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Aulas de IED de 1 a 5

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Aula 1 – Material didático Livro didático – pág. 12 a 18
Bibliografia Básica e Complementar 
Livro Didático; 
Introdução ao estudo do direito – Paulo Nader - Forense 
Miguel Reale- Saraiva, 
Paulo Dourado de Gusmão - Forense;
WEBAULA, AULA +, Forum. 
BIBLIOTECA VIRTUAL;
EXERCÍCIOS (AV 1 – 9,0 + 1,0 EXERCÍCIO)
Frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas.
Resultado igual ou superior a 6,0, nas avaliações, sendo consideradas apenas as duas maiores notas obtidas (AV1, AV2 e AV3). Obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo menos, duas das três avaliações. 
Plano de Ensino: Noções Direito. Direito como fenômeno social. Fontes do Direito. Procedimentos de integração. A norma jurídica: estrutura, características e classificação. Planos de validade da norma jurídica. Sistema e ordenamento jurídico. O Direito no tempo e no espaço. Hermenêutica e interpretação jurídica e aplicação do direito na solução do caso concreto na esfera Constitucional. Teoria da Relação Jurídica. Posições Jurídicas dos Sujeitos de Direito nas relações jurídicas. Direito Subjetivo;
E-MAIL: helenapneves@hotmail.com 
Noção elementar do Direito (diferentes significados para o vocábulo 
Direito: Etimológica – reta; 
 - Conjunto de leis; 
- Normas de conduta social impostas coercitivamente pelo Estado; 
- Ciência do Direito (objeto do conhecimento); 
 - Justo;
- Correto;
- Fato social
Caso 2 – aula 1 
Importância do direito; Legislador – mudanças na sociedade – novo Direito;
Bipolaridade do Homem: 
Ser existencial => Mundo Natural (reinos animal, vegetal e mineral).
Ser Coexistencial => Mundo Cultural (produto da inteligência e do trabalho do homem). 
O homem é meio natureza (como animal) e meio cultura (como produtor de bens).
Atividades de Cooperação e Concorrência.
Atividades humanas. 
	 Ser Existencial
	 Ser Coexistencial 
	Autonomia
	 Companhia
	Individualismo
	 Relacionamentos
	Egoísmo
	 Vida em grupo
	Independência
	 Instituições
Ser Existencial => Mundo Natural (reinos animal, vegetal e mineral).
Ser Coexistencial => Mundo Cultural (produto da inteligência e do trabalho do homem). 
O homem é meio natureza (como animal) e meio cultura (como produtor de bens).
Atividades de Cooperação e Concorrência. Cooperação   - convergência de interesses (compra e venda, aluguel etc.) concorrência – paralelismo de interesses (direito de propriedade, exercício do comércio etc.)
Instituições: São vigas estabelecidas pelo costume, pela razão e pelos sentimentos, que alicerçam a sociedade, estruturando-a
 O Ser e o Dever ser: É a partir do mundo do “ser” (realidade) que se forma o do “dever ser” (mundo ideal). É com base na realidade dada que determinada sociedade, de acordo com a sua experiência histórico-cultural, constrói o mundo jurídico, ou ordenamento jurídico, ou mundo do “dever ser”. A paz perpétua, a justiça universal é o encontro do “ser” e do “dever ser”. 
Ser são todas as aspirações que saem espontaneamente, sem indagar. Dever ser é a reflexão somada com: moral, convenção e imposição.
Kelsen recomenda o um estudo do direito como ele é, um estudo não-avaliativo do direito, um estudo que possa informar, de modo objetivo e neutro, qual o direito vigente e o que ele diz, sem julgá-lo como justo ou injusto. Esta seria uma tarefa para a Filosofia do Direito. Kelsen sustenta que o direito, enquanto conjunto de normas, pertence ao reino do dever-se, mas o estudo do direito, enquanto orientado pela teoria pura que propunha, deveria estudá-lo como ele é, e não como deve ser.
Considerando FATO aquilo que ocorre no mundo, Kelsen fixa a noção de NORMA, mediante uma nova distinção, dessa vez entre dever-se subjetivo e dever-se objetivo. Segundo Kelsen, o dever-se é sempre produto de uma vontade. Dever ser é aquilo que alguém quer que seja, ou aquilo que alguém quer que outro alguém faça.
Toda NORMA implica um juízo hipotético: se A, então deve ser B ou, em linguagem mais jurídica: se é cometido o ilícito, deve ser aplicada a sanção correspondente. 
Como se constrói o Direito?
Juízo de Valor - São as normas (moral, política, religiosa) que expressam juízos de valor. Elas elegem certos valores a preservar e, a partir deles, impõem condutas aos homens, é um julgamento subjetivo. 
