PE Revisão (2016) NP1 + NP2

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Psicologia Escolar (profª Marina Ceres) aula – Revisão. Página 1 
 
CURSO: Psicologia – campus São José do Rio Pardo 
SÉRIE: 6º/5º semestre (2016) 
DISCIPLINA: Psicologia Escolar 
DOCENTE: Marina Ceres Silva Pena 
Aula: Revisão NP1. 
 
 
Aula 1 - HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA 
 
1. Saviani (2003), ao fazer um resgate histórico das teorias educacionais, e buscando refletir sobre a 
problemática da escola como um instrumento de equalização ou de discriminação social, classifica 
estas teorias em dois subgrupos. 
Com relação a este tema é possível afirmar que: (assinale a alternativa correta) 
A) As teorias crítico-reprodutivistas posicionam a educação como um instrumento de equalização social. 
B) As teorias não-críticas defendem que a educação é um instrumento de discriminação social, promotora 
de igualdades. 
C) As teorias não-críticas propõem que é marginalizado da sociedade aquele que não é esclarecido, sendo 
a escola o instrumento ideal para equacionar o problema da marginalidade. 
D) Para as teorias não-críticas, a sociedade está marcada pela divisão entre grupos ou classes que se 
relacionam à base da força. 
E) Para as teorias crítico-reprodutivistas marginalizados são os “anormais”, ou seja, aqueles que não 
participam de nenhum grupo ou classe social. 
 
2. Considerando-se o movimento da Escola Nova, é possível afirmar: (assinale a alternativa correta) 
A) Toda e qualquer sociedade estrutura-se como um sistema de relações de força material entre grupos ou 
classes. 
B) Sua nova proposta surgiu para atender os interesses de uma nova classe que se consolidava no poder: a 
burguesia. 
C) A escola é uma agência centrada no professor, o qual transmite, segundo uma graduação lógica, o 
acervo cultural aos alunos. 
D) Marginalizado é aquele que não sabe fazer, e não propriamente o ignorante nem o rejeitado. 
E) O importante não é apenas aprender, mas aprender a aprender. 
 
3. Um psicólogo que tem uma visão crítica sobre a relação de cumplicidade ideológica entre a 
Psicologia e a Pedagogia com classe dominante, ao receber o encaminhamento de um aluno cuja 
queixa seja problemas de aprendizagem, ele deveria: 
Assinale a alternativa correta: 
A) Contribuir na melhor compreensão do cotidiano da sala de aula e da complexa rede de relações 
professor-aluno. 
B) Atender a demanda da professora que encaminhou o aluno, pois é ela quem está dirigindo o processo 
de ensino-aprendizagem. 
C) Aplicar testes psicológicos no aluno, que é portador de problemas que devem ser diagnosticados, 
investigando-se a causa de seu problema. 
D) Atender a criança e, paralelamente, encaminhá-lo para uma avaliação de um neurologista para agilizar 
o processo de diagnóstico. 
E) Estabelecer, juntamente com o professor relator do encaminhamento, as metas pedagógicas para este 
aluno-problema e ajuda-lo a planejar suas aulas. 
 
 
Aula 2 – A visão crítica em Psicologia Escolar. 
 
4. Um psicólogo que atua em uma escola pública de periferia, percebe, em reunião com os 
professores, que é freqüente o fato dos alunos chegarem à 4ª. série sem saber ler e escrever. Todos 
Psicologia Escolar (profª Marina Ceres) aula – Revisão. Página 2 
estão muito preocupados com isso. Os professores alegam que com o regime de progressão 
continuada não há como impedir tal situação, assim eles se sentem impotentes e sem esperança. 
Considerando a atuação do psicólogo em instituições de ensino, pautada pela perspectiva crítica é 
correto afirmar que: 
I - Seu papel é auxiliar a escola a remover os obstáculos que se interpõem entre os sujeitos e o 
conhecimento. 
II - Seu papel é auxiliar a formar cidadãos por meio da construção de práticas educativas que favoreçam 
os processos de humanização e de reapropriação da capacidade de pensamento crítico. 
III - Seu papel é auxiliar a escola no sentido de compreender quais são as limitações desses alunos e quais 
as melhores estratégias para que possam superar as dificuldades que eles apresentam. 
A) Apenas as afirmativas I e II estão corretas. 
B) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
C) Apenas a afirmativa I está correta. 
D) Apenas a afirmativa II está correta. 
E) Apenas a afirmativa III está correta. 
 
 
Aula 3 – Mitos, preconceitos, patologização, biologização e 
medicalização da educação. 
 
5. (Fonte: ENADE 2006) Caracterizado por quadros de agitação, impulsividade e dificuldade de 
concentração, o transtorno do déficit de atenção, nos últimos dez anos, ganhou maior atenção de médicos, 
psicólogos e pedagogos porque se passou a creditar a esse distúrbio boa parte dos casos de mau 
desempenho escolar... Pais acusam escolas de rotular suas crianças de hiperativas indiscriminadamente, 
antes mesmo de obter um diagnóstico médico, por falta de paciência dos professores para lidar com 
crianças irrequietas. (Revista Veja, outubro 2004). 
O texto permite afirmar que: 
A) com o desenvolvimento das pesquisas, novos transtornos têm sido identificados, o que permite 
refinamento nos diagnósticos. 
B) a descoberta de novos diagnósticos estimula a pesquisa de medicamentos mais eficazes. 
C) os professores têm sido treinados para realizar diagnóstico precoce do transtorno do déficit de atenção, 
o que pode trazer muitos benefícios para os alunos. 
D) o mau desempenho escolar é causado pelo transtorno do déficit de atenção. 
E) observa-se uma ênfase na medicalização da educação, ao se classificarem como patologia aspectos da 
singularidade do indivíduo. 
 
