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Resinas compostas (2)

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Resinas compostas
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE- CCBS
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
DISCIPLINA: CLÍNICA INTEGRADA I
Montes Claros
Mar/2013
Introdução
Restauração de forma, função e estética dos elementos dentários, atendendo as exigências do meio bucal.
(BARATIERI et al., 2005) 
Composição
Matriz orgânica
Agente de união 
Partículas inorgânicas
(PHILLIPS, 1998)
Composição
(BARATIERI et al., 2005) 
Propriedades
Resistência ao desgaste: maior o conteúdo de carga, maior a resistência;
Lisura superficial: relacionada à natureza e tamanho das partículas, quanto menor o tamanho, a lisura superficial;
Contração de polimerização: a contração promove stress na interface dente/restauração. O processo de polimerização induz a contração;
Infiltração marginal: ocorre devido à formação de uma fenda devido à falha de “adesão” entre o material restaurador e a estrutura dental.
(BUSATO et al., 2005)
Propriedades
Expansão higroscópica: ao absorverem água, as resinas se expandem;
Estabilidade de cor: manchamento superficial está relacionado à presença de corantes nos alimentos;
Radiopacidade: garantida pela matriz inorgânica.
(BUSATO et al., 2005)
Classificação 
As resinas compostas podem ser classificadas sob três critérios: Tamanho médio de suas partículas; 
 Escoamento; 
 Sistema de ativação.
(BUSATO et al., 2005)
Classificação
 Tamanho
Resinas compostas de macropartículas ou convencionais 
 partículas de quartzo - 8 a 15 µm - alta resistência mecânica -alta rugosidade - difícil polimento - baixa radiopacidade - para dentes posteriores;
Resinas compostas de partículas pequenas ou híbridas
 boa radiopacidade, resistência mecânica e lisura superficial -1 a 5 µm - sílica e vidros de metais pesados - universal.
(BUSATO et al., 2005)
Classificação
Resinas compostas de micropartículas
 0,04 µm - partículas (SiO2) 70% para 40% - maior contração de polimerização, maior manchamento - maior sorção de água, coeficiente de expansão térmica linear e translucidez; 
Resinas compostas micro-híbridas
 universais - boa lisura, resistência mecânica - vidros de bário, lítio ou zircônio - micropartículas e partículas maiores 0,04 µm a 1 µm - melhores propriedades de refração.
(BUSATO et al., 2005)
Classificação
Resinas compostas nanoparticuladas
 nanotecnologia – partículas de sílica 20 a 75 nm - excelente lisura superficial indicadas dentes anteriores – universais.
 
(BUSATO et al., 2005)
Classificação
 A base de siloranos
     
Resinas compostas a base de siloranos
 monômeros a base de silorano - baixa contração de polimerização e o quartzo como partícula de carga - dentes posteriores - 0,4 µm.
(BUSATO et al., 2005)
Classificação
 Escoamento
Alto Escoamento ou “flow”
 menor quantidade de carga e alta fluidez - menor resistência à abrasão e maior contração de polimerização;
 Médio Escoamento
 microhíbridas e microparticuladas – inserção com auxílio de espátula;
Baixo Escoamento
 resinas compostas condensáveis - resistência ao escoamento.
(BUSATO et al., 2005)
Classificação
 Sistema de ativação
Quimicamente ativadas;
Fotoativadas;
Dual.
(BUSATO et al., 2005)
Sistema Adesivo
Responsável pela união dos materiais restauradores ao tecido dental atuando como agente intermediário entre ambos;
Devemos trabalhar em superfícies limpas seguindo alguns passos.
(BUSATO et al., 2005)
Sistema Adesivo
Sistema Adesivo
Sistema Adesivo
Sistema Adesivo
Sistema Adesivo
Sistema Adesivo
Sistema Adesivo
Sistema Adesivo
Sistema Adesivo
 Convencionais 
Ácido - Primer + Adesivo 2 passos
Ácido + Primer + Adesivo 3 passos
 Autocondicionantes
Ácido + Primer - Adesivo 2 passos
Ácido + Primer + Adesivo 1 passos 
Indicações
 Dentes anteriores:
Restaurações classe III, IV e V;
Restaurar dentes fraturados;
Fechamento de diastema;
Recuperação ou transformação anatômica;
Restauração de lesões cervicais;
Facetas de resina composta.
(CONCEIÇÃO, 2007)
(BARATIERI, 2003)
Indicação
Dentes posteriores:
Restauração na superfície oclusal e proximal;
Lesões de cárie em superfícies livres;
Substituição de restauração de amálgama;
Quando o paciente não possui condição financeira para confecção de restaurações indiretas.
(BARRETO, 2011)
Contra- indicações
Em dentes posteriores em pacientes com alto risco de cárie;
Áreas de contatos oclusais fortes;
Extensas reconstruções cuspídeas; 
Pontos de contenção cêntrica localizados na junção dente/resina composta.
 (BARRETO, 2011)
Vantagens
Em dentes anteriores:
Pouco ou até mesmo nenhum desgaste do dente pode ser exigido;
Facilidade de reparo;
Obtenção de ótimo resultado estético;
(CHRISTENSEN, 2004 ; HIGASHI, 2004)
Vantagens 
Dentes posteriores:
Estética;
Conservação da estrutura dental;
Baixa condutibilidade.
(BARRETO, 2011)
Desvantagens
Dentes anteriores
Alteração de cor;
Paciente com Bruxismo;
Características inerentes a resina composta (contração de polimerização, manchamento superficial).
 