 Normas Culturais: Ética, moral, política, religiosa, jurídica, etc. (juízo de valor mais obrigatoriedade de comportamento na busca da preservação de valores) sociológica, histórica, econômica. (Juízo de valor sobre fatos sociais relevantes) 
  
Juízo de Realidade - são as normas que retratam a realidade. (Fatos, ciência). O juízo de realidade é uma ponderação sobre algo real. 
Normas físico-matemáticas: São a tradução dos acontecimentos sucessivos, regulares e gerais, retratando os fatos ocorrentes na natureza. Ex. Lei da Gravidade, Lei da Dilatação dos gases etc. 
  Caso 1 –aula 1 e QUESTÃO OBJETIVA
Ciência: Conjunto organizado de conhecimentos relativos a um determinado objeto, especialmente os obtidos mediante à observação, à experiência dos fatos e a um método próprio. Para haver ciência, é preciso:
·   Conhecimentos adquiridos metodicamente;
·   Conhecimentos que tenham sido objeto de observação sistemática;
·   Conhecimentos que contenham validez universal, pela certeza de seus dados e resultados.
Sem método não há ciência. Método utilizado na disciplina - O método representa a metodologia que define e diferencia o conhecimento da ciência de outros tipos de conhecimentos, é um conjunto de regras básicas para desenvolver uma experiência a fim de produzir novo conhecimento, bem como corrigir e integrar conhecimentos pré-existentes.
O método é o caminho a ser percorrido a fim de alcançar o conhecimento científico. 
Temos o método indutivo, dedutivo e hipotético-dedutivo ou de verificação de hipótese que se costumam aplicar às ciências naturais (física, química, biologia, etc.) em contraposição às chamadas ciências humanas (economia, política, etc.). Entre estes métodos podemos citar: hermenêutico, fenomenológico, dialético, funcionalismo, estruturalismo, etc. 
O Direito e as ciências afins (filosofia – o saber da auto-reflexão do direito, sociologia – relação sociedade e Direito (FS), história do direito – fato histórico).
 Impossibilidade de Unificação Absoluta do Direito;
FINALIDADES DA JUSTIÇA: transformação social, construção de uma sociedade justa, sem preconceitos e discriminação, sem pobreza e desigualdades sociais - cidadania e a dignidade da pessoa humana estão no topo da pirâmide (direitos humanos). Justiça é a causa final do direito. 
Diferenças entre: Lei, Direito e Justiça;
Finalidades do Direito: favorecer o amplo relacionamento entre as pessoas e os grupos sociais; realização da justiça; prevenção do conflito; composição de conflito; segurança nas relações; controle social; promoção de ordem; progresso – avanço social;
 Função social do Direito – coexistência pacífica – ordem, certeza, paz e justiça - bem comum;
Conclusão: A sociedade não existiria sem normatização;
 O Direito ó ponto de equilíbrio de uma sociedade; o Direito só existe em sociedade. 
Ler para a próxima aula Capítulo IV – Sociedade e Direito – Paulo Nader – Material Didático (pág. 23/30) - fazer casos web aula – semana 2 
 
Aula 2 – livro didático - Pág. 18 a 29
Sociedade – Interação social (cooperação, competição e conflito) - Direito;
A sociabilidade humana e o “Estado de Natureza” (vida gregária, originariamente isolados);
O Direito e a Moral: semelhanças, distinções e influências recíprocas;
A Moral, Religião e Regras de Trato social são formas de controle social, que condicionam a vivência do homem na sociedade; 
Dever moral (não exigível) e dever jurídico; 
DISTINÇÕES DE ORDEM FORMAL
	DIREITO
	MORAL
	REGRAS DE TRATO SOCIAL
	PRECEITOS RELIGIOSOS
	BILATERAL
	UNILATERAL
	UNILATERAIS
	UNILATERAIS
	HETERÔNOMO
	AUTÔNOMO (querer espontâneo, EM REGRA)
	HETERÔNOMAS
	PREVALENTEMETE AUTÔNOMAS
	EXTERIORINTERIOR
	EXTERIORES
	INTERIORES
	COERCÍVEL
	INCOERCÍVEL
	INCOERCÍVEIS
	INCOERCÍVEIS
	SANÇÃO PREFIXADA
	SANÇÃO DIFUSA
	SANÇÃO DIFUSA
	SANÇÃO GERALMENTE É PREFIXADA
Moral Social – conjunto de exigências morais de cada sociedade que orienta a conduta dos indivíduos – obriga o agente, logo não é autônoma;
Em comum: alteridade (= outro) – controvertido – exceção – Religião – o próximo não é elemento necessário. Em comum – idéia do bem. 
Caso 1 do caderno de exercício
 COERÇÃO e COAÇÂO
 Sanção é castigo, punição, pena, imposta. 
As teorias dos círculos e o “Mínimo ético”.