6. “Eu não sinto nada. Deve ser uma doença na cabeça. Uma doença que não dói (...) só não deixa a 
gente aprender.” 
Isto foi dito por uma criança à pesquisadora Adriana Marcondes Machado, durante seu trabalho 
sobre a avaliação psicológica em função das dificuldades escolares. 
Indique as ações mais adequadas do Psicólogo escolar em relação à avaliação psicológica de 
crianças nestas condições, a partir das discussões em sala de aula e do texto lido, da mesma autora. 
I. Problematizar as relações, movimentar os discursos e a realidade em que ocorrem os encaminhamentos 
das crianças para avaliação. 
II. Conversar sobre o processo de aprendizagem da criança com professores, pais e com as próprias 
crianças com o objetivo de descobrir e apontar a causa da dificuldade. 
III. Estabelecer relações entre as versões dos vários envolvidos nas dificuldades de aprendizagem destas 
crianças. 
IV. Utilizar-se de testes que indiquem o grau de inteligência da criança para poder problematizar a 
respeito do que pode estar produzindo a dificuldade de aprendizagem. 
A) As proposições II, III e IV estão incorretas 
B) Somente a proposição I está correta 
C) As proposições II e IV estão corretas 
Psicologia Escolar (profª Marina Ceres) aula – Revisão. Página 3 
D) As proposições I e III estão corretas 
E) As proposições I e II estão incorretas 
 
7. Liana (9 anos) está cursando a 2
a
 série do Ensino Fundamental em uma escola da rede particular. 
Apresenta dificuldades para aprender, seu ritmo é muito lento, mostra-se desinteressada e desmotivada 
com a escola em função do baixo rendimento. Os pais preocupam-se, e buscam orientação. 
Vários encaminhamentos poderiam ser dados a este caso em função da escolha da abordagem 
teórico-metodológica adotada. Assim, pode-se afirmar que: 
A) Se for usada a abordagem psicométrica deve ser feita uma anamnese bem detalhada com os pais, pois 
quando bem utilizado este é um instrumento suficiente para explicar os problemas escolares. 
B) Uma intervenção institucional seria o melhor caminho dentro de uma abordagem clínica, pois isto 
sempre indica onde está a causa da problemática. 
C) Uma abordagem psicopedagógica indicaria a aplicação de uma bateria de testes de medida paradiagnosticar as causas do problema. 
D) A partir de uma abordagem psicométrica, a aluna deveria ser submetida a um processo psicoterápico 
para se conseguir a solução do caso. 
E) Segundo uma perspectiva crítica, deve ser feita uma análise da história e vivências da criança, bem 
como da dinâmica da instituição escolar nos seus mais diversos âmbitos. 
 
 
Aula 4 – Políticas Públicas em Educação. 
 
8. Assinale a alternativa INCORRETA: 
a) O discurso oficial a respeito da equalização de oportunidades tem girado em torno de três eixos: 
garantia de universalização do acesso à escola, garantia de permanência nela e garantia de bom ensino a 
todos. 
b) Uma das grandes contradições da política educacional brasileira é a relação entre o crescimento 
quantitativo de vagas nas escolas e a qualidade do ensino. 
c) As políticas educacionais refletem, inevitavelmente, as condições existentes nas três esferas: 
econômica, política e social. 
d) Os professores, embora frequentemente convidados a participar da elaboração das Políticas Públicas, 
não tem se envolvido por estarem desmotivados em função da desvalorização da profissão docente. 
e) Um dos principais problemas em relação às Políticas Públicas em Educação diz respeito à 
descontinuidade em relação às trocas de governo. 
 
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Psicologia Escolar (profª Marina Ceres) aula – Revisão. Página 4 
 
CURSO: Psicologia – campus São José do Rio Pardo 
SÉRIE: 6º/5º semestre (2016) 
DISCIPLINA: Psicologia Escolar 
DOCENTE: Marina Ceres Silva Pena 
Aula: Revisão NP2. 
 
Aula 6 – Queixa Escolar 
 
9. Um psicólogo que atua em uma escola pública de periferia, percebe, em reunião com os 
professores, que é freqüente o fato dos alunos chegarem à 4ª. série sem saber ler e escrever. Todos 
estão muito preocupados com isso. Os professores alegam que com o regime de progressão 
continuada não há como impedir tal situação, assim eles se sentem impotentes e sem esperança. 
Considerando a atuação do psicólogo em instituições de ensino, pautada pela perspectiva crítica é 
correto afirmar que: 
I - Seu papel é auxiliar a escola a remover os obstáculos que se interpõem entre os sujeitos e o 
conhecimento. 
II - Seu papel é auxiliar a formar cidadãos por meio da construção de práticas educativas que favoreçam 
os processos de humanização e de reapropriação da capacidade de pensamento crítico. 
III - Seu papel é auxiliar a escola no sentido de compreender quais são as limitações desses alunos e quais 
as melhores estratégias para que possam superar as dificuldades que eles apresentam. 
A) Apenas as afirmativas I e II estão corretas. 
B) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
C) Apenas a afirmativa I está correta. 
D) Apenas a afirmativa II está correta. 
E) Apenas a afirmativa III está correta. 
 
10. Você foi contratado para trabalhar como psicólogo escolar em uma escola cuja queixa inicial 
refere-se a uma sala de 3a série do ensino fundamental, na qual existe um grupo de cinco alunos 
que são considerados terríveis, segundo a professora: “eles são agressivos, não a respeitam, não 
realizam as atividades propostas, o trabalho pedagógico não anda...” Se sua atuação estivesse 
embasada no modelo contemporâneo de atuação do psicólogo escolar, diante de tal queixa, você 
poderia : 
A) Ouvir e orientar os familiares dessas crianças, além de proceder à sugestão de encaminhamento 
psicodiagnóstico e/ou terapia para os pais. 
B) Após realizar o psicodiagnóstico e aplicar os devidos testes, trabalhar diretamente com esses alunos-
problema promovendo seu ajustamento à sala de aula. 
C) Inicialmente proceder a uma análise da instituição, levando em conta o meio social, o tipo de clientela 
atendida, suas relações de poder, a proposta pedagógica adotada para posteriormente rever o projeto 
coletivo de educação. 
D) Todas as alternativas estão erradas. 
E) Apenas as alternativas a e b estão corretas. 
 
