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Introdução à Fenomenologia - Prof. Silvério Karwowski

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Introdução à Fenomenologia
Karwowski, S. L. –
Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-Campinas, Especialista em Gestalt-terapia pelo Instituto Sedes Sapientiae de São Paulo, Diretor do IGC – Instituto Gestalt do Ceará, Consultor de Empresas, Editor Responsável do Boletim de Gestalt, Professor Universitário, Graduando em Filosofia pela FCRS.
silukarw@gmail.com
1
A fenomenologia como filosofia.
A filosofia é a produção de conhecimentos a partir da resposta da pergunta sobre o que são as coisas que são
A fenomenologia como filosofia afirma que todas as coisas que são, são fenômenos
Opera-se então uma redução dos seres a fenômenos
Existem muitos filósofos fenomenólogos e cada um deles possui sua especificidade na maneira de fazer fenomenologia. Pode-se dizer que o ponto de união de todos eles é o conceito de intencionalidade o qual se constitui num verdadeiro axioma.
6
APRESENTAÇÃO | PERSPECTIVAS | COMO FILOSOFIA | COMO EPISTEMOLOGIA | COMO MÉTODO | A PARTIR DO FENÔMENO | OBRAS INTRODUTÓRIAS | INÍCIO DA SESSÃO
Silverio Karwowski - silukarw@gmail.com
6
O método fenomenológico husserliano
“Não corresponde a prescrições ou etapas a serem seguidas; implica num exercício de pensamento”
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Sumário
Apresentação Geral
Vida e obra de Husserl
A fenomenologia em Husserl
Método fenomenológico
Pensadores Fenomenólogos
Fenomenologia em Heidegger
Fenomenologia Existencial
Fenomenologia e Psicologia
Fenomenologia e Gestalt-terapia
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Pensadores da Fenomenologia
PRECURSORES
	Boehme, Bergson, Brentano, Dostoyevsky, Dilthey, Eckart, Feuerbach, Fichte, Holderlin, Hegel, James, Melville, Marx, Pascal, Schelling, Schopenhauer, Vico e Kant.
FENOMENOLÓGOS - EXISTENCIAIS
	Kierkegaard, Rollo May, Vitor Frankl, Van den Berg, Laing, Straus, Giorgi, Van Kaam, Romanyshyn, Nietzsche, Jaspers, Berdyaev, Husserl, Heidegger, Buber, Scheler, Rilke, Ortega y Gassett, Gabriel Marcel, Paul Tillich, Sartre, Albert Camus, Kafka, Hesse, Merleau-Ponty, Levinas, Paul Ricouer, Gadamer, Simone de Beauvoir, Eliade, Binswanger e Medard Boss.
PENSADORES DERIVADOS
	Marcuse, Horkheimer, Grassi, Habermas, Foucault, Derrida, Bataille, Kristeva, Irigaray, Baudrillard e Deleuze & Guattari
Sumário
Apresentação Geral
Vida e obra de Husserl
A fenomenologia em Husserl
Método fenomenológico
Pensadores Fenomenólogos
Fenomenologia em Heidegger
Fenomenologia Existencial
Fenomenologia e Psicologia
Fenomenologia e Gestalt-terapia
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A FENOMENOLOGIA DE HEIDEGGER
* Chamado de existenciais (caracteres específicos do Dasein) em Heidegger
Sumário
Apresentação Geral
Vida e obra de Husserl
A fenomenologia em Husserl
Método fenomenológico
Pensadores Fenomenólogos
Fenomenologia em Heidegger
Fenomenologia Existencial
Fenomenologia e Psicologia
Fenomenologia e Gestalt-terapia
Na perspectiva heideggeriana, é próprio do homem não se sentir em casa, ou seja, ser estrangeiro em relação a si mesmo. A angústia é a disposição afetiva fundamental, no sentido de que, no âmago do seu ser, o dasein desde sempre se angustia. A abertura, que a disposição afetiva possibilita, revela “como se está”. ”Na angústia, diz HEIDEGGER ([1927]1988, p.252), se está ‘estranho’. (o grifo é do original). Melhor dizendo, se está na indeterminação, de quem se encontra diante do nada e ‘em lugar nenhum’. A entrega aos rituais do cotidiano é a maneira como o modo de ser do homem compreende a estranheza e se protege do não se sentir em casa, porque, então, se instalam a determinação e a familiaridade da morada tranqüila e reasseguradora. O que nos desinstala é a angústia, é ela que põe em questão a totalidade da existência.