TEORIAS DOS CÍRCULOS E O "MÍNIMO ÉTICO" – relação entre o Direito e a Moral
A) O "mínimo Ético". Por esta teoria, segundo Jellineck, é correto afirmar que o direito representa o mínimo de preceitos morais obrigatórios para que a sociedade possa sobreviver. As normas morais tendem a converter-se em normas jurídicas.
B) Teoria dos Círculos concêntricos (Jeremy Bentham) :
 O direito se subordina à moral. Condicionam a validade das leis à sua adaptação aos valores morais. O Direito não tem por finalidade o aperfeiçoamento do homem, mas a segurança social, não deve se preocupar em trasladar para os códigos todo o continente ético.
C) Teoria dos Círculos secantes (Du Pasquier):
D) Teoria de Kelsen (círculos independentes ou divergentes):
A norma é o único elemento essencial do Direito e não depende de conteúdos morais. Direito é o que está na lei, é o direito positivado. 
Crítica: A moral pode ser vista como inspiradora do Direito.
Além do que é moral, existem o imoral e o amoral. 
Ética e Moral em Kant
Kant, na Fundamentação da Metafísica dos Costumes, reconheceu, pela primeira vez em uma ética filosófica, que todo ser racional possui um valor absoluto.
Mesmo considerando-o como um ser finito e limitado, Kant ressalvou que o ser humano possui o privilégio de reger-se por leis assumidas livremente por sua própria razão.
Estar livre para escolher e agir é o que caracteriza o ser humano – autonomia moral.
A ação humana não está submetida a lei da natureza mas as leis que o próprio ser humano escolhe para seguir, por iosso é um ser moral e não simplismente um ser natureza.
Imperativo categórico é o dever de toda pessoa agir conforme os princípios.
 
 
AULA 3 –- livro didático - Pág. 32 a 56
O direito natural foi sempre tido, pelos defensores desta teoria, como superior ao direito positivo, como sendo absoluto e universal por corresponder à natureza humana. – Aristóteles
Jusnaturalismo tem como pressuposto uma leitura moral a respeito do direito, com base em princípios previamente estabelecidos.
O ponto comum entre as diversas correntes do direito natural tem sido a convicção de que, além do direito escrito, há uma outra ordem, superior àquela e que é a expressão do Direito justo. É a ideia do direito perfeito e por isso deve servir de modelo para o legislador. 
O positivismo jurídico é uma doutrina que não satisfaz as exigências sociais de justiça.
DIREITO NATURAL = DIREITO DIVINO.
Escola do Direito Natural (Séculos XVII e XVIII): Expressão genérica que reúne diferentes tendências e autores do pensamento moderno, que associaram a noção de Direito Natural à ideia de Razão, como atributo do ser humano, que é capaz de fazer suas próprias escolhas, independentemente da vontade divina.
Jusnaturalismo Teológico (cristianismo – Santo Agostinho)
Jusnaturalismo Racionalista (São Tomás de Aquino, Hugo Grécio)
O DECLÍNIO DO DIREITO NATURAL
No Século XIX deu-se, pela primeira vez uma separação rigorosa entre o Direito e a Moral. Com as revoluções burguesas da segunda metade do Século XVIII, principalmente a Revolução Francesa de 1789, afirmaram-se princípios jurídicos como legalidade, separação de poderes e isonomia. Investiu-se na institucionalização do direito expresso França pelo movimento das codificações, cujo referencial foi o Código Francês (1804).
O POSITIVISMO JURÍDICO Na visão positivista, a Ciência do Direito tem por missão estudar a correlação entre as normas que compõem a ordem jurídica vigente. Em relação à justiça, a atitude do positivismo jurídico é a de um ceticismo absoluto. Surge na Idade Moderna – tendência majoritária no pensamento jurídico no século XIX.
Criticavam o Direito Natural pois era impregnado de considerações de ordem moral, que impossibilitavam a criação de um direito impessoal e igual para todos.
CORRENTES DO POSITIVISMO JURÍDICO discorrer brevemente sobre:
a) Escola da Exegese – formalista, livre da moral – só o Estado pode criar o Direito
b) O Pandectismo Alemão e sua relação com a Escola Histórica – Alemanha (sec. XIX) – antiposivista na sua origem mas lançou os fundamentos do positivismo jurídico – Savigny defendeu o costume como legítima fonte do direito, para ele a codificação representaria uma invasão estrangeira na cultura jurídica alemã.
- A Escola Histórica do Direito – o direito é um fenômeno espontâneo da sociedade, manifestado primeiro como o costume, devendo a lei derivar dele. Contra as codificações por petrificar o direito impedindo a sua adaptação a novas realidades.
Pandectismo Jurídico (Jurisprudência Conceitual) – formalismo sem a preocupação com a influência dos fatos sobre o direito.