11. “Acompanhe o que a professora Rita de Cássia Silva Santos vivenciou no Centro Municipal de 
Educação Infantil creche Vovô Zezinho em Salvador... Ela trouxe para a sala de aula bonecos com vários 
tons de pele e fotos com pessoas de características físicas distintas. Uma das crianças, Brenda, na época 
com 3 anos e meio , apontou a fotografia de uma menina negra e disse que “era feia”. 
_Por que feia? Perguntou a professora. 
_ Porque ela é igual a mim, respondeu a garota. 
... Rita criou o projeto Girô, palavra de origem africana que significa “contador de histórias”, para 
valorizar a identidade racial das crianças. ... De início ela promoveu rodas de conversa, localizou a 
África num globo terrestre e apresentou Vovô Zezinho e Maria Chiquinha, um casal de bonecos pretos 
que virou mascote na turma. (Revista Nova Escola, jan.fev. 2007, p.71). 
Como psicólogo escolar como você avaliaria a atitude da professora Rita? 
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I- De acordo com uma abordagem histórico crítica a atitude da professora foi de preconceito e 
discriminação visto que privilegiou a raça negra em detrimento a raça branca. 
II- O trabalho da professora condiz com a proposta de Meira e Tamanachi em contribuir para o 
desvelamento de idéias cristalizadas e combater praticas preconceituosas. 
III- Nenhum psicólogo avaliaria a atitude da professora como positiva pois a mesma deve 
utilizar o livro didático para proporcionar uma oportunidade igualitária de educação. 
A) I e II estão corretas. 
B) Somente II está correta. 
C) I e III estão corretas. 
D) I, II e III estão correta. 
E) Somente III está correta 
 
12. Helena tem 8 anos e tem apresentado rebaixamento no desempenho escolar desde que seus pais 
se divorciaram. Este problema tem sido observado também com outras crianças que passam ou 
passaram pela mesma situação em outras turmas. Sob uma perspectiva crítica, o psicólogo escolar 
pode intervir de que forma? Assinale a alternativa incorreta. 
A) Propondo atividades em parceria com a professora para os alunos. Por exemplo, pedir que todas as 
crianças desenhem e escrevam sobre suas famílias e que seja trabalhada, a partir dali, a diversidade nos 
arranjos familiares de todos os alunos; 
B) Realizando um ciclo de debates sobre o tema do divórcio com especialistas de diversas áreas 
(advogados, psicólogos, psiquiatras infantis, religiosos, etc) destinados a todos os participantes da escola: 
equipe escolar, pais e alunos, a fim de que o tema seja “oxigenado” no imaginário da instituição e de seus 
agentes; 
C) Convocando os pais de Helena para comparecerem a fim de que tomem conhecimento da situação da 
filha e reflitam, junto com a escola, sobre o que poderia ser feito para minimizar o sofrimento da criança; 
D) Encaminhando a criança para uma avaliação clínica já que tal situação transcende o âmbito escolar; 
E) Reunindo conhecimentos sobre os potenciais ou habilidades de Helena e propondo à turma toda uma 
atividade em que a menina se sinta capaz, buscando elevar sua auto-estima e valorizar sua imagem na 
turma. 
 
13. (Provão 2000) - No âmbito de atuação do psicólogo escolar na realidade brasileira, quando se 
pretende que sua prática leve em conta a complexidade dos processos políticos e socioculturais que 
incidem no espaço escolar, deve ser adotada a perspectiva: 
A) Médico-sanitário, segundo a qual o comportamento é determinado basicamente por fatores internos ao 
indivíduo. 
B) Interdisciplinar, que enfatiza o desenvolvimento da capacidade analítica e instrumental do psicólogo 
para promover a saúdepsicológica no contexto escolar. 
C) Terapêutica, que visa a diagnosticar e praticar o atendimento exclusivo de crianças-problema no 
contexto escolar. 
D) Instrumental baseada no uso de testes psicológicos para a avaliação de competências individuais em 
crianças no contexto escolar. 
E) Psicométrica, relacionada com as diferenças individuais e o desenvolvimento da inteligência e da 
personalidade. 
 
14. Considerando o texto “A atuação do Psicólogo como expressão do pensamento crítico em 
Psicologia e Educação”, em especial as determinações sociais e históricas que constituem a relação 
indivíduo sociedade, analise as afirmações abaixo relativas à aprendizagem, no contexto brasileiro: 
I - A ignorância e a miséria podem influenciar negativamente as questões de aprendizagem, mas não são 
causadoras do “fracasso escolar”. 
II - As crianças de classe alta não apresentam problemas de aprendizagem, mas tão somente, problemas 
de disciplina. 
III – A sala de aula constitui-se no espaço privilegiado da educação é preciso compreender que existe uma 
clara correspondência entre a qualidade do trabalho pedagógico e as práticas e concepções que lhes dão 
sustentação. 
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IV - Os problemas de aprendizagem das crianças das camadas majoritárias da população brasileira são 
seqüelas irreversíveis dos déficits nutricionais da fase de zero a dois anos. 
V – A Psicologia escolar atual acredita e difunde a abordagem maturacionista. Os psicólogos acreditam 
que a criança brasileira não aprende porque não “está pronta”. 
Assinale a alternativa correta: 
A) Apenas as afirmações I, II e V estão corretas. 
B) Apenas as afirmações I, II e IV estão corretas. 
C) Apenas as afirmações I e III estão corretas. 
D) Apenas as afirmações I, II, IV e V estão corretas. 
E) Apenas as afirmações II e IV estão corretas. 
 
 
Aula 7 – Dificuldade de leitura, escrita e cálculo. 
 
15. Marcos tem 10 anos e está na 4
ª
 série do Ensino Fundamental. Não sabe ler nem escrever. Só faz 
cópias em letra de forma. Sua professora se queixa dos maus comportamentos de Marcos: é agressivo 
com os colegas, não fica muito tempo sentado e atrapalha as aulas fazendo micagem para chamar a 
atenção. Atribui à dinâmica familiar a causa desses problemas: a mãe trabalha o dia todo e não tem tempo 
para se dedicar e educar os filhos; o pai é alcoólatra e já esteve preso em razão de brigas. Marcos foi 
encaminhado para atendimento psicológico em um posto de saúde. 
O psicólogo atento às novas concepções de fracasso escolar deverá priorizar: 
A) A análise das práticas institucionais, buscando formas de intervir no cotidiano escolar responsável pela 
produção do fracasso escolar. 
B) O atendimento da criança, realizando um psicodiagnóstico para detectar as causas emocionais desses 
comportamentos inadequados produtores do fracasso escolar. 
C) Visita à escola, porque o problema pode estar na relação da professora com este aluno. 
D) Atendimento familiar, pois o fracasso escolar deve ser um sintoma de uma dinâmica familiar 
conturbada. 
E) Observação em sala de aula, para verificar o método de ensino, as estratégias e a didática da professora 
que não devem estar adequados ao perfil da criança. 
 