HEIDEGGER, M. Ser e Tempo. Petrópolis: Vozes, 1988.
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Eugen
Fink 
Herbert
Spiegelberg 
Halle – “Investigações Lógicas”;
Göttingen - Idéias;
Freiburg - Lógica Formal e Transcendental
Pré-fenomenológico, até 1901 - 1º vol das “Investigações”;
Fenomenológico, até 1906 (2º vol das “Investigações”) 
Fenomenologia Pura, do idealismo transcendental.
Identificação das fases do pensamento de Husserl
(Holanda, 2002)
Posição psicologista para uma posterior posição anti-psicologista (matemáticas) ; 
Filosofia baseada na psicologia descritiva de Brentano até o desenvolvimento da fenomenologia e do idealismo transcendental 
Transforma a fenomenologia numa “fenomenologia da intersubjetividade” e ulteriormente, numa ontologia do mundo da vida, abarcando os mundos sociais da cultura e da história.
Smith
& Smith 
* Ênfase na maior ou menor clareza na delimitação da fenomenologia.
* Ênfase na posição adotada em relação à área do conhecimento.
* Ênfase nas universidades onde lecionou associando-as a uma obra de referência.
APRESENTAÇÃO | DADOS BIOGRÁFICOS | PRINCIPAIS OBRAS | ETAPAS DO PENSAMENTO | LEGADO DE HUSSERL | APROFUNDAR TEMA | INÍCIO DA SESSÃO
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A filosofia fenomenológica a partir do termo fenômeno
10
É tudo aquilo que se mostra por si mesmo
(1)
LAMBERT
É tudo aquilo que se revela a uma consciência
(2)
HUSSERL
É tudo o que se mostra no que aparece
(3)
HEIDEGGER
APRESENTAÇÃO | PERSPECTIVAS | COMO FILOSOFIA | COMO EPISTEMOLOGIA | COMO MÉTODO | A PARTIR DO FENÔMENO | OBRAS INTRODUTÓRIAS | INÍCIO DA SESSÃO
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CONSTITUIÇÃO DO MÉTODO
O método fenomenológico implica em três princípios básicos:
Suspensão dos a prioris – implica em “colocar entre parênteses” todo o conhecimento acerca do objeto.
Volta às coisas mesmas – significa um retorno ao próprio objeto para apreender um sentido a partir da relação com o mesmo.
Produção ou emergência de um sentido – a relação estabelecida com o objeto em questão permitirá a emergência do sentido. O sentido é o que se mostra naquilo que aparece.
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OBJETIVOS | FENOMEN TRANSCENDENTAL | INFLUÊNCIAS EXERCIDAS | INÍCIO DA SESSÃO
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Redução Fenomenológica
O método fenomenológico rompe com a atitude natural ou espontânea em que se constituem nossas crenças habituais, passando – pela suspensão ou époche, em que abandonamos essa atitude — ao exame do modo de constituição desta experiência. A suspensão coloca assim, em suas palavras, o mundo "entre parênteses".
É possível então chegar ao "dado" da consciência, isto é, ao fenômeno em si mesmo.
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Outras Reduções
A redução fenomenológica leva assim à redução eidética que nos revela a essência, o horizonte de potencialidade da coisa considerada,
independentemente de sua existência real ou concreta.
Redução transcendental - a própria subjetividade, a consciência subjetiva, também deve ser submetida a esse processo,
que revela além da consciência empírica do sujeito concreto
sua natureza essencial enquanto sujeito transcendental ou "eu transcendental",
núcleo constitutivo da experiência.
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Epoché ou Redução Fenomenológica
Suspender o assentimento em torno de tudo aquilo que não seja plenamente evidente;
Suspensão da atitude natural - convicções humanas necessárias à vida cotidiana, mas não evidentes e portanto não possíveis de serem utilizadas como fundamento filosófico ou de uma filosofia rigorosa
Implica em “colocar entre parênteses” as coisas do mundo natural, deixando-as sem uso filosófico, e portanto considerando-as insuficientes para um ponto de partida da filosofia.