O NORMATIVISMO JURÍDICO
As tendências de perfil factualista dominavam o debate jurídico das primeiras décadas do Século XX, quando surgiu a figura de um autor austríaco, chamado Hans Kelsen, que mudará por completo o foco do debate da Teoria Geral do Direito, ao questionar tais enfoques, investindo da proposta de construção de uma metodologia própria para a Ciência do Direito.
A Teoria Pura do Direito de Hans Kelsen (1881-1973) dedicou a maior parte de sua vida à discussão da Teoria do Direito. O normativismo jurídico kelseniano consiste basicamente na defesa da construção de parâmetros metodológicos próprios para a Ciência do Direito, expressos na denominada Teoria Pura do Direito, que não fossem uma mera importação das Ciências Sociais e Humanas do Século XIX, tampouco a reprodução dos paradigmas teóricos próprios das Ciências Naturais e Exatas.
Norma Fundamental
Pontos Principais da Teoria Pura do Direito - Kelsen priorizava o aspecto estrutural do ordenamento jurídico e a correlação entre suas normas, independentemente de concepções ideológicas e de regimes políticos. Pregava a pureza metodológica de uma Ciência Pura do Direito.
Teoria da Interpretação de Kelsen - Fundada no caráter hierárquico e de autorreprodução do Direito, a concepção kelseniana sobre a interpretação do direito segue a premissa da pureza metodológica, presente em toda a sua Teoria.
Kelsen – o direito representa uma expressão formal da soberania estatal, não sendo produto da natureza ou de fatos mas sim um resultado da política do Estado. Não compete ao jurista questionar o conteúdo da norma.
Normativismo – a validade de uma norma depende dela estar inserida em uma ordem jurídica válida (pirâmide da hierarquia de Kelsen). Os fundamentos valorativos ou morais da decisão judicial não são objeto de estudo da Ciência do Direito.
O PÓS-POSITIVISMO E A CRÍTICA À TEORIA PURA DO DIREITO DE KELSEN – Alexy, Harbermas, etc.
A Teoria Pura do Direito de Kelsen teve uma aplicação distorcida, passando a servir de base para um afastamento do direito de parâmetros éticos, algo nunca defendido pelo próprio Kelsen.
Relevância para o conjunto de parâmetros de ordem moral – reflexões fundadas em fatos e valores.
TRIDIMENSIONALIDADE DO DIREITO (culturalismo)
DIREITO - Miguel Reale - FATO, VALOR E NORMA. Os três elementos estão sempre presentes na substância do mundo jurídico, ao mesmo tempo que são inseparáveis. FATO – é o acontecimento social; VALOR - confere ao fato determinada significação que deve ser preservada, é o elemento moral do Direito. NORMA - conjunto ou complexo de normas, chamado ordenamento jurídico, consiste nopadrão de comportamento social imposto aos indivíduos, que devem observá-la em determinadas circunstâncias;
Segundo Reale, há um mundo do ser que aprecia a realidade social como ela de fato é; há um quadro de ideias e valores; e, finalmente, um modelo de sociedade desejado (mundo do dever-ser) à medida que a norma deseja reproduzir o ser, podemos afirmar que nos encontramos diante de uma sociedade de essência conservadora; ao contrário, quando o dever-ser procura modificar o ser, pode ser entendida como verdadeira a afirmativa de que nos confrontamos com uma sociedade eminentemente progressiva.
Consequentemente, o Direito não é puro fato, não possui uma estrutura puramente factual, como querem os sociólogos; nem pura norma, como defendem os normativistas; nem puro valor, como proclamam os idealistas. Essas visões são parciais e não revelam toda a dimensão do fenômeno jurídico. O Direito congrega todos aqueles elementos: “é fato social na forma que lhe dá uma norma segundo uma ordem de valores”.
Eficácia      (Fato   =>   Ser   =>   Sociologia Jurídica) A Sociologia do Direito ocupa-se do Direito enquanto fato social.
Fundamento (Valor  => Poder Ser  => Filosofia do Direito) A Filosofia do Direito trata dos valores do Direito, dos ideais de justiça que são representados nas normas jurídicas e da finalidade última destas normas.
Vigência     (Norma   =>  Dever Ser  =>  Ciência do Direito) A Ciência do Direito ocupa-se do Direito enquanto norma.
  Livro didático 
Ler para a próxima aula: Livro didático– 58/74
 
AULA 4 – Capítulo X – A divisão do direito positivo - Paulo Nader (pág. 97/104) . Livro didático pág. 58/74
Direitos Natural (espontâneo, princípios fundamentais de proteção ao homem, inerente do ser humano) e Positivo (direto legislado e costumes. Paulo Nader – vigente, outros – normas já revogadas)
	Direito Positivo
	Direito Natural
	Temporal (Existe em determinada época)
	Atemporal 
	Vigência 
	Independe de vigência
	Formal 
	Informal
	Hierárquico 
	Não hierárquico
	Dimensão espacial (Vigência em local definido)
	Independe de local
	Criado pelo homem 
	Emerge espontaneamente da sociedade
	Escrito, em regra 
	Não escrito
	Mutável 
	Imutável (natureza humana, não se modifica)
	 
	Eterno – válido para todas as épocas
	 
	Universal – comum a todos os povos)
Direito substantivo (material) e direito adjetivo (processual).