16. Imagine que um grupo de diretoras de 5 escolas procura ajuda psicológica com urgência, em 
uma clínica-escola, alegando: 
 Diretora da escola A: “Os alunos não aprendem, passam pela progressão contínua e chegam à 
quarta série sem estarem alfabetizados.” 
 Diretora da escola B: “Minha escola está situada em uma periferia da cidade, zona de violência e 
as crianças vivem se agredindo no pátio e na sala de aula, mas a culpa é dos pais que não sabem 
educar seus filhos.” 
 Diretora da escola C: “Minha escola, ao contrário, está em uma região de classe média da mesma 
cidade e, teoricamente, os alunos não têm motivos para serem agressivos. Eles não se agridem 
dentro da escola, mas sempre acabam se envolvendo em confusão fora dos muros da escola.” 
 Diretora da escola D: “Os professores da minha escola estão muito desmotivados e já não 
acreditam em nenhum modelo alternativo para amenizar o problema da não aprendizagem, pois 
qualquer tipo de mudança demandam mais trabalho para eles.” 
 Diretora da escola E: “O problema da minha escola é a falta de um psicólogo escolar, que ajudaria 
muito os alunos problemas, que vêm de famílias desestruturadas, e quando encaminhamos ao 
posto de saúde nunca há vaga, sem contar que estas mesmas famílias não têm dinheiro para se 
deslocarem até o posto.” 
A partir do enunciado acima, assinale a alternativa correta: 
A) A diretora da escola A entende que os alunos não aprendem em razão da progressão continuada. 
B) A diretora da escola E acredita que a função do psicólogo escolar é realizar diagnósticos dos alunos 
que têm distúrbios de aprendizagem. 
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C) Um psicólogo institucional atenderia à demanda da diretora da escola D, implantando um programa de 
motivação para os professores. 
D) A diretora da escola B acredita que a violência reflete as condições culturais, econômicas e sociais das 
crianças. 
E) Um psicólogo da abordagem sócio-histórica atenderia à demanda da diretora da escola E, investigando 
as condições psicológicas das famílias desestruturadas. 
 
17. Sabemos que os aspectos construtivos também devem ser considerados além dos aspectos 
gráficos na análise das produções infantis, no entanto, é possível pensar sobre as hipóteses 
construtivas observando a produção escrita. A seguir apresentamos primeiro a escrita da criança e 
entre parênteses o que ela desejou escrever: 
IKH (gato) 
OBTL (Borboleta) 
AXS (Cavalo) 
A (Mar) 
XIZ (Giz) 
XKHIASEO (O gato bebe leite) 
(Produção de Bernardo (6 anos e 2 meses) coletada em março de 2006) 
De acordo com o referencial teórico da Psicogênese da Língua esta criança: 
A) Escreve baseada em uma hipótese silábica, pois cada letra corresponde a uma sílaba. 
B) Escreve baseada em uma hipótese alfabética, pois conhece as letras. 
C) Diferencia claramente a escrita das letras do som das letras. 
D) Escreve baseada em uma hipótese silábico-alfabética, pois mistura letras e sílabas. 
E) Apresenta um padrão de escrita indiferenciado, não fazendo relação entre o som e letra 
correspondente. 
 
 
18. No texto “Apresentando a Orientação à Queixa Escolar”, Beatriz de Paula Souza (2007) finaliza 
suas considerações apresentando alguns dados numéricos (2001 a 2005). Embora sem tratamento 
estatístico, sinalizam algumas questões relevantes sobre como os psicólogos têm atendido à 
demanda relacionada à queixa escolar. Para isso, faz contrapontos com dados de outra pesquisa 
(SOUZA,1996), realizada em clínicas-escola de faculdades de Psicologia, organizados na tabela 
abaixo: 
 
Tipo de atendimento 
Orientação à Queixa Escolar - 
Serviço de Psicologia Escolar da 
USP 
Psicodiagnóstico clássico em 
clínicas-escola 
(SOUZA, 1996) 
Porcentagem de queixas 
escolares no total da demanda 
65% 70% 
Desistência após triagem 7% 38% 
Desistência durante tratamento 2,4% 55% 
Encaminhamento para terapia 
de médio e longo prazo ou 
outros 
44% 
 
100% 
 
 
Com base na tabela e nas leituras realizadas leia as afirmativas abaixo e assinale a alternativa 
correta. 
I-O psicodiagnóstico clássico pode ser considerado uma forma eficaz de atender à queixa escolar, pois 
100% dos casos foram encaminhados para terapia de médio e longo prazo. 
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II-Os menores índices de desistência na modalidade OQE podem indicar uma maior efetividade desta 
proposta de atendimentofrente às queixas escolares, presentes na maior parte dos casos. 
III-O fato de 100% dos psicodiagnósticos resultarem em encaminhamentos para terapias de médio e 
longo prazo pode indicar mais uma tendência interna a esse tipo de atendimento do que uma necessidade 
real dos casos. 
IV-Os altos índices de desistência nos psicodiagnósticos mostram uma dificuldade das famílias de aderir 
a esse tipo de atendimento, pelo preconceito bastante presente de levar seu filho a um psicólogo. 
É CORRETO O QUE SE AFIRMA EM: 
A) I, apenas. 
B) II e III apenas. 
C) II, apenas. 
D) III e IV, apenas. 
E) IV, apenas. 
 
 
19. De acordo com o referencial teórico oferecido por : SOUZA, B. P. Trabalhando com 
dificuldades na aquisição da língua escrita. In: Orientação à Queixa Escolar. SOUZA, B. P. (org). 
São Paulo, Casa do Psicólogo. 2007, pais e professores, coordenadoras e diretoras, precisam ser 
informados dos saberes revelados através de escritas como a que se encontra abaixo. 
 
 Neste sentido, os conhecimentos trazidos á luz das pesquisas construtivistas evidenciam: 
A) O suposto “comer letras” são escritas em que a lógica silábica aparece misturada á alfabética. 
B) A desatenção da criança e sua falta de motivação. 
C) Uma resistência da criança em aprender a língua escrita. 
D) A criança deve sofrer de angústia e ansiedade e por isso não consegue escrever. 
E) Evidenciam uma regressão que não é momentânea e os conflitos dela emergentes devem ser tratados 
com psicoterapia. 
 
 
20. Para responder a essa questão considere o trecho do artigo O conselho de classe e a construção 
do fracasso escolar escrito por Carmen Lúcia Guimarães de Mattos e apresentado a seguir. 
 
