FORÇAS ARMADAS
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
§ 1º Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na organização, no preparo e no emprego das Forças Armadas.
§ 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinaresmilitares.
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: 
I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo Presidente da República e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas;
 
II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", será transferido para a reserva, nos termos da lei;  
 
III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos termos da lei
IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; 
V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos;  
VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra;
 
VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso anterior
VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV, bem como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art. 37, inciso XVI, alínea "c
 
X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a estabilidade e outras condições de transferência do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra. 
Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.
§ 1º Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar. 
§ 2º As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir.  
O Presidente da Republica é a autoridade suprema das forças armadas.
Finalidade típica: Defesa da Pátria e Poderes
Finalidade atípica: Segurança Pública.
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
SEPARAÇÃO DOS PODERES
PODER LEGISLATIVO
1º Bicameral - somente a UNIÃO (Congresso Nacional e Câmara dos Deputados)
2º Unicameral - os demais entes federados (Assembleia Legislativa(estadual), Câmara Legislativa (DF), Câmara dos Vereadores (municipal))
Os Territórios: Art. 33 § 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.
FUNÇÃO DO LEGISLATIVO
TÍPICA: Legisferante e Fiscalizadora
 - função de legislar (produzir leis)
 - função de fiscalizar inclusive o poder executivo
ATÍPICA: Administrar e Julgar
 - função de administrar o poder (administração em geral)
 - função de julgar (impeachment)
A legislatura dura por 4 anos, sendo renovada a cada 4 anos.
O Poder Legislativo (art. 44 a 75 da CRFB/88) é responsável pela elaboração das leis em sentido formal, quais sejam: todos os tipos normativos que encontramos no art. 59 da CRFB/88, como também exercer a fiscalização política do Poder Executivo e a fiscalização orçamentária de todos os que lidam com as verbas públicas, através do auxílio do Tribunal de Contas da União (art. 71 a 75 da CRFB/88).
O Congresso Nacional
O Poder Legislativo é composto, em nível federal, pelo Congresso Nacional e pelo Tribunal de Contas da União (órgão que presta auxílio ao Congresso Nacional nas atividades de controle e fiscalização externa). O Congresso Nacional é constituído por duas casas: a Câmara dos Deputados (constituída pelos representantes do povo brasileiro eleitos (21 anos) proporcionalmente à população de cada Estado Membro e do Distrito Federal, no mínimo de 8 e no máximo de 70, com mandatos de 4 anos) e o Senado Federal (com representantes eleitos (35 anos) majoritariamente dos Estados e do Distrito Federal, em número de 3 por ente federativo com mandatos de 8 anos e eleitos alternadamente de 4 em 4 anos por um e dois terços).
O Congresso Nacional possui cinco tipos de competência:
a) legislativa – elaborar, discutir e votar projetos de lei sujeitos à sanção ou veto do Presidente da República;
b) fiscalização e controle da administração pública direta e indireta;
c) julgamentos dos crimes de responsabilidade (art. 85 e 86 da CRFB/88) do Presidente da República e autoridades federais, conforme os art. 51 e 52 da CRFB/88);
d) Constituintes – exercício de poder constituinte derivado, ou seja, a aprovação de emendas constitucionais (art. 60 da CRFB/88);
e) Deliberativas – competências exclusivas e privativas do Congresso Nacional não sujeitas a sanção ou veto do Presidente da República (art. 49, 51 e 52 da CRFB/88)
DELIBERAÇÕES
Art. 47 - Maioria Simples - Basta que tenhamos votantes presentes na sessão. Ex.: de 100 deputados presentes, a maioria simples seria 50+1 = 51 deputados.
Art. 69 - Maioria Absoluta - Basta que tenhamos a metade dos parlamentares eleitos mais um. Ex.: De 100 deputados eleitos, a maioria absoluta seria 50+1 = 51 parlamentares.
Votação Qualificada - É apenas utilizada para normas especiais. Ocorre quando é necessária a aprovação por mais votos do que os da maioria simples. Normalmente se estabelecem dois terços, ou de três quintos dos votos (a partir do número total de componentes da casa) para a aprovação do que foi proposto. Um exemplo disso é o quórum para instauração de processo contra Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado, disposto no art. 51:“Compete privativamente à Câmara dos Deputados: I – autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado[…]”
COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL - ART 48 A 52
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre... Este artigo precisa de aprovação do presidente da republica, quando aprovado pelo congresso nacional. (Projetos de lei complementar e ordinária). Este artigo requer aprovação nas duas casas de votação. 1º Câmara dos Deputados depois Senado Federal e sanção do P.R.
Os artigos 49, 51, 52, nãoprecisam de aprovação do Presidente da Republica, pois tratam-se de artigos destinados ao a competência exclusiva do congresso nacional(49, 50), privativamente a Câmara dos Deputados (51) e privativamente ao Senado Federal (52) .
O art. 49 requer aprovação nas duas casas de votação. 1º Câmara dos Deputados depois Senado Federal, mas não necessita da sanção do P.R
Art. 51 - Somente na Câmara dos Deputados Federais em um turno. (resolução)
Art. 52 - Somente no Senado Federal em um turno. (resolução)
Art 57 - Das Reuniões - O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.
Art 57 § 4 - Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente.
A deliberação do veto presidencial será analisado pelas duas casas conjuntamente. - Art. 57, IV
IMUNIDADE PARLAMENTAR
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
Art. 27 § 1 - Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.
Art. 32 § 3 - Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27.
Art. 29 § 3 - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município
Possuirão a mesma imunidade, Deputados Federais e Senadores.

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