Direitos Objetivo e Subjetivo
Direito Objetivo - normas de organização social (lei ou costumes). Ex: CDC, CC, CP (normas de agir)
Direito Subjetivo - o poder de cada sujeito atuar em consonância com o disposto pela norma jurídica. A norma projeta-se na relação jurídica em concreto para permitir uma conduta ou estabelecer uma conseqüência jurídica. 
Direito Objetivo é gênero do qual o direito positivo, vale dizer, as normas jurídicas emanadas do Estado, é espécie. São normas de direito objetivo: a Constituição, a lei, o decreto, a circular, a portaria e outros tantos atos administrativos; entretanto, as cláusulas de um contrato de locação, por exemplo, embora jurídicas, não são normas de direito positivo, pois não emanam, imediatamente, do Estado, mas sim da vontade dos particulares contratantes. O direito positivo, assim denominado porque é o que provém diretamente do Estado. Enfim, todo direito positivo é direito objetivo, mas nem todo direito objetivo é direito positivo. Para os positivistas estão sempre relacionados, só existirá direito subjetivo se houver direito positivo pois todos os direitos nascem das normas, só existe direito se previsto – são dependentes. Os jusnaturalistas entendem que não precisa necessariamente estar previsto em alguma norma, logo são independentes.
Direito Público, Privado e Suas Divisões
Questão controvertida demonstra-se aquela que tenta definir os Direitos Público e Privado.
Direito Público: subordinação entre o Estado, titular do poder de império e regulador das funções sociais, com o particular. Direito Público – tem por interesse o Estado ou o bem da coletividade ou o interesse público. 
Direito Privado: relação de coordenação, em que os particulares, em situação de igualdade, estipulam livremente o que melhor lhes convier. 
Divisões do Direito Público:
Direito Público Interno: tem por matéria o Estado, suas funções e organizações, ordem e segurança interna, os serviços públicos e os recursos indispensáveis a sua execução. Organizador do Estado e protetor e garantidor da ordem pública e da paz social. Divide-se em:
Direito Constitucional: dispõe sobre a estrutura do Estado, definindo a forma de governo, de Estado e o regime político a serem adotados, bem como as relações de seus órgãos, com a fixação das competências, e os direitos e garantias individuais, é superior a todos os demais. Ex: violação dos direitos da personalidade.
Direito Administrativo: disciplina a Administração Pública e os serviços públicos, para que se possa realizar concreta, direta e imediatamente os fins almejados pelo Estado. Tutela os bens do Estado, disciplinado o seu uso. (leis, regulamentos, decretos, avisos, portarias, ordens, instruções, etc) Ex: desapropriação, licitação.
Direito Penal: definição das condutas criminosas, suas penalidades e as medidas de segurança. Sistema de normas jurídicas por força das quais o autor de um crime (Réu) sofre uma perda ou diminuição de direitos pessoais (pena). É um direito punitivo, intimidativo. A única fonte do direito penal é a lei. Estrutura da norma penal: preceito (enumerador de crimes) e sanção (pena). Visa garantir a segurança individual, a ordem pública, a paz social. Tutela bens existenciais (vida, liberdade, saúde, honra, nome, integridade física e bens patrimoniais, bem como a ordem pública, os costumes, etc.) 
Direito processual: reúne os princípios, procedimentos e normas referentes aos atos processuais tendentes à aplicação do Direito ao caso concreto. Regulamenta a prestação jurisdicional por parte do Estado. Disciplina o processo judicial. As normas jurídicas são bilaterais, enquanto que as processuais são trilaterais. 
Direito Tributário e Finaceiro: todas as atividades financeiras do Estado para realização de receita e despesa necessária a execução do interesse da coletividade. 
Tributário – relações entre o Fisco e o contribuinte, fiscalização e arrecadação dos tributos. 
Direito Internacional Privado –indica a legislação de direito privado (nacional ou estrangeira) aplicável a casos em que há dúvida quanto a lei que os rege. Resulta da diversidade de legislação. Direito Internacional ou Externo - aquele que rege as relações internacionais entre nações soberanas ou agrupamentos internacionais; é o conjunto de regras consuetudinárias e convencionais que regem as relações dos Estado soberanos, protege os direitos humanos e cuida do meio ambiente. 
Direito Eleitoral – disciplina a escolha do membros do Poder Executivo e Legislativo
Direito Militar – normas aplicáveis aos militares.