No decorrer de uma discussão sobre os conteúdos mínimos
5
 no Conselho de Classe da 
escola urbana do dia 30 de setembro de 1993, a professora Suzana fala sobre a sua turma, que 
ela considera “difícil”, pois tem “vários alunos carentes”, “que não têm rendimento”. À 
pergunta da diretora sobre quais são os alunos em recuperação, a professora assinala oito 
crianças, começando a falar sobre cada uma delas e destaca o caso da aluna Alessandra. As 
demais professoras, inclusive a orientadora pedagógica e a diretora da escola, também se 
manifestam sobre o caso. 
– Agora tem casos também como eu te falei. A Alessandra, ela melhorou, no comportamento e 
tudo... mas ela não escreve nada. (Suzana, professora responsável) 
– O tempo da Alessandra é diferente, né? Ela vai ter que ter mesmo um... (diretora) 
– Ela não escreve! Eu dito do lado, ela não escreve. Eu cheguei à conclusão [de] que ela não 
Psicologia Escolar (profª Marina Ceres) aula – Revisão. Página 9 
sabe escrever, ou então, o quê que acontece... eu falo outras coisas e ela escuta... Visão não é. 
Então não é porque... (Suzana) 
– Ela se nega. Eu acho ela até capaz, mas eu acho que ela se nega, quando ela queria fazer, ela 
fazia. (Teresa) (...) 
– Mas pra mim ela nunca fez [referindo-se às tarefas de aula], (...) (Suzana) 
– A Alessandra, você se lembra que nós chegamos a encaminhar a Alessandra pro Noap6, 
inclusive ela tem um irmão, né? Tem um irmão com problema sério, tá? (diretora) 
– Neurológico... (Bia). 
– Tá sendo até, não sei se ainda continua, mas tá sendo atendido lá, particularmente com uma 
psicopedagoga da PUC, sabe? Ela se interessou tanto pelo, pelo caso que ele, passou a ir em 
Copacabana no consultório dela... Mas a Alessandra, a mãe... (diretora) 
– É, a conclusão que a gente chega é realmente psicológica! (Teresa interrompe a diretora) 
– [...] não levou ela, ela é o caso... o caso típico de um trabalho psicopedagógico, com certeza! 
(diretora) 
(...) 
– [...] E eu acho ela uma pessoa esperta, capaz, ela acerta rápido, agora o negócio é ela 
querer então toda atenção pra poder, aí não é possível a gente fazer isso, entendeu? (Teresa) 
– A dificuldade maior dela é a escrita, na escrita eu já, eu já fiz um teste aqui na Alessandra 
que ela ficou super feliz, ela tirou 95. (Suzana) 
(...) 
– Eu acho que ela não quer participar. Eu acho que ela se nega... Ela é apática a tudo, quando 
eu a peguei na classe de alfabetização, ela não queria nem entrar na sala... ela não quer nada 
com a aula! [...] O problema dela, eu acho que se ela tratar no psicólogo, ficar, tá, eu acho que 
ela até consegue! [...] Cê tava dando a sua aula, né? Eu acho que a dificuldade dela só é 
psicológica. Tanta dificuldade, né? (Teresa) 
 5. Conteúdos Mínimos – de acordo com a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro o 
currículo básico ou “conteúdo mínimo” é o conjunto de conceitos nucleares que têm um caráter 
integrador, possibilitando ao aluno pensar o mundo de maneira articulada a partir das disciplinas 
que compõem este currículo escolar. 
6. Núcleo de Orientação e Aconselhamento Psicopedagógico (PUC do Rio de Janeiro). Este 
núcleo situa-se na mesma rua da escola urbana, em frente a ela. 
(In: MATTOS, C. L. G., O conselho de classe e a construção do fracasso escolar, Educação e Pesquisa. 2005, vol.31, n.2) 
 
Assinale a alternativa incorreta: 
Considerando-se a conversa relatada na reunião de Conselho, é possível afirmar que: 
A) A professora Teresa acredita que Alessandra é esperta, capaz, mas não quer aprender. 
B) Alessandra não tem dificuldades para aprender uma vez que obteve nota 95 em uma avaliação com 
escala de 0 a 100. 
C) Há uma associação entre antecedentes familiares de problemas neurológicos entre Alessandra e seu 
irmão (ou pelo menos ocorrência de atendimento psicopedagógico), como se pudessem ser transmitidos 
geneticamente. 
D) As professoras não colocam em pauta o fato de que sua maneira de ensinar pode não despertar o 
interesse da aluna. 
E) A professora Suzana apresenta um discurso contraditório em relação à Alessandra, colocando-a como 
uma aluna que não sabe escrever apesar de ter obtido nota 95 em uma avaliação com escala de 0 a 100. 
 
 
Aula 8 – Indisciplina na escola 
 
21. Marcos tem 10 anos e está na 4
ª
 série do Ensino Fundamental. Não sabe ler nem escrever. Só faz 
cópias em letra de forma. Sua professora se queixa dos maus comportamentos de Marcos: é agressivo 
com os colegas, não fica muito tempo sentado e atrapalha as aulas fazendo micagem para chamar a 
atenção. Atribui à dinâmica familiar a causa desses problemas: a mãe trabalha o dia todo e não tem tempo 
Psicologia Escolar (profª Marina Ceres) aula – Revisão. Página 10 
para se dedicar e educar os filhos; o pai é alcoólatra e já esteve preso em razão de brigas. Marcos foi 
encaminhado para atendimento psicológico em um posto de saúde. 
O psicólogo atento às novas concepções de fracasso escolar deverá priorizar: 
A) A análise das práticas institucionais, buscando formas de intervir no cotidiano escolar responsável pela 
produção do fracasso escolar. 
B) O atendimento da criança, realizando um psicodiagnóstico para detectar as causas emocionais desses 
comportamentos inadequados produtores do fracasso escolar. 
C) Visita à escola, porque o problema pode estar na relação da professora com este aluno. 
D) Atendimento familiar, pois o fracasso escolar deve ser um sintoma de uma dinâmica familiar 
conturbada. 
E) Observação em sala de aula, para verificar o método de ensino, as estratégias e a didática da professora 
que não devem estar adequados ao perfil da criança. 
 