Suspender todo e qualquer juízo sobre o mundo natural; reduzir todos os seres a fenômenos para, a partir daí apreender seu sentido
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Condições para uma Leitura Fenomenológica
a) a apreensão e entendimento da epistemologia como perspectiva;
b) uma leitura do humano enquanto totalidade;
c) a ciência da dinâmica que circunscreve e perpassa o fenômeno humano;
d) operação com a temporalidade em uma perspectiva de espiral;
e) ênfase na práxis idiográfica;
f) abolição da idéia científica de causalidade do comportamento;
g) uso de uma abordagem compreensiva do humano;
h) adoção de uma linguagem correspondente ao fenômeno abordado 
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A FENOMENOLOGIA DE HEIDEGGER
3) SER-AÍ ou SER-NO-MUNDO
"Ser-no-mundo é morar no mundo", e não estar tenuamente ligado a ele. "Ser", para Heidegger, como observou Sartre, "é ser as próprias possibilidades: é fazer-se ser“;
A angústia é a disposição afetiva fundamental do ser-no-mundo, possibilitando um estado de abertura que revela como se está;
Fuga da angústia e da autenticidade
A impessoalidade – “todos nós, ninguém”;
O falatório – a fala corriqueira;
A avidez de novidades ou curiosidade;
A ambigüidade – em todas as partes e em nenhuma.
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Eixos Estruturantes do ser-no-mundo
Umwelt – mundo ambiente (ser com as coisas)
É o mundo natural, que todos os organismos possuem, uma vez que é da ordem das necessidades biológicas, dos ciclos naturais de nascer e morrer, dormir e acordar. O homem sobreviveria nesse mundo mesmo que, hipoteticamente, não tivesse autoconsciência, através dos mecanismos de ajustamento e adaptação. Mas, em sendo autoconsciente, o Umwelt é o mundo natural que o homem em sua contemplação se apreende como ser vivente, participante da natureza, da própria emanação da vida.
Mitwelt – mundo humano (ser com os outros)
É o mundo dos relacionamentos entre os seres humanos. Aqui, os mecanismos de ajustamento e adaptação do Umwelt não satisfazem as necessidades do indivíduo. Não se trata de se adaptar, mas de cada indivíduo se perceber em suas relações interpessoais, nas quais as dinâmicas que lhes são próprias evidenciam a necessidade de transformação recíproca de todas as partes envolvidas.
Eigenwelt – mundo próprio (ser consigo)
Exclusivo dos seres humanos, pressupõe autoconsciência e é onde o homem pode pensar a si, aos outros e ao mundo ao redor, e aperceber-se da singularidade da construção desse entendimento. É onde o indivíduo irá conhecer-se em sua condição original de como vê e vive nestes três mundos.
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Eixos Estruturantes do ser-no-mundo 
Temporalidade
Espacialidade
Eu
Outro
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Principais temas abordados pela fenomenologia Existencial
Eu;
Outro;
Mundo;
Liberdade;
Solidão;
Vida;
Destino;
Projeto;
Angústia;
Escolha;
Risco;
Morte;
 Compromisso;
 Encontro;
 Responsabilidade;
 Autenticidade;
 Crise.
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FIM
O Termo Fenômeno Na Filosofia
William Hamilton (1791-1856) defendia a necessidade da distinção entre conhecimento e crença (Tonner, 2009)
Georg W. Hegel (1770-1831) destacava a descrição histórico-racional da experiência que a consciência faz de si mesmo em seu desenvolvimento dialético (Hegel, 1807/1997)
Idealismo kantiano - distinção entre nômeno ou númeno (o real) e fenômeno (o percebido)
GOMES, William Barbosa & DE CASTRO, Thiago Gomes. (2010) Clínica Fenomenológica: Do Método de Pesquisa para a Prática Psicoterapêutica. Psicologia: Teoria e Pesquisa. Vol. 26 n. especial, pp. 81-9.
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