Direito Internacional ou Externo - aquele que rege as relações internacionais entre nações soberanas ou agrupamentos internacionais; é o conjunto de regras consuetudinárias e convencionais que regem as relações dos Estado soberanos, protege os direitos humanos e cuida do meio ambiente.
Divisões do Direito Privado:
Direito Civil: responsável pela regulamentação das relações entre os particulares, versando sobre patrimônio ou direitos pessoais. Controla a vida da pessoa desde o nascimento até a sua morte. Ex: compra e venda, inventário, família, contratos.
Direito Empresarial: é o conjunto de regras que regula a relação dos empresários e da atividade empresária, bem como os atos que são empresariais mas não estão relacionados a atividade empresária (ex: títulos de crédito).
Divisões do Direito Misto:
Direito do Trabalho: possui normas de direito privado pois regula a relações, individuais e coletivas, de trabalho, entre empregado e empregador, e normas de direito público pois é um direitoimpositivo, taxativo pois alguns direitos dele decorrentes são irrenunciáveis, não podendo o assalariado abrir mão deles (ex: assinatura da CTPS da doméstica) Para Paulo Nader é ramo do direito privado. Ex: reconhecimento de vínculo trabalhista. 
Novos Direitos: Direito Ambiental, Consumidor, ECA, Biodireito, etc 
• Segurança Jurídica (pág. 119/128 – Paulo Nader) – Antes – Direito era só pacificação, meio de defesa da vida e patrimônio. Hoje – faixa de proteção mais ampla: justiça, progresso, educação, saúde, cultura, ecologia. Para alguns é a obrigatoriedade do Direito. Proteção jurídica (D-D). Divergência na jurisprudência – necessidade de uniformização.
- Publicização do Direito privado.
Ler para a próxima aula Capítulo XXXVII – A idéia do direito natural e Capítulo XXXVIII – O positivismo jurídico do Paulo Nader e Capítulo VI – Conceito de Direito - sua estrutura tridimensional do Miguel Reale – material didático (pág. 374/382, 59/68) 
AULA 5 – Livro didático (pág.76 a 86) 
NORMA JURÍDICA
Lei no sentido estrito é todo o diploma legal emanado ou decorrente do processo legislativo; 
Lei no sentido amplo é a lei no sentido estrito + o contrato (a lei entre as partes) + sentença (lei entre Autor e Réu) + costumes = NORMA JURÍDICA 
A NORMA JURÍDICA É A COLUNA VERTEBRAL DO CORPO SOCIAL
“Conhecer o Direito é conhecer as normas jurídicas em seu entrelaçamento lógico e sistemático. As normas jurídicas estão para o Direito de um povo, assim como as células para um organismo vivo.” - Paulo Nader
ENUNCIA UM DEVER SER DE FORMA OBJETIVA E OBRIGATÓRIA – REALE
CORRESPONDERÁ A 1) REGRAS DE CONDUTA (ORDEMAM, PROIBEM OU PERMITEM COMPORTAMENTOS) OU 2) MODELOS DE ORGANIZAÇÃO SOCIAL (ESTRUTURAM O ESTADO).
Ordenamento Jurídico é o complexo de normas jurídicas que compõe a estrutura normativa do Estado.
Segundo Kant, existem dois tipos de comandos:
Imperativo categórico – É mais comum na religião, na moral e nos costumes, embora existam normas jurídicas com este tipo de comando “deve ser A”, tem caráter taxativo. É constituído por um único elemento (ou enunciado, dispositivo ou consequência) Ex. art. 10, I, II e III do NCC.
Subdividindo-se em: Sentido positivo – determinando-se que se faça alguma coisa. Ex. “silêncio”, “respeite a fila” “mão única”.
Sentido negativo – determinando-se que determinada coisa não pode ser feita. Ex. “é proibido fumar”, “é proibido falar com o motorista”.
Imperativo hipotético – O enunciado fica na dependência de ocorrer a hipótese ou fato. A maioria das normas jurídicas são deste tipo, representando o comando “se for B, então deve ser A”, onde  “se for B” é a hipótese, suposto ou fato, e “deve ser A” é o enunciado, dispositivo ou consequência. Ex. Art. 1.275 CC: “Além das causas consideradas neste Código, perde-se a propriedade: I....; II.....; III-  pelo abandono” – Se for abandonada a coisa (B), deve ser perdida a propriedade da mesma (A). Porque somente é aplicável na ocorrência da hipótese estipulada, qual seja, o abandono da coisa.
Art. 1.521, I CC:  “Não podem casar: I –  os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;” – é uma ordem hipotética proibitiva ou imperativo hipotético em sentido negativo.
Características das normas: 
1- Bilateralidade: relação entre duas ou mais pessoas; (SA – SP) (D - D)
Algumas não são dotadas de bilateralidade – normas de organização.