 
22. Imagine que um grupo de diretoras de 5 escolas procura ajuda psicológica com urgência, em 
uma clínica-escola, alegando: 
 Diretora da escola A: “Os alunos não aprendem, passam pela progressão contínua e chegam à 
quarta série sem estarem alfabetizados.” 
 Diretora da escola B: “Minha escola está situada em uma periferia da cidade, zona de violência e 
as crianças vivem se agredindo no pátio e na sala deaula, mas a culpa é dos pais que não sabem 
educar seus filhos.” 
 Diretora da escola C: “Minha escola, ao contrário, está em uma região de classe média da mesma 
cidade e, teoricamente, os alunos não têm motivos para serem agressivos. Eles não se agridem 
dentro da escola, mas sempre acabam se envolvendo em confusão fora dos muros da escola.” 
 Diretora da escola D: “Os professores da minha escola estão muito desmotivados e já não 
acreditam em nenhum modelo alternativo para amenizar o problema da não aprendizagem, pois 
qualquer tipo de mudança demandam mais trabalho para eles.” 
 Diretora da escola E: “O problema da minha escola é a falta de um psicólogo escolar, que ajudaria 
muito os alunos problemas, que vêm de famílias desestruturadas, e quando encaminhamos ao 
posto de saúde nunca há vaga, sem contar que estas mesmas famílias não têm dinheiro para se 
deslocarem até o posto.” 
A partir do enunciado acima, assinale a alternativa correta: 
A) A diretora da escola A entende que os alunos não aprendem em razão da progressão continuada. 
B) A diretora da escola E acredita que a função do psicólogo escolar é realizar diagnósticos dos alunos 
que têm distúrbios de aprendizagem. 
C) Um psicólogo institucional atenderia à demanda da diretora da escola D, implantando um programa de 
motivação para os professores. 
D) A diretora da escola B acredita que a violência reflete as condições culturais, econômicas e sociais das 
crianças. 
E) Um psicólogo da abordagem sócio-histórica atenderia à demanda da diretora da escola E, investigando 
as condições psicológicas das famílias desestruturadas. 
 
 
23. Sabemos que os aspectos construtivos também devem ser considerados além dos aspectos 
gráficos na análise das produções infantis, no entanto, é possível pensar sobre as hipóteses 
construtivas observando a produção escrita. A seguir apresentamos primeiro a escrita da criança e 
entre parênteses o que ela desejou escrever: 
IKH (gato) 
OBTL (Borboleta) 
AXS (Cavalo) 
A (Mar) 
XIZ (Giz) 
XKHIASEO (O gato bebe leite) 
Psicologia Escolar (profª Marina Ceres) aula – Revisão. Página 11 
(Produção de Bernardo (6 anos e 2 meses) coletada em março de 2006) 
De acordo com o referencial teórico da Psicogênese da Língua esta criança: 
A) Escreve baseada em uma hipótese silábica, pois cada letra corresponde a uma sílaba. 
B) Escreve baseada em uma hipótese alfabética, pois conhece as letras. 
C) Diferencia claramente a escrita das letras do som das letras. 
D) Escreve baseada em uma hipótese silábico-alfabética, pois mistura letras e sílabas. 
E) Apresenta um padrão de escrita indiferenciado, não fazendo relação entre o som e letra 
correspondente. 
 
 
24. No texto “Apresentando a Orientação à Queixa Escolar”, Beatriz de Paula Souza (2007) finaliza 
suas considerações apresentando alguns dados numéricos (2001 a 2005). Embora sem tratamento 
estatístico, sinalizam algumas questões relevantes sobre como os psicólogos têm atendido à 
demanda relacionada à queixa escolar. Para isso, faz contrapontos com dados de outra pesquisa 
(SOUZA,1996), realizada em clínicas-escola de faculdades de Psicologia, organizados na tabela 
abaixo: 
 
Tipo de atendimento 
Orientação à Queixa Escolar - 
Serviço de Psicologia Escolar da 
USP 
Psicodiagnóstico clássico em 
clínicas-escola 
(SOUZA, 1996) 
Porcentagem de queixas 
escolares no total da demanda 
65% 70% 
Desistência após triagem 7% 38% 
Desistência durante tratamento 2,4% 55% 
Encaminhamento para terapia 
de médio e longo prazo ou 
outros 
44% 
 
100% 
 
 
Com base na tabela e nas leituras realizadas leia as afirmativas abaixo e assinale a alternativa 
correta. 
I-O psicodiagnóstico clássico pode ser considerado uma forma eficaz de atender à queixa escolar, pois 
100% dos casos foram encaminhados para terapia de médio e longo prazo. 
II-Os menores índices de desistência na modalidade OQE podem indicar uma maior efetividade desta 
proposta de atendimento frente às queixas escolares, presentes na maior parte dos casos. 
III-O fato de 100% dos psicodiagnósticos resultarem em encaminhamentos para terapias de médio e 
longo prazo pode indicar mais uma tendência interna a esse tipo de atendimento do que uma necessidade 
real dos casos. 
IV-Os altos índices de desistência nos psicodiagnósticos mostram uma dificuldade das famílias de aderir 
a esse tipo de atendimento, pelo preconceito bastante presente de levar seu filho a um psicólogo. 
É CORRETO O QUE SE AFIRMA EM: 
A) I, apenas. 
B) II e III apenas. 
C) II, apenas. 
D) III e IV, apenas. 
E) IV, apenas. 
 
 
25. De acordo com o referencial teórico oferecido por : SOUZA, B. P. Trabalhando com 
dificuldades na aquisição da língua escrita. In: Orientação à Queixa Escolar. SOUZA, B. P. (org). 
Psicologia Escolar (profª Marina Ceres) aula – Revisão. Página 12 
São Paulo, Casa do Psicólogo. 2007, pais e professores, coordenadoras e diretoras, precisam ser 
informados dos saberes revelados através de escritas como a que se encontra abaixo. 
 
 Neste sentido, os conhecimentos trazidos á luz das pesquisas construtivistas evidenciam: 
A) O suposto “comer letras” são escritas em que a lógica silábica aparece misturada á alfabética. 
B) A desatenção da criança e sua falta de motivação. 
C) Uma resistência da criança em aprender a língua escrita. 
D) A criança deve sofrer de angústia e ansiedade e por isso não consegue escrever. 
E) Evidenciam uma regressão que não é momentânea e os conflitos dela emergentes devem ser tratados 
com psicoterapia. 
 
 
26. Para responder a essa questão considere o trecho do artigo O conselho de classe e a construção 
do fracasso escolar escrito por Carmen Lúcia Guimarães de Mattos e apresentado a seguir. 
 