 
(CONCEIÇÃO, 2007)
Desvantagens
Dentes posteriores:
Sensibilidade da técnica restauradora;
Impossibilidade de realizar sem isolamento absoluto do campo operatório;
Extensão da área a ser restaurada.
(BARRETO, 2011)
Seleção da resina
A cor é descrita em três dimensões:
 Matiz = representa a cor básica do dente e é identificado pelas letras A,B,C e D.
Croma= indica o grau de saturação ou a intensidade da cor. Pode variar de 0,5 a 7. Ex:. A1, A2, A3.
O valor é uma medida do brilho do dente.
( BUSATO et al., 2005)
Seleção da resina
Resinas mais opacas e com maior croma porção mais palatina;
Resinas mais opacas ou com maior valor recobrir o bisel;
Resina mais translúcida para e com menor croma para simular esmalte.
(CONCEIÇÃO, 2007)
Seleção da resina
Dentes posteriores:
São mais indicadas resinas micro-híbridas e resinas nanoparticuladas;
Resinas fotopolimerizáveis;
Seleção da cor através de pequenos incrementos da resina sobre a superfície oclusal.
(BARRETO, 2011)
Seleção de resina
 Dentes anteriores:
Compósito micro-híbrido ou nanoparticulado isoladamente ou associado a um compósito microparticulado.
Polimerização
 Reação de polimerização : aproximação das moléculas de monômero
			 Consequente redução no volume do material;
 Contração
 volume de matriz contração
(BUSATO et al., 2005)
Polimerização
(BUSATO et al., 2005)
Polimerização
 Forças superiores à resistência adesiva
	 Criação de um espaço = ruptura da união;
Efeitos indesejáveis
Infiltração marginal;
Manchamento marginal;
Cárie secundária;
Trincas no esmalte;
Sensibilidade pós-operatória.
(BUSATO et al., 2005)
Protocolo clínico
 Anestesia do elemento dentário envolvido
(BUSATO et al., 2005)
Protocolo clínico
Profilaxia do dente
(BUSATO et al., 2005)
Protocolo clínico
Seleção da cor
Anterior ao isolamento Desidratação
		 Opacidade;
 Escala de cores;
Fotoativação do material.
(BUSATO et al., 2005)
Protocolo clínico
Demarcação dos contatos interoclusais
 Contatos dentes antagonistas MIH
		 Não envolvimento;
(BUSATO et al., 2005)
Protocolo clínico
Isolamento absoluto
(BUSATO et al., 2005)
Protocolo clínico
Preparo cavitário
 Classe I e II
(BUSATO et al., 2005)
Protocolo clínico
Preparo cavitário
 Classe I e II
(BUSATO et al., 2005)
 Matriz
 Cunha 
Protocolo clínico
Preparo cavitário
 Classe III e IV
		 - colocação da borracha de separação, se necessário;
- cunha de madeira;
		 - acesso à lesão;
Remoção esmalte sem sustentação em
 contatos de fechamento ou excursivos;
Bisel: pontas diamantadas em forma
de chama ou finas.
(BUSATO et al., 2005)
Protocolo clínico
Preparo cavitário
 Classe V
		 - preparo conservador;
 - Bisel: pontas diamantadas em forma de chama ou finas.
(BUSATO et al., 2005)
Protocolo clínico
 Limpeza da cavidade
 Após a lavagem com spray ar-água, recomenda-se a utilização da solução de clorexidina a 2%, aplicada à cavidade com bolinhas de algodão por um período de dois minutos.
(BUSATO et al., 2005)
Protocolo clínico
 Proteção do complexo dentina-polpa
(BUSATO et al., 2005)
Protocolo clínico
 Proteção do complexo dentina-polpa: Sistema adesivo
 Fita matriz de poliéster auxílio cunha de madeira; 
 Ácido fosfórico: 15 seg esmalte + 15 seg esmalte e dentina;
 Enxágue da cavidade: dobro do tempo;
Remoção excesso de água;
Aplicação sistema adesivo.
(BUSATO et al., 2005)
Protocolo clínico
 Aplicação da resina composta
Técnica de inserção incremental
Incrementos de 1 a 2 mm;
Polimerização em camadas;
Exceção: cavidades de dimensões reduzidas.
(BUSATO et al., 2005)
Protocolo clínico
 Checagem de oclusão
(BUSATO et al., 2005)
Protocolo clínico
 Acabamento e polimento
 São executados em sessão posterior para possibilitar que resinas polimerizem totalmente, sofram expansão higroscópica e possibilitem melhor vedamento marginal;
 No mínimo 24-48 horas;
 Uso fio dental.
(BUSATO et al., 2005)
Referências Bibliográficas
ARAUJO, RM. Efeito da intensidade de luz e irradiação de calor de fotopolimerizadores em função do tempo de uso. J Bras. Odontol Clín. v.1, n.6: 50-55,1997.
BARATIERI, LN. et.al. Odontologia Restauradora: Fundamentos e Possibilidades. 6° Reimpressão. São Paulo: Livraria Santos EditoraLtda, 2007. 
BARRETO, DL.Restaurações Diretas em Resina Compostas para Dentes Posteriores: Revisão da Literatura. Ribeirão Preto, 2011.
CONCEIÇÃO, EN. Dentística: Saúde e Estética. 2º edição, Artmed Editora, São Paulo, 2007.
CHRISTENSEN, GJ. Restoring a single anterior tooth: Solutions to a dental dilemma. J. Amer. Dent. Assoc., vol.135, n.12, p. 1725, 2004.
HIGASHI, C. et al. Resina composta para dentes anteriores. In: Odontología Estética: a arte de percepção. Cap. II, p.100-134. Ed. Artes Médicas, São Paulo, 2004.
PHILLIPS R.W. Materiais dentários de Skinner. 10. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan; 1998. p.161-177.
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