2- Generalidade ou Universalidade : eficácia ERGA OMNES. Todos são iguais perante a lei - princípio da isonomia da lei. A generalidade se liga as pessoas da relação jurídica.
3 – Abstratividade – enuncia um dever ser no campo abstrato. Não diz respeito a casos específicos. 
ex: Quando um homem estuprar uma mulher poderá pegar até 20 anos de prisão, está no campo abstrato, desde de que um homem estuprar uma mulher sairá o campo abstrato para o concreto. 
Relação Jurídica: (A/R) – Pessoa – Vínculo – Objeto. A abstratividade se liga ao vínculo da relação jurídica. 
4- Imperatividade: Heteronomia- conduta obrigatória. Impõe um certo comportamento.Sujeição ao querer do legislador.
5- Coercibilidade: Possibilidade de emprego de força material.
6 – Alteridade – significa que a norma de direito implica intersubjetividade. = outro (A CADA DIREITO CORRESPONDE UM DEVER)
7 – Atributividade - atribui à outra parte o Direito de exigir o seu cumprimento.
8- Bilateralidade-Atributiva – Miguel Reale defende que toda NJ possui dois lados (dois sujeitos) e atribui direitos e obrigações.
 “Bilateralidade atributiva, é pois, uma proporção intersubjetiva, em função da qual os sujeitos de uma relação ficam autorizados a pretender, exigir, ou fazer, garantidamente, algo” – pág. 51
NORMAS – OBRIGATÓRIAS – SANÇÃO – LIVRE ARBÍTRIO – DEVE SEGUIR SENÃO PODERÁ SER PUNIDO. - Evidenciam um DEVER SER e não um É ou será na realidade social.
Classificação das Normas Jurídicas
a) Critério da Destinação: 
- normas de organização (ou normas de sobredireito) – estruturam o Estado, distribuem competências 
- normas de conduta (ou normas de direito) – ordenam, proíbem ou permitem comportamentos, normas que disciplinam o comportamento dos indivíduos, 
b) Critério do Conteúdo 
- Normas de Direito Privado: regulam o vínculo entre particulares => plano de igualdade => relação jurídica de coordenação. 
- Normas de Direito Público: São aquelas que regulam a participação do poder público, estando este investido de seu imperium impondo a sua vontade => relação jurídica de subordinação.
- Normas de Direito Misto ou Social => tutelam simultaneamente o interesse público ou social e o interesse privado
Critério da Imperatividade: 
- Normas impositivas (ou cogentes) – de ordem pública ou imperatividade absoluta. Obrigam ou proíbem, sem deixar alternativa, TAXATIVAS (ex: não podem ser tutores e serão exonerados da tutela os condenados por crime de furto, roubo, estelionato; ex2: ao cego só é permitido o testamento público) . Proibem ou autorizam certo comportamento de forma absoluta;
- Normas dispositivas - Não obrigam de forma absoluta, liberdade para as partes, alternativas, facultam, auxiliam ou completam (ex: artigo 327 e 252 do CC – ex2: pessoa obrigada a suprir alimentos, poderá pensionar o alimentado ou dar-lhe casa, hospedagem e sustento.) 
Critério da Sanção: 
- Normas Perfeitas - estabelecem a sanção na exata proporção do ato praticado. Invalidam quaisquer atos quando resultantes de transgressões a dispositivos legais. (Ex: art. 1548, caput e II do CC)
- Normas mais que Perfeitas - estabelecem sanções em proporções maiores do que os atos praticados mediante transgressão de normas jurídicas. A sanção é mais intensa do que a transgressão. Pune o transgressor e o ato, impondo dois tipos de sanção. (ex: art. 949 do CC, art. 1521, VI do CC – se casar novamente o ato é nulo e a punição penal pela bigamia (art. 1548, caput e II, CC), art. 253 do CP)
- Normas menos que Perfeitas - não invalidam o ato, mas impõem uma sanção ao agente transgressor. (Ex: art. 1523, I do CC c/c 1641, I – separação de bens)
- Normas Imperfeitas - Representam um caso muito especial. Não invalidam o ato e também não estabelecem sanção ao transgressor. Razões relevantes de natureza social e, particularmente, ética. (ex: art. 1551 do CC, art. 814, caput, do CC)
e) Critério da Natureza: 
- Normas Substantivas ou material - Reúnem normas de conduta social que definem os direitos e os deveres das pessoas, em suas relações.
- Normas Adjetivas ou processual - Aglutina regras de procedimento no andamento das questões forenses – leis processuais.