No decorrer de uma discussão sobre os conteúdos mínimos
5
 no Conselho de Classe da 
escola urbana do dia 30 de setembro de 1993, a professora Suzana fala sobre a sua turma, que 
ela considera “difícil”, pois tem “vários alunos carentes”, “que não têm rendimento”. À 
pergunta da diretora sobre quais são os alunos em recuperação, a professora assinala oito 
crianças, começando a falar sobre cada uma delas e destaca o caso da aluna Alessandra. As 
demais professoras, inclusive a orientadora pedagógica e a diretora da escola, também se 
manifestam sobre o caso. 
– Agora tem casos também como eu te falei. A Alessandra, ela melhorou, no comportamento e 
tudo... mas ela não escreve nada. (Suzana, professora responsável) 
– O tempo da Alessandra é diferente, né? Ela vai ter que ter mesmo um... (diretora) 
– Ela não escreve! Eu dito do lado, ela não escreve. Eu cheguei à conclusão [de] que ela não 
sabe escrever, ou então, o quê que acontece... eu falo outras coisas e ela escuta... Visão não é. 
Então não é porque... (Suzana) 
– Ela se nega. Eu acho ela até capaz, mas eu acho que ela se nega, quando ela queria fazer, ela 
fazia. (Teresa) (...) 
– Mas pra mim ela nunca fez [referindo-se às tarefas de aula], (...) (Suzana) 
– A Alessandra, você se lembra que nós chegamos a encaminhar a Alessandra pro Noap6, 
inclusive ela tem um irmão, né? Tem um irmão com problema sério, tá? (diretora) 
– Neurológico... (Bia). 
– Tá sendo até, não sei se ainda continua, mas tá sendo atendido lá, particularmente com uma 
psicopedagoga da PUC, sabe? Ela se interessou tanto pelo, pelo caso que ele, passou a ir em 
Copacabana no consultório dela... Mas a Alessandra, a mãe... (diretora) 
– É, a conclusão que a gente chega é realmente psicológica! (Teresa interrompe a diretora) 
– [...] não levou ela, ela é o caso... o caso típico de um trabalho psicopedagógico, com certeza! 
(diretora) 
(...) 
– [...] E eu acho ela uma pessoa esperta, capaz, ela acerta rápido, agora onegócio é ela 
querer então toda atenção pra poder, aí não é possível a gente fazer isso, entendeu? (Teresa) 
Psicologia Escolar (profª Marina Ceres) aula – Revisão. Página 13 
– A dificuldade maior dela é a escrita, na escrita eu já, eu já fiz um teste aqui na Alessandra 
que ela ficou super feliz, ela tirou 95. (Suzana) 
(...) 
– Eu acho que ela não quer participar. Eu acho que ela se nega... Ela é apática a tudo, quando 
eu a peguei na classe de alfabetização, ela não queria nem entrar na sala... ela não quer nada 
com a aula! [...] O problema dela, eu acho que se ela tratar no psicólogo, ficar, tá, eu acho que 
ela até consegue! [...] Cê tava dando a sua aula, né? Eu acho que a dificuldade dela só é 
psicológica. Tanta dificuldade, né? (Teresa) 
 5. Conteúdos Mínimos – de acordo com a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro o 
currículo básico ou “conteúdo mínimo” é o conjunto de conceitos nucleares que têm um caráter 
integrador, possibilitando ao aluno pensar o mundo de maneira articulada a partir das disciplinas 
que compõem este currículo escolar. 
6. Núcleo de Orientação e Aconselhamento Psicopedagógico (PUC do Rio de Janeiro). Este 
núcleo situa-se na mesma rua da escola urbana, em frente a ela. 
(In: MATTOS, C. L. G., O conselho de classe e a construção do fracasso escolar, Educação e Pesquisa. 2005, vol.31, n.2) 
 
Assinale a alternativa incorreta: 
Considerando-se a conversa relatada na reunião de Conselho, é possível afirmar que: 
A) A professora Teresa acredita que Alessandra é esperta, capaz, mas não quer aprender. 
B) Alessandra não tem dificuldades para aprender uma vez que obteve nota 95 em uma avaliação com 
escala de 0 a 100. 
C) Há uma associação entre antecedentes familiares de problemas neurológicos entre Alessandra e seu 
irmão (ou pelo menos ocorrência de atendimento psicopedagógico), como se pudessem ser transmitidos 
geneticamente. 
D) As professoras não colocam em pauta o fato de que sua maneira de ensinar pode não despertar o 
interesse da aluna. 
E) A professora Suzana apresenta um discurso contraditório em relação à Alessandra, colocando-a como 
uma aluna que não sabe escrever apesar de ter obtido nota 95 em uma avaliação com escala de 0 a 100. 
 
 
Aula 9 – Intervenção com corpo docente / Orientação profissional 
 
27. Quando discutimos a intervenção junto a professores da rede pública, no sentido de 
potencializar novos sentidos, AGUIAR e GALDINI (2003) afirmam que “na reflexão sobre a prática 
da atividade docente, é necessário”: 
I- Que o professor não se exclua, que olhe para a relação professor-aluno, como algo que não pode ser 
compreendido isolando cada um dos seus elementos (professor-aluno). 
II- Apesar de professor-aluno, serem dois elementos distintos, um deve ser visto como constitutivo do 
outro, um não é sem o outro, só podendo ser entendidos nesta relação. 
III- Pela sua natureza e especificidade, a relação professor-aluno pode ser entendida sem vinculações com 
a realidade institucional e a própria realidade social-histórica. 
 É verdadeiro o que se afirma em: 
A) I, apenas. 
B) II, apenas. 
C) III, apenas. 
D) I e II, apenas. 
E) I, II e III. 
 
 
28. Uma turma da 7ª série/8ºano tem apresentado graves problemas de indisciplina. O psicólogo é 
convocado a intervir. Baseando-se nas concepções contemporâneas da Psicologia Escolar, ele 
deverá atuar: 
A) De maneira unicamente grupal, uma vez que o problema está correndo em grupo, promovendo 
encontros terapêuticos com os alunos indisciplinados. 
Psicologia Escolar (profª Marina Ceres) aula – Revisão. Página 14 
B) De forma educativa, dando algumas aulas aos alunos sobre os efeitos nocivos da indisciplina. 
C) De modo individual, uma vez que cada aluno deve ser analisado particularmente para que se verifique 
se há traços de personalidade que possam explicar as causas do comportamento indisciplinado. 
D) A partir de uma abordagem clínica, pois há casos em que isto se faz necessário na escola 
E) Como uma intervenção sistêmica, discutindo com vários integrantes da dinâmica escolar e familiar 
sobre as possibilidades de intervenção. 
 
 
29. No texto “Professora desesperada procura psicóloga para classe indisciplinada”,o relato sobre o 
trabalho desenvolvido pelas psicólogas apresenta alguns objetivos. Assinale a alternativa que não 
corresponde aos objetivos do trabalho: 
A) Contribuir para o rompimento dos discursos institucionalmente cristalizados e com práticas 
desumanizadoras. 
B) Confirmar a cisão entre o brincar e o estudar, de forma a estabelecer a atividade que deve ser a 
principal no ambiente escolar. 
C) Discutir e repensar os mecanismos escolares que reforçam o afastamento entre os sexos, a relação 
de dominação,o racismo e o machismo. 
D) Delimitar as especificidades e as possibilidades de complementação das práticas profissionais entre 
pedagogos e psicólogos. 
E) Trabalhar com as professoras, a complexidade e as dificuldades envolvidas na mudança de 
abordagens pedagógicas. 
 
 
30. Em contato com uma psicóloga escolar, Carlos é confrontado com a queixa de indisciplina. Ele 
responde trazendo a escola não só como lugar de estudos, mas, também, de brincadeiras e de 
convivência com os amigos. Ressente-se das dimensões reduzidas do prédio escolar, que limitam as 
brincadeiras no pátio em horário de recreio. Reclama da ausência de aulas de Educação Física para 
sua série (as quais só passam a acontecer a partir da terceira, em vista da limitação do espaço) e da 
impossibilidade de fazer parte da horta (constituída recentemente também pelos alunos mais 
velhos). Carlos sabe que há atividades dentro da escola que lhe são vetadas; compreende a 
deficiência de condições físicas, no entanto reivindica mais participação nos espaços coletivos. 
A partir da análise da fala do aluno e de uma perspectiva crítica acerca da indisciplina, 
é correto afirmar: 
A) Deve-se centrar o problema da disciplina na criança, pois se o problema fosse da escola, todas as 
crianças seriam indisciplinadas. 
B) O problema da indisciplina deve ser resolvido pela família, visto que “educação vem de casa”. 
C) A criança com queixa de indisciplina deve ser avaliada por médicos, para se verificar a existência de 
problemas neurológicos. 
D) Para se compreender o problema da indisciplina, deve-se considerar a contribuição da escola na 
constituição deste fenômeno e não só atribuí-lo a "desvio" na conduta da criança. 
E) Alunos indisciplinados requerem uma atenção especial, pois este é um dos sintomas de Transtorno de 
Déficit de Atenção – hiperatividade. 
 
 
31. Sobre a proposta de orientação profissional, descrita por Silvio Bock em 2002, responda o que é 
certo afirmar sobre a imagem que uma pessoa faz acerca de uma determinada profissão: 
I-A internalização de uma profissão não ocorre pela formação familiar ou pelas relações de amizade, pois 
a família não tem poder nesta escolha 
II-A imagem de uma profissão é construída a partir de sua vivência em contato com pessoas, mídia, 
leituras e conhecimento geral. 
III-Geralmente o modelo de profissão é associado a algo conhecido que traz a identificação ou 
afastamento da escolha pretendida 
IV-Ocorre uma internalização das experiências vividas com tais profissionais ou profissões que podem 
ser distorcidas da realidade em função dos desejos, anseios, valores e necessidades de uma pessoa. 
Psicologia Escolar (profª Marina Ceres) aula – Revisão. Página 15 
A) Se somente as afirmações II, III e IV forem verdadeiras. 
B) Se somente as afirmações I, II e IV forem verdadeiras. 
C) Se somente as afirmações I, II e III forem verdadeiras. 
D) Se todas as afirmativasforem falsas. 
E) Se todas as afirmações forem verdadeiras. 
 
 
32. A Orientação Profissional é uma das atividades que o psicólogo pode exercer no contexto 
escolar. Assinale a alternativafalsa a este respeito: 
A) Orientação Profissional não se refere somente à escolha de uma faculdade. 
B) O ideal é que a Orientação Profissional seja feita um pouco antes do Vestibular, pois é a época de 
maior crise para os alunos. 
C) Na escolha profissional há tanto aspectos internos quanto externos interagindo. 
D) A questão sócio-econômica é um forte determinante de escolhas e não escolhas profissionais. 
E) No contexto universitário ainda pode haver necessidade de se realizar orientação profissional. 
 
 
33. Analise as afirmações abaixo sobre a atuação do psicólogo escolar diante da orientação 
profissional considerando o referencial teórico oferecido por Bock (2002): 
I - O psicólogo deverá proporcionar uma retrospectiva da escolha feita pelo adolescente, metas 
alcançadas, perspectivas, etc. 
II - O psicólogo deverá possibilitar que o adolescente reconheça suas próprias necessidades. 
III - O psicólogo deverá possibilitar que o adolescente compreenda o seu passado para que assim ele 
possa delinear seu futuro. 
IV - O psicólogo deverá inserir o indivíduo em cursos de atualização dentro do trabalho que ele executa. 
V - O psicólogo orientará que a escolha da carreira é responsabilidade da empresa em que o indivíduo 
trabalha, e assim planejar contatos entre ele e a empresa com objetivos de entendimento e reflexão sobre 
o cargo atual. 
Assinale a alternativa correta. 
A) Apenas as afirmações I, II e III estão corretas. 
B) Apenas as afirmações I, III e IV estão corretas. 
C) Apenas as afirmações I, II e IV estão corretas. 
D) Apenas as afirmações I e II estão corretas. 
E) Apenas as afirmações II, III e IV estão corretas. 
 
 
34. Considerando o que foi lido e trabalhado acerca da orientação profissional, analise as 
afirmativas abaixo e escolha a alternativa correta. 
I- A Orientação Profissional não deve ser compreendida como sendo de competência exclusiva de uma 
única área das ciências, o fenômeno da escolha profissional será mais bem compreendido com o aporte 
das mais variadas áreas, assim, as contribuições da sociologia, da pedagogia, somadas ás da psicologia 
podem ser de grande importância nesse processo. 
II- O trabalho de Orientação Profissional que se pauta pela perspectiva sócio-histórica tem como foco e o 
objetivo maior auxiliar o indivíduo a fazer a escolha adequada, cientifica, com base em dados objetivos e 
testados acerca das profissões. 
III- Cabe ao Orientador Profissional introduzir em sua prática questionamentos sobre a relação do 
indivíduo e seus determinantes sócio-econômico-culturais, auxiliando o ser humano a reconhecer onde 
está inserido e dando-lhe a oportunidade de ser cidadão e dono de sua força de trabalho. 
A) As alternativas I e II estão corretas. 
B) As alternativas II e III estão corretas. 
C) As alternativas I e III estão corretas. 
D) Apenas a alternativa I está correta. 
E) Apenas a alternativa II está correta.