Quanto à forma: escrita – lei, decretos, regulamento, etc.;
 Não escrita - costumes 
Quanto à ordem jurídica a que pertencem: nacionais 
 estrangeiras
quanto a extensão territorial: podemse de direito externo - internacional e direito interno ou nacionais (vigoram no território nacional, se subdividem em: a) Leis Federais – União Federal; tem vigência em todo território nacional. São votadas pelo Congresso (Câmara dos Deputados e Senado Federal); b) Leis Estaduais – emanadas pelo Estado, tendo vigência em todo o Estado, são votadas pelas Assembléias Legislativas; c) Leis Municipais – emanadas do Município, tendo vigência somente em sua extensão territorial, são votadas pelas Câmaras de Vereadores).
Quanto aos efeitos: - Normas de efeitos prospectivos – ex nunc (não retroage) – Normas com efeito retroativo – ex tunc (efeitos para o passado)
Quanto ao critério da existência: 
- Explícita – define a conduta, procedimento ou modelo de organização – escrita no Código
- Implícitas – completam os preceitos formulados – subentendida a partir da norma explícita (ex: princípios não positivados);
quanto à abrangência:
- Gerais – leis que disciplinam um número indeterminado de pessoas e atingem uma esfera de situações genéricas.
- Especiais – leis que regulam matérias com critérios particulares, diversos das leis gerais (ex: lei de locação)
L)   Normas codificadas são aquelas que constituem um corpo orgânico sobre certo ramo do direito, como o Código Civil;
Normas consolidadas são as que formam uma reunião sistematizada de todas as leis existentes e relativas a uma matéria; a consolidação distingue-se da codificação, porque sua principal função é a de reunir as leis existentes e não a de criar leis novas, como num Código. Ex: CLT;
Normas extravagantes ou esparsas; na terminologia canônica, diziam extravagantes as constituições pontifícias, posteriores às Clementinas, incluídas no mesmo direito. Daí dizer-se hoje “extravagantes” todas as leis que não estão incorporadas às Codificações ou Consolidações: são as leis que vagam fora; são as editadas isoladamente para tratar de temas específicos. Ex: Lei de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, Lei do Inquilinato etc..
VALIDADE DA NORMA JURÍDICA - Planos ou Dimensões da Norma Jurídica
O que é necessário para que uma coisa seja válida?
Um contrato, no qual uma das partes é incapaz, é válido?
Para que o ato ou negócio sejam válidos, terão que estar revestidos de todos os seus elementos essenciais. Faltando um deles, o negócio é inválido, nulo, não alcançando os seus objetivos.
Na lição de Miguel Reale, a validade de uma norma jurídica pode ser vista sob três aspectos:
Técnico-formal = vigência;   Social = eficácia;   Ético = fundamento
1) Vigência (validade formal): vida da lei – Para a norma jurídica ingressar no mundo do direito, produzindo seus efeitos, é necessário que tenha vigência ou, no dizer de Paulo Nader, validade formal.
Validade formal (lei legítima formalmente) = ter preenchido os requisitos técnico-formais - Formalidades no processo legislativo. Condições: 1) legitimidade do órgão; 2) este órgão deve ser competente para fazer esta norma (ratione materiae – em relação a matéria); 3) legitimidade do procedimento, ou seja, obediência aos processos legais para se formar normas. A vigência implica que a norma jurídica seja obrigatória e isso se dá com a publicação oficial e após o decurso da vacatio legis, se houver. 
2) Eficácia: VALIDADE SOCIAL OU EFETIVIDADE DO DIREITO é o direito aplicado e obedecido, validade subjetiva. Produz efeito satisfatório – corresponde aos anseios sociais. Eficaz é o direito efetivamente observado pela sociedade e aplicado pelo Poder Judiciário e que atinge a sua finalidade = aptidão. As normas em vigor, a princípio são eficazes. Produtividade das leis = real proteção dos valores sociais.
lei legítima materialmente = validade formal (vigência) + validade social (eficácia)
3) Fundamento (validade ética) : É a razão de ser da norma ou o ratio juris. O direito é válido se corresponder à justiça, às aspirações morais do povo e às reais necessidades sociais, bem como se atender às suas finalidades (ordem, paz e segurança). = valor axiológico – valor ou o fim objetivado pela regra de direito, só o entendimento do Direito sob o prisma de valor dignifica a condição do ser humano.
Defeitos das leis: 
Anacrônicas- as que envelheceram enquanto a vida evoluía, havendo uma defasagem entre as mudanças sociais e a lei; 
Leis artificiais- fruto apenas do pensamento, mera criação teórica e abstrata, estão distanciadas da realidade que vão governar; 
Leis injustas – as que, traindo a mais significativa das missões do direito que a de espargir justiça, nega ao homem aquilo que lhe é devido; 
 Leis defectivas - por não terem sido planejadas com suficiência, revelam-se sem condições de aplicabilidade (por exemplo: quando prescreve uso de certa máquina pelo operário, mas que não existe no mercado).

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